Eleições | Juventude Socialista de Lousada

Convocatória | Eleição de órgãos concelhias (com CPC) 2017



Nos termos dos Estatutos e dos Regulamentos aplicáveis em vigor,serve a presente missiva para convocar os militantes da Concelhia de Lousada para uma Assembleia Geral de Militantes.
Esta sessão extraordinária observará um ponto único:

Eleição dos Órgãos da Concelhia de Lousada

A entrega de listas decorrerá entre 30 de outubro de 2017 às 18:00 horas e 01 de novembro de 2017 às 22:00 horas, no/a Sede do Partido Socialista de Lousada (sito em Rua Dr. Pinto Mesquita, 25 4620-661 Lousada), devendo respeitar o observado nos artigos 6.º e 11.º do Regulamento Geral Eleitoral da Juventude Socialista.

O ato eleitoral decorrerá no próximo dia 03 de novembro de 2017 entre as 18:00 horas e as 22:00 horas, no/a Sede do Partido Socialista de Lousada, sito/a em Rua Dr. Pinto Mesquita, 25 4620-661 Lousada.

Para qualquer assunto relacionado com este ato eleitoral, poderás entrar em contacto com a Sede Nacional através do endereço de correio electrónico organizacao@juventudesocialista.pt ou através dos canais telefónicos habituais (213 712 306 - 917 199 600).

Adicionalmente, poderás consultar os Estatutos e Regulamentos em vigor em www.juventudesocialista.pt.

Saudações Socialistas,

Eduarda Filipa Pereira Ferreira
Presidente da Mesa da CPC

Lousada em terceiro na diminuição do desemprego

O Relatório do Emprego por Município sintetiza as variações ocorridas na taxa de desemprego oficial, por município e por região (NUT III), no período do mandato autárquico de 2013-2016, em Portugal Continental.
Analisando as tabelas relativas ao ranking total da variação do desemprego por município, verificamos que o ranking dos 10 municípios onde a taxa de desemprego mais diminuiu é o seguinte:

Nesta tabela Lousada é o 3° concelho do país com maior redução do desemprego, de destacar o facto que o concelho vizinho de Paços de Ferreira encontra-se em primeiro lugar, e Paredes em 5.º.
O presente balanço, produzido pelo Observatório Nacional de Administração Pública no ISCSP, tem como objetivo colocar em evidência a variação do indicador “taxa de desemprego”, por município, no período compreendido entre 2013 e 2016, em Portugal Continental. O documento procura perceber, através de uma análise geográfica dos municípios do território continental português, se o país e as suas várias regiões do continente se encontram perante cenários de melhoria ou pioria da taxa de desemprego, permitindo ainda aferir se as variações são comparáveis ou, ao invés, atestam a existência de realidades distintas. Nas análises, foram utilizados dados relativos ao número bruto de desempregados em cada município, de outubro de 2013 a dezembro de 2016, bem como dados relativos à população residente, no mesmo período de referência.
A variação da taxa de desemprego, em pontos percentuais, para o período considerado na análise, foi calculada, tendo em conta os seguintes critérios:
A variação do desemprego por município, em percentagem, corresponde à diferença entre a taxa de desemprego do período mais recente subtraída da taxa de desemprego do período menos recente. No Relatório, a taxa de desemprego foi definida como o número total de desempregados de um dado município (pessoas à procura do primeiro emprego ou de um novo emprego) dividido pela população residente nesse mesmo município.
Os dados em bruto encontram-se disponíveis no site da PORDATA, e têm como fonte primária o Instituto Nacional de Estatística. O Observatório Nacional de Administração Pública recomenda vivamente que o exercício apresentado seja encarado como um mero proxy do fenómeno em estudo e reporta simplesmente a sistematização de dados oficiais disponíveis.
Por Manuel Pinho (YES)

Legalização da Prostituição? Prós e Contras

Recentemente a Juventude Socialista aprovou uma diretiva em Comissão Nacional para a discussão aprofundada e regulamentação da prostituição, ou seja, um início de debate e discussão dos vários prós e contras sobre este tema.

As opiniões divergem sobre o assunto mas esta matéria tem que deixar de ser ignorada. As ditas opiniões divergem de tal maneira que falarmos sobre a “profissão mais antiga do mundo” sem conseguirmos negar a conotação histórica e social de opressão à mulher, contrasta de um lado com a carga de incentivo e aceitação que a legalização possa trazer, tornando-a um fator de ainda maior desequilíbrio social e do outro, o papel normal que estas pessoas que praticam a prostituição devem ter no meio social e profissional, com as devidas condições que devem existir para esta tipologia de atividade, assim como existe para todos os outros.

Como em qualquer outro assunto polémico, existem excelentes pontos de vista de qualquer um dos lados. Existem prós e contras muito pertinentes mas isso não pode ser fator de ignorarmos o problema e fingirmos que não acontece diariamente e em condições legais nada concretas.
Em Portugal​ visto que este assunto encontra-se numa autêntica “corda bamba”, que nem é lícito nem ilícito e que apenas condena o lenocínio, na minha opinião que procuro cada vez mais e melhor estruturada, vejo que a prostituição feita de livre arbítrio deve ser legalizada, na medida em que devem ser dadas condições a todos os níveis às pessoas que o fazem. Deve ser respeitada no meio social, dado que a censura aplicada pela sociedade é extrema e dilacerante.
Pode parecer algo extremamente radical mas baseando-nos na Constituição Portuguesa poderíamos adotar alguns princípios básicos para o começo de debate na sociedade civil:
- Ninguém pode estar obrigado na atividade, respeitando sempre a liberdade da pessoa Humana;
- A não opressão da mulher ou subjugação social;​
- Criação de condições dignas e sanitariamente capazes para que seja feita nas melhores circunstâncias de segurança pessoal, de bem-estar, saúde pública e proteção dos seus direitos.

Também a ONU e Amnistia Internacional manifestaram-se sobre o assunto revelando resumidamente que desde que a pessoa esteja de livre vontade não lhe deva ser aplicada alguma sanção para que não fique sob o efeito de marginalização e exclusão social.

A esta posição, deve-se por outro lado lutar cada vez mais e com mais meios pela eliminação da prostituição infantil, para que a violência e exploração termine com as pessoas que não exercem este trabalho por vontade própria e terminemos de vez com a existência do proxenetismo.

