Novo líder da JS defende demissão do Governo se políticas não forem invertidas



O novo líder da Juventude Socialista, João Torres, defendeu este domingo que deve ser pedida a demissão do Governo se não forem adotadas rapidamente estratégias que levem à criação de postos de trabalho e ao crescimento da economia portuguesa.


"Se este Governo não inverter rapidamente o rumo das suas políticas e não adotar rapidamente estratégias conducentes à criação de postos de trabalho e ao crescimento da economia, não devemos hesitar em pedir a sua demissão", afirmou João Torres, na sessão de encerramento do XVIII Congresso Nacional da Juventude Socialista (JS), realizado em Viseu.

Ao discursar na presença do secretário-geral do PS, António José Seguro, João Torres lembrou que, "em tempos, um dirigente de um partido político afirmou que o Governo deixara o país de tanga" e, "mais tarde, um outro dirigente afirmou que uma outra governação deixou o país sem tanga".

"Hoje corremos o risco de este Governo deixar o país com fome e está nas nossas mãos impedir que isso aconteça", realçou.

Na opinião do sucessor de Pedro Delgado Alves, "esta governação e os seus resultados são prejudiciais ao país e encerram em si todos os ingredientes que podem conduzir a graves convulsões sociais, com uma expressão bem mais dramática" do que aquela que se tem verificado.

João Torres apontou "a arrogância, a ausência de rumo, a apologia do conflito entre gerações e os apelos sucessivos à emigração" como exemplos de fatores que podem levar "a uma explosão social sem precedentes" em Portugal.

Garantiu que nos próximos dois anos a JS "não vai deixar para trás direitos, liberdades e garantias fundamentais que ainda não foram alcançados", como a regulamentação da prostituição, a liberalização das drogas leves e a adoção por parte de casais do mesmo sexo.

"Mas, no momento presente, impõe-se uma agenda política que obrigará a JS a focar-se naqueles que são os mais básicos direitos emancipatórios da nossa geração: o emprego, a habitação, as qualificações e a mobilidade", acrescentou.

Isto porque considera que, atualmente, aceder a um emprego, a uma habitação, à frequência de um ciclo de estudos no ensino superior e a mobilidade dos cidadãos constituem "as causas fraturantes" da sociedade portuguesa.

"E é em torno delas que temos de construir uma JS de ideias e propostas concretas, uma JS inconformada e irreverente", acrescentou.

in: JN