O Falhanço

Os Portugueses hoje sabem que o Governo falhou. Falhou redondamente em algo que acima de qualquer questão partidária, não podia falhar dado tudo aquilo que exigiu aos Portugueses para combater o défice.

Não conseguiram cumprir as metas com políticas de austeridade durissímas. Falharam!

Esta notícia é a admissão do falhanço.

O desemprego em níveis astronómicos causado por medidas cada vez mais punitivas do pleno emprego e dos direitos fundamentais são a marca do falhanço desta Coligação.

E por falar em Coligação. É lamentável quando assistimos às noticias da Coligação Lousada Viva, acusando a CM Lousada de não promover o emprego, quando o Governo liderado pelos seus partidos falha, empobrece e indigna os Portugueses.

Mais. É lamentável esse tipo de discurso local, quando tem nas suas fileiras dois deputados lousadenses que votam e apoiam constantemente as políticas do desemprego e do falhanço governamental.

Os lousadenses registam a incoerência.

Coisas que convém saber

Se os mercados de trabalho na Alemanha são tão desregulados, porque é que não há lá supermercados ou centros comerciais abertos ao sábado à tarde e ao domingo?
Acertou: é porque os sindicatos não deixam.

Outra pergunta: porque é que, a bem dizer, não há salário mínimo na Alemanha?
Porque os sindicatos negoceiam salários mínimos por sector e profissão e depois há uma lei que obriga à sua aplicação aos trabalhadores não sindicalizados.

Em contrapartida, em países como Portugal, sendo os sindicatos fracos, torna-se necessária a intervenção legislativa do estado para os proteger. Mas o resultado final vem a ser o mesmo. Ou vinha, porque já não é.

E já agora, para terminar, porque são tão fracos os sindicatos em Portugal? Basicamente, porque, ao contrário do que sucede na Alemanha e noutros países, os trabalhadores estão dispersos por uma miríade de pequenas empresas e localidades, e isso dificulta a sua organização.

Tudo tem uma explicação, mas é claro que um macroeconomista sentado no seu escritório no BCE ou no FMI não sabe nem quer saber disso para nada. Eles só se interessa por factos, e apenas na condição de que sejam "factos" do tipo reconhecido como tal pelos modelos com que trabalham. Caso contrário - santa paciência - não existem.

in: jugular

O Magno tentou que todos obedecessem ao Relvas

"O presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Carlos Magno, afirmou ontem que fez um “esforço desesperado” para obter unanimidade na votação do caso Relvas versus Público. “Garanto que tudo fiz para que fosse 5-0. Não foi, porque estava escrito que não podia ser. Não havia condições para que o fosse”, disse no programa “Quadratura do Círculo” na SIC Notícias."


Esta frase é daquelas que, como quem diz: "Oh Relvas, eu tentei convencer os tipos que tu não pressionaste ninguém, nem disseste que ias revelar dados da vida pessoal de ninguém, nem berraste aos ouvidos da jornalista do Público, nem a chantageaste de uma forma pior que no tempo do Salazar e que relativamente ao caso das Secretas és um Santo, mas não consegui!"

Mais um escândalo para mais tarde recordar (Relvas/Passos)

Isto é daqueles casos que é tão escandaloso que mais uma vez vai passar incólume na comunicação social.

Foi dito com todas as letras pela Helena Roseta, que enquanto Sec Estado - Miguel Relvas, este propôs à Ordem dos Arquitetos, formação especializada aos arquitetos das autarquias, com uma condição:

- Que a formação seja dada pela empresa de Pedro Passos Coelho (atualmente - PM de Portugal).

LINDO, LINDO, LINDO!


Doutores da mula Russa

Ana Catarina Oliveira

Coimbra, Julho de 1864
Caros amigos
A Fatalidade, que me persegue, com uma tenacidade verdadeiramente paternal não me quis poupar – não quis deixar sem coroa este templo da sandice e ridículo chamado formatura; não lhe tremeu a mão adunca e férrea escrevendo no livro-caixa do Fado esta sibilina palavra BACHAREL!!
***

Longe vão os tempos em que terminar um curso superior e ser Doutor era um orgulho. Hoje vejo esse término de um percurso como a sentença fatal de que nos fala Antero de Quental.

No rescaldo da Queima das Fitas que animou a comunidade estudantil por todo o país, dou cada vez mais razão a um Douto professor meu que logo no primeiro ano da Faculdade nos alertava para o verdadeiro significado da cartola e da bengala: os quintanistas saem à rua, de cartola bengala e laço, para se assemelharem a palhaços, para serem alvo de risos e de chacota de quem os vê passar, sabendo que no fundo não valem nada. Achei terrível esta interpretação, destruidora dos sonhos de qualquer caloiro. Mas hoje, atendendo à conjuntura actual, verifico que aquela que poderia ter sido uma espécie de brincadeira praxística foi no fundo um alerta para tudo o que estaria para vir.

Entrei para o curso de Direito em 2006, com contrato assinado por 5 anos. Subitamente, uma cláusula chamada Bolonha reduziu o curso para 4 anos e introduziu a novidade dos mestrados. Terminada a licenciatura em 2010, eis que sou implicitamente obrigada a fazer um mestrado, pois: (1) se não o fizer fico prejudicada a nível de mercado e certas carreiras exigem-no, (2) os 4 anos são insuficientes para a formação (introduziu-se Bolonha sem pensar nas consequências). Pois bem. Hoje saímos todos da Faculdade de Direito como Mestres e sem a mínima expectativa no mercado que não nos quer acolher. Enviam-me cartas endereçadas à “Ex.ma Senhora Dra.”, “Cara Dra.”, “Caríssima colega” – balelas formais; preciosismo de quem não dá o mínimo valor mas vê-se obrigado àquele trato.

Para quem tira Direito o caminho é ainda mais penoso. Terminado o curso, ainda muita água há-de correr até que a profissão deixe de ser “estudante”. Com os concursos públicos congelados ou então controlados pelo Sr. Cunha (nota: eu sei que já abriu o concurso para o CEJ, calma. Mas o Sr. Cunha também sabe!), não podemos ser magistrados, juízes ou continuar a sonhar com uma colaboração na Polícia Judiciária. Valha-me a Ordem dos Advogados, que apesar de não implicar um concurso público, obrigou-me a tirar todo o dinheiro que estava debaixo do colchão e a enfrentar o Adamastor dos tempos modernos – Excelentíssimo Bastonário da Ordem dos Advogados: valores elevadíssimos por formações fracas à base do q.b., 6 exames numa semana (2 por dia), estágios não remunerados como que se de uma exploração das nossas competências se tratasse. 

Se hoje sou Dra., só se for da mula russa. Ser licenciada ou mestre é quase equivalente a não ter curso superior, embora haja uma avassaladora diferença: mais desilusões, menos expectativas, maior sacrifício monetário, maior receio quanto ao futuro que não o chega a ser. Todos os dias sou exposta a testes de resistência e à concorrência desleal. Sinto que sou mais uma no meio de tantos jovens qualificados num país precário, que tem medo de arriscar, que protege apenas aqueles que têm uma carreira já consolidada e que teimam em não dar espaço à frescura dos vinte anos.

