31 de Janeiro - Não pode ser esquecido!

Quadro representativo da Proclamação da República na CM Porto

I Movimento Revolucionário contra a monarquia

Comunicado JS: "PSD/CDS “insultam” esforço económico dos Lousadenses"



PSD/CDS “insultam” esforço económico dos Lousadenses

A Juventude Socialista de Lousada, vem por este meio, manifestar o seu total repúdio às recentes notícias que dão conta da intenção do Governo PSD/CDS introduzir MAIS pórticos no troço Lousada – Porto (A41/A42), continuando com a total discriminação de toda a região Norte, nomeadamente no distrito do Porto, face ao centralismo da capital.

Como se não bastasse o nível de desemprego, a degradação meteórica da qualidade de vida, o aumento abismal do número de pessoas necessitadas, aliado à subida de impostos e dos bens essenciais de consumo, prevendo-se ainda novos cortes no Estado Social, o Governo prepara-se para redobrar o esforço financeiro que os nortenhos e em particular os Lousadenses fazem diariamente com a introdução de novos pórticos nas ex-SCUT. Desta forma, o Governo contribui para o agravamento da situação financeira da população, num trajeto rodoviário essencial para o desenvolvimento económico do concelho e do distrito.

Numa altura em que propagam a necessidade da mobilidade dos recursos humanos, da importância da exportação e aumento da produção industrial e empresarial, denotamos uma tendência crónica de afronta a Lousada e ao Norte, executando mais um ataque numa região, já de si, tremendamente fustigada com a crise.

Posto isto, por incrível que pareça, a região de Lisboa e Vale do Tejo parece não pertencer ao mesmo país onde vivemos, não partilhando o mesmo nível de sacrifícios. Observamos atentamente a capitalização de benefícios que esta região obtém, seja com o previsível desmantelamento progressivo da atividade no Aeroporto Sá Carneiro em benefício da Portela seja no desvio da gestão do Porto de Leixões para as entidades centrais, pontos nevrálgicos da atividade empresarial da nossa região.

Por último, esperamos pacientemente que os Deputados Lousadenses eleitos pelo PSD na Assembleia da República atuem em consonância com o interesse de Lousada, caso não estejam já imbuídos no espírito centralista e partidário da capital.

O Secretariado da Juventude Socialista de Lousada
24/01/2013

"Mas Afinal..."



Andamos a gastar dinheiro que não tínhamos, certo? Pedindo-o emprestado para suportar uma economia que crescia pouco, certo? E depois, o Estado andou a gastar, ao longo de duas décadas mais que podia, não é verdade? 

Depois veio a necessidade de um “resgate”, ou seja, a necessidade de nos emprestarem um quantidade abismal de dinheiro para conseguirmos pagar salários, pensões e garantir as funções do Estado. Esse resgate teve o apoio da maioria da população através de um sufrágio onde os partidos que suportaram o acordo tinham uma maioria expressiva. 

Até aqui, eu entendi e, com mais ou menos dificuldade (até porque o mal já foi/está feito), lá acabei por me consciencializar que, sendo português e não querendo deixar de viver em Portugal, terei de suportar o “esforço de guerra”. Tenho de “comer e calar” como se diz. Não há problema, “o que tem de ser tem muita força”… 

- Mas olhem, será possível aliviar um bocadinho esta carga? É que isto assim é muito forte e já nem me compensa andar a trabalhar… Estive a fazer contas e o Estado, entre impostos e contribuições, leva-me mais de 60% daquilo que eu ganho. Não é possível negociar os prazos do “resgate”? Ó Passos, vê lá isso, que estás a ir mais longe que a Troika e eu acho que devíamos estimular a economia para conseguir pagar… Sabes, é aquela cena da curva de Laffer, que diz que quanto maior a carga fiscal, menor a quantidade de impostos arrecadados. Lembraste disto das aulas na Faculdade? Bem visto, não acabaste o curso há muito tempo, ainda te deves lembrar.
- “Não vou renegociar memorando, porque este representa segundo programa” – TVI, 28.11.2012
- Tens a certeza? Olha que quando as pessoas virem os recibos em Janeiro e Fevereiro de 2012, depois da aplicação das novas taxas de retenção, vão-se passar… Tens mesmo a certeza?
 
