Um país e um continente às avessas!



  1. Passos Coelho, antes de ser governante escreveu no seu twitter: «Como é possível manter um governo em que o Primeiro-Ministro mente?»
    Na semana passada, Passos Coelho afirmou solenemente no Parlamento (e depois de consultar os dados) que a Lusoponte não recebeu o valor de 4.4M€ do Estado referentes às portagens de Agosto na Ponte 25 de Abril, que ainda assim foram cobradas aos automobilistas.
    Entretanto, é a própria Secretaria de Estado e a Lusoponte que desmentem categoricamente Passos Coelho em comunicado.
    Conclusão: Este caso vai dar que falar, com acusações e desmentidos à mistura, mas a questão base é a coerência nas palavras.
    Será que Passos Coelho mantém o que dizia anteriormente? Será que agora, Portugal pode manter um Primeiro-Ministro que mente?


  2. Como era de esperar, o regabofe continua na Madeira apesar do choro e lamentos do Sr. Jardim. Ao contrário do previsto no acordo de financiamento, as taxas moderadoras serão aplicadas apenas aos não-residentes naquele arquipélago, o endividamento autorizado ultrapassou os limites previstos para este ano decorria apenas o mês de Fevereiro e como é recorrente, foi atribuído um subsídio de 3 M€ ao Jornal da Madeira.
    Os “parolos do cont’nente que paguem”…


  3. Os ministros da Economia e Educação, que anteriormente escreviam livros com pesadíssimas dissertações e inúmeras soluções para o país, estão a ser alvo de um esvaziamento progressivo das suas competências, com a anuência de Passos Coelho. São autênticos atestados de incompetência com repercussões que não se advêm nada favoráveis para o país.
    A tecnocracia continua a somar vitórias, promovendo uma autêntica confusão governamental em que Vítor Gaspar assume o papel de topo, relegando todos os membros do governo, incluindo o PM para segundo plano. O Ministro das Finanças assume a condução do QREN, o controlo da contratação dos professores e até vemos Miguel Relvas a negociar com os sindicatos dos professores. Uma completa confusão!


  4. David Cameron não perdeu tempo, nem a oportunidade de se afirmar como alternativa à liderança austera de Merkel e Sarkosy no velho continente.
    Reuniu consigo um conjunto de países na assinatura de um plano de crescimento económico arrojado.
    A par disto, começa a seleção natural na Europa. Ficaram de fora deste manifesto, países muito ligados à austeridade e ao eixo franco-alemão.
    Portugal… nem sequer foi contactado para pertencer a esse grupo.


  5. Esperança é aquilo que nos resta face à receita da Troika em Portugal. Agora que Poul Thomsen dedicou-se exclusivamente a austerizar a Grécia, o Etíope - Abebe Selassie assumiu o “controlo” de Portugal mas com um discurso diferente. O novo “dono” das terras lusitanas disse que “se a solução for cortes e mais cortes, (a ajuda externa) não vai funcionar”. Esperemos então que a receita mude, a bem de todos nós.

    Nelson Oliveira
    in: TVS