É lamentável chegar a este ponto, mas é a realidade: o Presidente da
República mente.
E mente com todos os dentes que tem na boca.
Em Julho
do ano passado, quando afirmou que “os portugueses podem confiar no
BES”, mentiu.
Esta semana, quando jurou que nunca fez declarações sobre
esse banco, também mentiu.
Já ao recusar ir à Comissão Parlamentar de
Inquérito para esclarecer os encontros que teve com Salgado, Cavaco
também se coloca do lado da opacidade, dos negócios e da dinastia que manda no país, e não do lado da transparência, da justiça e dos portugueses.
Cavaco é, aliás, o máximo representante desta casta que pôs o Estado a
servir os grandes interesses privados, nomeadamente, a banca, em vez de
servir os cidadãos.
Ou seja, o expoente desse arco da corrupção que tem
atirado milhares para a pobreza e miséria.
E é este grupelho de gente
perigosa que tem que ser rapidamente afastado do poder.
Está visto que é
uma questão de sobrevivência: ou eles ou nós.
(Joana Amaral Dias)