Carta a Passos Coelho


Exmo. Senhor Primeiro-Ministro,

Os signatários estão muito preocupados com as consequências da política seguida pelo Governo.
À data das últimas eleições legislativas já estava em vigor o Memorando de Entendimento com a Troika, de que foram também outorgantes os líderes dos dois Partidos que hoje fazem parte da Coligação governamental.
O País foi então inventariado à exaustão. Nenhum candidato à liderança do Governo podia invocar desconhecimento sobre a situação existente. O Programa eleitoral sufragado pelos Portugueses e o Programa de Governo aprovado na Assembleia da República, foram em muito excedidos com a política que se passou a aplicar. As consequências das medidas não anunciadas têm um impacto gravíssimo sobre os Portugueses e há uma contradição, nunca antes vista, entre o que foi prometido e o que está a ser levado à prática.
Os eleitores foram intencionalmente defraudados. Nenhuma circunstância conjuntural pode justificar o embuste.
Daí também a rejeição que de norte a sul do País existe contra o Governo. O caso não é para menos. Este clamor é fundamentado no interesse nacional e na necessidade imperiosa de se recriar a esperança no futuro. O Governo não hesita porém em afirmar, contra ventos e marés, que prosseguirá esta política - custe o que custar - e até recusa qualquer ideia da renegociação do Memorando.
Ao embuste, sustentado no cumprimento cego da austeridade que empobrece o País e é levado a efeito a qualquer preço, soma-se o desmantelamento de funções essenciais do Estado e a alienação imponderada de empresas estratégicas, os cortes impiedosos nas pensões e nas reformas dos que descontaram para a Segurança Social uma vida inteira, confiando no Estado, as reduções dos salários que não poupam sequer os mais baixos, o incentivo à emigração, o crescimento do desemprego com níveis incomportáveis e a postura de seguidismo e capitulação à lógica neoliberal dos mercados.
Perdeu-se toda e qualquer esperança.
No meio deste vendaval, as previsões que o Governo tem apresentado quanto ao PIB, ao emprego, ao consumo, ao investimento, ao défice, à dívida pública e ao mais que se sabe, têm sido, porque erróneas, reiteradamente revistas em baixa.
O Governo, num fanatismo cego que recusa a evidência, está a fazer caminhar o País para o abismo.
A recente aprovação de um Orçamento de Estado iníquo, injusto, socialmente condenável, que não será cumprido e que aprofundará em 2013 a recessão, é de uma enorme gravidade, para além de conter disposições de duvidosa constitucionalidade. O agravamento incomportável da situação social, económica, financeira e política, será uma realidade se não se puser termo à política seguida.
Perante estes factos, os signatários interpretam – e justamente – o crescente clamor que contra o Governo se ergue, como uma exigência, para que o Senhor Primeiro-Ministro altere, urgentemente, as opções políticas que vem seguindo, sob pena de, pelo interesse nacional, ser seu dever retirar as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao Senhor Presidente da República, poupando assim o País e os Portugueses ainda a mais graves e imprevisíveis consequências.
É indispensável mudar de política para que os Portugueses retomem confiança e esperança no futuro.
PS: da presente os signatários darão conhecimento ao Senhor Presidente da República.

Lisboa, 29 de Novembro de 2012

MÁRIO SOARES
ADELINO MALTEZ (Professor Universitário-Lisboa)
ALFREDO BRUTO DA COSTA (Sociólogo)
ALICE VIEIRA (Escritora)
ÁLVARO SIZA VIEIRA (Arquiteto)
AMÉRICO FIGUEIREDO (Médico)
ANA PAULA ARNAUT (Professora Universitária-Coimbra)
ANA SOUSA DIAS (Jornalista)
ANDRÉ LETRIA (Ilustrador)
ANTERO RIBEIRO DA SILVA (Militar Reformado)
ANTÓNIO ARNAUT (Advogado)
ANTÓNIO BAPTISTA BASTOS (Jornalista e Escritor)
ANTÓNIO DIAS DA CUNHA (Empresário)
ANTÓNIO PIRES VELOSO (Militar Reformado)
ANTÓNIO REIS (Professor Universitário-Lisboa)
ARTUR PITA ALVES (Militar reformado)
BOAVENTURA SOUSA SANTOS (Professor Universitário-Coimbra)
CARLOS ANDRÉ (Professor Universitário-Coimbra)
CARLOS SÁ FURTADO (Professor Universitário-Coimbra)
CARLOS TRINDADE (Sindicalista)
CESÁRIO BORGA (Jornalista)
CIPRIANO JUSTO (Médico)
CLARA FERREIRA ALVES (Jornalista e Escritora)
CONSTANTINO ALVES (Sacerdote)
CORÁLIA VICENTE (Professora Universitária-Porto)
DANIEL OLIVEIRA (Jornalista)
DUARTE CORDEIRO (Deputado)
EDUARDO FERRO RODRIGUES (Deputado)
EDUARDO LOURENÇO (Professor Universitário)
EUGÉNIO FERREIRA ALVES (Jornalista)
FERNANDO GOMES (Sindicalista)
FERNANDO ROSAS (Professor Universitário-Lisboa)
FERNANDO TORDO (Músico)
FRANCISCO SIMÕES (Escultor)
FREI BENTO DOMINGUES (Teólogo)
HELENA PINTO (Deputada)
HENRIQUE BOTELHO (Médico)
INES DE MEDEIROS (Deputada)
INÊS PEDROSA (Escritora)
JAIME RAMOS (Médico)
JOANA AMARAL DIAS (Professora Universitária-Lisboa)
JOÃO CUTILEIRO (Escultor)
JOÃO FERREIRA DO AMARAL (Professor Universitário-Lisboa)
JOÃO GALAMBA (Deputado)
JOÃO TORRES (Secretário-Geral da Juventude Socialista)
JOSÉ BARATA-MOURA (Professor Universitário-Lisboa)
JOSÉ DE FARIA COSTA (Professor Universitário-Coimbra)
JOSÉ JORGE LETRIA (Escritor)
JOSÉ LEMOS FERREIRA (Militar Reformado)
JOSÉ MEDEIROS FERREIRA (Professor Universitário-Lisboa)
JÚLIO POMAR (Pintor)
LÍDIA JORGE (Escritora)
LUÍS REIS TORGAL (Professor Universitário-Coimbra)
MANUEL CARVALHO DA SILVA (Professor Universitário-Lisboa)
MANUEL DA SILVA (Sindicalista)
MANUEL MARIA CARRILHO (Professor Universitário)
MANUEL MONGE (Militar Reformado)
MANUELA MORGADO (Economista)
MARGARIDA LAGARTO (Pintora)
MARIA BELO (Psicanalista)
MARIA DE MEDEIROS (Realizadora de Cinema e Atriz)
MARIA TERESA HORTA (Escritora)
MÁRIO JORGE NEVES (Médico)
MIGUEL OLIVEIRA DA SILVA (Professor Universitário-Lisboa)
NUNO ARTUR SILVA (Autor e Produtor)
ÓSCAR ANTUNES (Sindicalista)
PAULO MORAIS (Professor Universitário-Porto)
PEDRO ABRUNHOSA (Músico)
PEDRO BACELAR VASCONCELOS (Professor Universitário-Braga)
PEDRO DELGADO ALVES (Deputado)
PEDRO NUNO SANTOS (Deputado)
PILAR DEL RIO SARAMAGO (Jornalista)
SÉRGIO MONTE (Sindicalista)
TERESA PIZARRO BELEZA (Professora Universitária-Lisboa)
TERESA VILLAVERDE (Realizadora de Cinema)
VALTER HUGO MÃE (Escritor)
VITOR HUGO SEQUEIRA (Sindicalista)
VITOR RAMALHO (Jurista) - que assina por si e em representação de todos os signatários)