Sinceramente, não preciso que me chamem de Dra. Preferia ter a oportunidade de o ser. 

Tal como dizia Antero, “este trecho duma meditação que actualmente componho (…), vos dará ideia do estado moral do vosso”. 

in: TVS

E agora, Gaspar?

Falhou Dr. Vitor Gaspar. A austeridade não serve para reduzir défices, nem dívidas. Na realidade não serve para nada, a não ser provocar sofrimento desnecessário. Veja aqui e mais aqui e ainda aqui e acola e acoli. Ufff. Ora porra!

Austeridade não está a resultar, mas Gaspar acredita!


"Vitor Gaspar é um valente. diz que não vai pedir mais tempo ou dinheiro. Acha que ainda pode extorquir mais qualquer coisa às famílias e às empresas. Como bom e obstinado ortodoxo, prefere que os outros quebrem do que ele torcer."

Sérgio Sousa Pinto

Anedota do ano - Caso Relvas


Deliberação da ERC iliba Relvas

"A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) votou hoje favoravelmente a deliberação que iliba o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, da acusação de ameaças ilícitas a uma jornalista do "Público".

3 Votos favoráveis de membros da ERC que só por acaso, foram nomeadas pelo PSD!

Enquanto os membros da ERC continuarem a ser nomeados pelos partidos, a vergonha continuará!
 

Federação Distrital do Porto da Juventude Socialista



Presidentes de Concelhia

Amarante - Hugo Carvalho

Baião - António Carneiro

Felgueiras - Elisabete Ribeiro

Gondomar - Filipe Correia

Lousada - Nélson Oliveira

Maia - Ana Leite

Marco de Canaveses - Miguel Carneiro

Matosinhos - Carlos Mouta

Paços de Ferreira - Júlio Morais

Paredes - José Sá

Penafiel - Mafalda Duarte

Porto - Tiago Barbosa Ribeiro

Póvoa de Varzim - Rui Rigor

Santo Tirso - Patrícia Machado

Trofa - Marco Ferreira

Valongo - Raquel Martins

Vila do Conde - Fábio Faria

Vila Nova de Gaia - Manuel Carvalho


Estrutura Distrital: JS - Porto



Federação Distrital do Porto da Juventude Socialista
Secretariado Federativo

Presidente
João Torres

Secretário Federativo para a Organização
Tiago Maia

Pelouro da Comunicação
Filipe Santos, Tiago Moreira, Catarina Castanheira

Pelouro da Igualdade e Políticas Sociais
Catarina Castanheira

Pelouro do Associativismo e Participação Cívica
Carolina Correia

Pelouro das Relações Externas
Gabriel Carvalho

Pelouro da Emancipação e Empreendedorismo
Hugo Carvalho, Manuel Carvalho

Pelouro do Desenvolvimento Regional e Sustentabilidade
Daniela Carvalho, Frederico Bessa Cardoso, Mafalda Duarte

Pelouro da Educação, Ciência e Cultura
Ana Leite, António Neto da Silva, Patrícia Machado, Raquel Martins

Pelouro das Autarquias
Nelson Oliveira, Marco Ferreira, Tiago Barbosa Ribeiro

Secretários Federativos Adjuntos
Diogo Silva, Jorge Pinto, José Santos, Susana Teixeira

Observatório do Emprego
Elisabete Ribeiro

Observatório do Ambiente
Cristina Bernardo

Coordenador distrital da ANJAS (Ass. Nacional de Jovens Autarcas Socialistas)
 NelsonOliveira


ERC vota caso Relvas na quarta-feira

"Conselho regulador da ERC recebeu esta semana documentação adicional enviada pela editora de política do "Público",alegadamente para confirmar que recebeu dois telefonemas do ministro Miguel Relvas." (Expresso)

Alguém se acredita que irá sair algo em condições daqui?

José Luís Carneiro venceu em Lousada e conquistou a distrital

José Luís Carneiro (presidente da CM de Baião) e recém eleito Presidente da Federação Distrital do Porto do Partido Socialista, conseguiu atingir no último sábado uma vitória estrondosa em Lousada com 93% dos votos.


Desde já, endereçamos os nossos sinceros parabéns.



Saúde

Uma questão de puro populismo.

Os espanhóis já estão a pagar o resgate aos bancos

"A Espanha não tinha um problema de dívida pública. Não tinha mas terá.Porque o resgate europeu à banca espanhola foi uma condenação do Estado espanhol a assumir as dores do seu sistema bancário em mais uma nacionalização dos seus encargos. Os problemas do sistema financeiro passaram a ser um problema do Estado que, na prática, assumiu como dívida sua. Sem qualquer certeza de que isto sequer venha a resultar.

É provável que os bancos espanhóis, em troca, venham a emprestar dinheiro ao Estado. Se assim for, estamos perante um "resgate" indireto ao Estado. E é possível que haja condições, por parte da União Europeia, para este resgate, que não conhecemos.

A prova de que se trata de uma transferência de fundos do Estado para o sistema financeiro foram os efeitos imediatos que esta operação teve no rating da dívida soberana espanhola. Isto apesar de, tal como se diz em relação às injeções de capital no BPI e BCP, todos garantirem que as condições para o Estado são excelentes e os contribuintes ainda vão lucrar com o negócio. Os espanhóis vão já começar a pagar, no aumento dos juros de compra de títulos do tesouro (que nem os prováveis empréstimos da banca espanhola irão resolver), os custos do financiamento público ao sistema bancário. A Moody's explica que, ao recorrer àquilo que Rajoy eufemisticamente chama de "linha de crédito", se aumentou o peso da dívida do País. Quem ainda não o tinha percebido?

A parte interessante de tudo isto é como o discurso sobre a necessidade dos Estados contraírem as suas despesas e não se endividarem mais desaparece quando estão em causa os bancos. E como, em troca de tanta generosidade e despesismo público, não se fazem verdadeiras "reformas estruturais" na forma como a banca continua a funcionar.

Ao que parece, os países não podem viver sem um sistema bancário saudável. Mas podem viver sem crescimento, sem consumo interno e com um desemprego acima dos 20%. Salvamos os bancos? Duvido que, sem crescimento, não se trate apenas de adiar a sua morte. Mas mesmo que resultasse, se ao mesmo tempo dizimamos as economias europeias, eles vão servir para financiar exatamente o quê?"

Daniel Oliveira (Arrastão)

Alô Portas/Macedo, etc...

Alô, Paulo Portas? Alô, Nuno Magalhães? Alô, Miguel Macedo? Alô, Mota Soares? Alô, Telmo Correia? Alô, Guilherme Silva? Alô, Miguel Relvas? Alô, Santana Lopes? Alô, Rui Rio? Alô, Fernando Negrão? Alô, Teresa Caeiro? Alô, alô, alô!

Porque estais calados? Porque não protestais na televisão? Porque não chamais os ministros? Porque não clamais pela falta dos polícias? Porque não mostrais as esquadras decrépitas, os carros parados, as armas enferrujadas? Porque fazeis agora de mortos, ó demagogos?

