Europeias: Ilações a retirar e PS vence claramente em Lousada

1 - Os resultados das eleições do passado domingo, não foram nada surpreendentes. Desde início me parecia que a abstenção iria ser astronómica e o PS ganharia confortavelmente.

Ainda assim, existem ilações a retirar.

A campanha foi notoriamente miserável. Culpas existem de todas as partes, mas sinceramente a campanha da dupla Rangel/Melo centrou-se no miserabilismo de ideias e no mero ataque pessoal e sectário. Eram os discursos inflamados de dedos em riste, o “vírus” e o despesismo socialista, o Sócrates, mais Sócrates e Sócrates. Ideias para a Europa –zero. O resultado foi o que se viu. O discurso de derrota foi o único momento em que não se ouviram referências aos socialistas ou a Sócrates.

As campanhas eleitorais sucedem-se e políticos com tanta experiência, ainda não perceberam que este tipo de posicionamento tende a ter, sempre, o efeito contrário. Quando se movem campanhas negras contra algo ou alguém, deixando-se de discutir política e soluções, o resultado é destruidor para quem promove tais comportamentos.

Já o PS, ganhou, derrotou sozinho a direita. Direita que de uma vez por todas, mais vale formar apenas um partido único, tais são as constantes coligações/fusões/uniões dos dois partidos que já se confundem com a liderança bicéfala, estilo Bloco de Esquerda. Por outro lado, a vitória do PS é clara, mas deveria ser mais elucidativa.

Existiu um sinal inequívoco. O sistema político e eleitoral que vigora está ultrapassado. A abstenção e os votos de protesto em partidos menores, como aconteceu com a eleição de Marinho Pinto, é sintomática.

Outro sinal veio do LIVRE. A típica “esquerda caviar” foi amplamente derrotada. Dá sempre mau resultado, quando alguém sai de um partido em litígio e forma uma “nova corrente” para se candidatar exatamente ao mesmo lugar de onde saiu. O povo não é ignorante e castigou Rui Tavares.

2 - Mesmo não existindo uma ampla relação entre Europeias/Legislativas com as Autárquicas, em Lousada, passados meses das últimas eleições para os órgãos locais, o PS venceu claramente e de forma esclarecedora. Aqui o efeito de proximidade temporal com as autárquicas tem um ligeiro significado, mais do que as legislativas de 2015.

O PS venceu na maioria das freguesias (exceto 3) o que é um excelente resultado. Destaca-se a esmagadora vitória em Meinedo. Desfazem-se perentoriamente as “dúvidas” em Caíde de Rei. Extraem-se ótimas conclusões relativamente a Nespereira/Casais, Macieira, Lustosa/Santo Estêvão.

3 – O aspeto mais preocupante surge dos outros países europeus. No Reino Unido venceram os eurocéticos, na Grécia a extrema-esquerda que promete um vendaval anti-Euro, a Dinamarca exalta os nacionalistas.

França votou maioritariamente na extrema-direita. O partido promotor do “Ébola contra os imigrantes” coloca em sobressalto a Europa e também os nossos emigrantes. Por muito que tente ser ponderado, as ideias da Frente Nacional recaem em 2 pilares fundamentais – Racismo e Xenofobia. Num país com uma diversidade tão grande de povos, é ultrajante.

Nelson Oliveira

PS Lousada obtém GRANDE VITÓRIA

Nas eleições europeias de hoje e segundo os resultados oficiais, verificamos que o PS obteve uma grande vitória em Lousada.

O principal realce é dado à vitória na esmagadora maioria das freguesias - não vencendo em apenas 3 (25).

Destaca-se a expressiva e arrasadora vitória em Meinedo, bem como em Caíde de Rei, UF Lustosa/Sto Estêvão, Macieira e Nespereira/Casais.


O Despesismo é Laranja: A opinião um ex-ministro do PSD


Função pública: Miguel Cadilhe (PSD) responsabiliza Cavaco Silva (PSD) por aumentos que agravam défice.




O antigo ministro das Finanças Miguel Cadilhe, responsabiliza Cavaco Silva pelo aumento da massa salarial da função pública, promovido nos anos 1990, que hoje é responsável por 15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Cadilhe, num artigo para o livro colectivo "Cidadania, uma visão para Portugal", recorda aquilo que o ex-primeiro-ministro social democrata já admitia na sua "Autobiografia política".