[Dias depois]
Olha, olha! Queremos que alarguem os prazos dos empréstimos? Mas quem? O Governo? Sim…
Ah… Mas afinal, não eram vocês que queriam ser mais “troikistas que a troika” e sempre rejeitaram que o memorando fosse objecto de renegociação e aplicação à realidade social e económica do país? É que aumentar prazos é, tanto quanto se saiba, renegociar… 

Porque é que, asnaticamente, isto não foi feito já há mais tempo? Tanta treta para isto? Porquê? Explica-me, que eu quero saber, se faz favor!

João Correia
in: Jornal de Lousada

Não tem mais nada com que se preocuparem?


Alunos a abandonar o ensino superior - Check.

Desemprego Jovem - Check.

Reformas curriculares absurdas - Check.

Ensino Superior em ruptura - Check.

Aumento de propinas - Check.

Crianças com fome nas escolas - Check.

Crise social - Check.

Precariedade - Check.


Conclusão: não têm mais nada com que se preocuparem?

JSD pede eleições internas no PS

 

Nota: Não se preocupem. O Congresso do PS será feito este ano! Não por qualquer antecipação, mas sim, porque está nos Estatutos. 
É dos regulamentos, sabem? 
O último foi em 2011, portanto o próximo é em 2013.

Convenção Distrital da JS Porto

Sábado, 26 de janeiro de 2013 - Trofa!

Portugal foi hoje aos mercados

Hoje Portugal ‘foi aos mercados’. A república Portuguesa conseguiu vender 2500 milhões de euros em dívida pública com uma taxa de juro de 4,891%. Isto são, indesmentivelmente, boas notícias. Não significam o fim da austeridade nem dos cortes brutais no nosso estado Social, não significam mudanças fundamentais para os cidadãos Portugueses que continuam com dificuldades, mas são boas notícias.
Com estas notícias o Governo (e respectivos apêndices parlamentares) reclamou vitória, falou do ‘colossal’ sucesso do nosso programa de ajustamento, do excelente trabalho do Governo e de quão perto estamos agora de conseguir ter o FMI ‘de aqui para fora’ e recuperar a nossa soberania (e de caminho o nosso orgulho ferido). Ora, na sua maioria, o sucesso desta operação depende pouco do Governo que a única coisa que tem para mostrar é uma consolidação orçamental incipiente, uma dívida pública nos 120% do PIB (notícia também de hoje, mas a que ninguém ligou nada, agora já não importa, os mercados parecem já não estar obcecados com a dívida pública) e uma brutal recessão que tornam a nossa solvência financeira cada vez mais uma miragem. O grande responsável é o BCE que se disponibiliza a comprar no mercado secundário (ou seja a quem nos comprou a dívida) a nossa dívida pública enquanto continuarmos a fazer o que eles dizem. Ou seja, o FMI pode sair do país que a austeridade está para durar. Ainda assim são boas notícias, é melhor do que não termos conseguido, mesmo nestas condições, colocar dívida pública nos mercados financeiros.
Portanto, apesar de tudo parece que o saldo do dia é positivo, do mal o menos.

Este era o raciocínio que eu tinha feito para mim mesmo quando fui jantar, acontece que enquanto eu jantava a senhora Secretária de Estado do Tesouro estava a dar uma entrevista e eu tive um daqueles momentos ‘diz-me, por favor, que estás a gozar’, já vos aconteceu de certeza. De forma simples, o que a Senhora Secretária de Estado do Tesouro disse foi que nós fizemos esta operação de financiamento de forma a dar um sinal claro de que éramos capazes e, perante a insistência do jornalista, ela explicou que não tínhamos necessidades de tesouraria ou de financiamento mas que ainda assim decidimos fazer esta operação.

Ou seja, se eu entendi bem o que a senhora disse, a república Portuguesa ‘foi aos mercados’ pedir um empréstimo, pelo qual vai pagar juros, de dinheiro de que não precisa com o único objectivo discernível de permitir ao Governo anunciar com pompa e circunstância que é capaz de o fazer. Para ser mais claro, o Estado, ou seja, todos nós, vai pagar um pouco mais de dez milhões de euros por mês em juros por dinheiro de que não precisa para que o Governo possa fazer um brilharete.
Tenho de conceder que, de facto, este é um dos golpes de marketing político mais eficazes que tenho visto, mas é também, seguramente, um dos mais caros.
Isto, meus amigos, não tem outro nome, é simplesmente a Twilight Zone…


in: quando os lobos uivam

Querem saber o que pensa verdadeiramente um Liberal?