Criminalizar a prostituição em si, não iria resolver nada, podendo até aumentar os perigos inerentes e esconder casos, esses sim, extremamente graves de lenocínio. Portanto, regulamentar condignamente esta atividade é um passo para a criação de melhores condições de vida dos profissionais e do um melhor envolvimento social com todas as outras pessoas.

Acima de tudo, temos de uma vez por todas, tal como se fez anteriormente com muitas outras temáticas que eram tabu na nossa sociedade, discutir e debater o assunto com toda a frontalidade e realismo e tomar uma decisão.


Joana Nogueira – Presidente do núcleo da Juventude Socialista de Cristelos
in: TVS

Câmara de Lousada continua a diminuir dívida

Baixou mais de 5 milhões de euros desde 2013





A Câmara Municipal de Lousada baixou a dívida total em mais de cinco milhões de euros desde 2013, avança o município em nota de imprensa, citando dados do Portal de Transparência Municipal.
Os documentos de prestação de contas da autarquia relativos a 2016 foram, recentemente, aprovados em Assembleia Municipal e mostram uma diminuição do “endividamento a curto, médio e longo prazo”, “comprovando a excelente saúde financeira do município”, refere a mesma fonte.
As contas mostram uma redução dos empréstimos bancários de 18,4% e dos gastos com pessoal em 4,2%. “É ainda de destacar as transferências de verbas para as Juntas de Freguesia que registou um aumento de 12,8%, assim como, as transferências para as associações do concelho (+18,2%)”, sustenta a Câmara de Lousada.
Citando o parecer do Revisor Oficial de Contas, a autarquia diz que continua a “ter uma capacidade assinalável de solver as suas responsabilidades” e mantém uma “boa capacidade de financiamento e grau de independência”.

in: Verdadeiro Olhar

O KO no Gomes Ferreira

Estive a ver a entrevista a António Costa. Em grande forma. O pafioso Gomes Ferreira até trazia gráficos para provar que o déficit desceu à séria com Passos, e que a economia já estava a crescer quando o Passos foi à vida para ocupar o cargo de primeiro-ministro no exílio. Ou seja, o Gomes Ferreira queria provar que o bom sucesso atual da economia portuguesa é da responsabilidade do Coelho e não deste governo.
Pois tenho que reconhecer que António Costa, com o qual nem sempre concordo mas que reputo ser um dos poucos políticos sérios deste país, é também um político muito hábil. Respondeu ao Ferreira com a citação do que este lhe tinha dito, há um ano, quando também o entrevistou na SIC. E nessa altura, Ferreira dizia a Costa que o país estava à beira do abismo, que a política seguida era uma catástrofe, tal como também o dizia o Passos. Ou seja, se o país estava tão mal como eles diziam, se a política seguida era tão horripilante, como podem os bons resultados ser da responsabilidade do governo anterior e não deste?
Em suma, o Ferreira queria provar três teses:
  1. Que o país não está tão bem como António Costa pensa que está.
  2. Que mesmo naquilo em que está melhor, o mérito é de Passos Coelho!
  3. Que a austeridade continua, na prática, ainda que o governo queira fazer crer que já acabou.
António Costa esteve à altura. Desmontou os argumentos do Ferreira com grande argúcia e inteligência, mesmo que o entrevistador possa ter alguma razão, nalguns dos tópicos que avançou. Só que, Ferreira perde toda a razão quando usa esses tópicos para engrandecer as políticas pafiosas e desmerecer os méritos do actual governo.
Um entrevistador deve ser isento e tentar pôr o entrevistado a falar e a comunicar as suas opções e opiniões, respondendo a perguntas pertinentes. Ferreira não faz entrevistas, faz debates. Como se fosse candidato a uma qualquer eleição e tivesse António Costa como seu adversário político. É como se o árbitro fosse também ele jogador, calçando chuteiras e tudo.
O problema é que as chuteiras do Gomes Ferreira são alaranjadas com umas listas azuis, as cores pafiosas. E ele nem sequer faz questão de o esconder. Antes de entrar em campo deve telefonar ufano a Passos Coelho e dizer: “É hoje, vou dar cabo dele”. Só que, mais uma vez, foi à tosquia e saiu tosquiado.

in: Estátua de Sal

CM Lousada: Um grande investimento nas freguesias do concelho

Ao longo das últimas duas décadas, os destinos de Lousada foram dirigidos exemplarmente por Jorge Magalhães. É claro e óbvio para todos que as suas equipas de 1989 a 2013 transformaram Lousada pela positiva e colocaram este nosso concelho no mapa autárquico das boas práticas.

Nestes anos, a oposição centrou-se em tentar explorar algumas possíveis linhas programáticas que, a seu ver, estariam a ser mal conduzidas, mas que sempre foram rebatidas e pouco ou nenhum acolhimento tiveram junto da opinião pública. É certo também que num país democrático que somos, o papel da oposição é importante, desde que se centrem em alternativas viáveis, com soluções e não remetendo-se apenas na crítica pouco coerente ou na vã esperança que tudo corra mal.

É por este motivo que depreendo que não é fácil ser oposição em Lousada já que a forma como o município foi e é gerido, deixa pouco espaço para críticas coerentes e acertadas, havendo unicamente espaço a alguma obsessão pessoal contra algo ou alguém.

Com um novo Presidente – Pedro Machado, houve um compromisso de colocar Lousada sempre a crescer e isso efetivamente foi atingido.

Desde 2013 o desemprego em Lousada desceu de forma incomparável e o emprego subiu em flecha. 

O investimento da autarquia aumentou, nomeadamente em 2014/2015 (segundo o Anuário Financeiro), ou seja, fora dos períodos eleitorais. A educação, emprego, ação social, ambiente e a captação de investimento empresarial obteve notórias melhorias, assim como a diversificação cultural de um Município que não pretende ter uma única marca mas sim várias, desde que tragam retorno, pluralismo e diversidade a Lousada – tal como acontece com as grandes cidades que apostam em várias marcas passiveis de gerarem sucesso.

Poderia abordar muitos mais factos, mas quero centrar-me num único ponto - Freguesias.

