Krugman segundo Eva Gaspar

É oficial: Eva Gaspar não sabe ler. No início de janeiro, Eva Gaspar inventou um post onde Krugman teria defendido a tese de que Portugal e Grécia poderiam não ter alternativa a uma política de austeridade. Hoje, Eva Gaspar diz que Krugman terá dado uma entrevista ao Le Monde onde defendeu que os chamados periféricos devem cortar os salários em 20%, uma solução que, assegura a jornalista do Negócios, este economista tem vindo a defender nos últimos dois anos. Qualquer pessoa minimamente familiarizada com o que Krugman escreve sabe que este nunca poderia defender tal coisa. Aliás, basta ler o que Krugman diz na entrevista para se perceber que, em momento algum, Krugman defende a posição que Eva Gaspar lhe atribui:
Le problème de compétitivité viendrait donc de salaires trop élevés en Europe du Sud par rapport à l'Allemagne ?

Au final, le problème est celui d'un déséquilibre des balances des paiements. Mais, si on prend l'exemple de l'Espagne, les salaires espagnols n'ont pas toujours été au-dessus de la moyenne. C'est un phénomène récent. Après la création de l'euro, il y a eu des afflux massifs de capitaux dans les pays dits à la périphérie de l'Europe qui ont provoqué une bulle du crédit.
Ainsi, que faut-il faire ?

Le problème de la zone euro, c'est sa construction même. Tout cela n'arrive pas par surprise : il y a vingt ans déjà, cette union monétaire provoquait des débats académiques, on se demandait comment ce système pouvait gérer un choc asymétrique, une récession plus profonde dans un pays que dans un autre. Mais la question a été négligée. Aux Etats-Unis, ces chocs asymétriques sont gérés, pas toujours parfaitement, grâce à un système budgétaire intégré et une mobilité très élevée.
L'Europe n'a aucun de ces deux atouts. II lui faut donc quelque chose d'autre pour donner plus de souplesse au système. Une politique monétaire moins stricte avec une inflation plus élevée - autour de 4 % - offrirait une part de la flexibilité qui manque à la zone euro.

in: Jugular

Um Polvo que usa Luvas Brancas


Terminado mais um reality show, eis que surge um novo Big Brother, este mais à moda antiga, qual epopeia Owerlliana.

O leitor mais atento, concerteza já terá percebido, o que venho aqui tratar é da polémica envolta e instalada numa organização de secreta de acesso restrito denominada Maçonaria, instalada nos 5 continentes durante séculos em que Portugal não é excepção.

Só agora algumas pessoas menos atentas à forma como temos sido ”controlados”, deram conta da existência de tal organização oculta como que saída de um qualquer livro de Dan Brown, mas, como esta, existem/existiram outras durante séculos. Uma delas foi a extinta Carbonária, que em determinada altura da história fora absorvida pela Maçonaria, daí serem paralelas e estarem infimamente ligadas. Existem registos de que tal tipo de associação começara já em meados do séc. XIII ou até antes, em que apenas homens classificados como de “iluminados” se reuniam a fim de darem o seu contributo para um desenvolvimento justo, democrático, e equilibrado da sociedade em que se inseriam.

A Carbonária exerceu a sua principal actividade desde o fim do Séc. XVIII até meados do Séc. XIX, em movimentos revolucionários, particularmente em Espanha, Itália, França, mais especificamente na reunificação Italiana e na revolução Francesa, foi da Carbonária que nasceram conceitos tais como, os princípios Franceses e universais de “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” e o reconhecimento dos Direitos Humanos.

Também em Portugal tiveram papel activo, no avanço de ideais progressistas, especificamente no contributo dado a quando da Implantação da República Portuguesa de 1910, ou seja, os princípios apostólicos destas instituições assentavam em conceitos nobres, tais como, a educação para todos, humanidade, igualdade de géneros, justiça, democracia sem distinções.

Hoje, esses conceitos estão completamente enterrados na ganância de poder económico, social, politico, dos seus membros. A Maçonaria destas ultimas décadas, não passa de uma pura e simples criptocracia assente na corrupção e tráfico de influencias transformando o estado numa autentica cleptocracia, cujos membros, altas figuras do estado, magistrados, políticos, banqueiros, empresários, …, se reúnem envoltos em secretismo em determinadas “lojas” (locais de culto, estimam-se mais de meia centena espalhadas pelo país) a fim de cumprirem certos rituais, dignos de uma qualquer seita e ao mesmo tempo discutirem os seus interesses, com o objectivo de alcançar favorecimentos comuns.

Concerteza importará da mesma forma, tanto ao caro leitor como a mim, ou seja, nada, o facto de estes sujeitos se reunirem numa sala, usando aventaizinhos rendados à cinta, colarzinhos, chapéus tri-corno e luvinhas brancas da pureza. O que me incomoda e nos deve preocupar é o facto de que estes tipos, controlam tudo à sua maneira, em que o “vulgar” cidadão não passa de uma simples marioneta num jogo sujo e corrupto. Ora vejamos como funciona o tal jogo do polvo:
O caso começa em meados de Julho quando o jornal “Expresso” divulga a situação que envolve o Estado, uma especifica loja Maçonica “loja Mozart” e uma empresa chamada “Ongoing” que é uma denominada sociedade de investimentos, com uma estrutura extremamente complexa, ligada à Tmn, Impresa, PT, Zon, entre outras. Esta empresa está ligada a casos muitíssimo pouco claros, como a alegada tentativa de cercear a liberdade de imprensa sobre o caso Face Oculta, ou o combate à Opa lançada pela Sonae à PT. Voltando ao caso denunciado pelo “Expresso” as ilegalidades centram-se no facto de um “Sr.” chamado Jorge Silva Carvalho, que enquanto director dos serviços secretos do estado, passava informações confidenciais adquiridas de forma ilegal à Ongoing, para a qual ele e João Alfaro outro ex-espião foram posteriormente trabalhar, ambos curiosamente “irmãos” da mesma loja maçónica, a Mozart, o caso não fica por aqui, todos os relatórios ao caso enviados pela comissão de fiscalização são claras tentativas de branqueamento, que estão a terminar na reestruturação dos serviços secretos, em que, claramente os que, pactuaram nos actos ilegais mantêm-se inabaláveis, enquanto são afastadas as pessoas que de algum modo contribuíram para a denuncia do caso, voltando ao caso do branqueamento conveniente será referir que o líder parlamentar do partido que se encontra actualmente no poder, pertence à mesmíssima loja Mozart, coincidências, como dizia o outro.