Cadilhe escreve, segundo cita hoje o "Expresso", que "os trabalhos preparatórios do novo sistema retributivo da função pública (...) correram sob a responsabilidade directa de Cavaco Silva", referindo-se aos laicerces do Novo Sistema Retributivo da Função Pública que colocou a administração pública portuguesa no terceiro lugar entre as mais caras da Europa.

O sistema foi aprovado em conselho de ministros em 1998, recorda Miguel Cadilhe, no qual o ministro das Finanças se mostrou preocupado. De acordo com as palavras citadas pelo semanário, o então ministro terá tentado precaver problemas futuros impondo condições para a aplicação do novo sistema, nomeadamente a redução de despesas e melhoria de produtividade.

Cadilhe não hesita em denunciar que o Governo não deu sequência às suas propostas e conclui que isso "teve efeitos avassaladores" nas despesas estatais. O ministro escreve que o caso "foi uma demonstração de como uma importante e justa reforma pode ficar a meio do caminho, derrapar e virar-se contra o reformador". 

O "Expresso" escreve em manchete que Cadilhe acusa Cavaco de ser pai do "monstro" do défice, um dos epítetos pelos quais ficou conhecida a dimensão da ruptura das contas públicas portuguesas.

in: Público

Mário Soares sobre as Eleições Europeias

O PS sempre esteve acima de mim próprio


Alguns órgãos de comunicação social têm falado sobre mim nestes últimos dias, em que tenho sempre estado calado. Sobretudo a Direita.
Como os portugueses sabem, eu sou e nunca deixei de ser socialista. Assim serei até morrer. Para mim, o PS sempre esteve acima de mim próprio. Porque, em política, a meu ver, sempre se deve servir o partido e nunca se deve servir-se do partido. É o que a fundação que tem o meu nome tem feito ao homenagear todos os dirigentes já falecidos, muitos dos quais foram muito críticos a meu respeito.
Sempre abominei, como se sabe, a Direita, embora tenha amigos pessoais, mas não camaradas, como são todos os socialistas, que são de outros partidos e que respeito.
Vem isto a propósito dos últimos dias, em que se tem falado demasiado de mim. Em que estou a escrever e a preparar dois livros. Por isso não tenho falado. Mas não pense a Direita que estou com ela ou que me pode influenciar. Não pode. Estou e sempre estive com o PS. Ninguém pode pensar o contrário, nem ter dúvidas. O PS é o meu partido e sempre será. Sei que vai ganhar as próximas eleições. Mas mesmo que as perdesse – e não perde, ganha –, nunca deixaria de ser PS. Por isso escrevi no Diário de Notícias que o Partido Socialista vai ganhar e que vou votar PS.
Fundador do PS e ex-Presidente da República

Tertúlia JS Lousada - Sexta feira - 21.30h - Contamos Consigo!


O doce perfume da mentira



Todas as campanhas abusam da hipérbole, mas existia ainda algum temor da mentira desbragada. Ora tudo isso desapareceu na actual campanha para as eleições europeias. Uma dupla trauliteira auto-satisfaz-se com a mentira, emulando a ultra esquerda sempre vezeira nessas andanças. Associaram-se, sem escritura, numa sanduíche ao PS.

A direita insiste na sua estória sobre Maio de 2011. A Troika teria vindo chamada pelo PS a ele deveriam ser assacadas todas as tropelias que o Governo lhe consentiu ou até incentivou. Dupla mentira: o PS tudo fez para evitar a Troika. Passos e Portas tudo fizeram para que a Troika entrasse. Associaram-se à ultra-esquerda para fazer cair o governo socialista minoritário, mentindo por omissão quando alimentaram a fábula de não terem sido ouvidos sobre o PEC 4, quando Sócrates gastou três horas a discuti-la com Passos. Segunda mentira: se o programa correu mal, a culpa foi do desenho inicial, assacado aos socialistas. Esquecem as suas manifestações de regozijo com a intervenção. Esquecem que o programa inicial era medicina benigna, comparada com a que Vítor Gaspar apimentou, na mira de mostrar serviço e conquistar melhor emprego. O que conseguiu.

