Leiam até ao fim. Pensem uma vez, pensem duas vezes. Reflitam na razão. Depois pensem o que quiserem.

"Bom dia a todos.

Só neste país é que há gente que faz 4 coisas:
-votam em Passos Coelho e depois de nenhuma promessa cumprida, e de mais de 6500 nomeações, ainda lutam contra o anterior;

-largam a ira contra um ex governante que vai à RTP, DE BORLA, sem necessidade nenhuma porque podia ficar descansadinho em Paris, e nada dizem sobre o Morais Sarmento que foi ministro do Durão, que fez pesca submarina durante uma semana em cabo verde, tendo ido para lá no Falcon do estado. Só a estadia do Falcon uma semana em cabo verde, dava para muitos cheques dentista;

-na continuação do anterior, nada dizem sobre Marques Mendes, ex governante de Durão Barroso, reformado aos 46 anos e Manuela Ferreira Leite, que deixou o país de tanga em 2003, com compras a pagar em 2010 e 2011, e que, valha-nos ao menos isso, graças a socrates deixou de poder acumular as reformas, varias, com vencimentos na função publica;

-nada se tenha dito nunca sobre Cavaco. Um homem que é presidente de graça, porque graças a socrates deixou de poder acumular pensões, varias, com vencimentos na função publica. Basicamente, desde Janeiro de 2011 graças à lei de Sócrates, Portugal poupou com o Cavaco 7400 por mês.

Mas o mais incrível, é que tudo o que escrevi é público, verdadeiro e comprovável facilmente.
Mas não. Os portugueses gostam é do "roubou 400 milhões", é papeleiro, "levou o pais à bancarrota", como se Sócrates tivesse governado o Chipre, a Itália, a Espanha, a Grécia, a Irlanda, a Islândia...

Pobre povo lá para os confins da Ibéria, nem se governa, nem se deixa governar.


É normal tanta gente a odiar o único primeiro ministro que baixou os vencimentos dos políticos desde 1974 e por duas vezes, primeiro 5% e depois mais 10%, em 6 anos?


É normal que num universo de 5 milhões de trabalhadores, dos quais um terço ganha o salário mínimo, exista tanto ódio pelo único primeiro ministro que aumentou o salário mínimo em 26%, mais de 100 euros, em apenas 6 anos de governação?


É normal que, num país onde as empresas de combustíveis, mal o petróleo aumentava subiam logo o preço do combustível, ficando assim indevidamente com lucros sobre stocks adquiridos a preço inferior, tantos milhares sejam contra o único primeiro ministro que criou um imposto adicional ao qual chamou Taxa Robin dos Bosques (se for preciso explicar eu explico) que taxa esses lucros indevidos em 25% de forma a tentar impedir essas praticas fraudulentas, e que a acontecerem, pelo menos parte revertia para os cidadãos, na construçao continua do nosso estado social?


É normal que num país cujo um terço da população é idosa e com baixos rendimentos, reflexo da inexistência de contribuições ao longo de uma parte significativa da vida, milhares sejam contra o único primeiro ministro que aplicou o complemente solidário para idosos, que paga a diferença entre a reforma e o valor definido como de limiar da pobreza? É normal que milhares sejam contra o único primeiro ministro que fez uma aposta clara na rede de cuidados continuados, que dá ainda hoje mais segurança, mais protecção, melhor acompanhamento, aos idosos com dificuldades devido às doenças da idade? É normal que milhares sejam contra o primeiro ministro que junta isso à maior colocação de profissionais de saude, como fisioterapeutas, que de outra forma, apesar de serem precisos e fundamentais, estariam desempregados ou emigrados algures no mundo?

É normal um país, com todas as opiniões políticas, ideológicas, religiosas ou outras, tenha uma memória de tal forma curta, que não se recorde como vivia até 2005, o que tinha, mas sobretudo, é normal um país ser completamente silenciado e instrumentalizado pela ideia de que não existiu uma crise mundial que está a arrasar sociedades inteiras, designadamente os países do Sul da Europa, e que de facto, as consequências disso não podem ser imputadas a nenhum governo, nem ao da Grécia, nem ao de Espanha, nem ao de Chipre, nem ao da Irlanda?



Claro que é normal!

Um primeiro ministro que desagrada a todos, até aos deputados do seu proprio partido, pelas razoes acima, só pode ter uma reacção violenta dos interesses económicos, corporativos, liberais, ultra liberais, bancários, contra si, e que munidos de uma ferramenta poderosa que são os meios de comunicação social e de uma outra, uma justiça permeável à propagação das injustiças, silenciam como nunca na nossa historia, aquilo que fomos capazes de crescer enquanto povo, basta consultar os vários indicadores do eurostat, aquilo que crescemos enquanto cidadãos, na igualdade, na fraternidade, na educação, na saude, e no fundo, na liberdade.


O povo é quem mais ordena. E este meu povo, ordena de facto, ordenado pelos interesses que mandam nas redacções."

Marinho Osório