Mais um caso de polícia

O deputado João Semedo, do BE, revela que chegaram à comissão de inquérito duas avaliações sobre o valor do BPN, da altura em que o Governo assinou o contrato de venda, uma da Deloit e outra da CGD, que demonstram que houve uma venda de favor ao grupo da filha de José Eduardo dos Santos e de Américo Amorim. As duas avaliações apontam para um valor médio de 101 milhões de euros. O Governo vendeu por 40 milhões. A oferta, de 61 milhões de euros, equivale a dois terços do corte no Rendimento Social de Inserção inscrito no OE 2013. Os rapazes não são parvos. O RSI não dá comissões. Vídeo aqui.
 
in: O país do burro

Histórico

O Orçamento de Estado para 2013, o mais recessivo e penalizador da história de Portugal e que trará ainda mais dificuldades para os Lousadenses, foi hoje aprovado na generalidade, com a anuência e voto favorável dos dois deputados Lousadenses eleitos pelo PSD. 

Fica para a história.

Truques de principiante, Caro Passos

Passos vai convidar PS para reavaliar funções do Estado

 Primeiro-ministro avisa que só com um novo pacote de medidas será evitado o segundo resgate.


Passos Coelho nunca quis saber do PS desde que assumiu o poder. Passos, desde então, sentou-se confortavelmente na sua maioria (sempre acompanhada pelo partido do reboque político - ainda está para chegar o dia em que estes dois partidos se assumam de uma vez por todas como alternativa única, quer a nível concelhio como nacional) e toca a aplicar a sua agenda ideológica.

Não negociou nada com o PS desde junho de 2011 e também não o tinha que o fazer, mas traçou o seu caminho e agora quer voltar atrás!

Não quis saber do PS!

Agora, que a sua receita não resultou, que os sacrificios pedidos e as promessas de que, com aquilo iriamos atingir o pico do crescimento económico; agora que está na lama, com os Portugueses de olhos bem abertos sobre quem é Passos e seus amigos... quer chamar o PS.

E quer chamar o PS reforçando mais uma vez que o seu OE para 2013 nem sequer foi aprovado e já está cheio de falhas e podres que serão fatais para a sua MAIORIA.

Mas se tem maioria, se tem o apoio dos partidos, se tem uma coligação unida, porque raio precisa do PS?

Ahhhh... Para dizer que falhou, mas que o PS tem culpa (como sempre foi a obsessão doentia destes novos políticos de hoje, mais cegos e doentes do que qualquer um).

Não vá por aí, caro Passos Coelho. Continue lá com a sua maioria porque foi para isso que foi mandatado pelos Portugueses!!!

E depois queixam-se que as pessoas estão revoltadas





“É claro que os Portugueses aguentam... Os gregos estão vivos, protestam com um bocadinho de mais veemência do que nós, partem umas montras, mas eles estão lá, estão vivos”.

O BPI usufruiu de 1,5 mil milhões de euros do empréstimo da Troika - Valor que os Portugueses terão que pagar!

O típico!

Ao ouvirmos o debate na Assembleia da República, ouvimos um tipico deputado do PSD a falar na segunda ronda de perguntas ao PM (com devidas e honrosas excepções).

Ler textos escritos por outros, fragilidade notória da voz, incerteza do que diz, olhos pregados no papel, tropeção nas palavras e estilo de leitura tipo "lenga-lenga".

Qualquer semelhança com as intervenções do mesmo partido na AM de Lousada é pura coincidência.

Sabem mesmo quem é Carlos Moedas?



Os arautos da transparência, têm como exemplo disso mesmo ? transparência ? o adjunto do primeiro-ministro, o senhor Carlos Moedas, que, veio agora a saber-se, tem 3 empresas ligadas às Finanças, aos Seguros e à Imagem e Comunicação. Como sócios, teve os senhores Pais do Amaral, Alexandre Relvas e Filipe de Button, a quem comprou todas as quotas em Dezembro passado.

Como clientes, tem a Ren, a EDP, o IAPMEI, a ANA, a Liberty Seguros, entre outros.

Nada obsceno, para quem é adjunto de Pedro Passos Coelho!

E não é que o bom do Moedas até comprou as participações dos ex-sócios para “oferecer” o bolo inteiro à mulher?! (Disse-o ele à Sábado).

Não esquecer ainda que Carlos Moedas é um dos homens de confiança do Goldman Sachs, a cabeça do Polvo Financeiro Mundial, onde estava a trabalhar antes de vir para o Governo.

Também António Borges é outro ex-dirigente do Goldman, e que está agora a orientar(!?) as Privatizações da TAP, ANA, GALP, Águas de Portugal, etc.

Adoráveis, estes liberais de trazer por casa, dependentes do Estado, quer para um emprego, quer para os seus negócios.

Lamentavelmente, à política económica suicidária da UE, que resultou nas tragédias que já todos conhecem, acresce a queda do Governo Holandês (ironicamente, acérrimo defensor da austeridade) e o agravamento da recessão em Espanha. Por conseguinte, a zona euro vê o seu espaço de manobra cada vez mais reduzido e os ataques dos especuladores são cada vez mais mortíferos.

Vale a pena lembrar uma vez mais que o Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc., apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única. Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a crise financeira de 2008 e das suspeitas de manipulação de mercado que recaíam sobre estas entidades, o Senado norte americano levantou um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores.

Ficou também demonstrado que o Goldman and Sachs aconselhou os seus clientes a efectuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido. Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (com prejuízo para os seus clientes).

Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias são lançadas milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta actividade predatória. Tudo isto, revoltantemente, acontece com a cumplicidade de governantes e das autoridades reguladoras.

Desde a crise financeira de 1929 que o Goldman and Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos. Acresce que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objectivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos. Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como condena milhões de pessoas a fome.

No que toca a canibalização económica de um país, a fórmula é simples: o Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obriga-o, assim, a pedir mais empréstimos com juros agiotas. Em simultâneo, impõe duras medidas de austeridade que empobrecem esse pais. De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a abrir os seus sectores económicos estratégicos (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais.

Como as empresas nacionais estão bastante fragilizadas e depauperadas pelas medidas de austeridade e da consequente recessão, não conseguem competir e acabam por ser presa fácil das grandes corporações internacionais.

A estratégia predadora do Goldman and Sachs tem sido muito eficiente. Esta passa por infiltrar os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a condicionar e manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações.

Desta maneira, dos cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, etc., fazem parte quadros oriundos do Goldman and Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti e Lucas Papademos (primeiros-ministros de Itália e da Grécia, respectivamente), entre outros.

Alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, tem fortes ligações ao Goldman and Sachs. Este poderoso império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias.

Este texto não é de uma pessoa qualquer.

Texto de Domingos Ferreira
Professor/Investigador Universidade do Texas, EUA, Universidade Nova de Lisboa

PSD prevê desastre eleitoral nas autárquicas em 2013 para os concelhos do Distrito do Porto.



PSD prevê desastre eleitoral nas autárquicas em 2013 para os concelhos do Distrito do Porto.

O que é o neoliberalismo?

É tempo de voltar a analisar as ideologias – que, para o bem ou para o mal, não morreram. Até 1980-90, os conservadores eram de direita (moderada), os liberais reformistas e os democratas-cristãos autênticos eram de centro, e os socialistas ou sociais-democratas (propriamente ditos) eram de esquerda.

Com as doutrinas de Hayek e de Friedman, postas em prática pela dupla Reagan-Thatcher, bem como em consequência da globalização, do comércio livre, dos hedge funds em paraísos fiscais – e também da extinção da URSS – o mundo virou à direita: os neoconservadores tornaram-se mais radicais, os liberais e os democratas-cristãos passaram a conservadores, e os socialistas democráticos procuraram uma «terceira via» que, pelas mãos de Blair/Brown e de Bill Clinton, se afirmou capitalista e pro-rich, abandonando a sua tradição socialista e pro-poor. Tudo isto, porém, ocorreu no quadro da democracia pluralista, sem nunca ultrapassar «pelo menos na Europa, EUA e Japão» - a fronteira que separa a direita democrática do fascismo (Marine Le Pen não é neoliberal).

