Tudo gente séria

"Dizem hoje os jornais que, de Novembro de 2003 a Agosto de 2005, Oliveira e Costa comprou 7,8 milhões de acções da SLN a 1 € e vendeu-as a 2,8 €, com um ganho de 1,8 € por acção, obtendo assim mais-valias superiores a 14,1 milhões, de acordo com dados dos autos do caso BPN. Como se sabe, era o próprio Oliveira e Costa a fixar o preço de compra e venda das acções. Era como jogar o Monopólio sozinho, com a banca à disposição. Detendo as acções por 12 meses antes de as vender, as mais-valias não eram sequer sujeitas a tributação, ao abrigo da legislação então em vigor (revogada em Julho de 2010).
Ora o negócio que Oliveira e Costa por essa época proporcionou a Cavaco e família foi a compra de 250.000 acções a 1€ cada e a venda das mesmas, dois anos depois, a 2,4 €, com um ganho por acção de escassos 1,4 € e um mísero lucro total de 350.000 €  - livres de imposto, pela razão indicada. Como o preço de compra e venda das acções foi estabelecido arbitrariamente por Oliveira e Costa, fora da bolsa, podemos concluir que Cavaco foi discriminado e prejudicado pelo amigo em 40 cêntimos por acção, o que na transacção em causa representa a bonita soma de 100.000 €.
Este tratamento de segunda a que Cavaco e família foram submetidos é muito condenável, sobretudo conhecendo-se hoje os apertos financeiros do homem de Belém. Sugiro daqui a Cavaco que mova um processo contra Oliveira e Costa e a SLN, para reaver os 100.000 € de mais-valias que lhe foram sonegados. Com um parecer dum catedrático talvez pingue qualquer coisa…"

in: Aspirina B