Uma das críticas que ouvíamos antes de 2013 é que a CM Lousada apenas investia no centro da Vila. Apesar de discordar, é notório que houve uma série de investimentos feitos nesta zona geográfica que só poderiam ser feitos naquela altura mediante a existência de financiamento comunitário exclusivamente para esse fim. Foi aproveitado e bem!

No entanto, essa crítica veio a desaparecer, com particular incidência nos últimos anos/mandatos porque nos deparamos com o maior investimento de sempre feito nas freguesias do concelho.

Em primeiro lugar, muitos já se esqueceram que a construção de 7 novos centros escolares foi planeada no último mandato de Jorge Magalhães e executada nos primeiros anos do atual mandato de Pedro Machado, trazendo excelentes condições de ensino a milhares de alunos, professores e toda a comunidade escolar – Meinedo, Caíde de Rei, Lodares, Cristelos, Nespereira, Sousela e Casais; sendo que outras freguesias já tinham sido abrangidas com investimentos no parque escolar durante a Presidência de Jorge Magalhães.

A iluminação LED que iniciou a sua colocação em 2015 nas freguesias de Barrosas (Santo Estevão) e Lustosa, numa perspetiva de descentralização, terminando a sua colocação no centro da Vila, foi acolhida com muito agrado pela população, resolvendo uma situação forçosamente tomada no passado, acrescentando a isso uma enorme poupança energética e proteção ambiental.

Os protocolos de delegação de competências da CM Lousada nas Juntas de Freguesia do concelho de Lousada, distribuíram milhões de euros de investimento para que todas as Juntas de Freguesia tenham maior proximidade e ação efetiva junto dos seus habitantes, sendo que é a Câmara Municipal de Lousada que paga grande parte das obras e melhoramentos executados com a óbvia e excelente colaboração de todos os autarcas de freguesia

Mas este investimento nas Juntas de Freguesia não se esgota, uma vez que também se considera como investimento todas as verbas e/ou subsídios/materiais/transporte destinados às associações locais de forma que exerçam o seu exemplar trabalho nas suas comunidades do melhor modo possível e com a colaboração da CM Lousada.

Fazendo um rápido levantamento dos dados financeiros disponíveis nas Câmaras Municipais da nossa região, o investimento do Município de Lousada nas freguesias é comparativamente superior a qualquer uma das autarquias do Vale do Sousa e Baixo Tâmega.

Para finalizar e não abordando outro tipo de investimentos, observamos a sustentada evolução das obras nos parques desportivos concelhios, em particular destaque para a colocação de pisos sintéticos ao longo de 2017 (Macieira, Aparecida, Caíde de Rei, Romariz e Nevogilde) e vemos em marcha um plano municipal de reabilitação da rede de estradas do concelho, abrangendo quase a totalidade das 25 freguesias, sendo que as freguesias não abrangidas neste momento já tiveram no passado recente várias intervenções nos seus eixos viários principais.


Parece-me claro que não há nenhum Município na nossa região que nos últimos 4 anos tenha investido tanto nas suas freguesias como Lousada.

Artigo de Opinião
Nelson Oliveira (TVS)

Juventude Socialista de S. Miguel (Lousada) em atividade


A Juventude Socialista de S. Miguel, liderada por Diana Costa, levou a cabo no passado dia 19 de março uma ação dedicada ao Dia do Pai.

A JS de S. Miguel distribuiu pela freguesia centenas de flores como homenagem a todos pais e como atrás de um grande homem existe sempre uma grande mulher, também as senhoras foram contempladas com uma flor e com uma pequena homenagem relativa ao Dia da Mulher, recentemente celebrado. 

O porta-a-porta foi bastante positivo e a JS S. Miguel agradece a todos os habitantes desta freguesia a receção amável que tiveram e os momentos de diversão, aprendizagem e simpatia com a população local. Foi notório o sentimento de gratidão e de orgulho por parte de todos, especialmente dos mais idosos, por nos termos lembrado deles. 

O grupo de JS de S. Miguel está satisfeitíssimo com o resultado e promete mais iniciativas!




Jantar Comemorativo do 25 de Abril


O Partido Socialista e Juventude Socialista convida V. Exª, família e amigos a participar no jantar comemorativo do “25 de Abril”, que se vai realizar na segunda-feira, 24 de Abril, pelas 20 horas, na Quinta da Pousada em Lodares.

O sucesso dos encontros realizados no passado, que se têm afirmado como local de confraternização e convívio entre militantes e simpatizantes do PS de Lousada, leva-nos a promover, novamente, um jantar comemorativo.

Apelando à participação de todos informamos que dado a capacidade do espaço as marcações devem ser efectuadas impreterivelmente até ao dia 15 de Abril, para os seguintes contactos: (96.5103365 / 91.6018731).

Cada participante deve contribuir com 15 cravos para este jantar comemorativo da Revolução de Abril.


Certos da vossa participação.



Saudações Socialistas

A Comissão Política do PS Lousada

As “bandeiras” de Lousada

Como lousadense jovem que sou causa-me certa preocupação ler opiniões de alguns conterrâneos que ficam consternados com a crescente atividade cultural da nossa terra. Pois que à falta de uma crítica construtiva decidem ficar amuados por Lousada ter muitas “bandeiras”.

Decidiram que agora era tempo de Lousada voltar atrás e ser uma vila amorfa, monótona e comodista, que deve primar pela reduzida atividade cultural e social e centrar-se numa só vertente, numa espécie de caminho único custe o que custar, mesmo que não agrade a toda a camada populacional. 

(Engraçado depois é ver que os mesmos que criticam são os que depois acabam por fazer capa de facebook do Festival das Camélias, tão fortemente criticado.)

Mas voltemos ao essencial.
Felizmente, Lousada, hoje, tem o Rally de Portugal, tem as camélias, tem um tecido empresarial em crescimento, tem as Grandiosas, tem grandes vitórias no desporto, tem forte atividade cultural para todas as idades, tem eventos de cariz ambiental… E poderia continuar. Não entendo o porquê de nos fixarmos num objeto se com diversos eventos se pode chamar não apenas um público-alvo mas abranger diferentes idades, homens, mulheres e crianças, lousadenses e visitantes, que se vão desenvolvendo social e culturalmente de acordo com aquilo que são as suas preferências. 