Augusto Santos Silva


Desde maio houve um homicídio violento a cada 3 dias


Extremos de um Estado


Esta notícia, a ser verdade (o que duvido), revelaria que este governo é de tal forma extremista que nem sabe que corre o risco de passar-se para o extremo oposto!

ETAR do Sousa (Lodares - Lousada) entrou em funcionamento

ETAR de Lodares - Lousada


"Já entrou em funcionamento a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Sousa, localizada na freguesia de Lodares. Segundo a Águas do Noroeste, empresa que explora o sistema de água e saneamento no concelho, a abertura deste novo equipamento, que vai "melhorar a qualidade da água da região", fruto de um "tratamento mais eficiente das águas residuais", permitiu a desactivação da ETAR de Boim.

A nova infra-estutura vai servir, quase na totalidade, a população doméstica e industrial dos concelhos de Lousada e Felgueiras – cerca de 90 mil habitantes. A ETAR terá capacidade para tratar diariamente mais de 11 mil metros cúbicos de efluentes.

Este equipamento, lembra a Águas do Noroeste, representa um investimento de cerca de 11 milhões de euros, financiados a 70 por cento pela União Europeia, no âmbito do QREN.

Recorde-se que a Águas do Noroeste, constituída em 2010, é responsável pela exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Noroeste e integra mais de 30 municípios da região norte, entre eles Lousada. Entre 2010 e 2017 a empresa planeia investir mais de 300 milhões de euros, na melhoria destes sistemas, sendo 50 por cento do valor co-financiado pelo Fundo de Coesão da União Europeia."

in: Verdadeiro Olhar

Para o Governo, a malta da investigação é tudo uma cambada!

Valor dos apoios aos doutoramentos no estrangeiro vai ser cortado em 60%.

A "pérola" melhor é esta: «os bolseiros são aconselhados a procurar formas do co-finaciamento para as propinas juntos dos laboratórios ou centros de investigação de acolhimento, informa o organismo tutelado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.»

Exacto. O país dos investigadores portugueses não os apoia para eles se internacionalizarem, mas aconselha os portugueses a pedirem aos outros que paguem para nós para lá irmos. É tipo este "raciocínio" assim: qualquer universidade estrangeira há-de querer pagar para ter lá um espécime de investigador português; vai passar a ser tão exótico ter um dos novos pobres da Europa na equipa! Ter um bolseiro português vai passar a ser mais da moda do que ter um macaquinho ou um pássaro, coisa rara e quase nunca vista desde que estas (des)orientações (e outras do mesmo pacote) entrem em vigor. Investigadores portugueses passarão a ser exibidos em circos e feiras (científicas, claro) para mostrar que o governo de Portugal não conseguiu acabar com a espécie, apesar do programa traçado para o efeito. Aliás, dar bolsas a investigadores portugueses que deixaram de ser prioritários para o governo de Portugal vai passar, em países desenvolvidos, a entrar na rubrica orçamental "ajuda ao desenvolvimento", o que é conveniente para compor a imagem internacional desses países. E se alguém não conseguir entrar no lote das raridades, será por lhe faltarem capacidades empreendedoras: querer ser bom investigador sem ser capaz de se vender como carninha da boa no mercado internacional dos cérebros? Estultícia!

(É difícil fazer, fácil desfazer, dificílimo refazer.)

in: machina speculatrix

Desabafos de um JM Fernandes - Um elogio ao Grande Líder

Se não escrevesse, uma grande parte da população nunca saberia a sorte que tem em ter Passos Coelho como primeiro-ministro. Os leitores podiam ficar-se apenas pelo título, que já iriam bem aviados: “Ainda bem que nos saiu Passos Coelho”, chama ele ao seu artigo.
Mas vejamos o que nos diz:

No cenário de o PS ter ganhado as eleições em Junho “… há meses que Portugal andaria, como a Grécia andou, a dizer que não era possível cumprir o acordo – e, de facto, não teria sido [mas eles sim, eles cumprem, sabemos a que preço. Quando já não houver país, cumpri-lo-ão mesmo até ao fim]. Em 2011 teríamos falhado as metas do défice e em 2012 iríamos pelo mesmo caminho. Estaríamos hoje na mesma situação que a Grécia estava um ano depois de ter assinado o seu memorando [sim, porque agora estamos muito melhor], ou seja, de novo de mão estendida e ainda em piores condições para ter qualquer política de “crescimento e emprego”.” [Neste registo, o céu é o limite]

E acrescenta: “Já passou um ano, já passaram quatro avaliações, já passaram muitas previsões de que seria da próxima que Portugal ia ficar mal, e tudo continua a correr conforme o previsto. [ou seja, Portugal está a ficar bem] Ainda bem. Parece pouco, mas é muito: é o que nos aproxima da Irlanda e afasta da Grécia [a Irlanda não sai da cepa torta, as suas contas continuam péssimas]. Tudo tem corrido, no essencial, bem [em que sentido? O “bem” depende do ponto de vista do observador e do recheio da respetiva carteira] porque este Governo acredita nas metas que tem de cumprir e nas reformas que tem de fazer. É isso que o diferencia do anterior executivo, que preferia tentar não cumprir mascarando as contas. [I beg your pardon? Alberto João, o subtrativo, à cabina de som!] E é isso que o diferencia dos sucessivos governos gregos.” [Tudo aponta para um caso de sucesso, como toda a gente vê]

“Muitas das ideias que o PSD assumiu, contra ventos e marés, no seu programa são as que estão a ser aplicadas e representam uma viragem profunda na forma como em Portugal sempre se colocou a dependência do Estado, do subsídio e da cunha, no centro de tudo. Há séculos que é assim e Passos Coelho quis e quer mudar isso. Não é hiperliberalismo, é apenas um bocadinho de liberalismo numa sociedade asfixiada que sempre se virou para o Estado como solução de todos os problemas.” [Não, era só solucionar o problema do pote; para ele, querer o Estado é algo de mais seletivo]

E termina, depois de uns gentis reparos (em que prova, aliás, que este governo pouco fez em termos de redução da despesa, como apregoava que faria imediatamente e com grande simplicidade) para que não lhe chamem engraxador: “Mas, na hora do balanço, tenho de ser justo: o mais importante era tentar um novo caminho para Portugal, com tudo o que implica de dor e de risco, e isso está a ser feito [que bom!]. Por isso repito: ainda bem que nos saiu Pedro Passos Coelho [Que injustiça. Então e o Relvas?]. Algo de realmente diferente e novo, até para o PSD.” [muitos ainda não acreditam no que veem]
JMF está contente. Mas delira em quatro colunas. Com todos os indicadores a piorar, a dívida a aumentar quase para 120% do PIB e sem qualquer perspetiva de descida no horizonte, a redução do défice apenas conseguida, se a conseguirem, graças aos fundos de pensões da banca, as receitas a diminuir mais do que o esperado, o desemprego galopante, a economia agonizante, a debandada dos mais capazes, a EDP e a REN nas mãos dos chineses (mas com os mesmos CEOs) por 2000 M€ sem que o consumidor tenha disso retirado qualquer benefício, os transportes num caos – mais caros, com pior oferta e, apesar disso, a somarem aos défices, défices ao quadrado, a saúde afunilada e o ensino a retroceder 70 anos, só mesmo um José Manuel Fernandes para nos mostrar como devemos agradecer a deus a sorte que nos coube.

in: Aspirina B

Comunicado: Federação Distrital do Porto da JS

Trabalhadores-Estudantes: Federação Distrital do Porto da JS e Núcleos de Estudantes Socialistas da Universidade do Porto defendem época especial de exames 

Medida do Reitor é considerada inoportuna pelas estruturas jovens socialistas.