A coligação trauliteira não perde ocasião para agravar um defeito da cultura nacional: tem que haver sempre um culpado, pois o povo adora autos de fé. Mas existe uma terceira mentira de imensa amplitude. Alega a dupla trauliteira que o PS é o partido da despesa pública, ao longo de quarenta anos. Falso. Desde que existe estado de direito, o PS governou 14 anos e meio: 1977-1978, 1995-2002 e 2005-2011. O PSD em maioria absoluta governou quase dez anos, de 1985 a 1995. E em coligação com o CDS governou 10 anos: de 1980 a 1983, de 2002 a 2005 e de 2011 a 2014. Ou seja, a direita só ou coligada é responsável por 20 anos de desgraça governativa e de despesismo consciente. Alguns exemplos mais gritantes: O pagamento de indemnizações e rendas empoladas artificialmente às Misericórdias, em 1980, com o pretexto de terem sido “esbulhadas” de serviços de saúde, o que foi falso; Um novo sistema retributivo que aumentou em 28%, num só ano, a despesa em ordenados da função pública; o 14º mês aos pensionistas em 1992; a contagem fictícia de anos de contribuição para a segurança social, a famosa “compra de anos”, que induziu a reforma artificialmente antecipada dezenas de milhares de beneficiários activos; a aposentação no ensino aos 52 anos; a prescrição de medicamentos subvencionados pelo SNS, nas consultas privadas, três meses antes das eleições de 1995, fazendo disparar a factura farmacêutica; os dois submarinos do Dr. Portas, decididos entre 2002 e 2004. Em matéria de despesismo, o PSD/CDS abriram escola: fazem o mal e a caramunha.

Após 2011 uma nova forma de desbaste do Estado atacou em Portugal. A delapidação do património: a ANA concessionada por 50 anos e vendida aos franceses a preço de saldo, em ocasião de saldo; as jóias da coroa, EDP e REN, despachadas com tanta rapidez que nem deu para corrigir as rendas. A privatização dos CTT, apresentada como êxito e agora entrando em rápida perda de valor bolsista. A TAP só não foi despachada por ninguém querer pegar no “brinde” da empresa paulista de manutenção que gera prejuízos. A EGF, vendável num abrir e fechar de olhos, se não fosse a servidão que a vincula aos municípios seus participados. Os Franceses querem as águas (o que só parcialmente conseguiram na Grécia), os Alemães ainda não excluíram a TAP da sua ambição. Outra forma de delapidação consiste na destruição de activos: o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, limitado por lei a deter 55% de obrigações nacionais, vai ver desaparecer esta cláusula para ter que comprar obrigações do tesouro até 90 % dos seus recursos, o que o levará a baixar os activos estrangeiros. A mistificação chega a enganar um respeitável diário que titula ingenuamente “Pensões menos expostas a dívida estrangeira”. A mentira subtil chega a fazer parecer que é bom o que é deveras mau. Sempre poetas, estes financeiros.

Mas a poesia não faz esquecer que o desemprego em três anos subiu de 9 para 15%; que a emigração por dois anos seguidos, passou aos valores do tempo da guerra colonial, 110 a 120 mil emigrantes, agora todos com formação profissional qualificada; o risco de pobreza aumentou para 25% e o número de pobres, de 16 para 18 %; a frequência do ensino superior foi reduzida para além do efeito demográfico e a desistência dos estudos aumentada por incapacidade financeira das famílias; a constituição de novas famílias, com o elevado desemprego jovem, tornou-se mais difícil o que certamente influencia a baixa da natalidade; a dívida pública passou em três anos de 90 para 130% do PIB, tornando os seus encargos anuais iguais ao orçamento da Saúde.

Com retórica abusiva, as aves canoras do PSD/CDS tentar levar o Povo a acreditar no impossível: que a Troika se foi para sempre, que o crescimento está a regressar, que a vida está melhor. Pedem demais à vítima, como todos os torcionários, pedem-lhes amor em vez de perdão. Julgam que o sofrimento redime as almas, purifica os corpos, eleva o espírito. Uma campanha de mentiras, como nunca se viu antes. Sem confrontação na rua, deserta à sua passagem, como as procissões medievais de condenados. E quando confrontados, pasme-se, respondem com arrogância: quem os critica tem discurso encomendado! Esta campanha da direita é um desastre, uma fuga para a frente do desprezo popular. Perdida andaria a Europa se votasse em quem assim procede. O perfume da mentira pode ser doce. Aqui, enjoa!

Deputado do PS ao Parlamento Europeu (in: Público)

Governo PSD/CDS recupera políticas que criticavam em José Sócrates



Com o anúncio da obrigatoriedade do Inglês no 1.º ciclo e o retomar das obras do Parque Escolar em 14 escolas; a promoção das viaturas elétricas; e com a simplificação administrativa apresentada por Paulo Portas, a coligação PSD-CDS parece estar a apostar em medidas que foram lançadas no período socrático e que foram amplamente criticadas pelos mesmos.