Ministro japonês afirma que doentes idosos devem morrer para poupar o Estado


"O ministro das Finanças do novo governo japonês afirmou que os idosos doentes devem “morrer rapidamente” para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos.
“Deus queira que (os idosos) não sejam forçados a viver até quando quiserem morrer” disse Taro Aso durante uma reunião, em Tóquio, sobre as reformas da segurança social.

Segundo o jornal britânico Guardian, o ministro está a ser alvo de fortes críticas por declarações como: “O problema não tem solução, a não ser que os deixemos morrer, e depressa".

O mesmo ministro chamou ainda “entubados” aos doentes que já não se conseguem alimentar pelas próprias mãos e acrescentou que “o ministro da Saúde está consciente das despesas de saúde por paciente”.

De acordo com o Guardian, os comentários de Aso são motivo de ofensa no Japão, onde um quarto da população, de cerca de 130 milhões de habitantes, tem mais de 60 anos de idade.

O ministro das Finanças, neto de um primeiro-ministro do pós-guerra, já foi também chefe do Executivo e ministro dos Negócios Estrangeiros, e é conhecido pelas declarações polémicas: foi considerado particularmente insultuoso para com os doentes de Alzheimer e em 2001 afirmou que gostava que o “Japão fosse o país em que os judeus ricos gostassem de viver”.

Um relatório divulgado na segunda-feira em Tóquio indica que mais de dois milhões de japoneses dependem da segurança social.

O novo governo do primeiro-ministro Shinzo Abe foi eleito no passado mês de dezembro e espera-se para breve o anúncio de novas medidas sociais."
 
in: i online

Afinal pedimos mais tempo à Troika ou não pedimos?






O ex-ministro que pede 53,6 milhões ao Estado


A história não é simples, mas tento contá-la. Um ex-ministro da Saúde dos governos de Cavaco Silva, de seu nome Arlindo Carvalho (o qual tinha como currículo uma passagem pela rádio pública), tornou-se, após ter saído do Governo num bem-sucedido gestor numa empresa de nome Pousa Flores. Com o apoio do - adivinhem - BPN comprou património e fez negócios, os quais, aliás, passavam pela recompra do BPN de alguns ativos.

Acontece que o BPN, devido às solicitudes por que passou (chamemos assim à vigarice, porque é mais elevado) não comprou os tais ativos. E eis que o ex-ministro, representando a empresa que fez os negócios vem pedir 53,6 milhões de contos ao banco, segundo informa hoje o 'Correio da Manhã'.

Ao mesmo tempo, a Justiça anda a investigar os negócios de Arlindo Carvalho na empresa, que considera ruinosos, sendo que o ex-ministro é arguido no célebre processo BPN.

Como sabem os leitores, 53,6 milhões de euros não é quase nada. É assim uma conta que eu levaria cerca de 800 anos a ganhar com o meu salário atual, que por sua vez é considerado um salário muito elevado em termos fiscais. Mas, claro, não fui ex-ministro nem tive qualquer negócio com o BPN.

E também não tenho conclusões sobre esta história, salvo uma que tirei já há mais de quatro anos, quando nacionalizaram o banco - deviam tê-lo deixado falir. Porque, como já perceberam, acaso o ex-ministro conseguisse valer os seus direitos, seria o dinheiro dos nossos impostos a pagar a coisa.

Por último, uma palavra para os 1,1 mil milhões que o Estado colocou no Banif... Eu sei que neste caso não houve vigarices, mas o princípio geral mantém-se. Enquanto não forem prejudicados aqueles que realizam maus negócios, sendo socializados os seus prejuízos, não há exigência no mercado. Porque mais do que os mercados, que são sempre tão criticados, a culpa é de quem não os deixa funcionar e coloca todo o jogo de um lado.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-ex-ministro-que-pede-536-milhoes=f780759#ixzz2IX8X1lLQ

Clarificação da Lei de Limitação de Mandatos.


Gostava que os eminentes juristas que se têm pronunciado a favor das candidaturas autárquicas a outras câmaras ou juntas, quando estes estejam limitados no mandato, defendendo a tese que o autarca está limitado no território e na função, me explicassem:

O Tribunal Constitucional proferiu um acórdão determinando a perda de mandato de Macário Correia na Câmara de Faro por um crime cometido na Câmara de Tavira, ou seja aplicaram-lhe uma pena à função e não ao território, como explicam esta posição do Tribunal Constitucional? 
 
Não seria de pedir uma clarificação?
 
Renato Sampaio

PSD com medo de Sócrates?

A oportunidade de ouro era esta - Chamar José Sócrates ao PARLAMENTO e colocar tudo "tim tim, por tim tim".

