"É, no mínimo, cómico ver aqueles sevandijas que há 2 anos eram favoráveis a manifestações contra o Governo e que hoje, enquanto cabotinos tiranetes (ou aspirantes a...), relativizam e procuram descredibilizar a contestação de centenas de milhares de pessoas[*] que estiveram nas ruas este sábado. Não há forma de defender honestamente o indefensável.
Temos hoje:
- Mais dívida pública (+35 mil milhões de euros, ou +21,3%, que em 31/05/2011);
- Mais despesa pública efetiva em 2012, relativamente a 2011 (+23,6 milhões de euros);
- Uma carga fiscal mais acentuada, todavia garantindo menos receita fiscal (-6,8% do que no ano 2011);
- Uma taxa de desemprego "record" (+5,0 p.p. do que no fim do 1º semestre de 2011) e, particularmente, com números extremamente preocupantes quanto ao desemprego jovem (38,6%, +9,7 p.p. do que no fim do 1º semestre de 2011) e mais destruição de emprego (-4,2% de empregos em 2012);
- Uma contração do PIB bem acima do previsto orçamentalmente (-3,2% do PIB relativamente a 2011, segundo a estimativa rápida do INE e CE), com uma queda abrupta da procura interna (-7,4% em 2012).
Destaca-se, ainda, por exemplo:
- A privatização da ANA (sem liberalização), transformando o setor num monopólio privado;
- A emigração, também ela, "record". Estima-se que nos últimos dois anos, a emigração tenha sido superior à dos últimos três anos da II República.
Indubitavelmente, basta.
[*] Nota Final: Uma contestação de qualquer espécie não se torna, nem mais, nem menos, válida pela presença de 1, 10, 10^3 ou de 10^6 pessoas, mas há quem - da esquerda à direita, passando pelos pupilos do regime -, incrivelmente, não perceba isso."
Cláudio Carvalho
Temos hoje:
- Mais dívida pública (+35 mil milhões de euros, ou +21,3%, que em 31/05/2011);
- Mais despesa pública efetiva em 2012, relativamente a 2011 (+23,6 milhões de euros);
- Uma carga fiscal mais acentuada, todavia garantindo menos receita fiscal (-6,8% do que no ano 2011);
- Uma taxa de desemprego "record" (+5,0 p.p. do que no fim do 1º semestre de 2011) e, particularmente, com números extremamente preocupantes quanto ao desemprego jovem (38,6%, +9,7 p.p. do que no fim do 1º semestre de 2011) e mais destruição de emprego (-4,2% de empregos em 2012);
- Uma contração do PIB bem acima do previsto orçamentalmente (-3,2% do PIB relativamente a 2011, segundo a estimativa rápida do INE e CE), com uma queda abrupta da procura interna (-7,4% em 2012).
Destaca-se, ainda, por exemplo:
- A privatização da ANA (sem liberalização), transformando o setor num monopólio privado;
- A emigração, também ela, "record". Estima-se que nos últimos dois anos, a emigração tenha sido superior à dos últimos três anos da II República.
Indubitavelmente, basta.
[*] Nota Final: Uma contestação de qualquer espécie não se torna, nem mais, nem menos, válida pela presença de 1, 10, 10^3 ou de 10^6 pessoas, mas há quem - da esquerda à direita, passando pelos pupilos do regime -, incrivelmente, não perceba isso."
Cláudio Carvalho