Esperemos que neste caso se faça uma real limpeza e se comecem a mudar os costumes deste país de uma vez por todas, ou seja, que se limpe de vez com este lixo altamente radioactivo, e que este caso não tenha o mesmo desfecho que o “caso Universidade Moderna”, também envolvendo a Maçonaria.

Conveniente não esquecer…

”Big brother is watching you”.

Hélder Leal
JS Lousada
in: TVS

Projecto de lei da cópia privada - JS

JS vai propor «um limite máximo que os preços podem atingir, taxas progressivas e excepções, por exemplo nos fotógrafos que usam discos para o seu trabalho» no projecto de lei da cópia privada, relevou o Secretário-Geral da JS, Pedro Delgado Alves

JS defende mudanças no PL118

As propostas de alterações ao PL118 não virão apenas de associações dos vendedores, que estão contra a taxa, ou de consumidores. A Juventude Socialista (JS) espera mudanças.
Pedro Delgado Alves, da JS, disse ao Destak que é preciso «haver um meio termo, para não penalizar tanto os consumidores». Por isso, a JS vai propor «um limite máximo que os preços podem atingir, taxas progressivas e excepções, por exemplo nos fotógrafos que usam discos para o seu trabalho».
Embora não esteja previsto no PL118, Alves admite que os autores podem ter outros meios de remuneração no futuro, «com a generalização da Internet».
Mas essa é uma discussão global, complexa, que envolve muitos interesses e que é muito pouco pacífica.

in: Destak

67 anos de luto

27 de janeiro de 1945, o Exército Vermelho libertou Auschwitz.

 "Filmem e fotografem o máximo possível, pois pode ser que um dia digam que nada disso aconteceu"

Dwight Eisenhower (General do Exército Norte-americano - II Guerra Mundial)




A Lei das Rendas e o Liberalismo-Nestum

Os EUA ainda são famosos pelo famoso problema "inner city", que é mais ou menos isto: a procura de escritórios nos centros das cidades faz subir todas rendas, de tal forma que ficam inacessíveis aos que procuram apenas morar lá. 
Mas há uma cidade, pelo menos, que escapa a isso: Nova Iorque. 

E como é que isso é feito? Simples, através de complicados sistemas que fazem com que no centro haja zonas de rendas protegidas, zonas de rendas subsidiadas, para artistas, por exemplo, e gigantescos quarteirões de boa "habitação social". 

Claro que aquilo por lá não é um mar de rosas, mas a verdade é que há estudantes a viver em plena Manhattan, a dois passos de Wall St. A teia de leis é quase tão complexa como numa cidade medieval. E funciona. Não sei como será nas cidades europeias avançadas, mas presumo que na Suíça ou na Dinamarca haja coisas parecidas. 

Por cá, vamos ter mais uma experiência deste liberarlismo-Nestum (será Cerelac?) que nos governa. Uma lei das rendas estúpida (my apologies...), como é ainda mais estúpido o que se está a fazer com os transportes públicos. Enfim, dizem que os países nunca aprendem com o que se faz alhures e que todos precisam de passar por todas as fases de crescimento. 

Mas, com tanta gente tão culta e viajada em tanto lado, podia-se esperar um pouco mais. Ou será mesmo assim tão difícil? Ajudava, talvez, não querer mudar o mundo amanhã e pensar em deixar algum trabalho para o dia seguinte.

Pedro Lains

Não é Mário Soares quem quer...

"Se de cada vez que uma multidão assobia a um político ele se demitir, estamos feitos: eleições todos os meses. 

Não pretendo nem desvalorizar o que o Presidente da República disse nem o que a multidão pretendeu dizer. Este segundo mandato de Cavaco Silva só está a ser difícil por sua causa. Se não quer dizer as coisas de forma simples e clara, é preferível que não diga nada. Não é Mário Soares quem quer.

Porém, daí ao "tumulto" de certa esquerda perante a expressão de descontentamento de uma multidão, vai uma enorme distância. "

Forte Apache (Blog de direita)

Asfixia Democrática - O que seria se esta notícia fosse no tempo de Sócrates


RDP acaba com espaço de opinião que serviu de palco a críticas duras a Angola



O jornalista Pedro Rosa Mendes confirmou, em declarações ao PÚBLICO, ter sido informado, por telefone, que a sua próxima crónica, a emitir na quarta-feira, será a última da sua autoria. “Foi-me dito que a próxima seria a última porque a administração da casa não tinha gostado da última crónica sobre a RTP e Angola”, diz o jornalista, por telefone, a partir de Paris.

A ser verdade, esta atitude é um acto de censura pura e dura”, sustenta o jornalista, que aborda nessa crónica a emissão especial que a RTP pôs no ar na segunda-feira, 16 de Janeiro, em directo a partir de Angola. A chamada telefónica que serviu para anunciar-lhe o fim deste espaço de opinião foi feita por “um dos responsáveis da Informação” da Antena 1, continua o jornalista, que não quis especificar quem daquele departamento lhe comunicou aquela decisão.



O Sonho de Relvas, Duque e Fernando Lima, começa a ganhar forma - Controlar a Comunicação Social a bem da Nação!

"Política de Verdade" 7

O Diário de Notícias refere que o Governo dos estarolas omitiu a nomeação de 192 boys para os gabinetes ministeriais. A verdade é que não foi apenas omitada a contratação de 192 boys, mas 201:




Tratou-se de uma manobra canhestra para, nos primeiros meses de vida da governação, procurar dar a ideia à opinião pública de que se estava em presença de um governo contido em termos de contratações. Não é — e os estarolas têm utilizado outros truques para disfarçar a realidade.

in: Câmara Corporativa

Ditaduras!

"Morreu num hospital de Santiago de Cuba, após 50 dias em greve de fome, o preso político cubano Wilmar Villar, de 31 anos.

