“A Juventude Socialista considera que não foram reunidas as condições mínimas necessárias para o início da época de exames nacionais do Ensino Secundário hoje, data para a qual está convocada uma greve dos professores, e responsabiliza o Governo pelo clima de instabilidade e incerteza que está criado junto da comunidade escolar”, referem, em comunicado.
Citado no comunicado, o secretário-geral da JS considera que o Governo revela “não ter maturidade democrática" e “devia pedir desculpa a todos os estudantes”.
A época oficial de exames de Ensino Secundário começa hoje com o exame de Português, para o qual estão inscritos 74.407 alunos, realizando-se também provas de Latim (108 inscritos) e de Português Língua Não Materna (para imigrantes), com 136 alunos.
Os professores, que começaram por fazer uma greve ao serviço de avaliações, decidiram agendar uma paralisação geral para hoje para contestar o regime de requalificação profissional e a mobilidade geográfica proposta pelo Governo, bem como o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais.
Face à ausência de acordo entre Governo e sindicatos, um colégio arbitral decidiu pela não realização de serviços mínimos.
O Ministério da Educação ainda recorreu da decisão, mas não obteve resposta em tempo útil.
A greve aos exames sucede-se a uma manifestação, realizada sábado em Lisboa, na qual participaram, segundo os sindicatos, 50 mil professores de todo o país.
in: Diário Digital com Lusa