Faziam-lhe 1001 perguntas, acusavam-no na cara de todo o mal deste mundo, mas obviamente que esta audição tinha um inconveniente - teriam que deixar o homem falar e responder.

Este PSD sempre lidou mal com o contraditório. Está na génese! Gostam de lançar os mais vis impropérios, culpar os outros de todo o mal no mundo, mas no fim, no debate, cara a cara, evitam isso. Não querem que a sua estratégia de ataque sem rosto, seja desmontada.

Então agora não era a oportunidade para chamar o tal Fugitivo de Paris? O tal Fugitivo até queria regressar. Estava disponível!!!

Não. É melhor que o homem se entretenha a estudar em Paris, enquanto aqui, tudo o que corra mal, o Governo continua a lançar-lhe as culpas impedindo-o de se defender.

É tudo muito lindo. Mas quando chegou a hora de ouvir Sócrates, o PSD escondeu-se. Fugiu à sua responsabilidade depois de tanto ataque.

E agora? Como fica a saudosa teoria de "Sócrates - O culpado de todo o mal no mundo"?



Rumo ao sucesso, segundo PSD e CDS

 
 
 
 

Comunicado JS


JUVENTUDE SOCIALISTA EXIGE QUE O GOVERNO CONGELE A ATUALIZAÇÃO DE PROPINAS NO ENSINO SUPERIOR E DESAFIA O PRIMEIRO-MINISTRO A ESCLARECER A SUA POSIÇÃO SOBRE O RELATÓRIO DO FMI


Para a JS, também no ensino superior, o Governo está a desistir do país, sendo inaceitável que assista de braços cruzados ao abandono dos estudantes por questões económicas e financeiras.

A Juventude Socialista defende que, enquanto estiver em curso o plano de assistência financeira ao país, o Governo deve congelar a atualização do valor das propinas, que atualmente tem limites máximos e mínimos indexados ao valor da inflação. Portugal é hoje um dos países da OCDE em que a razão entre a ajuda do Estado e os custos associados à frequência do ensino superior é mais baixa, sendo que, segundo vários relatórios internacionais, o valor da propina em vigor coloca o país nos primeiros lugares no que concerne ao valor cobrado pelas instituições públicas.

A Juventude Socialista manifesta ainda a sua preocupação com o relatório do FMI conhecido na semana passada, que estará subjacente à reforma do Estado que o Governo pretende implementar, particularmente no que diz respeito à proposta de aumento do valor das propinas.
A JS exige, assim, um esclarecimento imediato do Senhor Primeiro-ministro sobre esta matéria.

Para João Torres, secretário-geral da Juventude Socialista, «o Primeiro-ministro tem obrigação de tranquilizar os estudantes portugueses. O ensino superior não pode onerar mais as famílias, sobretudo num contexto de espiral recessiva em que os rendimentos líquidos dos agregados familiares têm vindo a diminuir drasticamente e, nalguns casos, com um elevado grau de incerteza».

Para a JS, a qualificação dos cidadãos representa a maior aposta estratégica do país e a melhor reserva futura para alavancar o crescimento económico, pelo que as expectativas do FMI de que é possível poupar 1.000 milhões de euros com a Educação em Portugal colidem com uma visão sustentável de progresso e desenvolvimento.

A Juventude Socialista apresenta ainda como prioridade para a ação governativa a revisão do atual regulamento de atribuição de bolsas no ensino superior, através do aumento do limiar de elegibilidade, considerando para efeitos da sua atribuição o valor líquido e nunca o valor bruto do rendimento dos agregados familiares. A JS defende ainda a não consideração das dívidas tributárias e contributivas das famílias para efeitos de candidatura a bolsas, assim como a consideração das despesas com saúde e habitação para o cálculo do valor final a ser atribuído a cada estudante.

A flexibilização dos apoios de emergência por parte dos serviços de ação social é considerada igualmente uma prioridade, não esquecendo a importância da introdução de um tecto máximo de propinas para os segundo e terceiro ciclos de frequência do ensino superior. Para João Torres, «numa governação decente, as propostas da Juventude Socialista teriam todo o acolhimento, pela sua razoabilidade e bom-senso como resposta às vicissitudes do momento que atravessamos».
A JS relembra que os cortes já efectuados nas transferências para as instituições de ensino superior implicam uma cada vez maior dependência do valor pago através das propinas, significando uma vez mais a deserção do Governo do seu papel de contribuir para a garantia de um sistema público de educação que se afigure como um pilar fundamental do Estado Social. Perante a diminuição drástica da dotação orçamental de 2013 para as instituições de ensino superior, estas não conseguirão reequilibrar orçamentos, o que acentua o estrangulamento da sua gestão quotidiana.