A Federação Distrital do Porto da JS e os Núcleos de Estudantes Socialistas da Universidade trabalhadores-estudantes de acederem à época especial de exames. Perante a comunicação escrita pelo Reitor a todas as unidades orgânicas, na qual defende não existir um enquadramento legal para este acesso, é entendimento dos jovens socialistas que a Universidade do Porto deve recuar nessa posição. É importante favorecer a integração e o sucesso escolar de jovens que, muitas vezes por dificuldades financeiras, são obrigados a compatibilizar o seu curso com um trabalho, ou de adultos que pretendem reforçar as suas qualificações quando já estão no mercado de trabalho.

Para João Torres, presidente da Federação Distrital do Porto da JS, «a missiva do Reitor não promove a inclusão social num momento particularmente complexo para todos os estudantes, para além de que é extemporânea, porquanto não existiu nenhuma alteração recente à lei que obrigue a Universidade do Porto a ter uma outra abordagem sobre esta matéria».

As organizações socialistas defendem que os estatutos especiais devem ser alvo de uma profunda reflexão que incremente os critérios de justiça no desempenho e na avaliação de todos os alunos, lembrando que não existem salvaguardas suficientes que garantam a existência de um regime de frequência e de flexibilidade dos percursos escolares no sentido de optimizar o rendimento académico dos trabalhadores-estudantes, pelo que apela à Universidade do Porto que reconsidere a sua posição no imediato, corrigindo uma atitude decepcionante que desincentiva a qualificação dos cidadãos. do Porto entendem não fazer sentido impedir.

Informações adicionais

Telm: 91 613 60 59

Ser mais papista que o Papa


Leia com atenção a proposta de Lei, e responda à pergunta :

Pergunta Simples.

Os políticos que alimentaram o carnaval patético, e a miséria ética, das comissões de inquérito à “asfixia democrática” e aos “atentados à liberdade de expressão” – cujo matéria de facto resultava da violação da privacidade, de mentiras à canzana acerca de investimentos publicitários do Estado e de calúnias a respeito de um negócio que nem sequer existiu – estavam em Portugal quando o Ministro Relvas ameaçou e chantageou o jornal Público como não há notícia de alguma vez ter sido feito em democracia?

in: Aspirina B

Pedro Machado: Uma garantia de Futuro

Diana Regadas
"O passado dia 2 de junho foi um dia importante para Lousada. Um dia em que Pedro Machado, conquistou a presidência da concelhia do PS Lousada. 
 
Um projeto renovado para o nosso concelho, mas um projeto alicerçado na experiência, na força, na competência, no empenho e na seriedade adquirida ao longo das últimas décadas por parte de pessoas que ficarão para sempre na memória de todos e pelos melhores motivos.

Este novo rosto do PS Lousada assenta numa equipa com muita experiência, baseada no peso importantíssimo do passado recente mas também procede à renovação necessária, porque só assim se consegue ser inovador, com novas ideias, novas pessoas e juventude. Portanto, não é de estranhar que grande parte da sua lista seja composta por jovens socialistas.

Num momento tão difícil como o que vivemos atualmente, a política tem que ser alvo de uma avaliação séria, assim sendo hoje, mais do que nunca, é necessária a força de todos para tornar a sociedade Lousadense ainda mais forte.

Já dizia o sábio mais importante que a história chinesa teve, ji Kang quando perguntou a Confúcio como governar. Confúcio respondeu:" Governar é levar a bom caminho. Se seguir o caminho certo, quem não o seguirá?"

Pedro Machado é sem dúvida o caminho certo. "



Diana Regadas

JS Lousada (in: TVS)

A Golpada!

A título prévio uma breve declaração de interesses: nunca apreciei o estilo de António Borges, personalidade que considero bafienta, oportunista e portadora do síndrome de snobite aguda. Posto isto, naturalmente que, em democracia, todo o ser humano tem direito a dizer os disparates que bem entender. No entanto, ilustres figuras como esta, tendo em conta as funções que desempenham, deveriam tem o decoro que se impõe, sobretudo num momento tão difícil para Portugal e para os portugueses.


Na passada semana, o país inteiro ficou a saber duas coisas: que este senhor, pelo facto de ser funcionário do FMI, tem o seu salário isento de impostos e que, na sua opinião, o problema do nosso país resolve-se com uma redução dos salários. Já não é a primeira vez que, eminências pardas como este Sr. Borges, insistem em opinar sobre o bolso e a carteira dos outros. Não recorro à demagogia fácil de dizer que, como castigo, deviam todos receber o salário mínimo nacional. Obviamente que não. Mas começa a ser politicamente insuportável ler e ouvir propostas emanadas por gente como esta, sempre pronta a dar palpites sobre a carteira dos outros, mas incapazes de, por uma vez na vida, dar o exemplo. Depois de, em 2011, ter recebido 225 mil euros sem pagar um cêntimo de impostos, é pelo menos justo reconhecer ao Sr. Borges uma rara falta de vergonha na cara.


Mas este senhor não se limita a, de quando em vez, dizer uns disparates. A convite do Primeiro Ministro, António Borges lidera uma equipa que acompanha, junto da troika, os processos de Privatizações, as renegociações das Parcerias Público-Privadas, a reestruturação do Sector Empresarial do Estado e a situação da banca. E, no exercício destas funções, António Borges tem cumprido muito bem o seu papel: defender ao máximo os interesses privados e prejudicar, sem qualquer tipo de limite, o Estado Português. Obviamente que só fica surpreendido com tudo isto quem ande distraído. Como funcionário de uma instituição financeira, a Goldman Sachs, responsável pelas vigarices que todo o mundo hoje conhece, só Passos Coelho poderia acreditar na generosidade do Borges.


E quanto à Goldman Sachs e como é público e notório, esta instituição ajudou, a partir de 2002, a Grécia a encobrir os reais números do défice, através de ‘swaps' cambiais com taxas de câmbio fictícias. Com este esquema fraudulento, Atenas conseguiu aumentar a sua dívida sem reportar esses valores a Bruxelas. A Goldman Sachs, por esta engenharia financeira, vulgo aldrabice, cobrou uma choruda comissão. Entretanto e à cautela, em 2005, vendeu os ‘swaps' a um banco grego, protegendo-se assim de um eventual incumprimento por parte de Atenas. No início de 2010, os analistas do Goldman recomendaram aos seus clientes a apostar em ‘credit-default swaps' sobre dívida de bancos gregos, portugueses e espanhóis! E é com base nos princípios que o Sr. Borges aprendeu e praticou, também na Goldman Sachs, que o que resta do nosso Estado vai ser alvo de uma monumental e histórica golpada.

in: Verdadeiro Olhar

Viva a economia capitalista! Abaixo os parasitas do Estado!