A crítica para ser válida devia ser fundamentada e construtiva. Poderíamos até pensar em outras cidades e tentar perceber se estamos a passar ao lado de alguma política-maravilha que faz as cidades crescerem exponencialmente apenas com base num único foco turístico. 

Ora bem, foquemo-nos no Porto que foi novamente eleito como melhor destino europeu. Tem o Rally da Boavista, tem a Casa da Música, tem Serralves, tem o F.C.P, tem as caves do Vinho do Porto, tem a francesinha… olhando para o melhor exemplo do turismo já por aqui se vê que “bandeiras” únicas não são sinónimo de assertividade e fórmula mágica de sucesso. 

Convenhamos, meus caros, quem tem saudades de uma vila deserta e com falta de atividade, ou não vive neste século ou não sabe bem para que lado “disparar”.

A mim o que me faz confusão é ver falta de progresso e gente tacanha. 



Eduarda Ferreira

Terá sido um mau fim-de-semana? Claro que não!

Tenho para mim que para algumas pessoas de Lousada, este foi um mau fim-de-semana.

Mau... Para aqueles que criticam tudo o que se faz na nossa terra;

Mau... Para aqueles que acham que nada do que é feito faz sentido;

Mau... Para aqueles que só querem o "Quanto pior, melhor";

Mau... Para aqueles que querem Lousada deserta, sem visitantes e sem o comércio envolvido nas atividades municipais, para depois terem alguma coisa para dizer e criticar.

Contudo, este foi um fim-de-semana verdadeiramente grandioso, tal como muitos outros que temos tido.

Depois de ser conhecido que temos o 11º Município mais transparente do país, tivemos em Lousada o Festival Internacional de Camélias que, para mau grado de alguns que sempre quiseram que este Festival corresse mal, obteve a maior afluência de sempre, com um dia de domingo digno de uma enchente de público para vislumbrar as belezas florais do nosso concelho.

O VIII Festival Internacional de Camélias, associado ao Fim de Semana Gastronómico, trouxe inúmeros visitantes e projetou, sem qualquer dúvida, o comércio e restauração local, havendo elogios de todos os quadrantes.

Mas nem só de Camélias foi feito o fim-de-semana. 

O Município continuou a Plantar Lousada com mais uma iniciativa na Casa de Juste. No domingo, com 52 voluntários, plantaram-se mais 330 árvores de 18 espécies diferentes entre as quais “carvalhos de diversas espécies, folhados, medronheiros, pinheiros-mansos, ciprestes, faias, tílias e liquidâmbares”. Já no sábado, na atividade BioLousada, construíram-se caixas-abrigo para morcegos e caixas-ninho para aves e levaram-nas consigo, para enriquecer os seus quintais e hortas com animais selvagens e serviços biológicos.

A AD Lousada levou a cabo a sua Gala, atribuindo prémios aos seus melhores e mais destacados membros com particular destaque para a homenagem ao Dr. Mário Fonseca.

Também não passou despercebido o rasgado elogio do Dr. Lourenço Pinto (Presidente da AF Porto), à Câmara Municipal de Lousada na pessoa do Sr. Presidente, referindo que “quem trabalha assim por Lousada, merece ser novamente eleito”.

Resumindo, este não foi um mau fim-de-semana. Foi sim um excelente motivo de orgulho para todos aqueles que amam verdadeiramente esta terra e lutam por mais e melhor. Parabéns ao Município e parabéns a todos os Lousadenses!



Rui Pereira

Presidente da JS Lousada (in: TVS)

PS LOUSADA APROVA RECANDIDATURA DE PEDRO MACHADO

NOTA DE IMPRENSA
21 FEVEREIRO 2017

Pedro Machado
A Comissão Política Concelhia do PS Lousada acaba de aprovar, por unanimidade e aclamação, o nome de Pedro Machado para liderar a candidatura do PS à Câmara Municipal de Lousada nas próximas eleições autárquicas. 

Numa reunião aberta a todos os militantes e em linha com aquelas que foram as orientações nacionais e distritais para a próxima corrida autárquica, a Comissão Política Concelhia do PS Lousada decidiu, assim, reconduzir o atual Presidente de Câmara.

Segundo o órgão político concelhio, “na base desta decisão está, acima de tudo, aquilo que foi a governação de Pedro Machado, que se revestiu sempre de uma grande competência, inovação, rigor financeiro e visão futura”. 

Assumindo um forte impulso de crescimento em Lousada, Pedro Machado conseguiu, segundo a Concelhia, “cumprir a esmagadora maioria do programa eleitoral com que se apresentou em 2013”.

“A construção de sete centros escolares, a aposta na formação profissional e no crescimento empresarial local, o aumento do emprego, e a redução da taxa de IMI para o mínimo legal, conjugada com uma forte aposta na dinamização cultural, turística, desportiva e ambiental do concelho, são apenas alguns marcos da governação do socialista Pedro Machado e que deverão manter-se num próximo mandato”, sustenta a Comissão política Concelhia. 

Recorde-se que Pedro Machado foi eleito para a Câmara Municipal de Lousada, com maioria absoluta (49,66%), no seguimento das eleições autárquicas de 2013.

Afinal a “Geringonça” até tem apresentado bons resultados

“Governo exibe à Comissão Europeia o menor défice em mais de 40 anos” (Jornal de Negócios 18.1.2017)

“Portugal e Espanha lideram países da OCDE onde o desemprego mais desceu em dezembro” (Expresso – 9.2.2017)

“Criação de emprego em Portugal explica 91% da redução do desemprego” (Expresso 8.2.2017)

“Moscovici (Comissão Europeia): Portugal teve “uma grande melhoria” (Jornal de Negócios 13.2.2017)

Estas são apenas algumas notícias recentes acerca da prestação económica do Governo de António Costa que, desde que tomou posse, conseguiu pela primeira vez em 40 anos atingir o menor défice da história da democracia ao mesmo tempo que repunha vencimentos, aumentava o salário mínimo e fazia crescer a economia.

A geringonça, vista como algo depreciativo nos primeiros tempos, está efetivamente a resultar e a surpreender os mais incrédulos setores da sociedade Portuguesa, para malgrado de uma oposição que anunciava a “vinda do diabo” e até para a Comissão Europeia que agora até é mais otimista que o próprio Governo – “Bruxelas mais otimista do que o Governo nas contas para a economia” (RTP 13.2.2017).