Começou a Festa do Abandono Escolar

Durante os seis anos da governação de Sócrates, assistimos a uma verdadeira revolução na Educação. Desde o prolongamento do horário escolar no primeiro ciclo, facilitando, e muito, a vida aos pais, passando pela introdução do inglês, música, etc., até à remodelação das escolas, fez-se muito pela igualdade de oportunidades no acesso à Educação. E ainda se aliou a tudo isto uma forte aposta na Ciência e Tecnologia. Percebia-se a estratégia: arrepiar caminho, para que se reduzisse o colossal desnível que, em matéria de escolaridade, separa Portugal dos países mais desenvolvidos. Inexplicavelmente, ou talvez não, esta estratégia teve opositores para todos os gostos. A começar pelos professores e pela extrema-esquerda e a acabar na direita em peso. Tudo gente que vive muito melhor com a triste realidade da Educação em Portugal do que com a simples ideia de que é possível, com as medidas certas, melhorar o desempenho do País.

Se não gostaram da estratégia de Sócrates, talvez prefiram o plano de Passos e companhia. Talvez apreciem a frieza, e o alívio, com que o actual primeiro-ministro diz que a Constituição não é empecilho para que se alterem as regras de financiamento do ensino público. Ignorando por completo as dificuldades que as famílias já sentem para manter os filhos na escola, mesmo sem essas novas medidas. E omitindo as inevitáveis consequências negativas de tal decisão.

Agora, sim, vai fazer sentido falar em festa. A festa do abandono escolar e a grande festa que vai ser ver Portugal cada vez mais na cauda do Mundo.
 
in: Aspirina B

Não somos todos Menezes.

"O Haiti, não é aqui"

Esta manhã encontro uma amiga pela rua abaixo. A conversa deixa rapidamente de ser de circunstância. Saca rapidamente de uma navalha indagatória para me questionar onde é que no mundo se pode viver. Eu não sei. Eu achava que se podia viver ali mesmo naquela rua. Eu ia apenas pela rua abaixo, ia trabalhar, não ia a pensar no mundo. Nem sequer ia trabalhar para ser feliz. Ia trabalhar para poder viver. Para poder ligar a televisão à noite e poder ser gozado pelo primeiro-ministro. Ia trabalhar, como quem corre para ganhar lanço para saltar o triplo salto, para poder passar por cima de 2013. Eu não sei essas coisas.

Mas é mais forte que nós. Quando nos perguntam uma coisa qualquer, temos que nos mostrar inteligentes. Temos que mostrar uma resposta que dê sentido ao mundo. Eu respondi: Brasil. Claro. Os americanos andam preocupados em colonizar Marte; os portugueses com a colonização do Brasil. Funcionou para todos antes de nós. Há-de funcionar para nós também. Espero.

Depois recebo na minha caixa do correio uma mensagem que diz: “Somos Menezes”. Eu não sou Menezes. Na minha família ninguém é Menezes. Eu acho até que nunca dei o meu endereço de correio electrónico a nenhum Menezes. Aquilo deve ser spam (que é como o Google se refere ao lixo que nos chega ao correio). Eu não sei. Mas, como sou débil, vou ler o que se trata.

Na Rússia, o Presidente não pode ser Presidente mais do que 2 vezes consecutivas. Putin resolveu isso de forma elegante: foi acolá dar uma perninha como primeiro-ministro – o que pode ser visto como uma despromoção temporária – e depois voltou para ser Presidente. As democracias não precisam destas manobras, aliás dispensam-nas bem.

Em Gaia, o presidente não pode ser presidente mais do que 3 vezes consecutivas. O Menezes resolveu isso de forma elegante. Vai ali ao Porto dar uma perninha como presidente. Neste caso deve ser visto como uma promoção. Gaia é maior, tem mais gente, melhores vistas, teleférico e até tem o El Corte Inglés. Mas o Porto é o símbolo; a medalha que melhor fica na lapela. Por cá a manobra vai passar como um exemplo. Estou certo que outros cidadãos o seguirão.

O email deve ter razão: Em Portugal somos todos Menezes. Vamos-nos safando com esquemas, saltando pocinhas e tornando a democracia criativa. Todos? Excepto essa minha amiga que anda a pensar exilar-se. Ou eu que tenho que trabalhar todos os dias, sem tempo para ser criativo na interpretação de leis.

Penso no Haiti. O Haiti não é aqui. 
 
João Luciano Vieira
Opinião Porto24.

Frase

Augusto Santos Silva:
    ‘(…) a parte mais inacreditável da entrevista de ontem foi quando perguntaram ao PM se ia haver taxas moderadoras na educação e ele não desatou aos berros. Ora vamos lá a ver: taxas moderadoras para quê? Para "moderar o uso" das escolas e do ensino? É mesmo isso que se quer num país com meio milhão de analfabetos e 23% de abandono precoce?’

O Orçamento mais estúpido do mundo

A maioria parlamentar aprovou terça-feira o mais estúpido Orçamento do Estado que Portugal alguma vez conheceu.

É estúpido porque parte de um quadro macroeconómico completamente irrealista, com base numa recessão prevista de 1 por cento, quando no mesmo dia a OCDE apontou para -1,8% e todas as previsões conhecidas, nacionais e internacionais, se fixam claramente acima do valor definido peloGoverno e pela troika.

É estúpido porque o défice do próximo ano não será cumprido, assim como não foi o deste ano, já que parte de pressupostos que não se vão verificar.