Diz o neoliberal Rui A., do às vezes liberal - dependendo da medida que o Governo pretende implementar e do índice de paranóia anti-esquerdista do dia de Helena Matos - Blasfémias:

"Impostos elevados sobre o rendimento das pessoas e das empresas são a fórmula necessária e suficiente para a destruição de qualquer economia e da riqueza de qualquer país que os aplique."

Bela frase de abertura, cujo texto que se segue tenta comprovar. Uma premissa, portanto. Vejamos alguns exemplos avulso de países com impostos elevados sobre o rendimento das pessoas e das empresas:

- Suécia
         - Impostos sobre rendimentos individuais - 0-57%
         - Impostos sobre empresas - 26.3% + taxas adicionais de 31.42% (Segurança Social e/ou TSU e outras taxas)
         - PIB per capita (paridade de poder de compra) - $40,393
         - Crescimento económico previsto para 2012 - -1%

- Noruega
         - Impostos sobre rendimentos individuais - 0–47.8%
         - Impostos sobre empresas - 28% + taxas adicionais de 0–14.1%
         - PIB per capita (paridade de poder de compra) - $53,470
         - Crescimento económico previsto para 2012 - 0.8%

- França
         - Impostos sobre rendimentos individuais - 0–40%
         - Impostos sobre empresas - 33.33% + taxa adicionais de 66%
         - PIB per capita (paridade de poder de compra) - $35,613
         - Crescimento económico previsto para 2012 - 0.2%


E agora exemplos de países com impostos reduzidos sobre o rendimento das pessoas e das empresas:

- Polónia
        - Impostos sobre rendimentos individuais - 0%, 18%, 32% ou 19%
        - Impostos sobre empresas - 25% + taxas adicionais de 41%
        - PIB per capita (paridade de poder de compra) - $20,334
        - Crescimento económico previsto para 2012 - 1%

- Roménia
        - Impostos sobre rendimentos individuais - 16%
        - Impostos sobre empresas - 16% + taxas adicionais de 45.15%
        - PIB per capita (paridade de poder de compra) - $12,476
        - Crescimento económico previsto para 2012 - -0.2%

- Uzbequistão
        - Impostos sobre rendimentos individuais - 11-22%
        - Impostos sobre empresas - 9% (sem taxas adicionais)
        - PIB per capita (paridade de poder de compra) - $3,302
        - Crescimento económico previsto para 2012 - 8% (uau)

- Burkina Faso
        - Impostos sobre rendimentos individuais - 2-30%
        - Impostos sobre empresas - 10-30%
        - PIB per capita (paridade de poder de compra) - $1,466
        - Crescimento económico previsto para 2012 - 7% (excelente) 
        

O liberal Rui A. prefere viver nos países livres da economia "parasitária", portanto (e ao acaso) na Polónia, na Roménia, ou mesmo nos quase perfeitos Uzbequistão ou Burkina Faso. E você?

(A foto foi tirada numa moderníssima fábrica de seda no Uzebequistão. Reparem bem no sorriso das crianças. O Rui tem razão: queremos mais destes paraísos na Terra.)  in: Arrastão

Inqualificáveis declarações do Sec. Estado da Saúde

MUDAR.

Mudar é por exemplo, termos Leal da Costa -  Sec. de Estado da Saúde dizer que algumas terapias asseguradas pelo SNS para doentes com Cancro podem deixar de ser comparticipadas porque só "prolongam por pouco tempo a vida de alguns doentes de cancro". 

A Ordem dos Médicos está escandalizada com esta declaração que classificam como desumana e alarmante para os doentes.


Já perceberam o que está a ser a MUDANÇA?

A Madeira e o preço da impunidade

Junte-se Madeira e JSD e sabemos que o resultado só pode ser uma má comédia para adolescentes. José Pedro Pereira é um "afilhado" de Alberto João Jardim. E sendo seu "afilhado", segue escrupulosamente as pisadas do "padrinho". Só que a ordinarice, imagem de marca do PSD local e do presidente regional, extravasa, no caso do rapaz, a vida política. Com vários processos à perna, o deputado regional é acusado de vandalismo, por ter urinado num carro da PSP. Um caso raríssimo de tentativa de punição legal de um quadro local do PSD. Talvez seja esta a fronteira que o desbragamento da vida política medeirense tolera. 

O estilo dos jotinhas de Jardim também se sente na relação com a oposição. Recentemente, o secretário-geral-adjunto da JSD-Madeira, André Candelária, demitiu-se porque não gostou, ao que parece, de ver o seu nome num "comunicado" da juventude partidária. A coisa era sobre o líder da JS local. E, com o título "Ai, Ai, Burrito!", podiam ler-se pérolas literárias como esta: "O débil mental da tentativa falhada de Juventude Partidária, mais uma vez, na sua paixão não correspondida pelo líder da JSD Madeira, procurou, e à falta de ideias em prol da Juventude da Madeira e Porto Santo, fazer propaganda pessoal às custas do grande trabalho da JSD Madeira e do seu líder." Ou esta: "A JSD Madeira quer ainda deixar o seu muito OBRIGADO ao "Burrito" Orlando, pois sem este a Juventude da Madeira e Porto Santo não fazia sentido. Essa mesma juventude que já há muito tempo pediu a independência dos seus débeis e desgraçados contributos para esta terra." 

Tudo isto deveria ser indiferente. Indigno de se referir, a não ser, talvez, na porta de uma casa de banho de um liceu. Acontece que estes senhores são deputados e o lider da jota demissionário até promete voltar, quando for crescidinho, para liderar o governo regional. Acontece que a degradante vida política madeirense não nasceu do nada. Nasceu da impunidade que a República garante, há décadas, a este deprimente "elite" local. Nasceu de uma cultura antidemocrática que o presidente regional alimenta e as instituições do país toleram. 

Estes comportamentos não são o retrato dos madeirenses, que não são nem melhores nem piores do que o restantes portugueses. É o acontece à política quando as regras democráticas são esquecidas e nos convencemos que basta haver eleições para que se viva em democracia

Não se enganem. Há, no parlamento nacional, alguns senhores do calibre deste rapaz. A diferença é, apesar de tudo, que as instituições democráticas, mesmo que em serviços mínimos, ainda funcionam. Quando passarmos definitivamente a aceitar que as regras democráticas e a ética política (não aldrabar o Parlamento em matéria factual, por exemplo) são um luxo que a crise torna irrelevantes, todo o país será finalmente uma enorme Madeira. Já esteve mais longe.

Pedro Machado é o novo Presidente do PS Lousada

Nas eleições que decorreram no dia de hoje, Pedro Machado foi eleito Presidente da Concelhia do PS Lousada, numa das maiores votações de sempre.

O caminho da renovação e da vitória está a ser traçado.