A “TINA” (There Is No Alternative), teoria usada no passado pelo Partido Conservador Britânico e por Margaret Thatcher, foi posta em prática pelo anterior Governo e até exigida por Bruxelas. Tudo era uma inevitabilidade de forma a obedecer às metas orçamentais que curiosamente nunca foram cumpridas até à data. Por incrível que pareça, a inevitabilidade dos cortes deu lugar à “TIA” (There Is Alternative) - Alternativa.

Com um início pouco prometedor e cheio de dúvidas de solidez futura, a base parlamentar do Governo tinha tudo para correr mal ao fim de um ano. A desconfiança de Bruxelas, um governo legitimamente formado mas que não tinha vencido as eleições, um país a braços com (mais uma) crise bancária, uma população esgotada de tanta austeridade e uma comunicação social agressiva e adversa a soluções governativas à esquerda, era a mistura explosiva para tudo correr mal. Mas não correu.

O défice foi largamente cumprido. O desemprego baixou consecutivamente. As exportações subiram. A confiança dos Portugueses aumentou a par do consumo.

Esta é a realidade e há que dar valor aos nervos de aço de António Costa que sabe gerir o país de forma firme e convicta, mesmo perante tamanhas adversidades, avisos, projeções catastrofistas que agora avoca-se ao direito de criticar o FMI e demais instituições financeiras internacionais por terem duvidado de Portugal.

Mas nem tudo são “rosas”. Numa União Europeias a duas velocidades, com a Alemanha a necessitar que os estímulos do Banco Central Europeu terminem, este poderá ser o “calcanhar de Aquiles” de Portugal, mesmo estando a cumprir escrupulosamente aquilo que nos é exigido.

Neste momento nada justifica que as principais agências mantenham inalterado o rating de Portugal no nível lixo. É perfeitamente incompreensível que isso não seja alterado, bem como o valor dos juros do mercado da dívida próximos dos 4% - ainda para mais com a intenção relevada na passada segunda-feira pela “presidente do IGCP em continuar a pagar antecipadamente ao FMI”.

Com Trump, Le Pen, Brexit e o possível fim dos pacotes de compra de ativos do BCE, tudo poderá complicar-se… e Portugal não poderá fazer nada para o evitar.

Tudo aquilo que depende de nós está a ser feito. Resta saber o rumo da economia europeia e internacional irá ajudar.

Nelson Oliveira
In: TVS


CONVOCATÓRIA - Comissão Política Concelhia | 18.02.2017 | 18h





Venho por este meio convocar os elementos da Comissão Política Concelhia do PS Lousada e de acordo com a alínea f) do art.º 36 dos Estatutos do Partido Socialista, para uma reunião ordinária que se realizará no próximo dia 18 de Fevereiro de 2017, sábado, pelas 18 horas, nas instalações da sede concelhia - Rua Dr. Pinto Mesquita nº 25, com a seguinte ordem de trabalhos:


Ponto único - Aprovação do candidato do PS às eleições autárquicas;


Trinta minutos para discussão de outros assuntos de interesse.


De acordo com o nº 5 do art.º 35, "podem assistir às reuniões da Comissão Política Concelhia, por deliberação desta, sem direito de voto, os militantes eleitos em listas do Partido para os órgãos autárquicos", estando para isso todos os militantes convidados a participar nesta reunião.



O Presidente da Mesa da Comissão Política Concelhia,
Eduardo Vilar, Prof.

CENTRO DE SAÚDE DE LUSTOSA

Eduarda Ferreira - Lustosa

Remonta ainda a 2011 a assinatura de um protocolo que previa a mudança de instalações do Centro de Saúde de Lustosa para a antiga Escola Primária, aliás propriedade do município. 

No decurso de todo o mandato do anterior governo de Passos Coelho, da sua austeridade desmedida e dos seus cortes no sistema nacional de saúde, racionando os gastos, pudemos assistir a uma completa inércia e a um desinteresse quanto a este protocolo. Afinal de contas, Lustosa era apenas Lustosa. Uma ínfima parte do país que mesmo tendo dado a vitória ao PSD nas autárquicas, em troca recebeu NADA.

E pese embora a romaria ao Centro de Saúde de Lustosa, de membros do PSD local e, inclusive, de um deputado lousadense do mesmo partido, em Abril de 2015, onde promessas foram feitas de forma vincada, jurando-se a pés juntos que seria dada solução a este problema através de um pedido expresso a Pedro Passos Coelho – juramentos que ainda hoje circulam em vídeo pelos meandros da internet - seria expectável que a solução fosse encontrada. 

Pois que chegados ao final do mandato do anterior governo, sem que nada fosse feito, a ilação que daqui retiramos é que pouca ou nenhuma influência tiveram os ditos membros na tomada de decisão do poder central. Não sendo isso, talvez se trate do próprio desinteresse dos membros do PSD local. Uma de duas coisas será, atendendo ao marasmo que se continuou a sentir. Promessas que de cumpridas nada tiveram, aliás dando voz ao conceito pejorativo de “promessas políticas”. 

Admirados não ficamos quando se descredibiliza a política por atuações deste cariz. 

Não fossem os esforços da Câmara Municipal de Lousada - os quais pude acompanhar - junto da ARS Norte e do Ministério da Saúde e ainda hoje teríamos o problema em mãos. Durante os ditos anos assisti a um conjunto de diligências que foram feitas para que apenas uma autorização fosse dada, de modo a que a mudança se processasse, pois que a própria Câmara Municipal disponibilizava os serviços técnicos para a elaboração do projeto.

Com todo este desinteresse por parte do Ministério da Saúde do anterior governo e do PSD, a população de Lustosa permanecia com um serviço de saúde débil, com condições medíocres, que não asseguram o mínimo exigível quanto ao sigilo médico, quanto a uma boa organização (assistimos, ainda hoje, a chamadas orais dos médicos para uma sala de espera apinhada com pessoas que não têm a obrigação de ouvir um chamamento que se faz ouvir ao longe – sei disso porque sou utente deste “Centro de Saúde”) - situações de simples resolução que há anos assim persistem, nada se fazendo para se operar uma mudança.