Só um regime e um governo de canalhas deixa morrer, desta forma, um opositor político.

Aguarda-se, no próximo Avante, a habitual lenga-lenga sobre as campanhas do «imperialismo norte-americano» contra Cuba a propósito da morte de um «delinquente»."

in: Hoje há Conquilhas

Crise Europeia - Uma explicação


Vasco Graça Moura e as suas crónicas antes de ser Presidente do CA do CCB

Vasco Graça Moura (militante do PSD) é o novo presidente do Conselho de Administração do Centro Cultural de Belém.

Até aqui nada de novo.

Mas convém recordarmos algumas palavras do mesmo VG Moura nos seus artigos de opinião no DN (cedidos pelo CC).


20 de Abril 2011

"O PS de há muito que não tem emenda (...) o corporativismo imperante nos sectores sócio-profissionais; os péssimos níveis de qualificação escolar e profissional; a iliteracia generalizada e irremediável; uma certa propensão para a estupidez e a crendice fácil que explica algumas vitórias eleitorais socialistas; a desagregação e desprestígio de todos os sistemas de autoridade democrática; o arrastamento intolerável da administração da justiça que nos torna uma vil caricatura do Estado de Direito; a neutralização do papel das famílias que são cada vez menos as células-base da sociedade; a falta de coragem e discernimento de alguns sectores da classe política, que não sabem pensar a mais de três meses de prazo e sempre de olho posto na comunicação social... Enfim, a juntar a isto, a crise de todos os valores éticos, identitários e culturais, o espírito de eleitoralismo permanente em que os detentores do poder político vivem, dos governantes aos autarcas, a pilhagem do aparelho de Estado pelos boys, a promiscuidade entre os grandes interesses económicos e a actividade política - e estou longe de ter esgotado um quadro que nos transformou num país sem alternativas e sem saída."


30 de Setembro de 2009:

“A vida dos portugueses é, e vai continuar a ser, uma verdadeira trampa, mas eles acabam de mostrar que preferem chafurdar na porcaria a encontrar soluções verdadeiras, competentes, dignas e limpas. A democracia é assim. Terão o que merecem e é muitíssimo bem feito.”


Como sabe bem guardar no armário estes vómitos literários para utilização futura...


Danças?


A politica pode muito bem ser vista como uma valsa, onde os melhores dançarinos se encontram para seduzirem o seu par, atentos, de sentidos apurados, sabem de antemão a posição das mãos no corpo, a imposição da marcha e até mesmo que palavra sussurrar com a malícia de quem conquista e astúcia de quem já não sente.

São movimentos mecânicos ensaiados, onde o detalhe pauta toda a acção, a competição é feroz e dançarino que não conquista o par não está habilitado para dançar. Foi esta a elação que tirei quando tive o meu primeiro contacto com a realidade das Juventudes Partidárias. Na altura a febre de pertencer a um partido estava em alta e toda gente tinha jantares mensais onde demonstravam o seu apreço pelas políticas da cor do vinho servido, desculpem da Cor do Partido.

Era incrível, tinha amigos com uma consciência política tão grande que pertenciam a duas Juventudes, sinal de que tinham dois jantares e isso era muito à frente.

Tanto jantar e discurso tinham que surtir algum resultado positivo, evitando assim a total miséria de resultados negativos em absoluto, na realidade, ao fim de meio aninho os mais resistentes da vida boémia já cantarolavam palavras de ordem e posições fincadas em todos os campos da política nacional.

Este cenário marcou negativamente a minha ideia de política durante todo o secundário. Algo estava errado, os partidos formavam coros, e o número de coristas era fundamental, quantos mais, melhor. Todos desafinados é certo, mas ia dando para fazer manchetes e lindas capas de jornal.

No entanto, nos últimos anos as estruturas das Juventudes Partidárias alteraram-se por completo, actualmente a prioridade é, formar militantes com consciência cívica, política e social, com capacidade de intervenção. Há um esforço por proporcionar um fluxo constante de aprendizagem e evolução, dando finalmente um corpo consistente à minha ideia de Politica.

Por muito negativa que seja a imagem actual de um Político, esta nova geração promete revolucionar esse conceito, isto é, se for capaz de manter o seu pensamento livre.
Hoje a Valsa é complexa, não se decora, estuda-se e compreende-se.

Artur Coelho
JS Lousada
in: TVS

Um Sá Carneiro a assessor do Primeiro-Ministro com direito a Subs. Férias/Natal


Bastava esperar...

A notícia do DN de 1 de Maio de 2010, parecia mais uma reportagem pré-Verão a anunciar uma contratação de Passos Coelho durante a campanha - Carlos Sá Carneiro (primo do ex-líder).

A boa nova surge hoje no Diário da República.
E com direito a Subsídio de Férias e de Natal.



Gabinete do Primeiro-Ministro

Despacho n.º 741/2012

Nos termos do disposto no artigo 8.º do Decreto -Lei n.º 322/88, de 23 de setembro, com a abril, designo o licenciado Carlos Alexandre de Sá Carneiro e Malheiro para realizar estudos, trabalhos e prestar conselho técnico no âmbito da respetiva especialidade, com estatuto remuneratório equiparado ao de assessor, acrescido das respetivas despesas de representação e dos subsídios de refeição, férias e Natal.
A presente nomeação produz efeitos no período compreendido entre 21 de junho e 30 de novembro de 2011.
10 de janeiro de 2012. — O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho.


Despacho n.º 742/2012

1 — Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 3.º do Decreto -Lei n.º 322/88, de 23 de setembro, com a redação dada pelo Decreto -Lei n.º 45/92, de 4 de abril, nomeio em comissão de serviço o licenciado Carlos Alexandre de Sá Carneiro e Malheiro para exercer o cargo de assessor do meu Gabinete.