É estúpido porque insiste no caminho de um fortissimo aumento de impostos para tentar alcançar o défice quando o resultado final será a devastação da economia e a correspondente quebra de receitas fiscais, gerando a necessidade de voltar a aumentar impostos para atingir o défice e aprofundando ainda mais a recessão.

É estúpido porque as expectativas de cumprimento deste orçamento são nulas - e isso é mais um passo para ele não ser cumprido.

É estúpido ainda porque não aproveita as janelas abertas pelos responsáveis do FMI para aliviar a carga fiscal e as metas do défice.

E é estúpido porque depois da decisão do Eurogrupo sobre a Grécia se tornou claro que a própria troika começa agora a admitir que este caminho de austeridade sobre austeridade não conduz ao paraíso mas ao inferno e é contrário aos objetivos que pretende atingir.

Este orçamento é um nado-morto, que será alvo de remendos ao longo do ano. É um orçamento contra os contribuintes, que estimula a economia paralela, a fuga e a evasão fiscal devido à injustissima carga fiscal que lança sobre os contribuintes. É um orçamento contra a economia. E é um orçamento estúpido porque nos conduz a um abismo económico - mas apesar dos avisos e dos alertas, insiste em caminhar nesse sentido.

Verdadeiramente, este orçamento não merece vir a conhecer a luz do dia. Não merece entrar em vigor. E os contribuintes portugueses estão muito longe de merecer o flagelo fiscal que este orçamento lhes quer impor.

 http://expresso.sapo.pt/o-orcamento-mais-estupido-do-mundo=f769910#ixzz2Dc3dqnaJ
A maioria parlamentar aprovou terça-feira o mais estúpido Orçamento do Estado que Portugal alguma vez conheceu.
É estúpido porque parte de um quadro macroeconómico completamente irrealista, com base numa recessão prevista de 1 por cento, quando no mesmo dia a OCDE apontou para -1,8% e todas as previsões conhecidas, nacionais e internacionais, se fixam claramente acima do valor definido peloGoverno e pela troika.
É estúpido porque o défice do próximo ano não será cumprido, assim como não foi o deste ano, já que parte de pressupostos que não se vão verificar.
É estúpido porque insiste no caminho de um fortissimo aumento de impostos para tentar alcançar o défice quando o resultado final será a devastação da economia e a correspondente quebra de receitas fiscais, gerando a necessidade de voltar a aumentar impostos para atingir o défice e aprofundando ainda mais a recessão.
É estúpido porque as expectativas de cumprimento deste orçamento são nulas - e isso é mais um passo para ele não ser cumprido.
É estúpido ainda porque não aproveita as janelas abertas pelos responsáveis do FMI para aliviar a carga fiscal e as metas do défice.
E é estúpido porque depois da decisão do Eurogrupo sobre a Grécia se tornou claro que a própria troika começa agora a admitir que este caminho de austeridade sobre austeridade não conduz ao paraíso mas ao inferno e é contrário aos objetivos que pretende atingir.
Este orçamento é um nado-morto, que será alvo de remendos ao longo do ano. É um orçamento contra os contribuintes, que estimula a economia paralela, a fuga e a evasão fiscal devido à injustissima carga fiscal que lança sobre os contribuintes. É um orçamento contra a economia. E é um orçamento estúpido porque nos conduz a um abismo económico - mas apesar dos avisos e dos alertas, insiste em caminhar nesse sentido.
Verdadeiramente, este orçamento não merece vir a conhecer a luz do dia. Não merece entrar em vigor. E os contribuintes portugueses estão muito longe de merecer o flagelo fiscal que este orçamento lhes quer impor. 


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-orcamento-mais-estupido-do-mundo=f769910#ixzz2Dc3dqnaJ
A maioria parlamentar aprovou terça-feira o mais estúpido Orçamento do Estado que Portugal alguma vez conheceu.
É estúpido porque parte de um quadro macroeconómico completamente irrealista, com base numa recessão prevista de 1 por cento, quando no mesmo dia a OCDE apontou para -1,8% e todas as previsões conhecidas, nacionais e internacionais, se fixam claramente acima do valor definido peloGoverno e pela troika.
É estúpido porque o défice do próximo ano não será cumprido, assim como não foi o deste ano, já que parte de pressupostos que não se vão verificar.
É estúpido porque insiste no caminho de um fortissimo aumento de impostos para tentar alcançar o défice quando o resultado final será a devastação da economia e a correspondente quebra de receitas fiscais, gerando a necessidade de voltar a aumentar impostos para atingir o défice e aprofundando ainda mais a recessão.
É estúpido porque as expectativas de cumprimento deste orçamento são nulas - e isso é mais um passo para ele não ser cumprido.
É estúpido ainda porque não aproveita as janelas abertas pelos responsáveis do FMI para aliviar a carga fiscal e as metas do défice.
E é estúpido porque depois da decisão do Eurogrupo sobre a Grécia se tornou claro que a própria troika começa agora a admitir que este caminho de austeridade sobre austeridade não conduz ao paraíso mas ao inferno e é contrário aos objetivos que pretende atingir.
Este orçamento é um nado-morto, que será alvo de remendos ao longo do ano. É um orçamento contra os contribuintes, que estimula a economia paralela, a fuga e a evasão fiscal devido à injustissima carga fiscal que lança sobre os contribuintes. É um orçamento contra a economia. E é um orçamento estúpido porque nos conduz a um abismo económico - mas apesar dos avisos e dos alertas, insiste em caminhar nesse sentido.
Verdadeiramente, este orçamento não merece vir a conhecer a luz do dia. Não merece entrar em vigor. E os contribuintes portugueses estão muito longe de merecer o flagelo fiscal que este orçamento lhes quer impor. 



JOÃO TORRES ACUSA O PRIMEIRO-MINISTRO DE NÃO TER PUDOR AO INFLIGIR MAIS SACRIFÍCIOS AOS PORTUGUESES



Secretário-geral da JS, não aceita propinas no Ensino Básico e no Ensino Secundário e acusa Governo de «deitar a toalha ao chão»


A Juventude Socialista (JS) encara com perplexidade os planos do atual Governo, no sentido de criar propinas para a frequência dos ensinos básico e secundário. Para a JS, a discussão em torno da reforma das funções sociais do Estado não é sincera.

João Torres, secretário-geral da JS, afirma que “o que preside esta discussão não é uma genuína vontade de refletir sobre os sectores da sociedade em que o Estado deve ter uma presença mais ou menos forte, mas sim a necessidade de se diminuir em 4000 milhões de euros a despesa do Estado, o que advém das políticas erradas que têm vindo a ser adoptadas ao longo do último ano”.