Aconteceu, entretanto, que a ala mais à direita do Partido Republicano dos EUA (com Bush filho, Romney, Tea Party, etc.) se transformou muito rapidamente num movimento radical, quase-revolucionário, que se tem afirmado como politicamente «neoconservador» e economicamente «neoliberal». Tal transformação transmitiu-se à Europa: Merkel e Sarkozy, Berlusconi, Aznar e Rajoy, Passos Coelho/Paulo Portas (com os respectivos ministros, como Victor Gaspar, e principais assessores, como António Borges).

Deixando por hoje de lado o que diz respeito ao neoconservadorismo (na política externa e interna), procuremos caracterizar a corrente neoliberal, profundamente elitista, que manda na Europa actual:

a) Crença absoluta no mercado e desconfiança total em relação ao Estado (bit e-government);
b) Protecção legal aos mais ricos, sobretudo através da redução dos respectivos impostos, na convicção de que só eles investem, criam empregos e, assim, impulsionam o crescimento económico;
c) Prática constante, e progressiva, de cortes substanciais nas despesas sociais, por se entender que o Separe Skate é uma ilusão perigosa; e que os mais pobres, tornando-se subsídio-dependentes, prejudicam o interesse nacional e não merecem protecção (ou não merecem senão protecção mínima).

O ódio de classe – que Marx considerava ser a ira justa dos pobres contra os ricos – mantém-se, mas de pernas para o ar: é agora a raiva profunda dos ricos contra os pobres, os inúteis, os incapazes que só sabem viver à mesa do Orçamento, à custa dos impostos dos ricos, sendo estes os únicos que dão emprego a quem verdadeiramente quer trabalhar.

Não há, por estas razões, nenhum governo neoliberal que não baixe significativamente a carga fiscal e parafiscal (T.S.U) dos empresários e que não suba, tanto quanto possível, a dos trabalhadores, apesar de nunca conseguirem diminuir o défice e a dívida.

Todos os filósofos gregos – Platão, Xenofonte, Aristóteles – chamavam a isto uma forma de governo «oligárquica», cuja degeneração externa era a «plutocracia» (o governo do dinheiro).

Comparemos agora esta tão actual doutrina neoliberal com o pensamento arcaico (?) do «fascista» Oliveira Salazar, em 13 de Abril de 1929.

Escreveu ele: a reforma tributária (então publicada) guia-se, entre outros, pelo princípio da quase uniformidade das taxas dos vários impostos, «com as excepções que favorecem, em todos os países civilizados, os rendimentos provenientes só do trabalho do contribuinte» (A reorganização financeira, Coimbra Editora, 1930, p. 102).

Problema insolúvel da ciência política: como pode um democrata neoliberal de hoje situar-se mais à direita do que um ditador «fascista» de há 80 anos?!...

Diogo Freitas do Amaral, Visão nº1022, 4 a 10 de Outubro de 2012, p. 46.

Quem será a perigosa ameaça de fato e gravata azul que Aguiar Branco fala?


Aguiar-Branco: Comentadores de "fato cinzento e gravata azul", são tão perigosos como qualquer ameaça externa 

Ora bem, para além do facto de revelar uma extrema preocupação com aquilo que os comentadores dizem, considerando-os como uma Ameaça (interpretem isto como quiserem!), tentamos saber sobre quem ele estaria a falar.

Qual destes comentadores, Aguiar Branco considera uma perigosíssima ameaça?




Restruturar para salvar o Euro

"Quando a reestruturação da dívida vier a acontecer, o país não poderá deixar de responsabilizar quem atrasou por tanto tempo o inevitável. Provocando por essa via custos dramáticos mas evitáveis, em matéria de sofrimento humano. A inteligência e a sensatez exigem a um governo a capacidade para defender a revisão e a alteração de uma receita que falhou. Não o fazer é irresponsável e criminoso."

Pedro Nuno Santos (Deputado, líder do PS Aveiro e ex-líder da Juventude Socialista)

Tudo o que sempre quis saber sobre as contas públicas mas teve vergonha de perguntar

Uma opinião pública inquinada por falsidades ou meias verdades não está em condições de formar um juízo válido sobre as alternativas políticas que lhe são propostas. 
 
 
1. Para começar, 47% da chamada despesa pública de 2011 consistiu em transferências, ou seja, redistribuição de recursos que o estado opera de uns cidadãos para outros, incluindo pensões e outras prestações sociais. Não é pois verdade que o estado se aproprie de metade da riqueza do país, visto que metade dessa metade é devolvida às famílias.

2. As despesas de funcionamento das administrações públicas (salários mais consumos intermediários) representam 39% dos gastos totais. Porém, como abrangem a produção de serviços como a saúde, a educação ou a segurança, a verdade é que o custo da máquina burocrática do estado central se fica pelos 12 mil milhões (15,5% da despesa pública ou 7,2% do PIB). As gorduras do estado são afinal diminutas.

3. Os juros da dívida pública deverão absorver no próximo ano 5% do PIB. É imenso, mas em 1991 chegaram aos 8,5%.

4. O estado português foi recentemente obrigado a corrigir as suas contas incluindo nelas défices ocultos em anos anteriores, o que teve como consequência um aumento brusco da estimativa da dívida pública acumulada. O curioso é que essa dívida escondida foi praticamente toda contraída até 1989. Logo, as revisões recentes emendam falhas cometidas há muitíssimos anos.

5. A despesa pública em proporção do PIB atingiu um máximo em 1993 (46%), depois desceu ligeiramente e só voltou a esse nível, superando-o inclusive, na sequência da crise financeira mundial declarada em 2008. O país sabe conter eficazmente despesa pública, tanto mais que já o fez no passado.

6. O défice das contas públicas atingiu o seu máximo absoluto, segundo o Banco de Portugal, em 1981 – um legado de Cavaco Silva ao segundo governo da Aliança Democrática. Nunca mais se viu nada assim.

7. Em 1986, o sector público absorvia 71,7% do crédito total à economia. Em pouco mais de uma década a situação inverteu-se totalmente, de modo que, em 1999, as empresas e as famílias já absorviam 98% do crédito disponível. A economia não está hoje abafada pelo estado.

8. À data da entrada na CEE, o financiamento externo da economia representava apenas 14% do total. Em resultado da privatização da banca, a captação de recursos financeiros no exterior decuplicou entre 1989 e 1999 e a dívida pública passou a ser financiada esmagadoramente pelo estrangeiro. As instituições financeiras contribuíram para uma entrada líquida de fundos externos equivalente a 6,8% do PIB nesses anos. As responsabilidades dos bancos face ao estrangeiro passaram de 49% do PIB em 1999 para um máximo de 96% em 2007.

9. A baixa das taxas de juro decorrente da integração no euro propiciou a rápida expansão do crédito. Mas o investimento baixou em sete dos onze anos que terminaram em 2010 (variação acumulada de -20%), ao passo que o consumo privado só desceu num ano (variação acumulada de 19%). Quando havia dinheiro a rodos, o sector privado não investiu. Convém investigar porquê.

10. Também o investimento público foi baixando progressivamente até aos 3% do PIB em 2008. Em 2009 subiu um pouco, ficando ainda assim abaixo dos máximos do início da década. Como é possível continuar-se a invocar o excesso de investimento público para explicar as presentes dificuldades financeiras do estado?

11. As despesas do estado com pessoal caíram consistentemente em proporção do PIB a partir de 2002. O tão polémico aumento dos salários dos funcionários públicos em 2009 teve um impacto insignificante nas contas públicas. Em contrapartida, as prestações sociais passaram de 14% para 22% do PIB entre 2003 e 2010, sendo responsáveis por 95% do aumento da despesa corrente primária do estado entre 1999 e 2010.

12. Desmentindo a ideia de que as metas acordadas com a União Europeia nunca se cumpriram, os objectivos dos PECs entre 2006 e 2008 foram sempre confortavelmente atingidos, sem recurso a receitas extraordinárias, no que respeita a receitas, despesas, défice e dívida pública.

13. As medidas selectivas de combate à recessão em 2009 ascenderam a apenas 1,3% do PIB (quase metade pagos com fundos comunitários). O grande aumento do défice nesse ano deveu-se no essencial à quebra em 14% das receitas fiscais e ao crescimento das prestações em decorrência do agravamento da situação social. Acresce que esse aumento não se desviou significativamente do observado no resto da UE.