Apesar da mora, a semana passada recebemos uma boa notícia para Lustosa. Numa onda positiva que este governo tem conseguido promover e propalar por todos os cantos do país, tivemos finalmente a notícia de que vamos ter um novo centro de saúde. 

Só nos resta agradecer a persistência e a resiliência por parte da CM Lousada, dos seus responsáveis políticos locais e de alguns deputados do Partido Socialista na vontade de mudar e na vontade de dar a Lustosa boas condições de acesso aos cuidados mínimos de saúde, afinal permitindo que um direito constitucionalmente consagrado seja aplicável a todos os Lustosenses em melhores circunstâncias. 

Causa-me, por isso, certa estranheza, quando outros queiram, de forma quase insultuosa, colher frutos, quando o partido que representam teve o poder de decidir e resolver este problema e nada fizeram, mas hoje aparecem pelos meios de comunicação, vangloriando-se de uma vitória que não lhes pertence. 

“A César o que é de César” e, neste caso, os esforços para resolverem o problema de Lustosa partiram da Câmara Municipal de Lousada, pela insistência junto da ARS e Ministério da Saúde. 


Eduarda Ferreira

Tu, ele, nós: A vida a desafiar os desafios

João Correia (PS)
A morte de Mário Soares é uma perda terrível para todos nós. Particularmente, direi ter sentido de forma quase onírica o desaparecimento de um dos fundadores do nosso sistema democrático hodierno e um camarada que sempre olhei com um temor reverencial positivo.
A história pessoal e vivencial desta personagem que marcou a vida política e social do nosso país durante mais de meia década, é por demais conhecida. Foram de Mário Soares os primeiros livros de teor político que li e foi um verdadeiro e singular privilégio ter podido confrontá-lo com as suas ideias. Momentos singulares e únicos; um homem de uma habilidade extrema de pensamento, fluído na sua expressão e honrado no seu combate. Como ele, sou um amante da social-democracia, sendo que a divisão sempre foi só uma: Deus.
A sua obra vai ser recordada e os historiadores serão, pelo menos, consensuais em considera-lo como um dos obreiros que evitou que o nosso país seguisse uma matriz soviética que, como é mais que óbvio, teria sido fatal para um país Atlântico e Europeu. A sua visão, respaldada por milhares de Portugueses, é o país que temos hoje, com virtudes e defeitos, mas (e agora sei-o) adorado por milhares de pessoas estrangeiras que olham para o nosso país com um misto de admiração e incompreensão pela nossa de portugalidade e amor próprio a um país que, afinal, não é assim tão mau.
Há uns anos, os Lousadenses também perderam um Mário muito parecido e dedicado, cheio de garra e com uma capacidade de luta invejável. Talvez Mário seja o nome das pessoas que são, afinal, capazes de desafiar os desafios.
Talvez seja possível que, cada um de nós, com vontade e empenho, se torne um “Mário” nas nossas comunidades, nas nossas atividades. Aí, provavelmente, aprenderíamos a amar a nossa terra, o nosso país, de uma forma igual e, quiçá, quase transcendente.
João Correia
in: YES Lousada

"O desempenho de Pedro Machado tem sido amplamente positivo e isso tem que ser reconhecido pelos Lousadenses"


Depois de 24 anos à frente dos destinos de Lousada, o TVS entrevista Jorge Magalhães, atual Presidente da Assembleia Municipal e a exercer funções como Vice-Presidente da Entidade Turismo Porto e Norte de Portugal.

Jorge Magalhães - Presidente da Assembleia Municipal de Lousada
TVS – Deixou a Presidência da Câmara Municipal de Lousada há cerca de 3 anos, depois de um período em que liderou os destinos dos Lousadenses durante mais de duas décadas. Agora com uma visão mais distanciada no tempo e apesar de ser difícil avaliar o seu próprio trabalho, como define o seu trabalho e de quem o acompanhou entre 1989 e 2013 no Município de Lousada?
JM – Creio poder dizer que o nosso desempenho foi muito positivo. É muito comum ouvir relatos de pessoas que vivem em concelhos vizinhos a Lousada e que conheciam o que era a nossa terra antes de assumirmos os destinos do mesmo, referindo que a diferença pela positiva é extremamente notória. Aliás, os variadíssimos indicadores publicados e conhecidos traduzem de uma forma inequívoca o que referi e, tanto eu como todos os meus amigos Vereadores que me acompanharam de 1989 a 2013 ficamos de consciência tranquila e muito agradados com tudo aquilo que conquistamos em prol dos Lousadenses.

TVS – Como tem decorrido a sua atividade profissional, agora que se encontra a trabalhar fora do nosso concelho, exercendo funções na Entidade Turismo Porto e Norte de Portugal. Como caracteriza o potencial turístico da nossa região e de Lousada?
JM – Tem decorrido de uma forma muito positiva num setor em clara expansão e afirmação. A região Norte tem demonstrado grande vitalidade pelo que se mostra aliciante e motivante este trabalho a quem está envolvido no setor, os desafios com que se deparam e as respostas que somos capazes de proporcionar.
Lousada tem também seguido uma política que nos parece adequada, sobretudo sem descurar a perspetiva regional. Assim, o Município apesar de ter caraterísticas particulares e de as enfatizar nas suas próprias iniciativas e dinâmicas, assume uma atitude proactiva e global face ao Turismo, tal como acontece, por exemplo, com a Rota do Românico.

TVS – Na última edição do TVS do ano de 2016, entrevistamos o Presidente da CM Lousada - Dr. Pedro Machado em que este elogiou e afirmou que o Dr. Jorge Magalhães é uma referência para ele enquanto autarca e sempre se irá rever naquilo fez por Lousada. Que balanço faz do atual mandato do seu sucessor?
JM – O desempenho de Pedro Machado tem sido amplamente positivo e isso tem que ser reconhecido pelos Lousadenses.
Nestes últimos anos, os autarcas devem ter sido aqueles que, na gestão pública nacional, sentiram mais dificuldades dados os constrangimentos que eram impostos advindos do poder central.
Entendo o desempenho do Município de Lousada como extremamente positivo. Esta opinião não é apenas minha mas também é plasmada nas várias publicações a nível nacional, onde Lousada tem consecutivamente apresentado indicadores de grande relevo e que não são possíveis de serem desmentidos.
Além disto, este é o sentimento que vejo ser-me reportado quando sou abordado por inúmeros cidadãos de Lousada, mostrando-se satisfeitos com o atual caminho traçado por este executivo municipal de Pedro Machado e, portanto, resta-me concluir que contra factos não há argumentos. Em Lousada, estamos a ser liderados com competência, profissionalismo e visão futura.