É sempre a mesma cantiga (Daniel Oliveira)


Governo propõe mais meia hora de trabalho por semana. UGT ameaça não assinar acordo de concertação social. Governo recua e altera lei laboral radicalmente.

Governo propõe alterações na Taxa Social Única, aumentando os descontos da segurança social dos trabalhadores e reduzindo os descontos dos empregadores, pondo os trabalhadores a financiar as empresas. Enormes manifestações em todo o País. Governo recua e aplica o maior aumento de impostos de que há memória.

Governo pede um relatório ao FMI sobre os cortes no Estado Social de que será a única fonte. Relatório político (e não técnico) propõe aumento do horário, redução de salário e despedimento de 20% a 30% dos funcionários públicos; aumento dos horários dos professores com dispensa de 30 a 50 mil docentes; aumento das propinas; redução drástica dos apoios ao desemprego e restantes prestações sociais; redução drástica das reformas e aumento da idade de reforma; aumento das taxas moderadoras e redução das comparticipações dos medicamentos. Reação generalizada contra as propostas avançadas, que se traduziriam num aumento brutal do desemprego, na destruição do pouco que resta do mercado interno, na miséria para a maioria dos portugueses e na demissão do Estado, em plena crise aguda, das suas principais funções sociais. Governo avisa que o "relatório técnico" de que é, na realidade, o verdadeiro autor, não será a sua bíblia.

A tática é sempre o mesmo: anunciar o intolerável para avançar com o inaceitável. Em nenhum momento há um verdadeiro processo de negociação. Em nenhum momento o governo realmente cede a alguma coisa. Em nenhum momento há a tentativa de encontrar soluções sensatas. Há um truque, sempre o mesmo truque.

Continua a cair quem quer. E já não parece que alguém caia. Este relatório - que não é um relatório, mas um programa de governo - técnico - que não é um técnico, pois está pejado de erros factuais - do FMI - que não é do FMI, mas uma mera transposição das intenções políticas de Pedro Passos Coelho - é uma fraude. Uma fraude para impor um ponto de vista inaceitável para o começo de um debate. Assim sendo, ele não deve ser visto pelos partidos da oposição e os parceiros sociais como um ponto de partida. O ponto de partida, nesta matéria, é a Constituição da República Portuguesa. Na sua letra e no seu espírito. É aí que está, escrito e com legitimidade democrática, o consenso nacional sobre o Estado Social. Querem uma revolução? Arranjem os aliados para mudar a lei fundamental do País.

Publicado no Expresso Online

Lousada – Terra de Boas Contas


Um pouco por todo o país, os municípios sucedem-se nas medidas de apoio aos cidadãos para fazer face à atual situação vivida no país. Lousada não é excepção e no final do ano passado apresentou cerca de 50 medidas inscritas sob diversos pontos de ação para ajudar as famílias e empresas Lousadenses. Um esforço justo e meritório numa altura em que o Governo continua a esmagar as autarquias com reduções nas transferências de verbas importantes para o concelho e freguesias, na mesma medida que exige mais e mais esforços aos cidadãos, numa espiral imparável de desemprego, défice e recessão. 

A par disto, pelo menos em Lousada, há sempre a garantia da excelente gestão do dinheiro público como temos visto até hoje, conseguindo a CM Lousada terminar o ano de 2012 sem dívidas a fornecedores e empreiteiros, reduzindo em cerca de um milhão de euros a sua dívida e sem recorrer a qualquer programa de apoio financeiro do Governo. 

Numa altura em que as atenções estão centradas no cumprimento da dívida, na contabilidade e no estado financeiro do país, Lousada é sem dúvida um exemplo de autarquia, digam o que disserem. 

No entanto não se pode esquecer a responsabilidade dos seus agentes políticos para a situação controlada existente mas que requer todo o cuidado. Nunca se poderá dar um passo maior do que a própria conjuntura permite, havendo sempre a salvaguarda pela responsabilização de todos aqueles que exercem o poder político quer nas freguesias quer no municipio. É essencial, no momento que vivemos, sabermos até onde as nossas finanças podem ir, e não culpando os outros pelos erros próprios de quem não conseguiu gerir bem o que era de sua inteira e total responsabilidade ou atingir certos objetivos de dificil alcance. 