14. Cada um dos pontos anteriores contraria directa e taxativamente uma ou mais alegações quotidianamente escutadas nas televisões, nas rádios, nos jornais e, por decorrência, nos cafés e nos transportes públicos. Uma opinião pública inquinada por falsidades ou meias verdades não está em condições de formar um juízo válido sobre as alternativas políticas que lhe são propostas. Nestas condições, não admira que cresça descontroladamente o populismo e se degrade a qualidade da democracia.

Nota: (Os factos e números citado neste artigo foram extraídos do recentemente editado "Sem Crescimento Não Há Consolidação Orçamental: Finanças Públicas, Crise e Programa de Ajustamento", de Emanuel Santos, leitura indispensável para quem deseje documentar-se sobre o tema das contas públicas.)


Director Geral da Ology e docente universitáriojpcastro@ology.pt

Sempre que o Governo criticar a nacionalização do BPN, convém ler isto.

O maior escândalo financeiro da história de Portugal!


Foi a maior burla de sempre em Portugal, qualquer coisa como 9.710.539.940,09 €uros!!!
(paga por todos nós, contribuintes, que não podemos reclamar e sem que nenhum dos conhecidos criminosos tenha sido responsabilizado…)

João Marcelino, diretor do Diário de Notícias, de Lisboa, considera que “é o maior escândalo financeiro da história de Portugal. Nunca antes houve um roubo desta dimensão, “tapado” por uma nacionalização que já custou 2.400 milhões de euros delapidados algures entre gestores de fortunas privadas em Gibraltar, empresas do Brasil, offshores de Porto Rico, um oportuno banco de Cabo Verde e a voracidade de uma parte da classe política portuguesa que se aproveitou desta vergonha criada por figuras importantes daquilo que foi o cavaquismo na sua fase executiva”.

O diretor do DN conclui afirmando que este escândalo “é o exemplo máximo da promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses nos últimos 20 anos e o emblema maior deste terceiro auxílio financeiro internacional em 35 anos de democracia. Justifica plenamente a pergunta que muitos portugueses fazem: se isto é assim à vista de todos, o que não irá por aí?”

O BPN foi criado em 1993 com a fusão das sociedades financeiras Soserfin e Norcrédito e era pertença da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que compreendia um universo de empresas transparentes e respeitando todos os requisitos legais, e mais de 90 nebulosas sociedades offshores sediadas em distantes paraísos fiscais como o BPN Cayman, que possibilitava fuga aos impostos e negociatas.

O BPN tornou-se conhecido como banco do PSD, proporcionando “colocações” para ex-ministros e secretários de Estado sociais-democratas. O homem forte do banco era José de Oliveira e Costa, que Cavaco Silva foi buscar em 1985 ao Banco de Portugal para ser secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e assumiu a presidência do BPN em 1998, depois de uma passagem pelo Banco Europeu de Investimentos e pelo Finibanco. O braço direito de Oliveira e Costa era Manuel Dias Loureiro, ministro dos Assuntos Parlamentares e Administração Interna nos dois últimos governos de Cavaco Silva e que deve ser mesmo bom (até para fazer falcatruas é preciso talento!), entrou na política em 1992 com quarenta contos e agora tem mais de 400 milhões de euros. Vêm depois os nomes de Daniel Sanches, outro ex-ministro da Administração Interna (no tempo de Santana Lopes) e que foi para o BPN pela mão de Dias Loureiro; de Rui Machete, presidente do Congresso do PSD e dos ex-ministros Amílcar Theias e Arlindo Carvalho.

Apesar desta constelação de bem pagos gestores, o BPN faliu. Em 2008, quando as coisas já cheiravam a esturro, Oliveira e Costa deixou a presidência alegando motivos de saúde, foi substituido por Miguel Cadilhe, ministro das Finanças do XI Governo de Cavaco Silva e que denunciou os crimes financeiros cometidos pelas gestões anteriores. O resto da história é mais ou menos conhecido e terminou com o colapso do BPN, sua posterior nacionalização e descoberta de um prejuízo de 1,8 mil milhões de euros, que os contribuintes tiveram que suportar. Que aconteceu ao dinheiro do BPN? Foi aplicado em bons e em maus negócios, multiplicou-se em muitas operações “suspeitas” que geraram lucros e que Oliveira e Costa dividiu generosamente pelos seus homens de confiança em prémios, ordenados, comissões e empréstimos bancários.

Não seria o primeiro nem o último banco a falir, mas o governo de Sócrates decidiu intervir e o BPN passou a fazer parte da Caixa Geral de Depósitos, um banco estatal liderado por Faria de Oliveira, outro ex-ministro de Cavaco e membro da comissão de honra da sua recandidatura presidencial, lado a lado com Norberto Rosa, ex-secretário de estado de Cavaco e também hoje na CGD. Outro social-democrata com ligações ao banco é Duarte Lima, ex-líder parlamentar do PSD, que se mantém em prisão preventiva por envolvimento fraudulento com o BPN e também está acusado pela polícia brasileira do assassinato de Rosalina Ribeiro, companheira e uma das herdeiras do milionário Tomé Feteira. Em 2001 comprou a EMKA, uma das offshores do banco por três milhões de euros, tornando-se também accionista do BPN.

Em 31 de julho, o ministério das Finanças anunciou a venda do BPN, por 40 milhões de euros, ao BIC, banco angolano de Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, e de Américo Amorim, que tinha sido o primeiro grande accionista do BPN. O BIC é dirigido por Mira Amaral, que foi ministro nos três governos liderados por Cavaco Silva e é o mais famoso pensionista de Portugal devido à reforma de 18.156 euros por mês que recebe desde 2004, aos 56 anos, apenas por 18 meses como administrador da CGD. O Estado português queria inicialmente 180 milhões de euros pelo BPN, mas o BIC acaba por pagar 40 milhões (menos que a cláusula de rescisão de qualquer craque da bola) e os contribuintes portugueses vão meter ainda mais 550 milhões de euros no banco, além dos 2,4 mil milhões que já lá foram enterrados. O governo suportará também os encargos dos despedimentos de mais de metade dos actuais 1.580 trabalhadores (20 milhões de euros).

As relações de Cavaco Silva com antigos dirigentes do BPN foram muito criticadas pelos seus oponentes durante a última campanha das eleições presidenciais. Cavaco Silva defendeu-se dizendo que apenas tinha sido primeiro-ministro de um governo de que faziam parte alguns dos envolvidos neste escândalo. Mas os responsáveis pela maior fraude de sempre em Portugal não foram apenas colaboradores políticos do presidente, tiveram também negócios com ele. Cavaco Silva também beneficiou da especulativa e usurária burla que levou o BPN à falência. Em 2001, ele e a filha compraram (a 1 euro por acção, preço feito por Oliveira e Costa) 255.018 acções da SLN, o grupo detentor do BPN e, em 2003, venderam as acções com um lucro de 140%, mais de 350 mil euros. Por outro lado, Cavaco Silva possui uma casa de férias na Aldeia da Coelha, Albufeira, onde é vizinho de Oliveira e Costa e alguns dos administradores que afundaram o BPN. O valor patrimonial da vivenda é de apenas 199. 469,69 euros e resultou de uma permuta efectuada em
1999 com uma empresa de construção civil de Fernando Fantasia, accionista do BPN e também seu vizinho no aldeamento.

Para alguns portugueses são muitas coincidências e alguns mais divertidos consideram que Oliveira e Costa deve ser mesmo bom economista(!!!): Num ano fez as acções de Cavaco e da filha quase triplicarem de valor e, como tal, poderá ser o ministro das Finanças (!!??) certo para salvar Portugal na actual crise económica. Quem sabe, talvez Oliveira e Costa ainda venha a ser condecorado em vez de ir parar à prisão….ah,ah,ah.

O julgamento do caso BPN já começou, mas os jornais pouco têm falado nisso. Há 15 arguidos, acusados dos crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas nem sequer se sentam no banco dos réus. Os acusados pediram dispensa de estarem presentes em tribunal e o Ministério Público deferiu os pedidos. Se tivessem roubado 900 euros, o mais certo era estarem atrás das grades, deram descaminho a nove biliões e é um problema político.

