Eduardo Vilar |
Em 13 de maio de 1842 a Rainha D. Maria II elevou a povoação de Torrão à categoria de Vila, com o nome de Lousada. Era presidente da Câmara José Manuel da Silva Teles, da Casa do Outeiro, freguesia do Torno.
Ao longo destes 170 anos, foram muitas as figuras que honraram a designação. O Conde de Alentém, António Barreto de Almeida Soares Lencastre (1835-1897), foi uma das mais representativas: Bacharel em Direito, Deputado em várias legislaturas, Governador Civil de Viana do Castelo, Fidalgo da Casa Real e, sobretudo, um homem empreendedor e convicto defensor da sua terra.
O Prof. Dr. Marnoco e Sousa (1869-1916) merece, igualmente, ser evocado. Lente na Universidade de Coimbra, na qual foi Diretor da Biblioteca, Presidente da Câmara daquela cidade, onde realizou obra admirável de grande sensibilidade social, e Ministro da Marinha e do Ultramar, surge como a personalidade mais proeminente da nossa História local.
Se o Dr. Porfírio Magalhães (1880-1922) justifica, também, especial referência, enquanto Bacharel em Direito, Conservador do Registo Civil, Presidente da Câmara de Lousada e Deputado à Constituinte após a implantação da República, o nome de José Teixeira da Mota (1871-1939) não poderá nunca ser olvidado. Lousadense distintíssimo, fundador e Diretor do “Jornal de Lousada”, dinamizador do caminho-de-ferro de Penafiel à Lixa, da Santa Casa da Misericórdia, dos Bombeiros e da Caixa de Crédito Agrícola, Administrador do Concelho e Secretário da Câmara Municipal, muito pugnou pelo desenvolvimento do concelho e os interesses da sua população.
O Dr. Duarte Leite (1864-1950), primeiro-ministro, jornalista e investigador, com residência em Meinedo, e o Bispo D. António de Castro Meireles (1885-1942), prelado em Angra do Heroísmo e no Porto granjeiam, igualmente, um lugar destacado na nossa memória coletiva.
Na atualidade, o Dr. Mário Fonseca, médico insigne, Presidente da Assembleia Municipal e dirigente de várias coletividades concelhias, e o Dr. Jorge Magalhães, Presidente da Câmara que liderou um processo de transformação radical do concelho, também ficarão ligados para sempre à História de Lousada.
O título de Vila, que os Lousadenses por consenso orgulhosamente defendem, exprime, assim, um percurso de vida e de humildade, de esforço e sacrifício coletivo, trabalho de gerações realizado por figuras ilustres e gente anónima que ajudaram a projetar a dignidade do concelho. É essa a nossa principal herança. É essa a nossa principal responsabilidade.
in: Verdadeiro Olhar
Ao longo destes 170 anos, foram muitas as figuras que honraram a designação. O Conde de Alentém, António Barreto de Almeida Soares Lencastre (1835-1897), foi uma das mais representativas: Bacharel em Direito, Deputado em várias legislaturas, Governador Civil de Viana do Castelo, Fidalgo da Casa Real e, sobretudo, um homem empreendedor e convicto defensor da sua terra.
O Prof. Dr. Marnoco e Sousa (1869-1916) merece, igualmente, ser evocado. Lente na Universidade de Coimbra, na qual foi Diretor da Biblioteca, Presidente da Câmara daquela cidade, onde realizou obra admirável de grande sensibilidade social, e Ministro da Marinha e do Ultramar, surge como a personalidade mais proeminente da nossa História local.
Se o Dr. Porfírio Magalhães (1880-1922) justifica, também, especial referência, enquanto Bacharel em Direito, Conservador do Registo Civil, Presidente da Câmara de Lousada e Deputado à Constituinte após a implantação da República, o nome de José Teixeira da Mota (1871-1939) não poderá nunca ser olvidado. Lousadense distintíssimo, fundador e Diretor do “Jornal de Lousada”, dinamizador do caminho-de-ferro de Penafiel à Lixa, da Santa Casa da Misericórdia, dos Bombeiros e da Caixa de Crédito Agrícola, Administrador do Concelho e Secretário da Câmara Municipal, muito pugnou pelo desenvolvimento do concelho e os interesses da sua população.
O Dr. Duarte Leite (1864-1950), primeiro-ministro, jornalista e investigador, com residência em Meinedo, e o Bispo D. António de Castro Meireles (1885-1942), prelado em Angra do Heroísmo e no Porto granjeiam, igualmente, um lugar destacado na nossa memória coletiva.
Na atualidade, o Dr. Mário Fonseca, médico insigne, Presidente da Assembleia Municipal e dirigente de várias coletividades concelhias, e o Dr. Jorge Magalhães, Presidente da Câmara que liderou um processo de transformação radical do concelho, também ficarão ligados para sempre à História de Lousada.
O título de Vila, que os Lousadenses por consenso orgulhosamente defendem, exprime, assim, um percurso de vida e de humildade, de esforço e sacrifício coletivo, trabalho de gerações realizado por figuras ilustres e gente anónima que ajudaram a projetar a dignidade do concelho. É essa a nossa principal herança. É essa a nossa principal responsabilidade.
in: Verdadeiro Olhar