O tempo é de crise mas de união. A vertente social é o ponto mais importante da ação de uma autarquia neste momento e que continuará a exercer uma importância fulcral para os nossos cidadãos, para as 25 freguesias de Lousada (e não somente para 15 como indica o novo mapa votado favoravelmente pelo PSD/CDS) e para um concelho unido e justo para com os seus habitantes.

Nelson Oliveira
in: TVS

Incorrigíveis!

JMF é daquelas pessoas, com um longo passado de casos que nada abonam em seu favor, mesmo quando era diretor "isento" de um jornal, JMF conseguia sempre surpreender-nos.

Nos dias de hoje há uma certa têndencia natural para os jornalistas dedicarem-se a lutas políticas, impregnarem os seus jornais com a sua ideologia ao invés da informação isenta.

Outros há que, despidos de qualquer responsabilidade política, não dando a cara, escudando-se num suposto interesse de cidadania, dizem diariamente o piorio de quem quer que seja, desde que sirva para o achincalhamento.
 
O resultado é mais do que conhecido. Ninguém dá valor a uma pessoa destas, toda a gente lhe dá desprezo. E isso é o caminho de JMF, que mais uma vez não desiludiu ninguém com as palavras dirigidas ao Dr. Mário Soares.


Dos atentados à razão – Extinção de Freguesias!

João Correia

A recente extinção de freguesias, aprovada no Parlamento pela maioria PSD/CDS-PP é uma vitória de Miguel Relvas mas uma perda, inestimável, para todo um país. À custa de uma poupança de 6 milhões de euros anuais (prevendo-se uma despesa futura muito maior), o governo decidiu extinguir, agregar e fundir mais de mil freguesias. 

Não quero ser intelectualmente desonesto ao ponto de dizer que, uma reforma do poder local, não é necessária. É! A questão é que tem de se levar em conta a vontade do Povo e a capacidade do país. O Governo, que apresentou a proposta no Parlamento, executa a vontade do povo e o Parlamento devia aprovar aquilo que é a vontade do povo, que elegeu os Deputados para os representar. 

Ora, se por um lado é sabido que o Povo não quer esta reorganização tal como está, não deixa de ser criticável a "cordeirice" dos deputados da maioria parlamentar que, escudando-se na sempre questionável unidade de grupo parlamentar, votem contra os anseios e os interesses daqueles que os elegeram. 

Nenhum deputado que se preze, pode deixar de questionar esta reforma. 

É por isso que, existindo dois deputados “Lousadenses” na Assembleia da República, deveriam os mesmos prestar contas às gentes da sua terra e aos demais que os elegeram. 

É que estes dois deputados Lousadenses do PSD votaram, até e alegadamente, contra aquela que é a atual posição da estrutura concelhia do seu partido quanto a esta matéria. Escrevo alegadamente, porque a posição parece flutuar de acordo com os momentos e os interesses da audiência para quem se está a comunicar! 

Poderiam estes senhores falar e transmitir aos Lousadenses a sua posição mas preferem fazê-lo na sombra abrigada de S. Bento ou nos corredores da sede do seu partido. Afinal de contas, quem os elege são os colegas ao inseri-los nas listas e não o povo. 

E assim, à custa da falta de coragem de “Adrianos” e outros que tais, lá fica a nossa terra um bocadinho mais pobre. É triste... Ainda para mais quando tanto se fala em 25 freguesias (isto só no papel, porque na realidade, estes mesmos, são aqueles que votam a sua extinção! E o povo sabe). 

Pode ser que um dia as coisas mudem e exista coragem de defender o povo em detrimento da “cordeirice” que impera e dos interesses pessoais de querer fazer boa figura junto dos "chefes". Pode ser…

João Correia
in: Jornal de Lousada

Estudos "à moda do consultor da ONU" sobre desenvolvimento dos Concelhos



Os presidentes das câmaras de Baião, Amarante e Lousada exigem à Universidade da Beira Interior "uma retratação pública" por ser responsável por um estudo sobre desenvolvimento em que coloca aqueles municípios entre os 30 piores do país.

Em declarações à Agência Lusa, o edil de Baião, José Luís Carneiro, adiantou que, se o pedido público de desculpas da universidade "não for efetuado, as três autarquias do distrito do Porto avançarão para as instâncias competentes para defender o bom nome e o prestígio dos municípios".