Nos EUA, Bernard Madoff, autor de uma fraude de 65 biliões de dólares, já está a cumprir 150 anos de prisão, mas os 15 responsáveis pela falência do BPN estão a ser julgados por juízes “condescendentes”, vão apanhar talvez pena suspensa e ficam com o produto do roubo, já que puseram todos os bens em nome dos filhos e netos ou pertencentes a empresas sediadas em paraísos fiscais. Oliveira e Costa colocou as suas propriedades e contas bancárias em nome da mulher, de quem entretanto se divorciou após 42 anos de casamento. Se estivéssemos nos EUA, provavelmente a senhora teria de devolver o dinheiro que o marido ganhou em operações ilegais, mas no Portugal dos brandos costumes talvez isso não aconteça. Dias Loureiro também não tem bens em seu nome. Tem uma fortuna de 400 milhões de euros e o valor máximo das suas contas bancárias são apenas cinco mil euros. Não há dúvida que os protagonistas da fraude do BPN foram meticulosos, preveniram eventuais consequências e seguiram a regra de Brecht: “Melhor do que roubar um banco é fundar um”.
 
João Marcelino, diretor do Diário de Notícias

O ataque ao "pote"

O ataque ao pote vai continuar, mas agora de forma descarada e puramente política.

O vice-presidente do PSD está encarregue da Sec de Estado que irá proceder às privatizações, também como forma de garantir alguns lugares para quando forem expulsos do Governo pelos Portugueses.

Passos Coelho cria nova Secretaria de Estado para as privatizações




Às vezes, lembra-se (da presunção) da inocência…






Tal como ex-governantes da área das Obras Públicas, que foram objecto de buscas mas não são arguidos, Passos Coelho foi objecto de uma escuta, sem ser arguido. Como reage a ministra da Justiça?

No primeiro caso, diz Paula Teixeira da Cruz que ninguém está acima da lei, presumindo a culpa dos visados. Diz e repete… No segundo caso, passa-lhe a amnésia jurídica e democrática e lembra-se da presunção da inocência.

Se é do chefe que se trata, o caso muda de figura. Aí, há que dizer depressa que ser escutado não tem nada a ver com ser suspeito, arguido ou culpado, muito antes pelo contrário…

A esta pérola, junta a ministra uma outra preciosidade. A senhora, que sempre andou a dizer que os códigos foram revistos por causa de processos concretos, resolveu agora que se impõe uma revisãozinha do regime das escutas. Just in case.

Moral da história: tal como ensina George Orwell, cidadãos suspeitos, arguidos e condenados são todos iguais, mas a ministra da Justiça acrescenta a este princípio uma ligeira alteração — uns são mais iguais do que outros.

in: Câmara Corporativa

Verdades inquestionáveis


Será que a desculpa do passado servirá como explicação para isto?
Os Portugueses já perceberam a verdade, será que o Governo continuará a caminhar sozinho exigindo-nos sacrificios, para, no final, termos Défice, Desemprego, Divida mais elevada que tinhamos antes?

Será que acham normal os Portugueses pagarem mais, do que pagavam antes para terem acesso limitado à saúde, depois de tantas promessas?
Será que acham normal os Portugueses pagarem mais, do que pagavam antes para terem acesso à Educação, depois de tantas promessas?
Será que acham normal os Portugueses pagarem mais, do que pagavam antes para terem acesso à Justiça, depois de tantas promessas?
Será que acham normal os Portugueses pagarem mais, do que pagavam antes para terem uma contas ainda mais desreguladas, depois de tantas promessas?

As nossas prioridades.




A dita Festa Socialista

 
— Sr. Dr. Relvas, posso ser eu a atirar aquela muito boa da “festa socialista”?


O Álvaro, esse Vasco Graça Moura sem letras, passou pela Assembleia da República para uma despedida memorável: este Orçamento 'é a factura da festa socialista'. Ao Álvaro não se leva a ignorância a mal, até porque, durante a “festa socialista”, ele andava às voltas com o Diário de um Deus Criacionista.

Mas a central de propaganda e contra-informação do Dr. Relvas tinha a obrigação de elucidar o Álvaro, alertando-o de que Passos Coelho, ainda a malograda Dr.ª Manuela vivia a sua época de ouro, subscreveu as políticas do Governo socialista para combater a maior crise dos últimos 80 anos: “O Governo tem estado bastante bem nas respostas que tem encontrado para a crise financeira, que, de resto, não são respostas muito originais, são concertadas ao nível europeu, mas que têm funcionado bem em Portugal”.

Nessas políticas estava, por exemplo, o reforço do investimento por parte da Parque Escolar. Passos Coelho entendeu, então, que a “festa socialista” tinha sido a decisão correcta para responder à crise — até porque tinha o apoio e a cobertura da Comissão Europeia.

Esta declaração volta a ser a epígrafe do CC, substituindo um extracto do discurso de Cavaco Silva na tomada de posse em Março de 2011, que serviu como tiro de partida para o assalto dos estarolas ao aparelho do Estado: “Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos.”
 
in: Câmara Corporativa

Convenção Autárquica do Vale do Sousa e Baixo Tâmega


Pântano instalado

O pântano está de tal forma instalado e a inoperância de Passos Coelho é tão evidente, que eles até parecem ter iniciativas a roçar o gozo, face à fraca participação do Governo nas políticas Europeias.


 
Perante o facto do Governo não falar sobre o pais, o comentador e social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa vai lançar um filme para divulgar aos estados europeus a situação real portuguesa.

Carta ao Presidente da República (Pedro Marques - Enfermeiro)

Excelência,

Não me conhece, mas eu conheço-o e, por isso, espero que não se importe que lhe dê alguns dados biográficos. Chamo-me Pedro Miguel, tenho 22 anos, sou um recém-licenciado da Escola Superior de Enfermagem do Porto. Nasci no dia 31 de Julho de 1990 na freguesia de Miragaia. Cresci em Alijó com os meus avós paternos, brinquei na rua e frequentava a creche da Vila. Outras vezes acompanhava

a minha avó e o meu avô quando estes iam trabalhar para o Meiral, um terreno de árvores de fruto, vinha (como a maioria daquela zona), entre outros. Aprendi a dizer “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite” quando me cruzava na rua com terceiros. Aprendi que a vida se conquista com trabalho e dedicação. Aprendi, ou melhor dizendo, ficou em mim a génesis da ideia de que o valor de um homem reside no poder e força das suas convicções, no trato que dá aos seus iguais, no respeito pelo que o rodeia.

Voltei para a cidade onde continuei o meu percurso: andei numa creche em Aldoar, freguesia do Porto e no Patronato de Santa Teresinha; frequentei a escola João de Deus durante os primeiros 4 anos de escolaridade, o Grande Colégio Universal até ao 10º ano e a Escola Secundária João Gonçalves Zarco nos dois anos de ensino secundário que restam. Em 2008 candidatei-me e fui aceite na Escola Superior de Enfermagem do Porto, como referi, tendo terminado o meu curso em 2012 com a classificação de Bom. Nunca reprovei nenhum ano. No ensino superior conclui todas as unidades curriculares sem “deixar nenhuma cadeira para trás” como se costuma dizer.

Durante estes 20 anos em que vivi no Grande Porto, cresci em tamanho, em sabedoria e em graça. Fui educado por uma freira, a irmã Celeste, da qual ainda me recordo de a ver tirar o véu e ficar surpreendido por ela ter cabelo; tive professores que me ensinaram a ver o mundo (nem todos bons, mas alguns dignos de serem apelidados de Professores, assim mesmo com P maiúsculo); tive catequistas que, mais do que religião, me ensinaram muito sobre amizade, amor, convivência, sobre a vida no geral; tive a minha família que me acompanhou e me fez; tive amigos que partilharam muito, alguns segredos, algumas loucuras próprias dos anos em flor; tive Praxe, aquilo que tanta polémica dá, não tendo uma única queixa da mesma, discutindo Praxe várias vezes com diversos professores e outras pessoas, e posso afirmar ter sido ela que me fez crescer muito, perceber muita coisa diferente, conviver com outras realidades, ter tirado da minha boca para poder oferecer um lanche a um colega que não tinha que comer nesse dia. Tudo isto me engrandeceu o espírito. E cresci, tornei-me um cidadão que, não sendo perfeito, luto pelas coisas em que eu acredito, persigo objetivos e almejo, como todos os demais, a felicidade, a presença de um propósito em existirmos. Sou exigente comigo mesmo, em ser cada vez melhor, em ter um lugar no mundo, poder dizer “eu existo, eu marquei o mundo com os meus atos”.