TVS – Exerce atualmente as funções de Presidente da Assembleia Municipal de Lousada, sucedendo ao Dr. Mário Fonseca e, Pedro Machado disse ao TVS que contava com toda a equipa que o acompanha atualmente. Está disposto a aceitar recandidatar-se, liderando a lista do PS para a Assembleia Municipal?
JM – Quando essa questão me for suscitada, dentro dos prazos estatutariamente previstos, irei obviamente responder. Neste contexto é ainda cedo e seria pretensiosismo de minha parte dizer algo mais sobre o assunto.

TVS – Estando praticamente definidos os candidatos à liderança da Câmara Municipal de Lousada, o que espera deste novo confronto eleitoral que se avizinha para Outubro?
JM – Sinceramente espero que o debate de ideias e projetos possa acontecer num tom de respeito e com elevação.

TVS – Dada a sua longa experiência política, acreditou na possibilidade de António Costa formar governo com o apoio parlamentar do PCP, BE e Verdes?
JM – No início, tal como muita gente, nunca estive muito convicto da assertividade e pertinência desta solução governativa e, na altura, provavelmente teria optado por outra solução.

TVS – Como avalia o trabalho de António Costa neste primeiro ano de mandato?
JM – Apesar de algumas situações que podem ser vistas como menos conseguidas, penso que a maioria dos Portugueses estará hoje bastante mais satisfeito com o desempenho do atual governo comparativamente com o anterior e julgo que se poderá dizer que os aspetos positivos desta solução são exponencialmente superiores aos negativos como temos notado com a diminuição do desemprego, défice e cumprimento de uma série de medidas prometidas por António Costa.

TVS – Durante os seus mandatos como autarca, teve que trabalhar com o governo liderado por António Guterres. Do que conhece do ex Primeiro-Ministro, o que espera do exercício das suas novas funções como Secretário-Geral da ONU?
JM – Comungo daquilo que já foi dito por inúmeras personalidades relevantes da sociedade Portuguesa sobre a eleição do Eng. António Guterres para Secretário-Geral da ONU. É o Homem certo para o lugar certo. É um Homem com um percurso pessoal e políticos que atestam bem a sua capacidade para ocupar o lugar, nomeadamente quando tem que colocar à prova a sua capacidade de diálogo, consensos, experiência Humanitária, verticalidade e solidariedade.

TVS – Há alguma mensagem que deseje enviar aos Lousadenses?
JM – Quero referir apenas que devem ter sempre a perceção que Lousada é um excelente Município para viverem.

Mário Soares (1924-2017) – Lutar pelo direito à indignação

Um dos maiores símbolos da história recente de Portugal faleceu no passado sábado. Eterno lutador pela liberdade, foi uma das muitas vozes que enfrentou a ditadura de António Oliveira Salazar e encaminhou o nosso país para o seio da Democracia, da integração Europeia (CEE) e internacional. Ele e muitos outros, fizeram parte de um grande momento da História de Portugal, onde pontificaram os Capitães de Abril – Revolução dos Cravos.

Muito se tem escrito sobre Mário Soares, mas melhor do que perceber uma escrita retrospetiva da sua vida, é necessário entender as suas (difíceis) decisões num determinado tempo, num determinado contexto nacional e internacional e isso, apenas aqueles que viveram esses duros momentos, terão uma visão mais desassombrada e esclarecida do que foi essa época.

Tenho reparado que muitas pessoas ao descreverem Mário Soares, ressalvam logo que este teve aspetos positivos e negativos ao longo da sua vida e não tomam parte, face à sua intervenção pública. Ora isso é precisamente aquilo que Mário Soares sempre foi – Um Homem, com virtudes e equívocos comuns a qualquer um de nós e não era certamente seu objetivo ser uma pessoa consensual, compreendida e aceite pela totalidade das pessoas – era um Político que teve de tomar decisões muito difíceis e, por isso, tantos o criticaram e tantos o admiraram. 

Quando se lê muita da repulsa que alguns tinham a Soares, nada disso o poderia preocupar. Como qualquer político que teve a responsabilidade de governar o país numa altura de ruptura face a um regime ditatorial de quatro décadas, existia certamente quem o odiasse. Mas acima de tudo, ele assumia-se como político, não tendo o medo que muitos dos que agora pululam em intervenções públicas/sociais tem, ressalvando sempre uma posição de independência face à política, quando na verdade aquilo que fazem e praticam é exatamente isso mesmo. 

Soares não rejeitava a política como outros sempre o fizeram. Soares assumia-se, quer gostassem, quer não.

É por isso que ao longo da última semana, as redes sociais eram um receptáculo de fervorosos adeptos anti e pró Soares, aos quais se deve dar o devido distanciamento a todas estas opiniões, muitas das vezes conspurcadas com teorias da conspiração sem qualquer validade ou verdade, mas que sobrevivem no obscurantismo e, como tudo, uma mentira dita muitas vezes, passa a ser verdade.

A este propósito, o jornal Público elaborou uma peça em que analisa ao pormenor alguns dos boatos que se propagam sobre Soares. 

A velha teoria do “exílio dourado” em França, como se fosse agradável estar longe da mulher e dos filhos, impedido de voltar a casa, sob pena de ter preso, torturado, deportado pela PIDE ou até assassinado - é apenas uma das histórias inventadas na altura pelo Estado Novo, de forma a tentar demover e criar dúvidas a todos aqueles que apoiavam Soares e Cunhal.