Os jovens socialistas acreditam que o Governo está a “deitar a toalha ao chão”, desistindo da construção de um Estado que garanta aos seus cidadãos proteção social e o acesso a serviços de Saúde e Educação com um carácter universalista. «É chocante perceber que o Primeiro-ministro não tem coragem para defender o seu povo num Conselho Europeu mas, por outro lado, não manifesta qualquer pudor em infligir-lhe mais sacrifícios que só condenam o país ao abismo», defende ainda João Torres.

A JS sublinha que a renegociação da dívida será uma inevitabilidade caso não se inverta este ciclo de políticas por parte do Governo. Atualmente, os encargos com a dívida têm um peso equivalente a todo o investimento que anualmente é feito no Serviço Nacional de Saúde.

«O Orçamento de Estado para 2013 é um documento que desiste do país. Assistimos a uma governação que despreza os jovens e as suas legítimas aspirações emancipatórias», remata João Torres, que foi um dos subscritores da carta-aberta promovida pelo antigo Presidente da República Mário Soares e que tem como destinatário o Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

Não foi por falta de aviso.

Os Portugueses votaram a 5 de junho de 2011 e foram avisados para o que vinha aí.

Uma agenda ideológica liberal escondida que se revela cada vez mais, há medida que a austeridade não funciona.

Não foi por falta de aviso.

Cortes eliminam educação gratuita

 

Jantar de Natal da Juventude Socialista de Lousada - 14 de dezembro


O dia em que o CDS vendeu a alma ao Diabo

Hoje, na votação final do Orçamento, consuma-se o colossal, enorme, despropositado e abusivo aumento de impostos. Com a participação ativa do PSD, do CDS, mas também e indiretamente, de todos os partidos, de todos os sindicatos e de todas as corporações que contribuíram para a dívida e para um Estado devorador dos rendimentos e energias dos portugueses.

Ou seja quase toda a gente tem a sua parte na culpa. Como na cena da mulher adúltera, aquele que não exigiu mais isto e aquilo do Estado, do Governo, das autarquias; os que nunca pediram isenção de portagens nas autoestradas, os que nunca fugiram a um imposto, os que nunca utilizaram mal ou indevidamente um recurso comum atirem a primeira pedra.

Esta constatação não santifica, obviamente, este Orçamento. Ele é mau, não só por aumentar os impostos desproporcionalmente. Ele é também mau, porque é inexequível, porque não vai servir os interesses do país. O Governo sabe-o, o PSD também e, sobretudo, o CDS - que se arvorava em partido dos contribuintes - não pode deixar de o saber. Mas hoje é o dia em que o CDS vende oficialmente a alma ao diabo. De facto, há muito estava vendida, mas a partir de hoje já nem pode disfarçar.

Os contribuintes não têm quem os defenda ou os represente; o Estado, como se vê, sempre que necessita de emendar um erro, de pagar uma fatura, de salvar uns amigos é ao seu bolso que recorre.

Henrique Monteiro (Expresso)

Inevitabilidades convenientes... (in: TVS)

Nelson Oliveira
Desde há uns tempos para cá, tudo no nosso país passou a ser inevitável devido ao discurso que nos invade e faz-nos crer que é tudo uma verdade inquestionável.

A crise era inevitável. Está mais do que impregnado na nossa sociedade que foram os cidadãos a viver acima das suas possibilidades e por isso merecem o castigo austero que hoje sofrem.

Já a culpa, é inevitavelmente de todos os Portugueses e não do conjunto de pessoas que lideraram o mundo, a europa ou o país. As PPP’s, submarinos, BPN, Estádios de Futebol, etc, foram inevitabilidades de governações Portuguesas que culpam-se mutuamente e, por fim, dizem ao “povinho” para pagar esta… inevitabilidade.

A crise subprime foi inevitável. Não por culpa dos especuladores financeiros, da banca, das imobiliárias, mas sim do povo que almejou ter uma casa, até porque, aqueles que olham do alto do poderio económico financeiro ainda devem estar a questionar-se como permitiram que a classe trabalhadora tenha algum dia conseguido viver um bocadinho melhor, ter uma casa própria, um carro, fazendo até bons negócios com o empréstimo bancário e juros associados
Estes pequenos prazeres da vida, são um ultraje para os senhores que dominam o mundo e o poder político. Os mesmos que, através dos seus bancos, andaram a emprestar dinheiro que não tinham, ou a gerar fortunas em proveito próprio para depois ser o “Zé Povinho” a pagar os seus prejuízos. O caso BPN é a personificação disso mesmo em Portugal.

Ah… e quanto às reformas. Essa é outra inevitabilidade já entranhada na sociedade. O povo Português já assumiu perante a dita inevitabilidade, que os impostos que todos pagam tendem a ser mal geridos pelas pessoas que elegem e por essa razão, teremos que viver na miséria os últimos anos da nossa vida, porque o não pagamento de uma reforma é mais uma daquelas inevitabilidades a curto prazo e que infelizmente a maioria da população está a aceitar este “facto” de forma impressionante, sem questionar, mesmo tendo direito a ela.

Reparo que existem hoje seres supremos na esfera Humana. Que tudo mandam, tudo exigem e pensam que o povo tem que viver de acordo com a velha máxima: “Pobretes mas alegretes”. Pensam que devíamos voltar ao tempo da “outra senhora”.

Substitui-se a solidariedade pela caridadezinha, pela sopa dos pobres porque é assim que o povinho merece, pensam eles. Aquele povinho que viveu acima das possibilidades. Não foram os políticos, e/ou líderes mundiais, nem muito menos a alta finança que viveu acima das possibilidades e emprestou dinheiro que não tinha ou investiu de uma forma criminosa e negligente. Não.

Segundo estes supra-sumos das lides mundiais, a culpa é do povo que um dia quis comer mais do que uma sardinha mas devia ter ficado prostrado na sua insignificância laboral, enquanto os deuses da suprema inteligência fabricavam esquemas económicos falhados com a conivência dos Estados. Mas esse povo que nada pode fazer, que viva de ar e que nem piem porque desde sempre andaram armados em ricos. Qual ter uma casa ou carro, qual quê? Isso está destinado a seres supremos, que tudo podem, tudo exigem, tudo controlam, tudo mandam.

Que se pode dizer daquelas pessoas que souberam poupar, que fizeram um bom negócio com o empréstimo da casa, que até passam alguns dias de férias fora de casa e tem o dinheiro contadinho com filhos a seu encargo? Esses nunca deveriam ter ousado sair da lama porque agora, dizem-nos de caras que é inevitável voltar ao lugar de onde nunca deveríamos ter saído.