Pergunta agora o senhor por que razão estarei eu a contar-lhe isto. Eu respondo-lhe: quero despedir-me de si. Em menos de 48 horas estarei a embarcar para o Reino Unido numa viagem só de ida. É curioso, creio eu, porque a minha família (inclusive o meu pai) foi emigrante em França (onde ainda conservo parte da minha família) e agora também eu o sou. Os motivos são outros, claro, mas o objetivo é mesmo: trabalhar, ter dinheiro, ter um futuro. Lamento não poder dar ao meu país o que ele me deu. Junto comigo levo mais 24 pessoas de vários pontos do país, de várias escolas de Enfermagem. Somos dos melhores do mundo, sabia? E não somos reconhecidos, não somos contratados, não somos respeitados. O respeito foi uma das palavras que mais habituado cresci a ouvir. A par dessa também a responsabilidade pelos meus atos, o assumir da consequência, boa ou má (não me considero, volto a dizer, perfeito).

Esse assumir de uma consequência, a pro-atividade para fazer mais, o pensar, ter uma perspetiva sobre as coisas, é algo que falta em Portugal. Considero ridículas estas últimas semanas. Não entendo as manifestações que se fazem que não sejam pacíficas. Não sou a favor das multidões em protesto com caras tapadas (se estão lá, deem a cara pelo que lutam), daqueles que batem em polícias e afins. Mais, a culpa do país estar como está não é sua, nem dos sucessivos governos rosas e laranjas com um azul à mistura: a culpa é de todos. Porquê? Porque vivemos com uma Assembleia que pretende ser representativa, existindo, por isso, eleições. A culpa é nossa que vos pusemos nesse pódio onde não merecem estar. Contudo o povo cansou-se da ausência de alternativas, da austeridade, do desemprego, das taxas, dos impostos. E pedem um novo Abril. Para quê? O Abril somos nós, a liberdade é nossa. E é essa liberdade que nos permite sair à rua, que me permite escrever estas linhas. O que nós precisamos é que se recorde que Abril existiu para ser o povo quem “mais ordena”. E a precisarmos de algo, precisamos que nos seja relembrado as nossas funções, os nossos direitos, mas, sobretudo, principalmente, com muita ênfase, os nossos deveres.

Porém, irei partir. Dia 18 de Outubro levarei um cachecol de Portugal ao pescoço e uma bandeira na bagagem de mão. Levarei a Pátria para outra Pátria, levarei a excelência do que todas as pessoas me deram para outro país. Mostrarei o que sou, conquistarei mais. Mas não me esquecerei nunca do que deixei cá. Nunca. Deixo amigos, deixo a minha família. Como posso explicar à minha sobrinha que tem um ano que eu a amo, mas que não posso estar junto dela? Como posso justificar a minha ausência? Como posso dizer adeus aos meus avós, aos meus tios, ao meu pai? Eles criaram, fizeram-me um Homem. Sou sem dúvida um privilegiado. Ainda consigo ter dinheiro para emigrar, o que não é para todos. Sou educado, tenho objetivos, tenho valores. Sou um privilegiado.

E é por isso que lhe faço um último pedido. Por favor, não crie um imposto sobre as lágrimas e muito menos sobre a saudade. Permita-me chorar, odiar este país por minutos que sejam, por não me permitir viver no meu país, trabalhar no meu país, envelhecer no meu país. Permita-me sentir falta do cheiro a mar, do sol, da comida, dos campos da minha aldeia. Permita-me, sim? E verá que nos meus olhos haverá saudade e a esperança de um dia aqui voltar, voltar à minha terra. Voltarei com mágoa, mas sem ressentimentos, ao país que, lá bem no fundo, me expulsou dele mesmo.

Não pretendo que me responda, sinceramente. Sei que ser político obriga a ser politicamente correto, que me desejará boa sorte, felicidades. Prefiro ouvir isso de quem o diz com uma lágrima no coração, com o desejo ardente de que de facto essa sorte exista no meu caminho.

Cumprimentos,
Pedro Marques

Enviada para a Presidência da República.

Quem diria...

 

 
As energias Renováveis estão a fazer baixar o preço da eletricidade na produção, senão os portugueses pagariam a eletricidade mais cara do que estão a pagar. É o que diz o presidente da Associação Portuguesa das Energias Renováveis (Apren) que aponta para uma poupança de 15 por cento no ano passado, e num retorno do investimento do país, nos últimos anos, nesta energia verde. E grande parte desse contributo vem da eólica.

A ESTUPIDEZ É COMO A PACIÊNCIA…TEM LIMITES!

A proposta de extinção de freguesias foi, como se sabe, idealizada pelo Ministro Miguel Relvas. De acordo com esta lei (absurda, digo eu), até à passada segunda feira, os 308 municípios portugueses tiveram de enviar a respectiva proposta para unidade técnica junto da Assembleia da República.

Relativamente à lei propriamente dita, esta não passa de um monumental disparate e sem qualquer mais valia em termos económicos e organizacionais. Ninguém, com o mínimo de imparcialidade, poderá atestar que, por exemplo, o concelho de Paços de Ferreira sairá beneficiado ou que o erário público vai ganhar 1 cêntimo com estas alterações. O que aconteceu foi apenas uma obediência cega e acriançada às ordens emanadas pelo defunto Ministro Relvas, ao fundir 4 das 16 freguesias, e retirar do mapa, sem qualquer pudor, a freguesia de Modelos. Com isto Pedro Pinto, presidente dos autarcas social democratas, provou que acima da terra que o elegeu está o seu PPD.

Mas a absoluta falta de senso e decoro políticos do dito Dr. Relvas, também nesta matéria voltou a ser evidente. A história é simples e ridícula. Como se sabe, o Ministro Relvas é também presidente da Assembleia Municipal de Tomar. De acordo com a lei que esta ilustre figura da democracia portuguesa idealizou, compete à Assembleia Municipal votar e enviar a proposta final de reorganização das freguesias para Lisboa. Seria natural que, pelo menos em Tomar, o procedimento fosse seguido como mandam as regras que o seu Presidente da Assembleia Municipal, na qualidade de Ministro, colocou no papel.

Sucede que, paradoxalmente, não foi isso que aconteceu. No dia 3 de Outubro a Assembleia Municipal deliberou enviar para Lisboa o mapa das freguesias de Tomar. Até aqui a lei que o Relvas Ministro fez foi cumprida pelo Relvas Presidente da Assembleia Municipal. Mas o conteúdo da deliberação, esse é surreal: Aquilo que o Relvas Presidente da AM entregou ao Relvas Ministro foi a manutenção das mesmas 16 Juntas de Freguesia de Tomar!

Aliás, a votação na Assembleia Municipal de Tomar foi sintomática: à proposta apresentada pelo PS local no sentido de se manterem as 16 Juntas de Freguesias, apenas um eleito do PSD votou contra.

Mas a trapalhada não fica por aqui. A tal unidade técnica que decide a reforma (Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território) é presidida pelo presidente da Assembleia Municipal de Coimbra, Manuel Porto. O autarca já disse, várias vezes e em público, que é contra a reforma. E o órgão a que preside decidiu, por unanimidade, rejeitar a redução de freguesias. Manuel Porto solidarizou-se e até votou contra a redução. 

Face a tudo isto, aquilo que sinceramente espero é que ainda haja uma réstia de respeito pelos portugueses e, em consequência, esta reforma seja definitivamente abandonada. A estupidez é como a paciência…tem limtes!

in: Verdadeiro Olhar

António José Seguro

Verdade seja dita.

António José Seguro foi recebido no Palácio do Eliseu por Hollande (muito pouco habitual para quem segue a política francesa, uma vez que não é normal o Presidente Francês receber líderes da oposição).

E nisto conseguiu mais resultados do que Passos Coelho e Portas com a sua pobre política europeia.

Foi preciso Seguro arrepiar caminho e ir até Paris, para que alguém com poder levantasse a voz e dissesse que a política de austeridade aplicada e exigida a Portugal não pode continuar.

