Convocatória - Comissão Política Concelhia (10 Outubro)


De acordo com os Estatutos do Partido Socialista, venho convocar os elementos da Comissão Política Concelhia, para uma reunião ordinária que se realizará no próximo dia 10 de Outubro de 2015, sábado, pelas 14.30 horas, nas instalações da sede concelhia - Rua Dr. Pinto Mesquita nº 25, com a seguinte ordem de trabalhos:



Ponto um - Análise da situação política.
Ponto dois - Agendamento de reuniões gerais de militantes.


Trinta minutos para discussão de outros assuntos de interesse.

O Presidente da Mesa da Comissão Política Concelhia,

Eduardo Vilar, Prof.

Lousada, 28 de Setembro de 2015

O debate que António Costa venceu de forma estrondosa

Qualquer que seja o ângulo por onde se analise o debate entre Passos Coelho e António Costa, a conclusão é inequívoca. Costa foi melhor que Passos em todos os aspectos: na afirmação das propostas para governar o país e na discussão de políticas concretas como o desemprego jovem, a segurança social ou a saúde. Mas onde António Costa surpreendeu foi no vigor e acutilância com que desmontou a “mistificação da troika” em 2011 e como assumiu “todas as suas responsabilidades” “desde o primeiro dia do governo de Mário Soares até ao último de José Sócrates”. Costa destruiu assim um dos últimos “trunfos” da direita que o acusava de ele nunca se ter “demarcado” dos governos de Sócrates. Pois Costa veio dizer que assume “os erros, o que foi bem feito e o que foi menos bem feito” e “corrigiu os erros”.


Costa começou logo por marcar a agenda do debate obrigando Passos a colocar-se à defesa, invertendo assim a situação em que o governo e os seus apoiantes o colocaram a ele quando teve a “ousadia” de apresentar um programa macro-económico com contas feitas.

Passos Coelho ficou longe do orador fluente que costumamos ver na televisão nos congressos do PSD e nas cerimónias oficiais, onde é ouvido com reverência e sem contraditório. Costa desmontou sistematicamente os “sucessos” do governo, deixando-o várias vezes sem discurso.

Mas o pior de Passos foi a insistência em chamar Sócrates para o debate. Isso permitiu a Costa um momento de humor, quando lhe disse que percebia que ele “tenha saudades de debater com Sócrates” mas que era com ele, Costa, que teria de se defrontar. E permitiu a todos os que viam o debate perceberem que a coligação aproveita, hipocritamente (como Portas fizera no debate com Catarina Martins), a situação judicial de Sócrates para usar o seu nome.

Do ponto de vista formal, se as televisões tivessem escolhido entre si apenas um moderador talvez o debate tivesse fluído melhor mas, ainda assim, os jornalistas conseguiram controlar as evidentes dificuldades de um debate com gente a mais: 3 jornalistas para dois candidatos.

Tenha ou não efeitos no voto dos portugueses, este debate recolocou António Costa no lugar que lhe é devido: um político com ideias sólidas, muito bem preparado em todos os temas da governação, abordando com rigor e seriedade as questões mais difíceis, humano e com sentido de humor, implacável sempre que é preciso sê-lo.

Estrela Serrano (Vai e Vem)

A história dos sociais-democratas que passavam férias à custa dos contribuintes

Durante décadas, Alberto João Jardim e alguns membros da sua corte passaram férias em casas luxuosas pertencentes ao Governo Regional, o que equivale a dizer que eram suas. A nova administração laranja, ciente do embaraço que tal situação configurava, tentou alienar as datchas(nome dado aos imóveis pela oposição madeirense, numa referência às casas de férias da cúpula do regime soviético) mas tal hipótese revelou-se impossível devido à inexistência de registos patrimoniais e pelo facto de estarem localizados em domínio marítimo público. Perante este cenário, o Governo Regional da Madeira prepara-se agora para concessionar os dois edifícios para turismo. E que edifícios: duas vivendas, com court de ténis e acesso directo à praia, amplos jardins e uma localização geográfica de excelência. Não faltarão interessados. O preço até então pago pela elite social-democrata da Madeira é que poderá sofrer uma ligeira alteração.


No entender de Alberto João Jardim, o usufruto de tais residências constituía uma poupança para os cofres do Governo Regional, na medida em que os 20 euros que Jardim e companhia pagavam por dia para delas usufruírem representava um custo inferior àquele que pagariam para se hospedar num hotel. Confuso? Não fique caro leitor: para o rei-sol da Madeira, a estadias em Porto Santo, normalmente durante todo o mês de Agosto, correspondiam a períodos de trabalho, apenas com ligeiras diferenças: o escritório destes indivíduos era temporariamente transferido para as belas praias de Porto Santo, o fato e a gravata substituídos por chinelos e calções e as reuniões maçudas transformadas em partidas de ténis, passeios à beira-mar e convívios animados regados a cerveja fresquinha.
Foram anos de férias de luxo pagas directamente pelo bolso do contribuinte. Um despesismo desenvergonhado que nunca pareceu incomodar as elites sociais-democratas, que sempre manifestaram sérias dificuldades em criticar o regabofe jardinista. Não fosse o homem saber saber demais…
Agora fechemos os olhos e imaginemos que Alberto João Jardim era socialista.
Fotos e Inspiração@Público/Márcio Berenguer
in: Aventar