E depois lá estarão os senhores da dita classe superior e da inteligência a falar da inevitabilidade. Os mesmos que até fazem uma perninha em instituições de “caridade”, que até cumprimentam o pobre e dão-lhes uma sopa.

Mas há uma missão a cumprir nesta nova ordem mundial - Castigar esse povinho que tentou ir mais além do que o berço permitia e responsabiliza-los com a divida, o desemprego e o défice. Há que apontar-lhes o dedo e dizer-lhes - Vocês viveram sempre acima das vossas possibilidades.

Por exemplo, o povo do ordenado mínimo, ou melhor - o povinho do RSI, aqueles culpados de tudo e mais alguma coisa que vão retirar ao Estado 300M€ no próximo ano (cerca de 0,3% do bolo total do Orçamento de Estado), ao passo que pagaremos alegremente juros agiotas à banca que nós próprios financiamos - em 2013 serão cerca de 7,1 mil M€ -.9,17% da despesa prevista.

Enquanto vivermos neste moralismo de classes não vale a pena lutar por esta Europa. A solidariedade deixa de existir e parece que é inevitável surgir a caridadezinha. É sempre inevitável empobrecer, tornar o povinho feio, pobre e mau? Não, não é!

Inevitável… devia ser a luta contra a passividade, pela justiça, dignidade e unidade, pelo pagamento sério dos nossos compromissos numa verdadeira “União” Europeia, pelo sucesso, pelo nivelamento em alta da sociedade e acima de tudo pelo Humanismo. Afinal, estes são os princípios que levaram à formação da União Europeia.


Nelson Oliveira
in: TVS

Reforma Administrativa no Prós e Contras

Se dúvidas restassem acerca da (não) pertinência da Reforma Administrativa, Paulo Júlio (Sec. Estado da Administração Local) tirou-as no programa de ontem da RTP 1 - "Prós e Contras".

Para além de não haver um único argumento que sustente a continuidade da extinção das freguesias, Paulo Júlio surgiu ao debate demonstrando impreparação, ausência de argumentos, baseando-se na inevitabilidade e com um conjunto de ideias facilmente desmontáveis.

Foi penoso ver o Sec. de Estado ser alvo de tantos ataques, particularmente por parte de autarcas do seu próprio partido.
Se isto é uma democracia, o Governo deveria ouvir aqueles que em larga maioria estão contra esta reforma, apresentando argumentos muito válidos e não argumentos de simples contradição.



DIA D - ORÇAMENTO RECESSIVO EM APROVAÇÃO

Hoje é aprovado o Orçamento de Estado mais recessivo e penalizador da história de Portugal sob a ordem de PSD e CDS.

Enquanto isto acontece, a Europa dá os primeiros sinais de que finalmente estará a perceber a crise. Aprova o novo empréstimo para a Grécia com um perdão de dívida em mente e uma descida dos juros a serem cobrados.

Mais importante ainda para Portugal com este precedente aberto e que será extensível a Portugal. 
Se através do Governo não perspetivamos melhorias ou soluções, resta-nos a Europa, onde desde sempre deveria estar centrada a atenção de PSD e CDS para a resolução dos nossos problemas.

Mais plágios no PSD?

Textos assinados por Luís Filipe Menezes copiados de sites da Internet

O weblogue do candidato à presidência do PSD, Luís Filipe Menezes, continha, até ontem ao final do dia, vários plágios de textos publicados em sites da Internet, nomeadamente na Wikipédia, sem qualquer referência à origem. Em alguns artigos assinados por Menezes, que é presidente da Câmara de Gaia, não há uma única linha da sua autoria. (...)

in: Público



Pelo que temos visto, os praticantes de plágio são tidos em alta consideração no meio político do PSD.
Um plágio transforma-se imediatamente em competência!

Mais uma pérola de Duarte Marques

Vale bem a pena – pena no seu sentido de castigo e de sofrimento, mas também de tristeza e dó – ler a entrevista do Duarte Marques. Estamos perante o presidente da JSD, perante um deputado e perante um marmanjo de 32 anos.
Vou saltar por cima da cultura da calúnia de que é fervoroso praticante, por cima da activa tentativa de criminalizar ex-governantes socialistas, por cima das recordações psicadélicas a respeito de Merkel (neste último caso, com grande dificuldade) e por cima da oferta de porrada a Sócrates. Vou apenas comentar a seguinte passagem:
Não tem motivo para se manifestar?
Tenho imensos. Acho até que os portugueses se começaram a manifestar demasiado tarde. A indignação que está hoje na rua devia ter acontecido há quatro ou cinco anos.
Há quatro ou cinco anos estávamos em 2008 ou 2007, dizem. Duarte Marques lamenta não ter visto os portugueses na rua manifestando indignação igual à que exibem hoje, e não devemos duvidar da sua sinceridade. Infelizmente, a entrevistadora não lhe perguntou o que poderia ter causado essa comoção nacional in illo tempore

Seria o facto de o défice estar controlado e abaixo dos 3% pela primeira vez em décadas? 
Seria o facto de a pobreza e a desigualdade estarem a diminuir pela primeira vez em décadas? 
Seria o facto de se estar a fazer o maior investimento em educação, ciência e tecnologia da democracia? 
Seria o facto de se ter uma política de exportações de alto e crescente sucesso? 
Seria o facto de se ter uma estratégia vanguardista para o sector energético? 
Seria o facto de se estar a conseguir modernizar o tecido empresarial? 
Seria o facto de se ter conseguido a sustentabilidade da Segurança Social? 
Seria o facto de se estar a conseguir tornar muito mais eficiente o Estado? 
Seria o facto de Portugal e o Governo português irem acumulando prestígio e influência internacional? 

De facto, razões não faltavam para a indignação dos cidadãos que se identificam com o Duarte Marques e que contam com ele para pôr isto na ordem. Lá isso, é factual.

in: Aspirina B

JS Lousada visitou Caíde de Rei

A Juventude Socialista de Lousada visitou no sábado de manhã a freguesia de Caíde de Rei!












Pedro Machado é o Candidato do PS à CM Lousada

A Comissão Política Concelhia do PS Lousada aprovou Pedro Machado como candidato pelo PS à CM Lousada.


Pedro Machado apresenta as caraterísticas necessárias para encabeçar este renovado desafio para Lousada, no sentido de dar continuidade ao projeto local, iniciado por Jorge Magalhães. 