2 — Fica o nomeado autorizado a beneficiar das exceções previstas nas alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto -Lei n.º 196/93, de 27 de maio.
A presente nomeação produz efeitos a 1 de dezembro de 2011.
9 de janeiro de 2012. — O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho

Celeste Cardona e Eduardo Catroga passaram à clandestinidade


"O POTE"

"Isto dá que pensar! Eu deixei a política ativa há cerca de 8 anos. Porque será que se continua a achar que, estando fora da política ativa, estou na política. Deve haver um fenómeno qualquer, que eu desconheço e não compreendo, para se continuar a laborar neste erro. Mas enfim...como dizia uma pessoa minha amiga, ser mulher em Portugal ainda é difícil...!" Foi isto que Celeste Cardona escreveu no seu facebook, a propósito das críticas à sua nomeação para a EDP, talvez irritada com o incómodo do senhor que lhe fez companhia, Eduardo Catroga.

Numa entrevista ao "Expresso", Eduardo Catroga foi claro: "Eu nem sou do PSD". Voltou a insistir, numa entrevista à RTP, que era "independente".

Lê-se, numa notícia do Expresso online , que o nome de Maria Celeste Cardona aparece como vogal da Comissão Política Nacional do CDS na página oficial do partido. Das três uma: ou há duas marias celestes cardonas no CDS, ou a girl honorária do partido considera que ser eleita para uma comissão política não é estar na política ativa ou está a mentir. Deixemos de lado a vitimização que só pode dar a volta ao estômago a qualquer verdadeira feminista.

Recordava-se, numa notícia do "Público" recente , que, para comemorar mais um aniversário do PSD, o então líder do partido, Marques Mendes, tinha anunciado a adesão de 33 vários novos e notáveis militantes. Entre eles, Eduardo Catroga. Das três uma: ou o anúncio foi falso e Marques Mendes filiou Catroga à revelia, ou Catroga abandonou, entretanto, o partido, ou está a mentir.

O problema mais grave já nem é a mentira. O mais grave nem chega a ser o insulto aos partidos de que fazem parte e perante os quais, na hora de receber o prémio, demonstram tão grande ingratidão. O mais grave é esta gente achar que a promiscuidade entre empresas privadas e os partidos políticos se resume à existência de um cartão partidário. E que ela se resolve com a sua entrada na clandestinidade. Ou seja, que a indignação perante as suas nomeações resulta de um ódio geral aos partidos políticos e não lhes diz diretamente respeito.

Que fique claro: sou militante de um partido. Levo isso a sério e a ideia de alguma vez o negar parece-me tão absurda, desonesta e sintomática da pouca seriedade com que certas pessoas se envolvem na vida partidária, que tudo isto é incompreensível para a minha cultura política. Sendo militante de um partido, mesmo que sem qualquer responsabilidade de direção (de topo ou intermédia), nunca me passaria pela cabeça dizer que estou fora da vida política ativa. Ainda mais se fosse membro de uma comissão política.

Mas o problema é outro: a rede de influências e o tráfico de lugares (seja no Estado, seja nas empresas privadas) não se resume à existência de um cartão partidário. A razão porque as pessoas continuam a achar que Celeste Cardona está na política não tem nada a ver com a sua atividade partidária. Uma pessoa envolver-se na vida da sua comunidade, através da militância num partido, só pode merecer respeito. É porque Celeste Cardona está ligada ao pior da política: aquela que dá aos que nela se envolvem uma carreira que o seu currículo não justifica.

O problema não é Eduardo Catroga ter o cartão do PSD. É ter, em nome do PSD, negociado com a troika o memorando que assinámos e ter eito o programa eleitoral do partido (as duas coisas comprometem-no muito mais com o PSD do que o simples pagamento de quotas), onde constava a privatização da parte do Estado da EDP e, no fim, lucrar pessoalmente com isso.

O problema, caros Eduardo e Celeste, não é serem ou não militantes ou dirigentes de partidos políticos. É darem tão pouco à política que nem a vossa militância levam a sério. E, no entanto, não se esquecerem de cobrar à política o sucesso das vossas carreiras.

Daniel Oliveira
in: Expresso

A Internet prova o seu poder enquanto mundo paralelo.


Internet está em greve nos Estados Unidos

Wikipedia, Google e muitos outros sites estão hoje em protesto contra a legislação antipirataria que está em discussão nos Estados Unidos.
O Google, o maior motor de busca mundial, publicou na sua versão em inglês: "Diga ao Congresso que não censure a internet" e não permite qualquer pesquisa. O logótipo do Google está coberto com uma faixa negra.
Já nas versões norte-americanas e inglesas da maior enciclopédia online, a Wikipedia, vê-se apenas uma página com fundo negro e um texto a explicar os motivos do protesto e com a frase: "Imagine um Mundo sem conhecimento livre. Os projectos de lei SOPA e PIPA ameaçam as wikipédias em todos os idiomas". Uma mensagem que também se pode ler na versão portuguesa da Wikipedia, embora esta continue acessível para consulta como habitualmente.
Além da Wikipedia e do Google também a Wordpress, Huffington Post, Boing Boing e muitos outros sites iniciaram hoje um blackout de 24 horas em protesto contra a legislação antipirataria que está em discussão nos Estados Unidos. Há quem avance mesmo que são mais de 10 mil os sites que aderiram ao apagão de 24 horas, mas não existem dados oficiais.
A proposta de lei "Parem a pirataria online" ("Stop Online Piracy Act", ou SOPA, no acrónimo original) tem sido fortemente contestada nos Estados Unidos, desde activistas a empresas de Silicon Valley, tendo a Casa Branca mostrado a sua oposição na semana passada.
Mas esta proposta de lei tem o apoio de muitos representantes da indústria de cinema e de música do país que querem evitar a perda de vendas dos seus produtos distribuídos gratuitamente na web.
O projecto responsabiliza os sites pelo conteúdo publicado ou distribuído ilegalmente pelos utilizadores, sugerindo que as empresas encontrem meios para impedir a pirataria. As penas incluem o encerramento do site e os responsáveis podem incorrer até cinco anos de prisão.
O principal autor da iniciativa, o republicano Lamar Smith, disse que a Sopa procura proteger consumidores, negócios e empregos "de ladrões estrangeiros que roubam propriedade intelectual dos EUA".

in Económico
18/01/12 10:35



Quanto mais se esconde...


