OE 2012: JS acusa proposta do Governo de aumentar a "mão-de-obra barata"

O líder da Juventude Socialista (JS) acusou hoje a proposta de Orçamento do Estado (OE) de 2012 de tornar Portugal num país cada vez com mais mão-de-obra barata, em vez de qualificada.

Após uma reunião da comissão política nacional da JS, no Cartaxo, Pedro Alves disse à Lusa que o OE ao reduzir remunerações e aumentar o tempo de trabalho no setor privado “está a optar pela mão-de-obra barata e a asfixiar as opções inteligentes que permitiam reforçar a competitividade”.

O OE vai “agravar a recessão, o desemprego jovem e o desemprego em geral, ao prejudicar o crescimento da Economia”, resumiu.

O líder da JS argumentou que o “próprio FMI reconhece que as receitas na Grécia não funcionam e pensam em reestruturar a dívida” e por isso “mais do mesmo não faz muito sentido”.

Numa análise pormenorizada à área da Educação e do Ensino Superior, os jovens socialistas concluíram que apesar da necessidade de cortes, “comparativamente, esta não podia ser das mais penalizadas”.

Pedro Alves defendeu que no passado o Ensino Superior e a Ciência se revelaram “ótimas para apostar e qualificar os jovens” para que Portugal não seja um país de mão-de-obra barata, mas qualificada.

A JS referiu que o OE se “denuncia ideologicamente”, ao indicar “mudança de filosofia em relação à escola pública” já que há “sinais de transferência para escolas privadas e cooperativas de tarefas na área da Educação”.

A redução das verbas para ação social no Ensino Superior e as opções de redução com docentes contratados foram outras das preocupações expressas.

in: i online