O pensamento que reina dentro do PSD.


in: Público


Até 5 de Junho, Passos Coelho dizia que não ia para o Governo para distribuir lugares pelos militantes do PSD. Tais declarações podem ser objeto de verificação em qualquer lado, e adensaram-se com a constatação de que isso era uma perfeita mentira, mais uma da tão afamada "política de verdade".

Os exemplos da "ida ao pote" são tão comuns como as pedras da calçada, uns mais escondidos, outros mais descarados, até chegar a um ponto que o próprio site do Governo cansou de introduzir todas as nomeações realizadas.

Igual destino teve o site "O Povo é que Paga" que jaz sobre si próprio, porventura por estarem mais ocupados a distribuir pousos, ou ainda os comentadores sofregos de cegueira partidária que vociferavam contra o anterior governo. Esses principes da ética e moral, remetem-se agora ao silêncio e à vergonha do slogan "Mudar".

Ainda assim, os governantes esforçam-se por tentar tapar o sol com a peneira, eliminando aos poucos toda e qualquer administração ou cargo que tenha uma pessoa simpatizante/militante do partido socialista (por muito competente que seja), substituindo-os por pessoal bem cotado nas lides laranjas ou com ligações de amiguismos.

No entanto, este sangramento mais cínico que assistimos, não tem muito adeptos na estrutura do PSD e isso foi evidênciado no último congresso. Curiosamente, pouca atenção foi dado a este tema - algo natural, quando a gravidade está à vista de qualquer um - o típico exemplo que "o Rei vai Nu"!

Aqui conseguimos ouvir o que realmente pensa um militante do partido do poder em relação a isto. Não querem sangue mas sim decapitação.

Para Virginia Estorminho é um ultrage existirem pessoas nomeadas para lugares públicos, repito - públicos - com ligação ao PS.
Se calhar até deveriam nem ter o direito a respirar o mesmo ar que qualquer outro cidadão, ou ser-lhes vetada a possibilidade de viverem num país que se diz democrático e com iguais oportunidades para todos.

Afinal, o que importa mesmo, é o cartão de militante e não a competência para muita boa gente.

Lamentável.