“Se queres manter um segredo o melhor é falares dele publicamente.” O que aparentemente parece uma contradição foi das melhores lições que aprendi com dois assessores dos mais poderosos homens do mundo. Um trabalhava com Tony Blair enquanto primeiro-ministro britânico e o outro com Bill Clinton enquanto presidente dos Estados Unidos. Ambos tiveram de lidar com situações embaraçosas na imprensa mundial e souberam sempre transformar os problemas em soluções a favor dos respetivos líderes.

Em Portugal, apesar das lições do passado, os políticos e alguns grupos económicos e financeiros parecem fazer exatamente o contrário. Perante uma situação complicada ou embaraçosa na imprensa, não falar e não responder aos jornalistas tem sido a regra mais utilizada. Escusado será dizer que quanto mais se evita falar e esclarecer os assuntos nos jornais e nas televisões mais eles se tornam gritantes. Enfiar a cabeça na areia para esperar que a notícia passe depressa e desapareça, não funciona. Acontece precisamente o contrário e vai atiçar ainda mais a curiosidade e as investigações dos jornalistas.

Dois casos bem elucidativos do que acabei de descrever estão a acontecer em Portugal. Uma verdadeira caça ao homem feita aos membros da Maçonaria em Portugal mostra bem este efeito. O secretismo e a tentativa dos nossos políticos de ocultar se pertencem ou não a uma sociedade secreta provocou uma curiosidade exagerada e colocou o assunto em destaque nos media. Acabou por aparecer em todas as primeiras páginas o que se queria esconder e ainda por cima passando a ideia, mesmo que errada, de que na realidade algo menos lícito estava mesmo a ser escondido. Ora tudo isto teria sido evitado se, desde o primeiro minuto, os alegados membros da maçonaria tivessem falado do assunto com um sorriso na cara, em vez de negarem tudo com ar indignado. O que poderia ter sido notícia por um dia acabou por ser um assunto que se arrasta há semanas.

O segundo exemplo é o do grupo Jerónimo Martins. Uma decisão comercial mais do que legítima e natural de se mudar para a Holanda transformou-se em acusações de falta de patriotismo e obrigou a empresa a distribuir panfletos de esclarecimento aos clientes. Se nas primeiras horas em que a notícia foi conhecida tivessem sido dadas respostas e feitos esclarecimentos públicos ter-se-ia evitado grande parte do alarido e dos danos já causados.

Para mudar esta situação no nosso país será necessário muito mais do que bons assessores. É preciso maturidade para, de uma vez por todas, olharmos para o jornalismo como um meio para esclarecer e não como um palco… para combater.

João Adelino
Pivô e jornalista da RTP
in Dinheiro Vivo

Em frente...


Ou Lisboa "toma juízo ou temos de ir para a independência", diz dirigente do PSD-Madeira




Ora aqui está uma solução para a diminuição dos encargos financeiros da República Portuguesa, promovida pelo PSD Madeira.

Capital Europeia da Juventude - BRAGA!


O Sonho da Direita concretiza-se!


Redução da qualidade do trabalho deverá passar a ser motivo de despedimento



Que critérios pragmáticos estão subjacentes à avaliação da qualidade de trabalho?
É a entidade patronal que avalia essa "qualidade"?


Política de Verdade 5

Passos Coelho já fez mais nomeações do que o primeiro Governo de José Sócrates.

O número apurado pelo PÚBLICO peca por defeito, uma vez que não abrange todas as nomeações que já foram assinadas, mas ainda não foram publicadas.



in: Público

Se não sabem, não bulam...

"Anuncia-se que o Governo se prepara para juntar todas as administrações portuárias numa única empresa pública, o que quer dizer que a APDL deixará de existir. O porto de Leixões passará a ser administrado por um administrador delegado, dependente de uma empresa lisboeta. Teremos, assim, mais um exemplo da macrocefalia, que usa a troika como pretexto para levar a cabo uma reforma que outros governos ensaiaram, quando anunciaram a criação de uma holding portuária. Haverá quem ache que tudo ficará mais barato. Não faltarão aqueles que acharão muito bem, por essa simples razão. Sucede que são muito poucas as economias que se criam com este tipo de medidas porque, no caso do porto de Leixões, dos três membros do seu actual Conselho de Administração, só o presidente não é quadro da empresa. 

Ora, a absorção da APDL tem consequências complexas e gravosas para a Região, onde o porto de Leixões é um caso de sucesso e um motor de desenvolvimento. Apontado, durante décadas, como um empecilho ao desenvolvimento económico da Região, transformou-se num dos portos mais competitivos da Península Ibérica, e no mais lucrativo dos portos portugueses. Para isso contribuiu a boa gestão de Ricardo Fonseca, continuada por Matos Fernandes. Através de sucessivos planos estratégicos, o porto desenvolveu-se, e o modelo das concessões portuárias foi realizado com tino.

Ao contrário de outros portos em que as concessões foram efectuadas a preço de saldo, em que as administrações fizeram "dumping" nas tarifas, o modelo de Leixões permite, através das suas receitas geradas pelas cargas movimentadas, um lucro que permite remunerar os capitais do Estado e que deixa, ainda, margem confortável para o reinvestimento.

A consequência desta política é óbvia: as mercadorias que passam por Leixões pagam uma contrapartida líquida maior para o erário público do que aquelas que transitam por outros portos, mas isso permite que a APDL reinvista em melhoramentos que aumentam a competitividade do porto. E, entre esses investimentos, podemos citar o Terminal de Cruzeiros e a plataforma logística que, de outra forma, nunca teriam sido realizados, e têm um efeito multiplicador na economia regional. Leixões continuará, pois, a precisar de uma gestão que perscrute os anseios da comunidade portuária, garantindo e prevenindo, com infra-estruturas adequadas, a resposta ao tão desejado crescimento das exportações, que também depende do investimento continuado na cadeia logística. Isso permitiu que, em 2011, as exportações por Leixões crescessem 27,5%, e ainda mais do que isso para fora da Europa.

Pelo contrário, integrado numa empresa pública com portos que não são auto-sustentáveis, todo o superavit gerado pela mercadoria movimentada em Leixões será canalizado para o bolo comum, subvencionando aqueles em que as mercadorias têm um contributo líquido negativo. E, desta forma, a economia do Norte estará a sustentar esses modelos, continuando a pagar mais, e nada recebendo em troca. Se há portos insustentáveis por culpa própria e dos agentes económicos envolvidos, compete ao Estado rever a sua estrutura, renegociar as concessões e ajustar as suas tarifas.