Pela sua competência, rigor, e seriedade, pela sua experiência e conhecimento da população de Lousada, o nome de Pedro Machado foi aprovado por unanimidade neste órgão concelhio do Partido Socialista.

De acordo com o previsto, seguir-se-á a marcação de uma Assembleia Geral com a participação de todos os militantes do PS Lousada.


Já basta o estado do país e ainda temos que levar com as piadas de Cavaco





O Presidente da República fez hoje, na entrega dos prémios Gazeta, um discurso irónico à volta do seu “silêncio” e pediu para não relatarem a sua presença, comprometendo-se a não o revelar na sua página do Facebook.

No habitual discurso que faz na entrega destes prémios de jornalismo, Cavaco Silva começou por dizer que apenas o seu “caro amigo Mário Zambujal [presidente do Clube de Jornalistas] o convenceria a estar presente: “Ele sabe bem que eu não queria vir, tudo porque eu sabia que teria de subir a este palco e de quebrar o meu silêncio”.

“Todos sabem que o silêncio do Presidente da República é de ouro, hoje a cotação do ouro foi 1.730 dólares por onça, uma onça são 31 gramas, mais 1,7% do que a cotação do ouro naquele dia de Setembro em que a generalidade dos portugueses ficou a saber o significado da conjugação de três letras do alfabeto português: “tê, ésse, u” (TSU)”, afirmou Aníbal Cavaco Silva.

Depois, Cavaco apontou vários temas dominantes da actualidade política sobre os quais “boa parte” da população portuguesa acha que o Presidente da República “estava a reflectir” durante o seu “silêncio”.

“Até aqui, boa parte dos portugueses pensava que o Presidente da República estava a meditar, a reflectir sobre a próxima visita a Portugal da senhora já bem conhecida de todos, amada por muitos, a que carinhosamente os portugueses chamam de ‘troika’, outros estariam a pensar que o Presidente da República estava a reflectir sobre se o aumento de impostos era enorme ou gigantesco, outros pensariam que o Presidente da República estava a reflectir sobre os novos apoios que a chanceler Merkel podia trazer para Portugal na sua próxima visita ao país e outros poderiam estar a pensar que o Presidente da República estava a reflectir sobre o que fazer relativamente às pressões de vinte corporações e mais de cem individualidades para que ele enviasse o Orçamento do Estado para o Tribunal Constitucional”, declarou.

No mesmo tom de ironia, Cavaco Silva continuou: “Outros estariam a pensar que o Presidente estaria a reflectir sobre o consenso político que foi possível estabelecer entre as forças políticas do arco da governação sobre a forma de realizar a reforma das funções do Estado, outros podiam estar ainda a pensar que o Presidente estava a reflectir sobre se a transmissão televisiva dos jogos de futebol em canal aberto fazia ou não parte da definição de serviço público de televisão, mas agora, depois de ter quebrado o meu silêncio, os portugueses dirão que afinal ele estava apenas a refletir sobre a forma de evitar a sua presença na cerimónia de atribuição dos prémios Gazeta do Clube de Jornalistas”.

No entanto, “tendo quebrado o silêncio” e estando presente, o Presidente disse só lhe restar “ser muito, muito, breve, tentar passar despercebido e felicitar os premiados”.

“Fazer votos para que continuem a apostar na qualidade, felicitar Fialho de Oliveira pelo prémio de mérito que acabou de receber, o Clube de Jornalistas por conseguir resistir à crise e ainda não ter ido à falência, o que com certeza se deve à capacidade de gestão de Mário Zambujal, e esperar que a Caixa Geral de Depósitos nos ofereça um jantar que seja condizente com os tempos que vivemos e eu não possa ser acusado de estar aqui por uma qualquer guloseima”, afirmou, provocando várias gargalhadas entre convidados presentes.

No final do seu curto discurso, o Presidente da República deixou um pedido especial “aos jornalistas presentes”: “Se forem inquiridos digam que eu estive aqui mas não disse absolutamente nada, e que eu me comprometo a não colocar qualquer ‘post’ sobre o assunto na minha página do Facebook, deixo, por isso, antecipadamente o meu muito obrigado a todos”.A cerimónia de entrega dos prémios Gazeta 2012 decorre na sede da Caixa Geral de Depósitos, tendo sido distinguidos os jornalistas Fialho de Oliveira (mérito), Paulo Moura (imprensa), José Manuel Rosendo (rádio), Amélia Moura Ramos e Miriam Alves (televisão), Alexandre Soares (revelação) e Jorge Simão (fotografia) e o Jornal de Barcelos (imprensa regional).

IEFP é notícia, pelos piores motivos

O IEFP continua a ser notícia. Agora, o Governo deu autorização para que um aposentado seja nomeado director regional de Vila Real do Centro de Emprego e Formação Profissional. 

Mas trata-se de um reformado com características singulares: militante do PSD, está aposentado há nove anos, deixou uma dívida superior a 10 milhões de euros na Câmara de Mesão Frio e tem processos judiciais — num dos quais já foi condenado a três meses de prisão — substituídos por pena de multa. O aparelho do PSD não deixa escapar nenhuma sinecura.

É um exercício que vale a pena ir fazendo diariamente: folhear a Série II do Diário da República para acompanhar a distribuição de todos os lugares possíveis e imaginários no Estado pelos boys & girls. Não tenho escrito sobre isso por manifesta falta de tempo. Mas, ontem, embati num cabaz de 25 nomeações do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) para cargos dirigentes — sem concurso nem nada.

O regabofe é tão ofensivo que até o líder do CDS-PP de Viana do Castelo, talvez por não ter sido contemplado, afirmou que o IEFP “dá emprego a desempregados políticos”. Basicamente, o IEFP está a cumprir a sua missão: encontrar resposta para os desempregados.  

in: Câmara Corporativa

A defesa

A defesa das freguesias faz-se através da luta contra uma medida de reorganização administrativa que é errada e que está mal feita por um Governo liberal. 
A culpa de uma reorganização administrativa a "régua e esquadro" não é da CML nem do povo. É do Governo PSD/CDS-PP e de um Ministro que, se não seguisse com esta ideia estúpida e parva, seria forçado a demitir-se de uma vez: Miguel Relvas! 
Tentar atribuir ao Partido Socialista e à Juventude Socialista de Lousada as culpas pela estupidez de elementos do PSD é, mais do que tapar o sol com uma peneira, tentar passar um certificado de estupidez a todos aqueles que, ao contrário do que sucedeu ao PSD Lousada numa primeira fase, se opõem ao retalhanço sem justificação (nem sequer de poupança orçamental) e que respeitam o património histórico, cultural e social de cada freguesia. 
A verdade dura é que, de um lado, está quem não cede à estupidez e, do outro, alguém que quer negociar e dialogar o que é inegociável. 
Não tenho medo de expor a minha opinião. E também não tenho medo de dizer que, corroborar com este retalho mal amanhado (ou sequer que ele exista) é ceder perante interesses relvistas e alienar em definitivo a credibilidade de defensor do concelho. 
Quem aceita isso, vende-se. Quem o aceita, derroga as suas convicções, a sua origem e a sua história. Quem o aceita trai e trai-se.