Muito bem.

João Galamba sobre o OE

Investigue-se e a ser verdade - Demita-se!

Um Ministro a enganar deputados e o país? 

"O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, construiu e mostrou aos deputados um mapa com simulações de IRS para 2013 com erros e feito de forma a mostrar que os ricos irão pagar mais do que os pobres. No entanto, segundo escreve hoje o Público, a verdade é bem diferente e refeito o quadro com a verdade dos números prova-se que os escalões mais baixos correspondentes às pessoas com menores rendimentos serão precisamente os que mais vão pagar acentuando de forma evidente uma maior diferença entre pobres e ricos.

Só que no dia seguinte foram vários os organismos a desmontar os números preparados por Vítor Gaspar, alegadamente construídos para agradar aos deputados, principalmente aos do CDS-PP que mostravam maior descontentamento em relação ao orçamento, começando pelas firmas de consultadoria que demonstravam de forma inequívoca que os escalões de menores rendimentos serão os que mais agravamentos irão sofrer."

Relvices

"O Comunicado do Conselho de Ministros de hoje é uma boa imagem da suposta transparência do processo de privatizações: o Governo aprova o Caderno de Encargos da privatização da TAP (ponto 4) no mesmo dia em que escolhe o vencedor (ponto 5). 

O que nasceu antes: o ovo ou a galinha? Até pode parecer que o Caderno de Encargos só foi aprovado depois de se saber o que o único candidato pretendia. "

Quando é que Aguiar Branco contesta D. J. Policarpo?

"Quando D. Januário Torgal Ferreira foi mais assertivo sobre o que pensa deste governo o ministro Aguiar Branco deixou o aviso: "o senhor bispo deve obediência às regras da Igreja" e espera "que faça uma opção: ou ser comentador político ou ser bispo das Forças Armadas". 
 
Não caiu em saco roto. A semana passada o presidente da Conferência Episcopal, D. José Policarpo, dizia que "não se resolve nada contestando, indo para grandes manifestações" e avisava que o protesto na rua corresponde a "uma corrosão da harmonia democrática da nossa constituição e do nosso sistema constitucional". Não incomodando ninguém (e bem) por ser "comentador político", acrescentou: "este sacrifício levará a resultados positivos, não só para nós como para a Europa". 
 
Curiosamente, no mesmo momento, o padre Manuel Marujão, porta-voz da Conferência Episcopal, dizia que "a Igreja Católica não aceita que os templos e os edifícios destinados à formação e à pastoral paguem IMI. A Concordata é um tratado internacional que tem de ser cumprido". O sacrifício é excelente, já se vê, se for para os outros." - Daniel Oliveira
 
 
Tratamento Diferenciado... consoante as palavras.

Convém Esclarecer!


O "Barrete" das PPP de António Barreto


Inquérito/PPP: António Barreto não conhece "nenhuma" cláusula secreta mas admite ter criado a convicção de que existem



O país parou quando António Barreto, distinto sociólogo e comentador televisivo referiu que sabia se cláusulas secretas nas PPP do Estado.

Obviamente era algo muito grave e que merecia ser investigado judicialmente e punir os responsáveis.

Porém, António Barreto foi chamado "à pedra" na Comissão Parlamentar de Inquérito e aí, onde deveria explicar tudo direitinho, afinal disse não conhecer "nenhuma" cláusula secreta nas parcerias público-privadas (PPP), mas admite ter criado "a convicção que existem cláusulas secretas ou reservadas ou contingentes".

Em psiquiatria isto poderia ser traduzido como Confabulações, mas já que estamos a falar de pessoas sãs, tal suspeição infundada deveria ser alvo de processo judicial.

Como poderemos levar este senhor a sério daqui para a frente?

Convenção Autárquica Vale do Sousa e Baixo Tâmega


Questões

O que se chama quando num dia se diz uma coisa e no outro se faz outra?

O que se chama quando a descida da TSU era a solução para a competitividade e só com os "berros" do povo é que viram que não iria resultar?

O que se chama quando é anunciado o aumento brutal do IMI e depois volta-se atrás?

O que se chama quando um Orçamento de Estado é discutido em Conselho de Ministros largas horas, à pressa e nos dias anteriores à sua apresentação final?

O que se chama quando um Orçamento de Estado é apresentado às 17 horas e passado uma hora, os mesmos responsáveis, dizem que pode haver espaço para novas negociações e alterações?



Colocar o dedo na ferida (Prós e Contras)

Questão a ser colocar da PPC e MR

Quando Passos Coelho e Miguel Relvas, daqui para a frente, falarem em "vivemos muito tempo acima das nossas possibilidades", "estamos a pagar dívidas do passado", etc etc etc, cabe-nos perguntar o seguinte:

"Quem inventa, autoriza e tenta executar um programa de formação no valor de 1,2 milhões de euros para funcionários de aeródromos inexistentes ou perdidos no meio do nada, com dinheiros públicos, em consonância com amigos de uma empresa privada é ou não é responsável pelo estado do país?"

Foi há meio ano, mas está tão atual



"Sr. primeiro-ministro, depois das medidas que anunciou sinto uma força a crescer-me nos dedos e uma raiva a nascer-me nos dentes. Também eu, senhor primeiro-ministro. Só me apetece rugir!...

O que o Senhor fez, foi um Roubo! Um Roubo descarado à classe média, no alto da sua impunidade política! Por isso, um duplo roubo: pelo crime em si e pela indecorosa impunidade de que se revestiu. E, ainda pior: Vossa Excelência matou o País!

Invoca Sua Sumidade, que as medidas são suas, mas o déficite é do Sócrates! Só os tolos caem na esparrela desse argumento. O déficite já vem do tempo de Cavaco Silva, quando, como bom aluno que foi, nos anos 80, a mando dos donos da Europa, decidiu, a troco de 700 milhões de contos anuais, acabar com as Pescas, a Agricultura e a Industria. Farisaicamente, Bruxelas pagava então, aos pescadores para não pescarem, e aos agricultores para não cultivarem. O resultado foi uma total dependência alimentar, uma decadência industrial e investimentos faraónicos no cimento e no alcatrão. Bens não transacionáveis, que significaram o êxodo rural para o litoral, corrupção larvar e uma classe de novos muitíssimo-ricos. Toda esta tragédia, que mergulhou um País numa espiral deficitária, acabou, fragorosamente, com Sócrates. O déficite é de toda esta gente, que hoje vive gozando as delícias das suas malfeitorias. E você é o herdeiro e o filho predileto de todos estes que você, agora, hipocritamente, quer pôr no banco dos réus?

Mas o Senhor também é responsável por esta crise. Tem as suas asas crivadas pelo chumbo da sua própria espingarda. Porque deitou abaixo o PEC4, de má memória, dando asas aos abutres financeiros para inflacionarem a dívida para valores insuportáveis e porque invocou como motivo para tal chumbo, o caráter excessivo dessas medidas. Prometeu, entretanto, não subir os impostos. Depois, já no poder, anunciou como excecional o corte no subsídio de Natal. Agora, isto! Ou seja, de mentira em mentira, até a este colossal embuste, que é o Orçamento Geral do Estado.

Diz Vossa Eminência que não tinha outra saída. Ou seja, todas as soluções passam pelo ataque ao Trabalho e pela defesa do Capital Financeiro. Outro embuste. Já se sabia no que resultaram estas mesmas medidas na Grécia: no desemprego, na recessão e num déficite ainda maior. Pois o senhor, incauto e ignorante, não se importou de importar tão assassina cartilha. Sem Economia, não há Finanças, deveria saber o Senhor. Com ainda menos Economia (a recessão atingirá valores perto do 5% em 2012), com muito mais falências e com o desemprego a atingir o colossal valor de 20%, onde vai Sua Sabedoria buscar receitas para corrigir o déficite? Com a banca descapitalizada (para onde foram os biliões do BPN?), como traçará linhas de crédito para as pequenas e médias empresas, responsáveis por 90% do desemprego?