Ora veja-se. Segundo conta o Expresso Diário, em 2007, Nuno Crato criticava a exorbitância de valores que eram necessários investir com a Parque Escolar e suspendeu a medida. Agora, decidiu voltar a apostar na mesma e foi até com satisfação que anunciou o retomar das obras de 14 escolas.

Em 2005, tornar o inglês numa disciplina obrigatória no 1.º ciclo era uma das principais medidas da era socráticas, recorda a edição online do semanário português. No ano passado, Nuno Crato gerou polémica em voltar atrás com a medida, dando às escolas a possibilidade de definirem se queriam ou não tornar o Inglês numa disciplina obrigatória. Agora, o ministro da Educação e da Ciência volta a causar polémica ao dizer que irá tornar a disciplina obrigatória a partir do próximo ano letivo.

No que diz respeito aos carros elétricos, o PSD assim que chegou ao poder suspendeu e desdenhou a aposta socialista nestes veículos, tendo colocado na garagem os 17 veículos adquiridos por José Sócrates e, mais tarde, entregue os mesmos à PSP.

Agora, o ministro quer provar que qualquer pessoa, independentemente da sua atividade diária, pode usar um carro elétrico e o próprio decidiu que vai trocar o seu automóvel por um veículo elétrico.

Por fim, o Simplex, medida com a marca inegável de Sócrates, é agora retomado por Paulo Portas, com o objetivo de eliminar a legislação obsoleta ou desnecessária.

in: Notícias ao Minuto

Ainda haverá quem não reconheça as “boas contas” da CM Lousada?

No passado dia 30 de abril, em sessão da Assembleia Municipal de Lousada, foi discutida e aprovada a Prestação de Contas de 2013 do município de Lousada.

Os números apresentados esclarecem uma série de questões, muitas delas levantadas em plena campanha eleitoral. Foi por diversas vezes anunciado por parte da oposição, um argumentário infundado e mais do que rebatido, baseado numa preocupante situação financeira.

Ora, eis que se conhecem os números de 2013, de acordo com o relatório do Revisor Oficial de Contas (ROC) e, num ano de eleições, onde diversos estudos internacionais indicam que tendencialmente a despesa aumenta nessas alturas, verificou-se que Lousada melhorou os sinais económico financeiros na maioria dos indicadores.

À oposição, resta o ingrato papel de observar que ano após ano continuam enganados e a induzir as pessoas em erro ao não elogiar este trabalho. De se abster face a números que tomara muitas autarquias da região apresenta-los. De questionar rúbricas inscritas em “outros”, com suspeições ignóbeis prontamente esclarecidas pelos serviços financeiros do município em reunião de câmara e pelo próprio Presidente da CM Lousada.

Aliás, bastava estarem atentos às atas das reuniões de Câmara para constatarem que todas essas dúvidas foram esclarecidas até ao ínfimo pormenor (é importante dar a conhecer este facto!). Para além disso, deveria existir alguém que esclarecesse de uma vez por todas que as rubricas “Outros” (etc.) estão inscritas e são exigidas pelo POCAL e não por qualquer opção pessoal dos serviços técnicos ou do executivo municipal. Por este motivo não é de todo sério, continuar algum tipo de abordagens que já demonstraram, não terem o resultado previsto!

Assim, realça-se alguns números, de fácil compreensão para os cidadãos e que se encontram plasmados no relatório do ROC: a Dívida Total da CM Lousada é de 13M€ (12M€ no final de 2014). A Dívida líquida, aquela que realmente importa dado a subtração das dívidas de terceiros à autarquia, ronda os 9 M€.

O Prazo médio de pagamentos a fornecedores (conta corrente) cifra-se nos 14 dias e o Prazo médio de pagamentos a fornecedores (fornecedores de imobilizado) é de 33 dias (em jeito de comparação, no nosso país temos autarquias que pagam mais de 2000 dias!).

A Execução do Orçamento da Despesa, passou de 71.6% (2012) para 84.2% (2013); a Execução do Orçamento de Receita, passou de 71.7% (2012) para 84.2% (2013). A Execução de Receitas Correntes centra-se nos 97.6% e a Execução de Despesas Correntes é de 87.6%.