Lista eleita para a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista , para o biénio 2012 / 2014:

  • Pedro Daniel Machado Gomes (Presidente)
  • José Faria Santalha
  • Cristina Maria Mendes Silva Moreira
  • Eduardo Augusto Vilar Barbosa
  • Nelson Ângelo Coelho Oliveira
  • Carla Filomena Rocha Dias
  • Joaquim Almeida Santos
  • José Ribeiro da Silva
  • Paula Fernanda Magalhães Silva
  • Amâncio Augusto Teixeira Santos
  • António Joaquim Queirós
  • Maria Lurdes Ribeiro Magalhães
  • António Alberto Ferreira Dias
  • Tiago Romão Ribeiro Alves Cunha
  • Maria Goreti Dias Fernandes
  • João Carlos Pinto Correia
  • Alberto Oliveira
  • Maria Olinda Silva Faria
  • Porfírio Alves Santos
  • Carlos Aberto Bragança Couto
  • Fernando Manuel P. Costa Sampaio
  • José Alberto Nunes Leal
  • Manuel Ribeiro Mota Morais
  • José Martins Batista Pinto

E agora? Portugal já pode ter um Primeiro-Ministro que mente?

Passos Coelho garante: "Miguel Relvas nunca teve negócios nenhuns com Silva Carvalho 

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Os negócios secretos de Miguel Relvas e Silva Carvalho


"Ao contrário do que declarou, sob juramento, na comissão de Assuntos Constitucionais a 15 de maio, Miguel Relvas, enquanto administrador da consultora Finertec, reuniu-se, pelo menos duas vezes, com Silva Carvalho para falarem de negócio"

 

Diz "Não" à Prostituição!

Say no to prostitution!

Entrevista de Nelson Oliveira ao TVS

Nelson Oliveira, líder da JS/Lousada, nesta entrevista ao TVS, diz-se empenhado em marcar a agenda política local e fazer da JS uma das referências no concelho. Defende que esta estrutura é a única força na qual os jovens não são tratados como mais um número, para alimentar caciquismos ou projetos pessoais. O líder rmostra-se, igualmente, preocupado com a atual situação económico-financeira do país e o crescimento do desemprego jovem defendendo ser urgente fomentar políticas ativas de criação de emprego vocacionadas para os mais novos.
O recém-eleito presidente da JS comenta, ainda, temas como o distanciamento entre os políticos e os eleitores, e os temas da política local.
Nelson Oliveira

“A abstenção é algo que temos de compreender e advém do descrédito nos políticos”

TVS: Que balanço faz do seu mandato à frente da JS Lousada?
Nelson Oliveira: O mandato ainda está no início mas está a decorrer de forma muito positiva. Com muita seriedade, iniciativas públicas, tomadas de decisão e acima de tudo com um secretariado muito dedicado. Por outro lado, a nível interno, a nossa estrutura está a ter um papel decisivo muito importante, quer a nível concelhio como distrital/nacional.

TVS: Foi-lhe difícil dar continuidade ao trabalho desenvolvido por João Correia, o anterior líder da JS? Que avaliação faz do trabalho desenvolvido pelo seu antecessor?
NO: Não foi difícil porque fazia parte do secretariado e acompanhava de perto todo o seu trabalho. Foi um mandato em que a JS ganhou ainda mais importância em Lousada e conseguiu mostrar a força dos jovens socialistas, nomeadamente na assembleia municipal defendendo muitos pontos de vista importantes para os jovens, sem esquecer as lutas que enfrentamos no país com presidenciais e legislativas.

TVS: O que é que distingue a sua gestão da do anterior líder da JS Lousada?
NO: São momentos diferentes e devo realçar que estou muito agradecido ao João pelo seu trabalho, assim como aos seus antecessores. O João é um elemento muito competente e continua com altas responsabilidades na nossa estrutura. Quanto ao trabalho da JS Lousada, o nosso principal objetivo são as autárquicas e sei que, também os jovens darão resposta positiva nesse campo, ajudando-nos a criar soluções e ajudando também o PS a obter mais uma justa vitória por tudo aquilo que tem feito por Lousada.

TVS: Quais os desafios com que a JS Lousada se vê confrontada presentemente, quer a nível local quer a nível nacional?
NO: A JS Lousada atualmente está concentrada nas autárquicas, única e exclusivamente. Ainda assim, penso que estamos a mostrar que somos a verdadeira força da Juventude Lousadense. Com debates públicos e abertos à população, visitas às freguesias e tomadas de posição junto da CM Lousada assim como do próprio Governo, não só para a melhoria da qualidade de vida dos jovens, mas sim de todos os Lousadenses. Qualquer jovem hoje em dia, deparando-se com tudo o que assistimos no país, só na JS é que encontra um espaço em que a sua opinião conta e não é tratado como mais um para fazer número, para alimentar caciquismos ou projetos pessoais.

TVS: Que relação mantém com as outras estruturas socialistas da região e com o atual executivo?
NO: A relação que temos é excelente, quer com outras estruturas da região, quer com os diferentes órgãos do partido. A JS é uma organização política independente do PS, mas é minha intenção aproximar-nos, hoje, mais do que nunca, do PS Lousada.

TVS: A JS tem crescido em termos de militantes? Considera que tem condições para crescer mais e continuar a rivalizar com a JSD?
NO: No espaço de um ano, dobramos o número de militantes, mas não são os números que nos movem. A JS tem uma carateristica que a distingue das demais estruturas. Os seus militantes são pessoas convictas, defendem e conhecem os ideais da esquerda republicana e aderiram à JS consciente e livremente. Todas as outras estruturas partidárias não nos interessam minimamente porque não vemos a política como o futebol - a nossa preocupação são os interesses dos Lousadenses e não alegadas rivalidades.

TVS: Como encara o facto de haver cada vez mais jovens completamente desacreditados com os políticos?
NO: Nós precisamos de ação e reação. Deparámo-nos com uma situação muito difícil, principalmente a nível profissional e não conseguimos visualizar quem nos apresente soluções. Não precisamos que nos compreendam ou que tenham algum sentimento de compaixão para connosco, precisamos sim, de políticas fortes de emprego e de crescimento, que nos ajudem no lançamento de empresas e projetos, na aquisição de financiamento sem termos que pagar juros usurários aos bancos, no auxílio ao arrendamento jovem, na promoção de benefícios fiscais e na natalidade, o que não tem sido feito pelo atual governo.
A política desacredita-se por culpa própria e essencialmente por parte de certas pessoas com altas responsabilidades, que usam e abusam da sua posição política em benefício próprio sendo que, nada lhes acontece. Não é possível existirem políticos julgados, culpados mediante provas irrefutáveis e verem esses crimes prescritos. Pior ainda, por vezes são aplaudidos e reconduzidos no poder pelo povo, que nesta matéria, por vezes também tem a sua responsabilidade. No entanto, pelo que vejo e ainda bem, há muitas mais pessoas interessadas unicamente com a causa pública do que com a sua promoção pessoal ou até financeira.

