Não foram precisas 24 horas para Passos Coelho desmentir Carlos Moedas, secretário de Estado Adjunto do Primeiro-ministro, e tirar o tapete ao ministro das Finanças, que acabara de dizer ontem de manhã que a questão levantada sobre os subsídios de férias e de Natal era “artificial”.
Passos Coelho veio afirmar que, a partir de 2015 — ano de eleições legislativas —, os subsídios serão repostos “de forma gradual”. Ou seja, haverá um rebuçado em 2015, que não reporá o poder de compra entretanto perdido.
Jorge Moreira da Silva, o n.º 2 de Passos Coelho, surgiu de seguida a sustentar Passos havia dito agora o que sempre dissera.
É uma completa mentira:
Passos Coelho veio afirmar que, a partir de 2015 — ano de eleições legislativas —, os subsídios serão repostos “de forma gradual”. Ou seja, haverá um rebuçado em 2015, que não reporá o poder de compra entretanto perdido.
Jorge Moreira da Silva, o n.º 2 de Passos Coelho, surgiu de seguida a sustentar Passos havia dito agora o que sempre dissera.
É uma completa mentira:
- 1.º Nunca o Governo falou até hoje em reposição dos subsídios de férias e de Natal “de forma gradual”;
2.º O próprio Governo, por exemplo através de Vítor Gaspar, não podia ser mais claro: “O que eu posso dizer é que o corte no subsídio de férias e de Natal é temporário e vigorará durante o período de vigência do programa de ajustamento económico e financeiro e o período de vigência desse programa acaba em 2013”.
Acresce que, quando comunicou aos portugueses as medidas violentas que contrariavam tudo o que prometera antes das eleições, Passos Coelho garantiu o seguinte: “Esta redução é também ela evidentemente temporária e vigorará durante a vigência do Programa de Assistência.”
Em suma, o Governo comprometeu-se a repor os subsídios de férias e de Natal em 2014, e não em 2015 como agora vem dizer, e sem quaisquer “gradualismos”, que também não foram previstos.
Em suma, o Governo comprometeu-se a repor os subsídios de férias e de Natal em 2014, e não em 2015 como agora vem dizer, e sem quaisquer “gradualismos”, que também não foram previstos.
in: CC.