Alguém que me lembre...

Mas o PSD Lousada não aprovou uma moção, juntamente com o PS, contra a extinção das freguesias, na Assembleia Municipal???
Há comprimidos para a memória?

Experiência


Leonel Vieira, ou do tipo que se vendeu e vende por 30 moedas

Página de Facebook de Leonel Vieira em 20 de Novembro de 2012
Caro Leitor, 
Neste momento, Leonel Vieira, já apagou o conteúdo acima reproduzido da sua página de Facebook. Nada mais seria de esperar de uma pessoas que é candidata sem capacidade para ser coerente e assumir as suas posições publicamente. 
Se ainda existem dúvidas sobre o porquê de ter apagado tal comentário, a resposta é óbvia: Leonel Vieira não tem coragem de falar a verdade aos Lousadenses sobre as suas posições políticas; não tem coragem de assumir que, de bom grado, vende a sua terra a Miguel Relvas e ao restante Governo em troca de um lugar para Cândida Novais no Centro de Emprego de Penafiel e uns apoios para a campanha autárquica de 2013. Leonel Vieira vende a sua terra, nas calminhas, por 30 moedas e ainda se dá ao luxo de andar a correr de forma populista as freguesias do concelho.
Diga o que disser, Leonel Vieira não só demonstra uma cobardia imensa por ter feito o delete à resposta que deu mas, igualmente, demonstra a falta de hombridade política que seria de esperar de uma pessoa que, pela segunda vez, se vai candidatar à Câmara Municipal de Lousada. Mais do que simplesmente aceitar (passivamente) a decorrência legal de junção de freguesias - enquanto os demais partidos concelhios a contestam - Leonel Vieira surge como um apoiante nato e convicto do actual Governo (se o não fosse, seria candidato??), pouco se importando com as raízes históricas e sociológicas das freguesias de Lousada. 
Sobre esta temática, no entanto e aparte a manifestação realizada no seu Facebook, Leonel Vieira tem estado silencioso. Ele, bem ou mal, aprendeu que o silêncio também pode ser a alma do negócio e, para falar, como promitente tem já uns quantos dispostos a dizer as maiores tropelias e engendradas inverdades sobre o caso. 
Assim se vendeu Leonel e assim se vendem as freguesias de Lousada por 30 moedas. É difícil aceitar mas é a realidade!

Submarinos desculpados com renogociação?


O advogado dos arguidos alemães no processo de venda dos submarinos ao Estado português entende que não existem motivos para realizar o julgamento, porque foram revistas as contrapartidas do contrato, que motivaram o processo.

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A vergonha não tem limites.

Depois de ter dado bronca, de toda a gente saber que houve claros indicios de corrupção que estão a ser julgados (sem que Paulo Portas ou Durão Barroso tenham a ver com o caso), vem o advogado de defesa dizer que já não há mal nenhum porque o contrato foi renegociado.

Se assim fosse, todos os processos eram resolvidos em Portugal.

Caso haja problemas, voltamos atrás, negociamos tudo em condições e não se passa nada. Se ninguém desconfiar de nada pode-se corromper tudo e todos, lesando o Estado.

A defesa pensa: "Roubamos, fomos apanhados, mas devolvemos o produto. Conclusão: Deixamos de ser ladrões".

Maldita justiça.


As brincadeiras de Passos

Quando julgávamos impossível Passos Coelho surpreender-nos, eis que surge esta notícia, esclarecedora da "brincadeira" que emana lá para os lados de S. Bento.

Se já tinhamos que ter cuidado com aquilo que Passos Coelho dizia, depois disto, ninguém pode levá-lo a sério.

Andamos a brincar...



O que parecia uma crítica a Macedo era, afinal, ironia



O primeiro-ministro lamentou hoje não ter sido "possível" ao ministro da Administração Interna fazer "uma declaração mais esclarecedora" sobre a intervenção do Governo na sequência da tempestade no Algarve. Mais tarde, veio o esclarecimento: Passos estava a ser irónico.

"Lamento que não tenha sido possível da parte do senhor ministro da Administração Interna uma declaração mais esclarecedora quanto à intervenção do Governo", afirmou Pedro Passos Coelho, durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente da República, no final da XXII Cimeira Ibero-Americana, em Cádis, Espanha, sobre as declarações de Miguel Macedo sobre a atuação do Governo na sequência da tempestade no Algarve.

Fonte do gabinete do Primeiro Ministro disse mais tarde à agência Lusa que Pedro Passos Coelho estava a utilizar um tom irónico em resposta a uma pergunta que sugeria que o ministro da Administração Interna não tinha sido suficientemente claro na sua declaração sobre os apoios às vítimas da tempestade no Algarve, e que não dirigiu qualquer crítica a Miguel Macedo.



JS Lousada manifesta-se contra novos cortes previstos na Educação

A Juventude Socialista de Lousada repudia de forma veemente os cortes que se estão a levar a cabo na Educação em Portugal.

Há dias atrás o Governo PSD/CDS anunciou cortes astronómicos no Ensino Superior - cerca de 44 milhões de euros. Algo completamente disparatado e revelador de uma completa ausência de sensibilidade para com o papel da Educação e Investigação na alavancagem de uma economia moderna.

Posto isto e mediante a reação esperada dos Reitores, o Governo decide fazer o que sabe melhor. Recuar no anunciado, provando mais uma vez que é constituído por um conjunto de pessoas experimentalistas e impreparadas para os desafios que o país atravessa.

Contudo, este recuo não significou voltar atrás com o corte na Educação. Este recuo ao contrário do que foi noticiado pela Comunicação Social, significará que o corte que não foi feito ao Ensino Superior, será aplicado ao Ensino Básico e Secundário, levando a que as escolas e os alunos passem ainda mais dificuldades para além das atuais e das anunciadas para o OE de 2013.

Uma atitude completamente irracional e que revela mais uma vez o Governo apesar de maioritário, estará certamente a prazo. A educação em Portugal merece mais e melhor.


Câmara de Lousada atribui 57 mil euros a alunos e escolas

A Câmara de Lousada, à semelhança de anos anteriores, atribui subsídios escolares para livros e material escolar. Este tipo de apoio destina-se aos alunos do 1.º ciclo de todo o concelho.