“A opinião pública pensa que os “Jotas” são meros lacaios dos partidos ou agitadores de bandeiras”

TVS: Acha que há estigma para com as pessoas que integram as juventudes partidárias?
NO: É notório que existe um certo estigma para com a Jotas. Por vezes a opinião pública pensa que são meros lacaios do partido ou agitadores de bandeiras, mas convém as pessoas esclarecerem-se e informarem-se. Contrariar essa opinião é também um dos nossos objetivos na JS e penso que estamos a conseguir. Dou-lhe apenas um exemplo, o programa Porta 65 (arrendamento jovem) foi uma das grandes vitórias que a JS teve nos últimos anos. Com essa iniciativa, milhares de jovens puderam usufruir desta excelente medida de emancipação jovem. Este é apenas um de vários exemplos que poderia dar, mas é por tudo isto que o melhor, é as pessoas analisarem o percurso de vida de cada um ou de cada estrutura. Sei que nas juventudes partidárias existe de tudo, mas a grande maioria dos jovens estão apenas interessados em melhorar a sua freguesia ou o seu concelho. Isso para mim é o mais importante e estamos a transmitir essa ideia.

TVS: Como explica a ascensão de cada vez mais movimentos independentes na sociedade portuguesa e a opção por estes em detrimento dos partidos políticos?
NO: Existe uma descrença nos atuais governantes e nas suas políticas. Mas é bem mais meritório formarem movimentos independentes, apresentando-se como solução, do que enveredarem no velho discurso: "eu não ligo à política"; "eles são todos iguais", etc. Se não concordamos com algo, só temos que apresentar soluções e alternativas. Passividade é que não pode existir.

TVS: Acha que vivemos numa espécie de ditadura da partidocracia, sem que os eleitores disponham de verdadeiras alternativas?
NO: Os eleitores dispõem sempre de alternativas e podem até começar a optar pelos partidos mais extremistas ou por movimentos independentes. Basta vermos o exemplo da Grécia. Os partidos gregos mais moderados não conseguiram apresentar-se como uma verdadeira solução e os partidos de extrema-esquerda/direita subiram muito, no entanto, é essencial termos muito cuidado com estes sinais de insatisfação da população. Na história mundial, sempre que estas variações drásticas ocorreram, apareceram sempre "salvadores da pátria" que transformaram os países em ditaduras e com resultados devastadores para a humanidade.

TVS: Como é que enquadra as elevadas taxas de abstenção que temos vindo a assistir?
NO: A abstenção é algo que temos de compreender e advém desse descrédito nos políticos, contudo, já há muito tempo, penso que o ato de votar deveria ser obrigatório como é em alguns países. As pessoas não podem deixar de dar a sua opinião acerca do seu próprio futuro, não podem deixar os outros decidir a sua própria vida. Já nas urnas, que decidam se exercem ou não um voto de protesto. O ato eleitoral é das coisas mais importantes em cidadania e ninguém deve prescindir disso.

TVS: O nosso sistema político corre o risco de definhar e de fomentar a mediocridade na classe política em detrimento da excelência?
NO: Infelizmente na política existe de tudo, mas é uma área igual a qualquer outra. Existem bons e maus políticos e por isso mesmo é importante todos os cidadãos estarem envolvidos nas suas escolhas, mas sem dúvida existem assuntos que carecem de alteração urgente, de forma a dar mais credibilidade e transparência. Por exemplo, quanto a mim, é inconcebível existirem deputados que mantêm a sua atividade privada como advogados em paralelo. É eticamente reprovável que possuam acesso privilegiado e influência na aprovação de certas leis na AR e ao mesmo tempo tenham a possibilidade de beneficiar certos clientes com isso.

“Lousada só tem a ganhar se o PS continuar a gerir os seus destinos”

TVS: Que avaliação faz do trabalho que o atual executivo socialista tem realizado em prol do concelho?
NO: Quem viu e vê Lousada observa as melhorias abismais da qualidade de vida dos cidadãos a todos os níveis e de forma sustentada, sem dar um passo maior do que o possível. Temos um dos concelhos mais jovens da Europa, possuímos uma rede de escolas e infantários de excelência, uma taxa de abandono escolar quase nula, instalações de saúde renovadas e espalhadas por todo o concelho, vias rodoviárias importantíssimas, reduzidas taxas de impostos municipais importantíssimas para a fixação populacional, urbanismo regulado e sem exageros, parques industriais para a adequada fixação de empresas, turismo e desporto de referência. Contudo, nunca nos podemos dar como satisfeitos e temos que continuar a apostar forte em Lousada sendo inovadores a cada dia que passa. E sei que é isso que está a ser feito.

TVS: Cândida Barreira proferiu, recentemente, numa entrevista ao nosso jornal, a seguinte declaração: "24 anos de poder socialista sempre com as mesmas pessoas e o mesmo partido é tempo a mais". Que comentário lhe apraz fazer a esta afirmação?
NO: É uma opinião de uma pessoa que respeito muito mas quanto a mim, a democracia é algo que preservo incondicionalmente. O povo foi, é e será soberano nas suas decisões e se ao longo de 24 anos decidiu pelo PS Lousada decerto que não foi tempo a mais. Aliás, Lousada só tem a ganhar se o PS continuar a gerir os seus destinos.

“Os lousadenses disseram peremptoriamente que não querem Leonel Vieira”

TVS: Considera que a Coligação Lousada Viva está com sede de poder para reconquistar a autarquia?
NO: Lamentavelmente creio que sim e isso é mau para os lousadenses. Quando vemos certas atitudes, opiniões e falsidades emanadas, temos a certeza disso mesmo. É um sinal preocupante mas as pessoas estão atentas a isso e saberão dar a resposta adequada a esse tipo de política.

TVS: Como é que reage ao facto da mesma coligação criticar a definição de prioridades e o modelo de gestão do atual executivo socialista para o município?
NO: A coligação lá saberá qual é a sua estratégia e nada tenho a ver com isso, mas constatamos que anda completamente perdida. Tudo o que criticam não é sustentado com os factos que todos os cidadãos podem observar.

TVS: E quanto à dívida e ao passivo da câmara? Considera que esta corre o risco de entrar em rutura financeira?
NO: Esse tema já foi rebatido vezes suficientes. A autarquia lousadense apresenta uma gestão económico-financeira exemplar e os relatórios sistemáticos que são apresentados por entidades externas e independentes comprovam-no. Não contem comigo para alimentar mais essa mentira colossal.

“A maioria dos presidentes de Junta da Coligação, na assembleia municipal mostra-se do lado do executivo socialista.

TVS: A Coligação tem igualmente acusado o executivo socialista de falta de solidariedade financeira para com as Juntas de Macieira e Meinedo. Considera que existe uma discriminação no tratamento destas questões em função da ideologia político-partidária de cada um dos respetivos executivos das juntas ou estamos antes perante um catecismo de vitimização?
NO: Se é vitimização não sei, mas já foi mais do que afirmado que as juntas são entidades independentes, com o seu orçamento próprio emanado do Orçamento de Estado mas a câmara ainda assim e bem, contribui de forma clara com apoios financeiros para todas as 25 freguesias de acordo com os protocolos elaborados e tenho a certeza que se pudessem dariam mais e mais apoios. Ao contrário do que dizem, é facilmente comprovado que a autarquia tem feito muitos investimentos, muitas obras e auxiliado todas as freguesias. Para comprovar isso, basta verem o sentido de voto que a maioria dos presidentes de Junta da coligação adota na assembleia Municipal, mostrando-se do lado do executivo socialista.