Por essa razão se levantaram vozes contra a "holding" pensada pelo Governo de Santana Lopes, e contra um projecto ainda mais centralista e em tudo idêntico ao actual, desenhado pelo de Governo de Sócrates, em 2010. Pela mesma causa, é fundamental que as forças vivas da Região não se deixem iludir, desta vez com a justificação de que é preciso fazer economias. Se é consensual que o crescimento económico impõe que exportemos mais e que procuremos um cabaz de clientes internacionais que não se restrinja à Europa, se temos uma economia asfixiada pela falta de capitais, se temos custos de contexto elevados e tantos outros problemas que limitam a nossa produtividade e a nossa competitividade, temos então o direito de exigir, pelo menos, que nos façam o favor de não estragarem aquilo que está direito..."

in: JN

Águas "Furtadas"

"Tinhamos que resolver um grave problema financeiro nas Águas de Portugal" 

Pedro Passos Coelho a propósito das nomeações.

Daí, nomearam um presidente de Câmara que tem uma dívida à mesma "Águas de Portugal" de 7M€.

Bacorada do ano (e ainda vamos em Janeiro)


Keep (On)going

1. Nas últimas semanas a comunicação social tem vindo a noticiar factos que em nada beneficiam a vida dos Portugueses e o actual estado do país.
Terminou a Casa dos Segredos e as atenções viram-se para a trilogia do momento: Governo – Maçonaria – Ongoing.
Miguel Sousa Tavares já a propósito do caso Bairrão, dizia no Jornal da Noite que “todo e qualquer episódio no PSD/CDS, por incrível que pareça ia parar a um denominador comum - Ongoing”.
Mais uma vez, MST tem razão.
Quem tem acompanhado com relativa atenção a comunicação social, depara-se com isso. Uma empresa Portuguesa com importância crescente no meio Lusófono (que ninguém sabe ao certo o que faz) tem nos seus quadros ex-espiões do SIS, jornalistas, ex-governantes, maçons e preenche grande parte dos negócios com a aquisição de grupos de comunicação social em Portugal.
A breve prazo, prevemos que o sonho de João Duque em “filtrar a informação a bem da Nação” seja cumprido, tal como faziam no tempo de Salazar.
Agostinho Branquinho (deputado PSD), José Eduardo Moniz (ex-director TVI), Jorge Silva Carvalho (ex-director do SIED) foram apenas os casos mais recentes e muitos mais se seguirão.
Como é possível permitir que um alto funcionário dos Serviços Secretos, com todas as informações privilegiadas que possui, vá de um dia para o outro trabalhar para uma empresa de comunicação social, onde pode usar toda essa informação?É notório que o nosso futuro está nas mãos das negociatas, da contra-informação, do compadrio, das sociedades secretas(?) e do proveito próprio.

2. Os Portugueses ficaram indignados com a mudança de sede fiscal para a Holanda do grupo Jerónimo Martins. As críticas surgiram de todo o lado, em particular do CDS que continua sem querer assumir posições de quem está no poder. Certo é que o grupo Jerónimo Martins fez o que qualquer outro grupo económico faria.
O problema é outro. É aquilo que Soares dos Santos apregoava nos jornais, no papel que os empresários deveriam ter, no patriotismo e na necessidade de fazer sacrifícios. Os sacrifícios que agora não está na disponibilidade de aceitar.
Ficamos fartos desta pseudo-burguesia moralista dos nossos tempos. Os mesmos que ultimamente nos dão lições de moral gratuitas são os que enriqueceram com os gastos desmesurados das verbas comunitárias durante o Cavaquismo e Guterrismo, e que amputaram o nosso país mas parece que nem deram conta.
Dizem que não produzimos, não prestamos enquanto trabalhadores, não temos equilíbrio fiscal, não somos atractivos economicamente e por isso esquecem a “pátria amada”, esquecem-se principalmente dos milhares de Portugueses que enquanto trabalhadores os ajudaram a crescer e que agora, na casa dos 50 anos despedem-nos porque são velhos.

3. Vítor Gaspar classificou como histórica a privatização da EDP.
Histórico seria privatizar a um preço razoável e sem prejuízos para os Portugueses uma empresa pública como a CP Carga ou a REN, aí sim veríamos o poder negocial dos governantes. Ao invés disso, é fácil para a direita distribuir pelo povo os prejuízos das empresas, privatizar os lucros, sem esquecer a nomeação de determinadas pessoas enquanto é possível.
Eduardo Catroga a “Chairman” da EDP é o último exemplo.
Nem sequer discutindo a questão das nomeações partidárias que Passos Coelho dizia que iria “Mudar” e não mudou, não haveria no PSD ninguém mais capaz e competente do que um ex-ministro esgotado, com uma reforma milionária e que ainda para mais irá ganhar 638 mil euros por ano?
O que é certo é que não esperaram pelo direito de voto dos Chineses para a dita nomeação, não fossem eles perceber que esta nomeação não vale “um pentelho”!

Nelson Oliveira
Presidente da JS Lousada
in: TVS

Frase do Dia

"O problema da direita é que sempre acreditou na História da Carochinha.

Havia o Lobo Mau que era a origem de todos os problemas, e a Carochinha que era a esperança e a salvação.

Agora viram que afinal a história só dá para as crianças e não para a política.

E se antes era mau, como alegam, fazer o mesmo agora, é ainda pior."

António Costa - Quadratura do Círculo 
12/01/2012

"MUDAR" - "Um dia, Uma nomeação"


Fátima Lima é a nova directora executiva da ERC


Lembram-se do caso criado em torno das alegadas escutas do Governo de Sócrates a Belém? Caso esse que foi "fabricado nos bastidores" pelo assessor de Cavaco - Fernando Lima?

Fátima Lima - Fernando Lima.

Coincidência? Não. 

A nova directora executiva da Entidade Reguladora para a Comunicação Social é esposa de Fernando Lima.