No total, a autarquia atribui um montante que ultrapassa os 42 mil euros, relativos aos dois escalões, A e B, que se destinam a material escolar e livros.

Relativamente ao material escolar, a autarquia atribui a 652 alunos o escalão A e a 677 o escalão B, num total de 1329 crianças. É atribuído o mesmo número subsídios para livros escolares, entre escalões A e B.

As escolas são também contempladas com um apoio para a aquisição de lenha para as salamandras que, durante o Inverno, aquecem as salas de aulas e cantinas. Assim, a autarquia dá apoio monetário para a aquisição de lenha para mais de cem salas de aula e cantinas, num total de 14760 euros.

De acordo com o vereador da Educação, Eduardo Vilar, "a autarquia entende que os alunos devem ter condições para estarem na escola num ambiente acolhedor e quente". Para tal, continuou, "nestes dias frios é essencial ter as salamandras acesas para o aquecimento das salas de aula e das cantinas".

No que respeita aos subsídios atribuídos para livros e material escolar a autarquia comparticipa um valor por aluno, de acordo com o escalão de abono de família. 
in: Verdadeiro Olhar

Nota de Imprensa: Jovens Autarcas Socialista contra a Reorganização Administrativa

Comunicado de Imprensa - ANJAS Reforma Administrativa

Dualidades dos Verbos Ser e Ter


José Artur Coelho

De momento apenas o politicamente correto se apresenta aceitável, todos os desabafos que precisam de explodir frouxam como dinamite molhado.
A frustração parte da reprimenda social que nos restringe a um pensamento livre que obriga ao cerrar dos lábios. Todas as nossas ações e interações não são mais que movimentos políticos que orquestramos atabalhoadamente num desespero constante por uma integração eficiente, por um enquadramento que nos permita sermos ouvidos.
Ter voz e ser voz são duas realidades que se misturam e confundem. Ter voz significa ser mais do que um número, significa ser alguém, é a sensação de proximidade e valor próprio, é a luta pessoal que não se dissipa por falta de apoio ou compreensão.
Ser Voz é ser mais um, dominar a teoria e ignorar a prática, agir cegamente por um objetivo, perder a noção vital de que a verdadeira força está no que precisam as pessoas e não no que objetivam.
Eu quero uma casa, um salário, um carro, filhos em escolas privadas e férias de luxo, todos queremos, mas não precisamos. Quão facilmente vos podia persuadir a abdicar destes luxos? Troco casa, salário, carro, escolas privadas, férias e luxos por Lar, família, conforto e segurança.
Deixem de ser quem são, passem a ser quem eram.
José Artur Coelho
JS Lousada
in: TVS
 

Propostas do PS para melhorar o Orçamento de Estado 2013

E não digam que o PS não apresenta propostas para o país!
Aí tem mais propostas para juntar às já apresentadas. 

MEDIDAS PARA MELHORAR AS CONDIÇÕES SOCIAIS DAS FAMÍLIAS
  • Redução de uma décima de ponto percentual da taxa máxima de IMI dos imóveis já avaliados no âmbito do IMI com valor patrimonial até 250.000€. Tal representa uma redução de 25% no imposto a pagar relativo a estes imóveis;
  • Extensão do Subsídio Social de Desemprego por mais seis meses, para os beneficiários que terminem esta prestação durante o ano de 2013 (cerca de 50.000 beneficiários);
  • Eliminação da proposta do Governo de taxação em 5% dos Subsídios de Doença e 6% dos Subsídios de Desemprego, evitando assim o corte injusto de prestações sociais a cerca de meio milhão de portugueses em cada mês;
  • Redução das Taxas Moderadoras das consultas nos Cuidados de Saúde Primários para 3,80€, tendo em conta a redução nas consultas em centros de saúde que se verificou depois dos aumentos brutais aprovados pelo Governo, o que denota que diminuiu o acesso ao SNS de forma errada;
  • Eliminação da proposta do Governo de aceleração abrupta do aumento da Idade de Reforma da Função Pública, mantendo-se a convergência prevista de seis meses por ano até aos 65 anos.

PROPOSTAS PARA UMA MAIS JUSTA DISTRIBUIÇÃO DOS SACRIFÍCIOS
  • Taxa de Solidariedade sobre as PPP's, taxando integralmente a parte dos rendimentos obtidos acima da TIR contratada, e uma taxa de 20% sobre os juros e outros proveitos financeiros das entidades financiadoras destes projetos;
  • Fim da isenção de IMI atribuída aos Fundos de Investimento Imobiliários;
  • Taxação por método de crédito de imposto aos dividendos distribuídos a SGPS.

PROPOSTAS PARA MELHORAR A COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS E DA ECONOMIA NACIONAL
  • Regresso do IVA da Restauração a 13%, tendo em conta o severo impacte económico da alteração para a taxa máxima promovida pelo Governo;
  • Efetiva eliminação da dupla tarifação na fronteira no gás natural, em ordem a melhorar as tarifas aos consumidores finais e empresas;
  • Taxa adicional de recursos hídricos sobre a produção eléctrica, a destinar à eficiência energética das empresas;
  • Eliminação das alterações propostas pelo Governo para o agravamento dos Pagamentos por Conta por parte das empresas;
  • Proposta para diminuir os cortes orçamentais sobre o orçamento das instituições do ensino superior e politécnico, tendo em conta as severas limitações ao sistema de ensino superior e investigação decorrentes da atual proposta do Governo;
  • Fundo de Recapitalização das PME's de pelo menos 3 mil milhões de Euros;
  • Linha de Crédito BEI de 5 mil milhões de Euros, para financiamento às PME´s;
  • Extensão do período de carência de reembolso das linhas de crédito já contratadas;
  • Reforço do Fundo de Contragarantia Mútua, para melhorar os "spreads" de financiamento das empresas;
  • Melhoria da distribuição da derrama pelos municípios do interior.

Cara de Pau

Passos Coelho, esta manhã:
    “Ao cabo de ano e meio, Portugal está a conseguir atingir as metas a que se tinha proposto no programa de ajustamento. Isso significa uma grande esperança para todos aqueles que, vivendo em Portugal, precisam de ganhar confiança em relação ao futuro, mas significa também uma expectativa muito positiva para todos aqueles que olham para Portugal como um destino profissional ou de investimento”.
Estes gráficos, retirados da edição de hoje do Público (p. 16), evidenciam o descaramento do alegado primeiro-ministro ao falar da situação do país:

 in: Câmara Corporativa