TVS: Qual dos vereadores do PS tem mais perfil eleitoralista?
NO: O eleitoralismo leva-me para o populismo e esse não é timbre do PS Lousada. Os lousadenses têm que analisar se querem pessoas sérias, competentes e com provas dadas ou não. Se assim for, qualquer um dos vereadores do PS já deu provas mais do que suficientes que são pessoas dedicadas a Lousada e merecedoras de toda a confiança - justiça lhes seja feita.

TVS: Pedro Machado é o vereador que reúne mais condições para protagonizar uma candidatura à Câmara de Lousada?
NO: Pedro Machado é uma excelente e competente solução para Lousada. As pessoas estão atentas ao seu trabalho e reconhecem isso mesmo. Disso não tenho dúvidas.

TVS: É o homem certo para substituir José Santalha à frente da concelhia do PS?
NO: Penso que sim, até porque desde sempre acompanhou o Prof. José Santalha nas atividades partidárias e isso permitiu-lhe arrecadar a experiência e ensinamentos de uma figura vitoriosa e incontornável do PS Lousada.

TVS: Agostinho Gaspar, numa das conferências de imprensa, disse o seguinte: "Pedro Machado não está à altura das funções que desempenha". Que considerações lhe merecem esta afirmação?
NO: Noto que a Coligação está muito "preocupada" com o Dr. Pedro Machado e isso revela algum receio. Dizem o que lhes apetece, mas sentem-se ofendidos quando há o legítimo e necessário contraditório, preferindo a vitimização do que a apresentação de soluções viáveis para Lousada. Por outro lado, já referiram até, que não querem acreditar que o Dr. Pedro Machado será candidato pelo PS à CM Lousada. Ora bem…Quanto a isso, eu se tivesse Pedro Machado como adversário também "não quereria acreditar"… é impossível ser melhor que ele. A sua competência e transparência são únicas e inultrapassáveis no atual panorama político Lousadense.

TVS: Na sua ótica, Leonel Vieira tem perfil eleitoralista?
NO: Os Lousadenses nas últimas eleições autárquicas já se expressaram de forma democrata, maioritária, clara e inequívoca que não querem Leonel Vieira para presidente da Câmara.

TVS: Considera que a votação obtida pela Coligação nas últimas eleições autárquicas pode jogar a favor de Leonel Vieira?
NO: Como disse anteriormente. Os Lousadenses disseram peremptoriamente que não querem Leonel Vieira. Acha que uma derrota por maioria absoluta, com mais de 30% de diferença, joga a favor do derrotado? Isso é inconcebível.

TVS: Qual é a sua posição quanto às ex-Scuts?
NO: Sou obviamente contra o pagamento de portagens na A42. Na JS e no PS Lousada, fomos claros nessa posição, seja publicamente, seja dentro do partido, manifestando-nos contra a decisão do governo liderado por José Sócrates. Foi uma decisão totalmente errada e que contribuiu ainda mais para a destruição do tecido empresarial da região do Vale do Sousa e é mais um fator contra a mobilidade dos nossos cidadãos.

“O desemprego é uma chaga social e o pior de todos os males”

TVS: É a favor ou contra as taxas moderadoras? Defende o seu alargamento?
NO: Só o facto de existirem taxas moderadoras já se inscreve num princípio que, na sua génese, é contra a Constituição da República Portuguesa, contudo também temos que ter consciência que é necessário manter o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ainda assim, o SNS deve ser primordial para todos os governos e é arrepiante assistirmos a um aumento de 400% nesta taxa. É inacreditável a postura que este governo mantém com o SNS. A saúde em Portugal não tem que dar prejuízos astronómicos, mas também não pode ser vista como uma área para dar lucro, separando ainda mais as classes de uma sociedade, como é o sonho de alguns. Defendo que a Saúde e Educação são áreas em que o Estado tem obrigação de intervir e proteger totalmente para exclusivo usufruto de toda a população nacional e de forma igual.

“É inacreditável a postura que este governo mantém com o SNS”

TVS: A taxa de desemprego dos jovens entre 15 e 24 anos aumentou nos primeiros três meses do ano para um novo recorde de 36,2%. Na sua ótica, quem são os responsáveis por esta situação e de que forma é que se pode inverter este fenómeno?
NO: O desemprego é uma chaga social e o pior de todos os males. Os responsáveis são todos aqueles que se resignaram à política vigente a nível mundial. Nos últimos anos, sempre achei que a crise era essencialmente originária na América e depois na Europa face a décadas de um capitalismo desenfreado, por isso, não é por o Governo ser PSD/CDS que vou culpá-los de tudo, como fizeram os mesmos que agora governam face ao governo Socialista. No entanto, o PS também teve as suas culpas e isso refletiu-se nas legislativas. Ainda assim, é notório que o seguimento deste tipo de políticas mostra que o governo desistiu dos jovens, que é constituído por pessoas pouco preparadas e que a solução é emigrarmos para deixarmos de ser mais um problema.
Não me posso resignar quando vejo que em apenas 3 meses, saíram de Portugal 57 mil jovens. A principal solução é mudar as políticas internacionais pró-austeridade e apostar no crescimento económico para que vejamos resultados, mas não deixa de ser engraçado vermos todos aqueles que defendiam a austeridade pura e dura em Portugal, mudarem agora o seu discurso e afinal, parece que o crescimento económico é a solução…
Ainda bem que os povos europeus estão a dar a resposta devida. Os franceses já fizeram a mudança, os alemães estão a caminho e bastaria mais uma vez aprenderem com a história, através de iniciativas como o New Deal ou o Plano Marshall (com as devidas comparações).
E quanto às medidas de apoio aos jovens, que nos interessa lançarem iniciativas avulsas, se depois um jovem não consegue um financiamento decente de acordo com as suas possibilidades para se lançar no mercado?

TVS: É a favor do recurso a mães de aluguer?
NO: Existem questões que temos que ser pragmáticos. Cada vez mais esta situação acontece na ilegalidade, em condições miseráveis, repudiantes e envolvendo ao mesmo tempo cidadãos de vários países num tráfico sem precedentes. Um autêntico mercado negro. Portanto, sou a favor que criem soluções para atenuar o problema legalmente, condignamente, mas também com muita ética.

TVS: É a favor da legalização da droga?
NO: Sou a favor, mas depende do tipo de drogas. O povo Português está a evoluir na sua mentalidade. A custo, mas está. Se este problema existe, se a sua atual penalização não se reflete em nada, porque não devemos aceitar a realidade de uma vez por todas e criar condições para que o problema seja controlado? É uma questão ética mas acima de tudo, de saúde pública.

Autor: Miguel Ângelo