
Para haver emprego, temos de ter mais empresas e, estas, têm de ter projectos de futuro, que sejam sustentáveis e gerem valor acrescentado para a economia local e nacional.
Emília Chamusca (candidata a vereadora elegível?) referia, recentemente, que achava que Lousada deveria apostar no têxtil e na confecção. A minha opinião tem um “plus” relativamente aquela.
A área do têxtil e da confecção teria o condão de gerar valor acrescentado se, concomitantemente, em Lousada, essa mesma confecção fosse direccionada para áreas tecnologicamente avançadas. Se queremos ser bons numa área, temos de ser inovadores e temos de ser os melhores. Temos de criar e manter sinergias e apostar no desenvolvimento estruturado de um conjunto de ideias que permitam juntar esforços no sentido do desenvolvimento de um têxtil com valor acrescentado (e não mais fábricas a produzir peças em concorrência com a China...).
Da minha parte, não me parece que a aposta dos empresários e empreendedores que se estabeleçam em Lousada se deva apenas quedar pelo têxtil… Penso que deveríamos cativar e a apostar em áreas de elevada componente tecnológica, não só no têxtil mas também no agro-alimentar, maquinaria e farmacêutica, aproveitando a melhor investigação nacional e o actual “boom” das nano tecnologias.
Sinceramente, espero que os jovens Lousadenses pensem redireccionar a sua carreira para estas áreas de trabalho e intervenção. Estou certo que serão eles a investir, posteriormente, na sua terra e no seu país, pois hão-de ter conhecido o mundo, sem medo das críticas mesquinhas daqueles “bairristas incompreendidos” que nunca souberam o que é a “aldeia global”.
João Correia
in: Jornal de Lousada