A Poupança Corrente aumentou 1.176M€ e Aumentou a capacidade para o Município gerar Receitas Próprias.

Não custa nada admitir de uma forma isenta e séria que, baseando-nos em documentos imparciais, Lousada é um município de boas contas. 
Isso deveria deixar todos os Lousadenses satisfeitos, mas parece que (ainda) não é assim.

Boas Contas: Lousada é o município que mais rapidamente liquida as suas facturas

Lista da DGAL mostra que Lousada é o município que mais rapidamente liquida as suas facturas

As câmaras municipais da região têm vindo a diminuir o prazo médio de pagamento a fornecedores. Em 2013, mostra o relatório da Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), estes municípios liquidavam as suas facturas entre 137 e 29 dias. A autarquia que demora mais a pagar é a de Valongo, sendo que Lousada surge, mais uma vez, como a melhor pagadora da região. Destaque ainda para Paredes que reduziu o seu prazo de pagamento para menos de metade no prazo de um ano. Ainda assim, Valongo, Penafiel e Paredes, que em 2012, juntamente com Paços de Ferreira, estavam na lista das 50 câmaras que mais demoravam a liquidar facturas, demoram ainda mais de 90 dias a fazê-lo – o prazo médio da lista da DGAL ronda os 91 dias.

O SÓCRATES - imaginem só o que ele fez !

CURIOSOS????

O título deste post é apenas uma mero exercício para o que realmente interessa.

Imagine o que seria se Sócrates, enquanto Primeiro Ministro, fosse alvo de uma notícia referindo que no seu percurso profissional privado era conhecido pelo seu "patrão" como o Homem que fazia o que lhe competia -"O SÓCRATES É QUE ABRIA AS PORTAS TODAS"

Como é facilmente imaginável, caía o Carmo e a Trindade.

Quem não se lembra das capas semanais do Sol ? Das capas diárias do Correio da Manhã?

Era o caos. O horror.

Mas pelo que parece, a verdade é que era mesmo o PEDRO que abria as Portas todas (mesmo estando em exclusividade no Parlamento), mas temos uma COMUNICAÇÃO SOCIAL ANESTESIADA!

Vamos aprofundar:

Fernando Madeira, o ex-sócio maioritário da Tecnoforma, conta em entrevista à Sábado: «trabalhávamos sobretudo em Angola e começámos a sentir que havia problemas em avançar com alguns projectos na área da formação profissional.» Melhor do que falecer: recorre aos serviços do Pedro e cria uma ONG. 

Estávamos no ano de 1996. Num restaurante no Porto Brandão, foi explicado ao Pedro o que se pretendia com esta organização não governamental (ONG) que viria a designar-se como Centro Português para a Cooperação (CPPC): «O objectivo era explorar as facilidades de financiamentos da União Europeia para projectos em Angola ou nos PALOPs [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa].» O Pedro não se intimidou com a circunstância de uma organização de solidariedade e sem fins lucrativos poder não passar de uma forma expedita de conseguir negócios para a Tecnoforma: «Só posso dizer que ele foi receptivo ao que ouviu e disse logo que tínhamos de arranjar estas e aquelas pessoas e arranjou. Arranjou pessoas que eu não conhecia

Quem eram as pessoas que fariam parte desta ONG (testa-de-ferro da Tecnoforma)? «Pessoas com influência.» Luís Marques Mendes, então líder parlamentar do PSD (no consulado de Marcelo), Ângelo Correia e Vasco Rato (nomeado recentemente pelo Governo para presidir à Fundação Luso-Americana), mas também Eva Cabral, na altura jornalista da famosa secção laranja do Diário de Notícias e hoje assessora do alegado primeiro-ministro. 

Com um agradecimento à revista Sábado, eis algumas passagens da entrevista (que merece ser lida na íntegra):

    No seu entender, Pedro Passos Coelho queria no CPPC gente com influência para quê?
    - Que pudessem de facto, sei lá, movimentar, abrir ou facilitar a vinda de projectos para a ONG no âmbito da formação profissional e dos recursos humanos e que depois esses projectos pudessem ter a participação da Tecnoforma.

    Volto a perguntar, Passos Coelho sabia que esta ONG era criada com esse intuito? 
    - Tanto é assim, que eu cheguei a ir com ele a Bruxelas para um encontro com o comissário europeu João de Deus Pinheiro [militante do PSD, ex-ministro da Educação e dos Negócios Estrangeiros em três governos de Cavaco Silva e Comissário Europeu entre 1993/2000].