Carneiro refere que há dois anos teve "o cuidado de alertar os responsáveis pela elaboração deste estudo de que se estavam a basear em dados desatualizados, noutros casos em dados não confirmados e num vazio que existe no próprio site do INE".

"Não é um trabalho, rigoroso, sério, científico e académico", afirmou José Luís Carneiro, acrescentando: "O que me parece muito grave é que fazem uma hierarquia dos municípios atendendo a indicadores disponibilizados pelo INE que estão desatualizados e em muitos casos nem sequer existem".

Dando o exemplo do seu concelho, o autarca aponta alguns exemplos que considera "ridículos", nomeadamente o facto de, no site do INE, em 2011, o concelho de Baião não ter qualquer unidade hoteleira, quando na realidade tem um hotel de quatro estrelas e 25 unidades de turismo rural.

O responsável refere ainda que em 2009, no mesmo site, não consta nenhuma estação de tratamento de esgotos, quando o concelho já tinha cinco em funcionamento.

Carneiro critica também a ausência de informação, em 2009, sobre a cobertura no abastecimento de água, quando o concelho investiu vários milhões de euros para fazer chegar aquele serviço à maioria da população.

O presidente da Câmara de Baião diz, por isso, ter "provas factuais que mostram que os responsáveis da universidade que está a desenvolver este estudo não têm em consideração as recomendações da União Europeia e das Nações Unidas sobre a avaliação da qualidade de vida nos territórios, o que demonstra alguma ignorância".

Carneiro lamenta que concelhos industrializados do distrito do Porto, como Amarante e Lousada, que estão entre os melhores do país em termos de equipamentos e infraestruturas, também tenham sido colocados nos últimos lugares na classificação nacional.

"Iremos até às últimas consequências para repor a verdade dos factos", reafirmou.

As críticas do edil de Baião reportam-se ao estudo da Universidade da Beira Interior (UBI) sobre o Indicador Concelhio de Desenvolvimento Económico e Social de Portugal, cujos resultados foram tornados públicos esta semana.

Na lista que pretende avaliar a qualidade de vida dos municípios portugueses, o Algarve domina os 30 primeiros lugares, enquanto a maioria dos últimos 30 da lista pertence ao norte do país. (TVS)

Andava um burlão em Portugal mas identificaram-no





O leitor acompanhou a história daquele burlão que apareceu na comunicação social a dar falsas esperanças aos portugueses? Foi realmente incrível, a mensagem de Natal de Pedro Passos Coelho. Quando o primeiro-ministro prometeu que, para o ano, todos iríamos beneficiar de novas oportunidades, fiquei com a sensação de que, em 2013, o País ia ser um lugar de sonho, em que toda a gente conseguiria usufruir de condições excepcionais para subir na vida. No fundo, que o Portugal do ano que vem seria para os portugueses o que o BPN da última década foi para aqueles amigos do Presidente da República. Por isso mesmo, a promessa não me entusiasmou. Gozar daquele tipo de benefício pode ser agradável, no início, e até render milhões, mas depois sabemos como tudo acaba: olhe-se para as dezenas e dezenas de implicados no escândalo do BPN, para as fortunas que tiveram que devolver, para as duras penas de prisão que estão a cumprir. A esse preço, ninguém deseja ser bem-sucedido na vida. 

Falou-se ainda noutro burlão, mas confesso que não consegui perceber a história. Primeiro, a comunicação social disse que se tratava de um prestigiado professor de economia social e observador das Nações Unidas. Depois, a mesma comunicação social disse que era um charlatão. Eu, que não acredito em nada do que vem na comunicação social, fiquei satisfeito com a minha posição de princípio, mas sem saber o que pensar acerca deste caso concreto. Limitei-me a registar, com alguma surpresa, o entusiasmo dos que se gabaram de ter encontrado um burlão em Portugal. Olha que façanha. É por isto que o País não avança: as pessoas contentam-se com pouco. Muito menos compreendi a galhofa de quem assinalou que o burlão tivesse tido tempo de antena. Toda a gente sabe como funciona o mundo: um charlatão crítico da austeridade pode conseguir uma tribuna na televisão; um charlatão partidário da austeridade pode chegar a secretário de Estado. Ou até um pouco mais acima. 

