Políticos dos nossos dias…


Nelson Oliveira
O país em pé de guerra com manifestações constantes, um Primeiro Ministro incapaz de olhar para as pessoas como seres Humanos ao invés de contribuintes, um Ministro das Finanças obcecado com a sua receita fiscal que já deu provas de falhar redondamente, um Ministro dos Negócios Estrangeiros sem voz na Europa e mais preocupado com as suas atitudes histriónicas própartidárias, um Dr. Relvas a vaguear alegremente pelos corredores do poder, uma oposição que não tem capacidade para se entender e contribuir com soluções reais para o país e um Presidente de avisos facebookianos.

Este é o pântano em que vivemos. Mas pior ainda, é o pântano em que a Europa vive. Alicerçada numa Merkel com demasiada força e com demasiada loucura económica, um Hollande tímido e que tenta mostrar-se como solução, um Cameron sempre colocado à parte e um FMI que anuncia os seus erros sucessivos face à política de austeridade, mas sem retirar as devidas ilações ou demissões.

Entretanto, o povo assiste a tudo isto, vê os seus empregos serem destruídos, as faturas a aumentar, os seus filhos partirem e a solução é sempre a mesma. Mais aperto, mais garrote, mais impostos, mais mais mais austeridade...

Poderia ser pior? Podia! Mas sinceramente, não deve existir paralelo recente para compararmos a atual situação da Europa, com a presença de políticos com tamanha falta de qualidade por esse mundo fora. Até Obama, visto como o último grande estadista, está a ter dificuldades em derrotar Mitt Romney, uma pessoa que quer ser Presidente dos EUA e que se questiona sobre a razão das janelas dos aviões não poderem ser abertas.

Onde andam os novos Churchill, Willy Brandt, Olof Palme?

Será que o tempo dos políticos extremistas, populistas, impreparados, festeiros e propagandistas vem para ficar? Os que governam para os militantes e não para o povo? Os que preferem o fanatismo ideológico ao invés da ponderação democrática? Esperemos que não.

Ainda assim, podemo-nos contentar com alguns autarcas deste país. Cada vez com menos poderes, menos dinheiro e espaço de manobra, fazem tudo por tudo para aliviar um pouco o desgaste provocado por toda esta conjuntura. E quanto a isto, é reconhecido por todos o trabalho da CM Lousada e do PS Lousada para com os cidadãos, ultimamente dando particular relevo ao apoio social e escolar, defendendo as 25 freguesias e a sua identidade desde o início e de forma inquestionável, assim como abrindo a porta a uma possível descida da taxa do IMI para o povo lousadense. É este o caminho. Sem ondas difamatórias/populistas e com ação concertada no terreno, dia após dia e destinada a melhorar a qualidade de vida dos lousadenses. Certamente será reconhecida. 

Nelson Oliveira
in: TVS