    - E foram lá fazer o quê exactamente?
    - Fomos lá apresentar o CPPC, o que nos propúnhamos fazer e saber da sensibilidade dele, nomeadamente que possibilidades de financiamentos havia para os PALOPs. E o João de Deus Pinheiro até nos deu logo uma ideia, dizendo que a Comissão Europeia estava a pensar num projecto para Cabo Verde, que era a criação de um instituto para formação de funcionários públicos. E que este instituto deveria servir também para formar pessoas para os outros PALOPs porque os quadros deles da administração pública eram muito deficitários. Disse-nos ainda que seria bom que criássemos um instituto em Cabo Verde e que a Comissão Europeia estava disposta a apoiar financeiramente uma coisa dessas.

    Esse encontro com João de Deus Pinheiro foi combinado por Passos Coelho, que era então vice-presidente do grupo parlamentar do PSD?
    - Claro, eu não conhecia o Deus Pinheiro.

    Em Bruxelas, reuniram onde?
    - Fomos ao gabinete dele, na sede da Comissão Europeia. O Pedro é que o conhecia, o Pedro é que abria as portas todas.

    E esse projecto chegou a avançar?
    - Ainda fomos a Cabo Verde, mas não avançou. Reunimos na cidade da Praia com uns directores do Ministério da Educação, mas acho que eles estavam era interessados em criar pólos universitários e não institutos intermédios de formação profissional. As coisas não funcionaram.

    Foi a Cabo Verde também com Passos Coelho? 
    - Sim e com um cantor, o Paulo de Carvalho.

    Porque é que ele foi com vocês?
    - Isso aí é outra história de que não quero falar. Ele apareceu no aeroporto de Lisboa. Acho que ele foi também para desbloquear, para tentar, mas dá-me a impressão que havia uma segunda agenda entre eles. Em Cabo Verde, depois das reuniões, eles foram depois para outro lado.

    Já conhecia o Paulo de Carvalho?
    - Não, não, só da televisão.

    Marques Mendes esteve na escritura do CPPC?
    - Sim, esteve lá. A única coisa que lhe digo é isto: paguei muitos almoços e jantares. Eu estava com o Pedro talvez de 15 em 15 dias ou uma vez por mês. Ele também aparecia na sede da Tecnoforma, mas era mais em restaurantes. Ou então íamos beber um copo. Ele vivia ainda em Campo de Ourique com a Fati [Fátima Padinha, do grupo as Doce e primeira mulher de Passos Coelho].

    Também se encontrava com ele na Assembleia da República?
    - [Pausa] Encontrei-me com o Pedro várias vezes no parlamento, acho que era no grupo parlamentar do PSD.

    (…)

    Mas pode dizer-me quem financiava o CPPC?
    - Vinha tudo da Tecnoforma.

    O CPPC tinha um orçamento anual formal? 
    - A Tecnoforma pagava as despesas que aparecessem. As instalações do CPPC eram também na Tecnoforma, pois ficavam na sede da empresa, no Pragal [Almada].

    Ainda não me disse o que é que o CPPC concretizou durante os vários anos em que Passos Coelho lá esteve como presidente?
    - Até 2001, só me lembro de um projecto de formação profissional no bairro degradado da Pedreira dos Húngaros, em Oeiras. O projecto nasceu de uma ideia do governo de Cabo Verde [muitos habitantes do bairro eram cabo-verdianos] e a partir de uma reunião qualquer que houve entre o Pedro e já não sei quem.

    Foi um projecto arranjado por Passos Coelho?
    - Recordo-me que houve uma reunião entre nós para definir o que era preciso fazer, mas o projecto precisava também da aprovação do Isaltino Morais, que era o presidente da Câmara de Oeiras. O Pedro desbloqueou isso, fez o papel que se esperava dele. E tivemos uma reunião com o Isaltino Morais, que aprovou o projecto e isso foi essencial para a candidatura a um programa financiado pela União Europeia.

    (…)

    Depois de vender a Tecnoforma em 2001, e de Passos Coelho ter sido contratado para consultor e depois para presidente da empresa, a facturação da Tecnoforma aumentou bastante em Portugal. Um dos projectos responsáveis por isso foram as acções de formação financiadas pela União Europeia, como o programa Foral, um caso que está a ser investigado hoje pelo Ministério Público (MP). 
    - Disso já não sei nada.