O Senhor burlou-nos e espoliou-nos. Teve a admirável coragem de sacar aos indefesos dos trabalhadores, com a esfarrapada desculpa de não ter outra hipótese. E há tantas! Dou-lhe um exemplo: o Metro do Porto. Tem um prejuízo de 3.500 milhões de euros, é todo à superfície e tem uma oferta 400 vezes!!! superior à procura. Tudo alinhavado à medida de uns tantos autarcas, embandeirados por Valentim Loureiro. Outro exemplo: as parcerias publico-privadas, grande sugadouro das finanças públicas. Outro exemplo: Dizem os estudos que, se V. Ex.ª cortasse, na mesma percentagem, os rendimentos das 10 maiores fortunas de Portugal, ficaríamos aliviadinhos de todo, desta canga deficitária. Até porque foram elas, as grandes beneficiárias desta orgia grega que nos tramou. Estaria horas, a desfiar exemplos e Você não gastou um minuto em pensar em deslocar-se a Bruxelas, para dilatar no tempo, as gravosas medidas que anunciou, para Salvar Portugal!

Diz Boaventura de Sousa Santos que o Senhor Primeiro-Ministro é um homem sem experiência, sem ideias e sem substrato académico para tais andanças. Concordo! Como não sabe, pretende ser um bom aluno dos mandantes da Europa, esperando deles, compreensão e consideração. Genuina ingenuidade! Com tudo isto, passou de bom aluno, para lacaio da senhora Merkel e do senhor Sarkhozy, quando precisávamos, não de um bom aluno, mas de um Mestre, de um Líder, com uma Ideia e um Projeto para Portugal. O Senhor, ao desistir da Economia, desistiu de Portugal! Foi o coveiro da nossa independência. Hoje, é, apenas, o Gauleiter de Berlim.

Demita-se, senhor primeiro-ministro, antes que seja o Povo a demiti-lo."

Nicolau Santos (Expresso) - Março 2012

Dos Açores para o resto do país


Com os resultados das eleições regionais dos Açores, comprovamos que o trabalho desenvolvido pelo PS ao longo dos anos é reconhecido e não terminou na pessoa de Carlos César. Observamos que a sucessão dentro do mesmo partido é bem-vinda para este e muitos outros casos, quando há mérito e reconhecimento.

Para além de tudo isto, esta eleição foi demonstrativa do que o povo pensa das políticas do PSD e CDS.

Portugal Participa: Depende de Nós Braga, 19 – 21 de Outubro

O Conselho Nacional de Juventude (CNJ), em coordenação com o Instituto Português de Desporto e Juventude (IPDJ) e contando com o apoio do Programa Juventude em Acção e da Capital Europeia da Juventude vai realizar o Seminário Nacional do projecto Portugal Participa – Depende de Nós, no Museu D. Diogo de Sousa, em Braga, de 19 a 21 de Outubro. A iniciativa insere-se no conjunto de actividades que o CNJ tem estado a promover, no âmbito do Diálogo Estruturado do Quadro de Cooperação Europeia em matéria de juventude. Organizações de juventude, jovens, decisores políticos, trabalhadores na área da juventude e peritos vão estar reunidos para debater os temas da Democracia, Cidadania Activa e Inclusão Social.
 
O programa do seminário contempla sessões plenárias, mesas redondas e grupo de trabalho (bem como momentos culturais e de convívio), com o objectivo de serem trabalhadas recomendações sobre políticas de juventude, nas áreas da Participação e Inclusão Social. Será dada continuidade aos cinco seminários regionais já realizados (Açores, Coimbra, Évora, Madeira e Valongo) e serão partilhados os resultados dos eventos europeus de juventude dedicados à Participação (presidências da UE dinamarquesa e cipriota), no âmbito do processo do diálogo estruturado, promovendo a reflexão e a comparação entre a visão europeia e nacional. Os objectivos deste seminário passam também por promover a partilha de informação e troca de experiências sobre programas existentes para o fomento da participação, aprofundando-se o diálogo e parceria entre os vários actores envolvidos, cabendo aos jovens um papel principal. 
 
Para o CNJ, estes momentos assumem grande relevância, pois possibilitam a consulta/auscultação, partilha, criação de redes, integrando os resultados no seu trabalho de advocacy em prol de mais e melhores políticas dirigidas aos jovens. O recurso às metodologias da educação não formal serão recorrentes.
 
As inscrições são gratuitas e estão abertas até ao dia 14 de Outubro. O alojamento e alimentação estão a cargo da organização. Contamos com a tua participação! (mais informações em www.portugalparticipa.pt ou geral@cnj.pt)

Notícia para posterior analise dos paladinos da ética e da verdade


Fundo Social Europeu

Relvas e Passos agiram juntos para angariar contratos: os documentos 

 

 

Amílcar Neto - Uma personalidade lousadense

O Partido Socialista de Lousada vem por este meio expressar o seu pesar pelo falecimento do ilustre e estimado Lousadense - Amílcar Neto.

Ex-Presidente da CM Lousada e ex-Comandante dos Bombeiros Voluntários de Lousada (entre outras), foi uma figura incontornável da sociedade Lousadense.

Os nossos mais sinceros pêsames.

O "Sucesso" do programa de ajustamento Grego


Este é o resultado do programa de ajustamento financeiro da Grécia.

Certamente BCE, FMI e UE estão tremendamente agradados com a situação.

JS Lousada promove Campanha de Recolha de Roupa e Livros

A Juventude Socialista de Lousada promove durante os meses de outubro, novembro e dezembro uma campanha solidária de Recolha de Roupa e Livros por todo o concelho de Lousada.

Numa das fases mais difíceis que o nosso país atravessa, toda a ajuda é pouca. Por isso, solicitamos a todos vós que tentem reunir algumas peças de roupa que não usem e livros que não precisem, para que possam ser úteis a outras pessoas do nosso concelho.

Quanto à recolha do material, nós mesmo iremos a vossa casa recolhê-lo consoante a nossa disponibilidade. Para isso basta contactarem-nos para o 91 189 49 42 (por mensagem ou telefonema), para o mail js@lousada.net, ou ainda pelo nosso Facebook (facebook.com/juventudesocialistalousada).

Todo o material recolhido será distribuído por várias instituições de solidariedade em Lousada, durante o mês de dezembro.

PARTICIPA!

A (des)igualdade do PSD/CDS para com os mais necessitados

Quando vemos alguém da ala direita, do Governo, representantes do PSD e do CDS falarem em redistribuição do dinheiro pelos mais necessitados, taxar os mais ricos para que possam dar aos mais pobres, sabemos que isso não passa de conversa para "inglês ver".

Senão vejamos mais uma noticia fresquinha!!!

IRS sobe mais para quem ganha menos 

Os contribuintes com rendimentos menores vão ter um aumento maior do imposto a pagar do que aqueles que ganham mais. Este é o resultado das mexidas nos escalões de IRS implementadas pelo Governo de Pedro Passos Coelho

Era possível acabar com esta crise já. Se “eles” quisessem - Paul Krugman


Nestes últimos três anos caiu-nos uma depressão em cima da cabeça, e o que fizemos? Procurámos culpados. O “viver acima das nossas possibilidades” e “os malefícios do endividamento” são duas cantigas populares dos últimos anos. E, no entanto, antes de a crise ter rebentado na América e de se ter propagado à Europa, o nível de endividamento de alguns dos países do sul da Europa, como Portugal e Espanha, tinha vindo a reduzir-se. Os gráficos estão lá e mostram que sim (como mostram que o gigante alemão também está fortemente endividado). Mas porque é que as pessoas não querem acreditar nisto? Nem sequer apreender o facto de terem sido “praticamente todos os principais governos” que, “nos terríveis meses que se seguiram à queda do banco de investimento Lehman Brothers, concordaram em que o súbito colapso das despesas do sector privado teria de ser contrabalançado e viraram-se então para uma política orçamental e monetária expansionista num esforço para limitar os danos”? A Comissão Europeia e a Alemanha estavam “lá”. E, de repente, tudo mudou.

Uma das maiores dificuldades de lidar com esta crise é, em primeiro lugar, o facto natural de tanto o cidadão comum como Jesus Cristo não perceberem nada de finanças, a menos quando lhe vão ao seu próprio bolso (ou perde o emprego). A outra é o poder da narrativa do “vivemos acima das nossas possibilidades”, aquilo a que Krugman chama a “narrativa distorcida” europeia , “um relato falso sobre as causas da crise que impede verdadeiras soluções e conduz de facto a medidas políticas que só pioram a situação”. Krugman ataca “uma narrativa absolutamente errada”, consciente de que “as pessoas que apregoam esta doutrina estão tão relutantes como a direita americana em ouvir a evidência do contrário”.

