Câmara de Lousada continua a diminuir dívida

Baixou mais de 5 milhões de euros desde 2013





A Câmara Municipal de Lousada baixou a dívida total em mais de cinco milhões de euros desde 2013, avança o município em nota de imprensa, citando dados do Portal de Transparência Municipal.
Os documentos de prestação de contas da autarquia relativos a 2016 foram, recentemente, aprovados em Assembleia Municipal e mostram uma diminuição do “endividamento a curto, médio e longo prazo”, “comprovando a excelente saúde financeira do município”, refere a mesma fonte.
As contas mostram uma redução dos empréstimos bancários de 18,4% e dos gastos com pessoal em 4,2%. “É ainda de destacar as transferências de verbas para as Juntas de Freguesia que registou um aumento de 12,8%, assim como, as transferências para as associações do concelho (+18,2%)”, sustenta a Câmara de Lousada.
Citando o parecer do Revisor Oficial de Contas, a autarquia diz que continua a “ter uma capacidade assinalável de solver as suas responsabilidades” e mantém uma “boa capacidade de financiamento e grau de independência”.

in: Verdadeiro Olhar

O KO no Gomes Ferreira

Estive a ver a entrevista a António Costa. Em grande forma. O pafioso Gomes Ferreira até trazia gráficos para provar que o déficit desceu à séria com Passos, e que a economia já estava a crescer quando o Passos foi à vida para ocupar o cargo de primeiro-ministro no exílio. Ou seja, o Gomes Ferreira queria provar que o bom sucesso atual da economia portuguesa é da responsabilidade do Coelho e não deste governo.
Pois tenho que reconhecer que António Costa, com o qual nem sempre concordo mas que reputo ser um dos poucos políticos sérios deste país, é também um político muito hábil. Respondeu ao Ferreira com a citação do que este lhe tinha dito, há um ano, quando também o entrevistou na SIC. E nessa altura, Ferreira dizia a Costa que o país estava à beira do abismo, que a política seguida era uma catástrofe, tal como também o dizia o Passos. Ou seja, se o país estava tão mal como eles diziam, se a política seguida era tão horripilante, como podem os bons resultados ser da responsabilidade do governo anterior e não deste?
Em suma, o Ferreira queria provar três teses:
  1. Que o país não está tão bem como António Costa pensa que está.
  2. Que mesmo naquilo em que está melhor, o mérito é de Passos Coelho!
  3. Que a austeridade continua, na prática, ainda que o governo queira fazer crer que já acabou.
António Costa esteve à altura. Desmontou os argumentos do Ferreira com grande argúcia e inteligência, mesmo que o entrevistador possa ter alguma razão, nalguns dos tópicos que avançou. Só que, Ferreira perde toda a razão quando usa esses tópicos para engrandecer as políticas pafiosas e desmerecer os méritos do actual governo.
Um entrevistador deve ser isento e tentar pôr o entrevistado a falar e a comunicar as suas opções e opiniões, respondendo a perguntas pertinentes. Ferreira não faz entrevistas, faz debates. Como se fosse candidato a uma qualquer eleição e tivesse António Costa como seu adversário político. É como se o árbitro fosse também ele jogador, calçando chuteiras e tudo.
O problema é que as chuteiras do Gomes Ferreira são alaranjadas com umas listas azuis, as cores pafiosas. E ele nem sequer faz questão de o esconder. Antes de entrar em campo deve telefonar ufano a Passos Coelho e dizer: “É hoje, vou dar cabo dele”. Só que, mais uma vez, foi à tosquia e saiu tosquiado.

in: Estátua de Sal