Não quero fazer a rábula do cínico, mas a verdade é que o País já não me surpreende com estes truques antigos. Portugal terá de se esforçar muito mais se quiser impressionar-me - e acredito que queira. Sonho, por exemplo, com o dia em que não leremos considerações sobre o Natal no facebook de Pedro Passos Coelho, mas considerações sobre Pedro Passos Coelho no facebook do Natal. Bem sei que as quadras festivas não têm (por enquanto) facebook, mas seria tão estimulante para o povo português que os desabafos de Passos Coelho sobre o Natal fossem substituídos por desabafos do Natal sobre Passos Coelho. Exemplifico: "Amigos, este não era o primeiro-ministro que merecíamos. Muitas famílias não tiveram na Consoada os pratos a que se habituaram porque ele aumentou os impostos e cortou os subsídios, apesar de ter garantido que não o faria. A todos vós, no fim deste ano tão difícil em que tanto já nos foi pedido, peço apenas que procurem a força para, quando olharem os vossos filhos e netos, o façam não com vergonha por terem votado neste homem, mas com a esperança de quem sabe que a legislatura só dura até 2015 - ou mais cedo, se Paulo Portas entender que isso é benéfico para o CDS-PP. A Páscoa e eu desejamos a todos umas Festas Felizes. Um abraço, Natal." Isso seria suficientemente bizarro para conseguir ser surpreendente em Portugal. Ao menos, durante dez minutos.

Pois é...


O ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, afirmou hoje que o Estado tinha em 2010 um saldo positivo de cerca de 460 milhões de euros, contabilizados os pagamentos e recebimentos futuros em todas as 36 parcerias público-privadas (PPP).

Ainda assim, Teixeira dos Santos recordou que o plano rodoviário nacional foi aprovado na Assembleia da República, em 1998, "por todos os partidos com assento na AR".

2013: Incertezas e expetativas


Efetuar previsões é sempre um exercício arriscado. Mais ainda para 2013 – ou para qualquer horizonte temporal, mesmo de curto prazo – sabendo-se das nuvens de insegurança e incerteza que condicionam o destino do país e do mundo. Vivemos, mais do que nunca, sob o signo do provisório, e, infelizmente, com a sensação de que as mudanças serão para pior, por analogia com os acontecimentos recentes, em que a retirada de direitos, o espezinhamento da proteção social, a degradação das condições de saúde e de educação ou a fragilidade do emprego são a cartilha de um sistema injusto e desigual, apenas interessado na glorificação do sistema financeiro e na opressão económica.

Mesmo assim, a nível local, é possível esboçar algumas projeções. Desde logo, a expetativa acerca das medidas de coesão social já anunciadas pelo Município, que, embora representando a abdicação para os cofres da autarquia de um valor significativo, constituem, acima de tudo, a preocupação pela debilidade de muitos agregados familiares, procurando minorar as suas carências e promover o fomento económico, respeitando o quadro legal de atribuições de uma Câmara Municipal.

A nível de investimentos, saliência, também, para a conclusão da 1ª fase da construção do Parque Urbano, infraestutura fundamental para a animação, recreio e tempos livres, completada com a requalificação da malha urbana, que confere à Vila outra desenvoltura e atratividade.

O reforço da qualidade ambiental, nomeadamente com a expansão das redes de abastecimento de água, de saneamento básico e a criação de mais espaços verdes constituem a confirmação da aposta do Município num dos setores mais importantes para a qualidade de vida das populações.

Alimentamos, também, a esperança na construção de mais centros escolares, para o cumprimento do estabelecido na Carta Educativa, tendo em vista a melhoria das condições de ensino-aprendizagem.

Na primavera receberemos os Jogos Internacionais da Juventude, que vão reunir cerca de um milhar de estudantes-desportistas de Lousada, Renteria (País Basco, Espanha), Tulle (França), Dueville (Itália), Schorndorf (Alemanha) e Bury (Inglaterra), num grande encontro desportivo, cultural e de extraordinário enriquecimento para os nossos jovens.

Continuaremos as comemorações do ciclo histórico, este ano assinalando os 175 anos da restauração do concelho e os 100 anos da chegada do caminho-de-ferro de Penafiel à Lixa. Aliás, a aposta na cultura e na promoção turística continuará a ser uma prioridade, com o Festival das Camélias, o FOLIA, o Verão Cultural e os fins-de-semana gastronómicos a ganharem especial relevo.

O ano 2013 será, também, de eleições autárquicas. E, pelo bom desempenho do executivo municipal e as provas já dadas especialmente pelo Dr. Pedro Machado, o Partido Socialista reúne condições para prosseguir o processo de desenvolvimento que os Lousadenses merecem.
Eduardo Vilar
Verdadeiro Olhar