Três quartos do livro-manifesto “Acabem com esta crise já” é dedicado aos Estados Unidos, pátria de Krugman. Mas tendo em conta o nosso “interesse nacional”, centremo-nos no que diz sobre a Europa.

Krugman refuta a explicação popular e maioritária sobre a situação actual na Europa – países sob tutela de troika e pedidos de resgate à média de dois por ano. “Eis, então, a Grande Ilusão da Europa: é a crença de que a crise da Europa foi essencialmente causada pela irresponsabilidade orçamental. Diz essa história que os países europeus incorreram em excessivos défices orçamentais e se endividaram demasiado – e o mais importante é impor regras que evitem que isto volte a acontecer”.

Krugman aceita que a Grécia (e Portugal, “embora não à mesma escala) incorreu em “irresponsabilidade orçamental”, mas recusa a “helenização” do problema europeu. “A Irlanda tinha um excedente orçamental e uma dívida pública reduzida na véspera do deflagrar da crise (...) A Espanha também tinha um excedente orçamental e uma dívida reduzida. A Itália tinha um alto nível de endividamento herdado das décadas de 1970 e 1980, quando a política era realmente irresponsável, mas estava a conseguir fazer baixar de forma progressiva o rácio do endividamento em relação ao PIB”. Ora um graficozinho do FMI demonstra que, enquanto grupo, “as nações europeias que se encontram actualmente a braços com problemas orçamentais conseguiram melhorar de forma progressiva a sua posição de endividamento até ao deflagrar da crise”. E foi só com a chegada da crise americana à Europa que a dívida pública disparou. Explicar isto aos “austeritários” é uma tarefa insana. Diz Krugman: “Muitos europeus em posições-chave – sobretudo políticos e dirigentes na Alemanha, mas também as lideranças do Banco Central Europeu e líderes de opinião espalhados pelo mundo das finanças e da banca – estão profundamente comprometidos com a Grande Ilusão e nada consegue abalá-los por mais provas que haja em contrário. Em consequência disso, o problema de responder à crise é muitas vezes formulado em termos morais: as nações estão com problemas porque pecaram e devem redimir-se por via do sofrimento”. Ora é esta exactamente a história que nos conta o governo e que é, segundo Paul Krugman, “um caminho muito mau para se abordar os problemas que a Europa enfrenta”.

Ao contrário do que muita gente possa pensar, Krugman não é um perigoso socialista. E, céus, até defende a austeridade (alguma, mas não esta). Vejam como ele explica a crise espanhola, que considera a crise emblemática da zona euro: “Durante os primeiros oito anos após a criação da zona euro a Espanha teve gigantescos influxos de dinheiro, que alimentaram uma enorme bolha imobiliária e conduziram a um grande aumento de salários e dos preços relativamente aos das economias do núcleo europeu [Alemanha, França e Benelux]. O problema essencial espanhol, do qual derivam todos os outros, é a necessidade de voltar a alinhar custos e preços. Como é que isso pode ser feito?”. O Nobel explica: “Poderia ser feito por via da inflação nas economias do núcleo europeu. Imagine-se que o BCE seguia uma política de dinheiro fácil enquanto o governo alemão se empenhava no estímulo orçamental; isto iria implicar pleno emprego na Alemanha mesmo que a alta taxa de desemprego persistisse em Espanha. Os salários espanhóis não iriam subir muito, se é que chegavam a subir, ao passo que os salários alemães iriam subir muito; os custos espanhóis iriam assim manter-se nivelados, ao passo que os custos alemães subiriam. E para a Espanha seria um ajustamento relativamente fácil de fazer: não seria fácil, seria relativamente fácil”.

Ora, esta maneira “relativamente fácil” de resolver a crise europeia tem estado condenada (vamos ver o que se segue ao novo programa de compra de dívida do BCE, criticado pelo presidente do Bundesbank) pela irredutibilidade alemã relativamente à inflação, “graças às memórias da grande inflação ocorrida no início da década de 1920”. Krugman lembra bem que estranhamente “estão muito mais esquecidas as memórias relativas às políticas deflacionárias do início da década de 1930, que foram na verdade aquilo que abriu caminho para a ascensão daquele ditador que todos sabemos quem é”.

O que trama as nações fracas do euro (como Espanha e Portugal) é, não tendo meios de desvalorizar a moeda – como fez a Islândia no rescaldo da crise com sucesso – estão sujeitas ao “pânico auto--realizável”. O facto de não poderem “imprimir dinheiro” torna esses países vulneráveis “à possibilidade de uma crise auto-realizável, na qual os receios dos investidores quanto a um incumprimento em resultado de escassez de dinheiro os levariam a evitar adquirir obrigações desse país, desencadeando assim a própria escassez de dinheiro que tanto receiam”. É este pânico que explica os juros loucos pagos por Portugal, Espanha e Itália, enquanto a Alemanha lucra a bom lucrar com a crise do euro – para fugir ao “pânico” os investidores emprestam dinheiro à Alemanha sem pedir juros e até dando bónus aos alemães por lhes deixarem ter o dinheirinho guardado em Frankfurt.

Se Krugman defende que “os países com défices orçamentais e problemas de endividamento terão de praticar uma considerável austeridade orçamental”, defende que para sair da crise seria necessário que “a curto prazo, os países com excedentes orçamentais precisam de ser uma fonte de forte procura pelas exportações dos países com défices orçamentais”.

Nada disto está a acontecer. “A troika tem fornecido pouquíssimo dinheiro e demasiado tardiamente” e, “em resultado desses empréstimos de emergência, tem-se exigido aos países deficitários que imponham programas imediatos e draconianos de cortes nos gastos e subidas de impostos, programas que os afundam em recessões ainda mais profundas e que são insuficientes, mesmo em termos puramente orçamentais, à medida que as economias encolhem e causam uma baixa de receitas fiscais”. Conhece esta história, não conhece?
 
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Relvas - Por favor, demita-se por uma vez!!!

Relvas ajudou empresa ligada a Passos a ter monopólio de formação em aeródromos do Centro 

 

"A Tecnoforma, empresa de que Passos Coelho foi consultor e depois gestor, conseguiu fazer aprovar na Comissão de Coordenação Regional do Centro (CCDRC), em 2004, um projecto financiado pelo programa Foral para formar centenas de funcionários municipais para funções em aeródromos daquela região que não existiam e nada previa que viessem a existir. (...)"

E que tal alguma decência?

Carros novos da bancada socialista custaram 210 mil euros

Curiosidades

Hoje em dia, todos aqueles apoiantes fervorosos de Passos Coelho, que se atropelavam para ficar mais juntinho dele nas fotos em plena campanha eleitoral, que diziam conhecê-lo há muitos anos e que ele era a solução para o país, estão a deixá-lo sozinho e ainda por cima, criticam-no publicamente.

O que sentem os militantes mais acérrimos do PSD perante o posicionamento constante dos seus representantes face a Passos Coelho. Face ao evitamento, face à vergonha em se associarem a Passos, Relvas, Aguiar-Branco e companhia?

Estão todos a abandonar o barco? Porquê?

Uma questão Polar

Na primeira versão do memorando assinado com a troika, o governo previa arrecadar pelo menos 150 milhões de euros em 2013 com a atualização do IMI. Na segunda revisão, esse valor subiu para 250 milhões de euros, montante que se manteve no memorando que resultou da terceira e quarta avaliações. Enquanto não sai a quinta avaliação, a imprensa vai avançando com estimativas de quanto é que aumentará a receita no próximo ano, eliminada a cláusula de salvaguarda. Segundo esta notícia, o acréscimo de receita será da ordem dos 900 milhões.

Gaspar não faz a coisa por menos. Afinal, ele joga com este gesto a sua própria sobrevivência, não apenas política, mas intelectual, bem mais importante para quem substituiu a realidade por modelos totémicos.

Como bem lembrou ontem o professor Marcelo, ele é como aquele caçador que só tem uma bala para acertar no urso. O urso, bem entendido, é a população portuguesa.

    Pedro T. (in: CC)