A alegada profanação da bandeira nacional também nunca aconteceu. O Público afirma que “o incidente teria ocorrido durante uma manifestação em Londres, em Julho de 1973, organizada para contestar a visita de Marcello Caetano ao Reino Unido. Na manifestação, cujos registos são públicos, participaram socialistas e comunistas portugueses e uma miríade de movimentos britânicos de oposição à colonização lusa em África e também ao apartheid. Mas não há registos da suposta profanação do símbolo nacional e muito menos do envolvimento de Soares no ato. O próprio o nega em entrevista a Maria João Avillez (tornada em livro em Mário Soares: Ditadura e Revolução): “Um patriota e um republicano, como eu sou e sempre fui, nunca iria pisar a bandeira da República, que nunca foi a bandeira do salazarismo”. A história, dizia, era uma “imbecilidade”(in: Público).

Por fim, aquela teoria que mais adeptos tem, uma vez que foi capa do jornal A Rua (1977) – jornal de ideologia fascista, citando alegadamente um jornalista brasileiro a quem Soares disse que os Portugueses em África deveriam ser “atirados aos tubarões”. Segundo o Público, não existe qualquer artigo do jornalista Santana Mora, correspondente do jornal brasileiro “O Estado de São Paulo”, que expresse essa frase, sendo uma clara manipulação jornalística durante o período conturbado da descolonização.

A descolonização foi talvez o processo que mais inimigos lhe trouxe, mesmo não sendo ele o principal rosto desta ação – à data, era Ministro dos Negócios Estrangeiros (I, II e III Governos Provisórios), mas também nunca recusou responsabilidades.

Hoje, alguns dirão que a descolonização foi mal feita. É trágico, certamente, Portugueses que viviam em África, ficarem sem o seu património e terem que regressar (ou viajar pela primeira vez) para um local que nada lhes dizia. Contudo, há que entender o contexto de uma medida que era impensável não ter sido tomada.

Após a revolução, dia após dia, havia relatos de deserções de militantes Portugueses em África. Soldados que não estavam na disposição de morrer numa Guerra que nada lhes dizia e que a maioria discordava. Em África, “o PAIGC tinha proclamado unilateralmente a independência em 1974, era reconhecida por mais de 80 países”, a ONU aprovava constantes resoluções contra a manutenção Portuguesa das Colónias, os principais líderes partidários Portugueses eram favoráveis à saída de África (Freitas do Amaral, Cunhal, Sá Carneiro) e o protelar deste combate, com adversários a ganharem cada vez mais força e combatendo contra tropas desanimadas, teria um fim ainda mais trágico e sangrento (in: ISCTE).

Em Portugal faziam-se manifestações sob o lema "Nem mais um soldado para as colónias!" e a comunidade internacional, desde o período do Estado Novo, exigia a Portugal que entregasse as suas colónias, tal como haviam feito os Franceses (na Argélia), Britânicos (na Índia) e Belgas (no Congo). Portugal era assim o último país colonialista Europeu e tinha a pressão constante de aceitar a independência desses países. Se Portugal queria reconhecimento internacional, tinha que fazer a descolonização de forma rápida e com o mínimo impacto possível, mas obviamente que muita coisa correu mal. Afinal, estamos a falar de quase de um milhão de Portugueses que regressavam a Portugal sem nada na bagagem…

Mário Soares soube sempre lidar com os seus críticos, os que o acusavam de enriquecer na política, mesmo toda a gente sabendo que o pai de Soares era dono de um dos colégios Portugueses mais ricos da altura – Colégio Moderno e proveniente de famílias abastadas. Por isso defendeu os presos políticos sem cobrar honorários. Defendeu a família de Humberto Delgado, foi advogado de Álvaro Cunhal sem temer qualquer represália que sabia vir a existir.

Mário Soares detido em 1967

Enquanto jovem, poderia muito bem entregar-se aos “prazeres da vida”, ajudando o pai a gerir o lucrativo Colégio Moderno e alinhando, porventura, ao lado do status quo instituído, mas Soares resolveu combater Salazar elevando as suas convicções por um país livre e igual. Esteve ao lado de Norton de Matos e Humberto Delgado, foi preso 13 vezes, torturado pela PIDE, deportado para São Tomé em 1968 sem acusação numa altura em que era imperativo desviar atenções, dado que acabara de rebentar o escândalo Ballet Rose que envolvia ministros de Salazar – esta deportação valeu a Soares uma homenagem por parte da Amnistia Internacional face à sua condição de preso político – sendo posteriormente enviado para o exílio em 1970. Acresce a tudo isto o facto de até ter casado por procuração, de forma a permitir as visitas de Maria Barroso à cadeia.

Há portanto a necessidade de centralizar as suas tomadas de decisão com os acontecimentos da própria História e compreender os momentos. Como Daniel Oliveira (Expresso) afirma, Soares abraçou Cunhal na chegada deste a Portugal e combateu-o a partir da Fonte Luminosa, foi amigo e camarada de Salgado Zenha e lutou contra ele, defendia o Estado Laico mas enaltecia o papel da Igreja Católica, apoiou nacionalizações e a iniciativa privada, esteve do lado e contra Manuel Alegre, defendeu a austeridade em 83 e combateu-a em 2011, colocou Portugal na CEE e criticou o rumo que a União Europeia estava a tomar. Estas tomadas de posição trouxeram inimigos, mas acima de qualquer questão, defendeu a democracia e a liberdade.

Não tenho a intenção de defender Soares, até porque este convivia muito bem com a crítica. Mas acima de tudo não podemos aceitar que alguns queiram reescrever a sua História, depois de morto, diabolizando alguém que lutou, ao lado de muitos outros, pela liberdade de um povo e foi eleito diversas vezes pelo voto popular para representar a nossa Nação nos mais diversos cargos.

Mário Soares não é o pai da democracia Portuguesa, porque esta não tem pai. A democracia foi conquistada através da ação última dos militares, mas acima de tudo pela ação de milhares de anónimos que se insurgiam diariamente contra um poder cego e instituído brutalmente e promotor da miséria, analfabetismo e fome. Soares foi mais um que lutou e teve oportunidade de ter um papel relevante na construção do nosso país. Mas Mário Soares será certamente recordado na História de um país onde todos podem pensar o que quiserem do seu papel na nossa sociedade. Felizmente, o delito de opinião já não existe!

“Lutei pelo direito à indignação. 
Muito antes de permitirem a existência de indignados”
Mário Soares

Nelson Oliveira (in: jornal TVS - 12.01.2017)