O mesmo que na semana passada dizia que a Comunicação Social deveria ser controlada.
Desejo concretizado!

A prometida implosão do Ministério da Educação

Ontem foi a questão dos "velhos pagarem a Hemodiálise", hoje salta à vista o corte na Educação Especial e Ação Social nas Escolas.

Voltamos ao tempo em que os cidadãos incapacitados eram mantidos em casa, trancados e escondidos?


Ministério corta 30 milhões na educação especial e 5,7 na acção social


Uma frase importante: "O maior corte verifica-se na rubrica “alimentação e nutrição” para 2012"

Comunicado do PS Lousada acerca da Assembleia Municipal


A Assembleia Municipal de Lousada reuniu-se no passado dia 16 de Dezembro com uma agenda de trabalhos que incluiu a aprovação do Plano e Orçamento para 2012, o Mapa de Pessoal e ainda o Plano Diretor Municipal.

A reforma administrativa “é uma autêntica aberração feita em gabinetes de Lisboa por gente que não conhece a realidade dos territórios” - Pedro Machado



Questionado sobre a reforma administrativa, o vice-presidente da Câmara, Dr. Pedro Machado, esclareceu que “a maneira como esta reforma foi apresentada é uma autêntica aberração feita em gabinetes de Lisboa por gente que não conhece a realidade dos territórios. No caso de Lousada era a desgraça total e das duas uma: ou nós andamos aqui todos enganados ou quem fez isto não sabe o que está a fazer por não haver uma única freguesia no concelho que cumpra os requisitos.


Como sabem o que está previsto face àquele triste documento é que haveria uma única freguesia com quinze mil habitantes num raio de três quilómetros e fora do centro urbano um mínimo de cinco mil habitantes. Em Lousada não há nenhuma freguesia que tenha cinco mil habitantes e nós conhecemos freguesias que têm uma dimensão enorme quer em território quer em população, Lustosa Boim, Caide, Meinedo, e tantas outras, não tem condições para serem freguesias? Alguma coisa está mal?


O estudo parte de pressupostos errados, considera desde logo a densidade populacional e, por umas décimas não somos equiparados a Porto e Lisboa, e então a aberração seria maior, mas ainda assim parte de outros pressupostos errados que é considerar que todas as freguesias do concelho ou são medianamente urbanas ou predominantemente urbanas. E nós sabemos que não é assim: somos um concelho semi-urbano ou semi-rural como lhe quiserem chamar em que a ruralidade ainda tem uma componente muito forte neste território. Portanto não nos revemos minimamente nesta reforma, não estamos disponíveis para negociar uma coisa com a qual não concordamos nestes termos.”

“A saúde financeira de Lousada é impar tanto a nível regional como a nível nacional”
- Nelson Oliveira 

Para o deputado Nélson Oliveira assistimos aqui a um completo desmontar da política mentirosa que o PSD/CDS trouxe a Lousada. Eu fiz uma pergunta muito direta para que os elementos do PSD/CDS nos explicassem em que situações dizem que a Câmara de Lousada está na banca rota e dei tempo para responderem. Palavras, zero!”. 

O deputado socialista tendo como referência o Anuário Financeiro dos Municípios explicou que Lousada surge “em décimo oitavo lugar como município com menor endividamento, em décimo quarto lugar em relação à eficácia financeira nos municípios médios, em décimo primeiro com maior liquidez em décimo sexto lugar com menor passivo líquido exigível por habitante e ainda na terceira posição como município com menor índice de endividamento líquido em relação às receitas do ano anterior. Em relação a uma notícia do Expresso intitulada: “Municípios em endividamento excessivo por cauda do orçamento de estado 2012”, Lousada não aparece ao contrário de muitos municípios aqui à volta. Portanto eu acho que isto se pode comprovar com isenção dos dados, sei que é incómodo porque eles são isentos. Desta forma nós comprovamos com factos e não com paleio que a saúde financeira de Lousada é impar tanto a nível regional como a nível nacional. Acho que era muito bom que a comunicação social desse eco a tudo isto, porque nós questionamos aqui diretamente, a bancada do PSD/CDS que se limitou ao silêncio.”  
O membro socialista acrescentou ainda que “o PSD Lousada dizia que os cidadãos lousadenses estão a fugir do nosso concelho, mais uma vez e com factos assistimos que isso é uma mentira, de acordo com os Censos de 2011”.
No período da ordem do dia, Nelson Oliveira do Grupo Municipal do Partido Socialista,
referenciou o início das obras na EN106 acrescentando que “também nós não tivemos qualquer problema em contrariar quase as diretrizes do governo de José Sócrates para nos manifestarmos veementemente contra isso. A partir do momento que elas vão ser realizadas nós também temos de nos congratular com isso”.

“Este orçamento é equilibrado, controlado e sustentado” - Joaquim Santos

No ponto referente à aprovação dos Documentos Previsionais para o ano de 2012, os deputados socialistas efetuaram diversas intervenções.
O líder da bancada, Joaquim Santos, referiu a diminuição da receita corrente, “cerca de dois milhões de euros provocada pelo corte nas transferências do Estado e na redução da cobrança do IMI, IM e taxas previstas na tabela de taxas em vigor”.
O deputado argumentou ainda que a despesa com pessoal diminui defendendo que “este orçamento é equilibrado, controlado e sustentado”.
De acordo com Nelson Oliveira “na consulta à declaração de voto da Coligação, esta bancada concorda com grande parte das 74 propostas de obras para executar nas freguesias. Como já foi aqui dito e mais do que referido, gostaríamos de resolver todos os problemas em todas as freguesias e efetivamente estamos a fazê-lo, mas de forma consciente. Por isso mesmo, gostaríamos que a Coligação tivesse essa mesma consciência, principalmente consciência do valor que nos foi retirado nas transferências Orçamento de Estado, e consciência dos tempos que atravessamos”.
O deputado João Correia analisou as propostas apresentadas pela Coligação para o orçamento e afirmou a concordância acrescentando que só existe um problema para a sua concretização falta o dinheiro. Alegações sem prova são como sinos sem badalo e de facto não me venham dizer que esse investimento era feito e não prejudicaria a Câmara Municipal sem me apresentarem as contas desse investimento”.