Tratou-se aparentemente de uma entrevista muito viva. Fernando Madeira, o ex-sócio maioritário da Tecnoforma, só embatucou quando a Sábado o questionou acerca das remunerações de Pedro Passos Coelho: «Eh pá, isso já não me recordo. É um bocado arriscado estar-lhe a dizer e era grave.» O alegado primeiro-ministro era então deputado em regime de exclusividade.



Recuperação à vista, diz o Governo. Será?





Governo passou a considerar a dívida de algumas empresas e já só espera agora que o “stock” total de endividamento público recue em 2015, depois de ultrapassar este ano os 130% do PIB. O “stock” de dívida pública bruta subirá de 129% do PIB em 2013 para 130,2% este ano, o que adia por mais um ano, para 2015, o início da redução do peso do endividamento público na economia. 

Na 11ª avaliação da troika, terminada em Fevereiro, o Executivo apontava para uma redução do stock de dívida para 126,6% do PIB já este ano. O Governo explica que a diferença de 3,6 pontos de PIB (quase seis mil milhões de euros) é explicada pela inclusão nas contas de dívida de três empresas: "Carris, STCP e algumas linhas da CP". 

O que se passa é que ao abrigo de novas regras europeias, estas empresas passarão a ser consideradas como parte das Administrações Públicas, pelo que o Governo decidiu começar desde já a substituir dívida à banca, por financiamento directo do Tesouro. “Iniciou-se, no segundo trimestre de 2014 a substituição da dívida bancária destas três empresas [Carris, STCP e algumas linhas da CP] por financiamento do Estado, o que teve como efeito o reconhecimento imediato da sua dívida garantida como dívida do Estado”, lê-se no Documento de Estratégia Orçamental (DEO), onde se explica que “este movimento terá como consequência uma subida do rácio da dívida pública face ao PIB, a partir de Abril de 2014 e, consequentemente, no horizonte de projecção deste Documento”. 

 O Executivo sublinha que “a progressiva melhoria do saldo primário e do crescimento real do PIB deverão permitir a inversão da trajectória de crescimento do rácio da dívida a partir de 2015”. A início desta inversão de trajectória tem vindo a ser sucessivamente adiado ao longo do programa de ajustamento: na primeira versão do memorando de entendimento, apontava-se para que a dívida pública nacional começasse a descer em 2014, depois de um máximo de 114,9% do PIB em 2013. 

 No DEO o Governo avança ainda que a implementação de novas regras contabilisticas em 2015 terá, além da reclassificação de algumas empresas com impacto no stock de dívida, um efeitos positivos no PIB, que se traduzirá numa revisão em alta do valor da riqueza produzida em cada ano, e logo numa redução do peso da dívida na economia que, nas contas do Executivo, pode chegar a 2,5 pontos. 

in: jornal de negócios

SITUAÇÃO FINANCEIRA INVEJÁVEL DA CM LOUSADA - APROVADA PRESTAÇÃO DE CONTAS (2013)

Na Assembleia Municipal de dia 30 abril 2014, foi aprovada a Prestação de Contas da CM Lousada (2013), acompanhado do relatório do Revisor Oficial de Contas que atesta a BOA SAÚDE FINANCEIRA do nosso Município.

Mais uma vez comprovamos, com dados isentos e independentes o que foi reforçado na campanha eleitoral - uma gestão financeira responsável.

Os números e os factos demonstram que Lousada continua a ser uma terra de Boas Contas!

Principais dados relativos ao Relatório elaborado pelo ROC (C&R Ribas Pacheco)


Passos Coelho dizia que não ia aumentar impostos

PASSOS COELHO: «Na próxima semana vamos comunicar essas medidas, não são medidas que incidam sobre impostos, salários ou pensões».

PAULO PORTAS: «O enorme aumento de impostos foi para mim uma enorme violação de consciência e de princípios.»

M.L. ALBUQUERQUE: «não haverá aumento de impostos e não haverá adicional esforço sobre salários e pensões»

MARQUES GUEDES: «Não haverá aumento de impostos para 2015 e não haverá adicional esforço sobre salários ou sobre pensões».


Lembra-se disto? (6)


"Corte permanente nas pensões é alarmismo injustificado. Não é intenção do Governo haver qualquer tipo de reduções adicionais relativamente aos rendimentos dos pensionistas." 


Marques Guedes, 27/3/2014