"Despesas com o pessoal vão diminuir" - Joaquim Santos

No ponto referente à aprovação do mapa de pessoal para 2012, o líder socialista, Joaquim Santos, voltou a referir a diminuição das despesas com pessoal acrescentando que “ conforme se pode constatar pela proposta de recrutamento, os contratos de novo são residuais. Há efetivamente renovações de contratos e passagem de funcionários a termo certo para definitivo, porque a lei impõe”.
Para Nelson Oliveira “só pode haver um equívoco na declaração de voto da coligação, ou então é uma tremenda incoerência. Dizem que a sua proposta foi parcialmente atendida no que se refere à ação social mas que, um aumento de 50 mil euros para o apoio às famílias e instituições é ridículo. Logo de seguida dizem que é de salientar que em termos de pessoal, este continua a crescer. A frase usada é “em tempo de crise, a máquina social continua a engordar”, o que em boa verdade, é mentira.
Se juntarmos este dois pontos vemos o seguinte: a Coligação quer mais dinheiro e menos técnicos. Em primeiro lugar, isto revela um profundo desconhecimento arrepiante das políticas sociais. Não é a esbanjar dinheiro que conseguimos melhorar a vida das pessoas, mas sim com políticas de acompanhamento familiar e de intervenção na comunidade por parte de técnicos especializados para o efeito.
Perante isto, temo que qualquer dia teremos uma proposta da Coligação para despedir os funcionários do sector Social da Câmara e montar um guichet com um único funcionário a dar dinheiro à toa às pessoas sem qualquer tipo de fiscalização ou acompanhamento no terreno. Será que é isto que querem?
Todos sabem que este sector é mais do que fundamental hoje em dia e o segredo do sucesso está no trabalho das pessoas no terreno e não no dinheiro dado”.

PDM“É um documento orientador bastante importante para o nosso concelho” - João Correia

O líder da bancada socialista defendeu que “a apresentação das sugestões e críticas ao PDM da Coligação tardiamente dão a impressão que sempre quiseram adiar a votação. Assim sempre iam falando dele aqui, nesta Assembleia e nas conferências de imprensa. A partir de hoje o assunto esgotou-se…”
Sobre a aprovação do PDM, João Correia, afirmou que “há poucos concelhos no país com o PDM aprovado e, a partir de hoje, Lousada será um dos concelhos com o Plano e com a situação regularizada. Não é um documento fechado, é um documento que hoje, amanhã e depois estará em constante renovação, como estará o próprio concelho. É um documento orientador bastante importante para o nosso concelho”.
O vice-presidente da Câmara, Dr. Pedro Machado, congratulou-se por o PDM finalmente estar em condições de ser aprovado e lamentou o facto das sugestões e críticas que a coligação apresentou terem sido extemporâneas, ficando a ideia que , não sendo má-fé para protelar a aprovação do PDM, só pode ser incompetência ou negligência porque, tal como os 600 cidadãos que fizeram propostas e algumas instituições, nomeadamente Juntas de Freguesia, também a Coligação o poderia ter feito. Para isso tiveram um ano e meio. “Se calhar queriam que daqui a dez anos ainda estivessem a criticar o executivo socialista por ainda não termos o PDM em vigor, mas queixem-se de vocês próprios porque não deram a devida atenção a um assunto de tanta importância”.

Só os ricos tem o direito a viver para lá dos 70 anos (???)

Actualmente assiste-se a um silêncio ensurdecedor perante os apoiantes mais fervorosos do PSD e do seu "MUDAR" tão propagado na campanha eleitoral.

Este silêncio vem de pessoas de todos os quadrantes que de certo estão arrependidas de tudo o que diziam anteriormente e ainda tem algum discernimento para ajuizar o actual ataque a todas as políticas sociais e económicas do país.

É certo que os partidos de esquerda não são possuidores do direito exclusivo da defesa do Estado Social. A social democracia em geral também promove isso, portanto, só os acéfalos é que continuam a não ter consciência do que estamos a ser alvo e continuam a escrever e a pensar que ainda estão a viver um tempo de "oposição" a Sócrates, mas o que é certo, é que nunca ninguém os levou nem levará a sério.

Os Portugueses sabem quem é o actual governo, sabem em quem votaram e sabem quem apresentou o Orçamento de Estado para 2012. Sabem quem prometeu tudo durante a campanha eleitoral mesmo tendo noção da situação difícil em que estávamos e obviamente também sabem que o PS tem a sua responsabilidade na matéria.

Contudo, não podemos deixar que o Governo liquide tudo o que é mais básico. Não podemos assistir impávido e serenos a esta avalanche de nomeações quando diziam que não "iriam dar emprego aos amigos" e a esta obsessão tecnocrata que varre a Europa sem fim à vista e com resultados muito duvidosos.

Haja alguém que ponha termo aqueles que não possuem coluna vertebral e eleve os valores mais altos da nossa Constituição, sejam de esquerda ou direita.

Haja alguém que ponha termo às constantes declarações de altos elementos dos partidos do Governo que mostram de que matéria são feitos e quais são as suas reais intenções.

A última abominável declaração veio da Dr.ª Manuela Ferreira Leite: 


Ou seja, só os ricos tem o direito de viver para lá dos 70 anos.

É preciso ter uma lata descomunal


Conclusão: Dr. Pedro Passos Coelho. Não corte o nosso ordenado! Aumente-o (bastante) para que todos possamos contribuir para as politicas sociais.

O Presidente Alemão não é Cavaco Silva

"O Presidente alemão está sob pressão para se demitir porque efectuou negócios tendo por base juros mais baixos do que os de mercado. 

Claramente não conhecem Cavaco Silva. 

O Presidente português ganhou muitos milhares de euros num negócio privado com o ex-líder do BPN, membro do seu governo do PSD. 

Esse lucro teve por base condições muito mais vantajosas do que as de mercado numa instituição então criminosa, mas mesmo assim ainda teremos todos de nascer duas vezes para sermos mais honestos do que o professor Cavaco. 

Não garanto é que a regra seja extensível aos alemães."

por: Tiago Barbosa Ribeiro