Distrital do PS/Porto repudia fim de técnicos da Segurança Social em juntas médicas



Porto, 07 jan (Lusa) -- A federação distrital do PS/Porto repudiou hoje a extinção das carreiras de terapeutas e técnicos de diagnóstico no âmbito do processo de requalificação da Segurança Social que, no distrito do Porto, irá afetar 152 trabalhadores.

"Trata-se de uma desumanização que merece o nosso repúdio e a nossa veemente contestação porque deixa a descoberto aqueles que mais precisam de um olhar atento e sensível e de uma resposta eficaz da parte dos poderes públicos", afirmou à Lusa o líder da distrital do PS/Porto.

José Luís Carneiro lamentou a extinção das carreiras de terapeutas, agora com 15 trabalhadores no Porto, e técnicos de diagnóstico, com dois, que "participavam nas juntas médicas que ajudam a determinar quer as aposentações quer o subsídio por doença".

"São duas importantes funções, altamente qualificadas, da Segurança Social que desaparecem no mapa de carreiras por força da requalificação", frisou o socialista.

Já a carreira de assistentes operacionais adstrita à Segurança Social perde, no Porto, 118 lugares, ficando com 120, e a de docentes perde 17, passando a 25.

Para José Luís Carneiro "isto merece um pedido de explicação ao ministro da tutela que, na próxima semana, terá no Parlamento de prestar esclarecimentos sobre o conjunto de requalificação de recursos humanos da Segurança Social".

Sobre quem passará a prestar esses serviços, o também autarca de Baião admite não ter informação "sobre a forma como a Segurança Social pretende dar resposta a esse acompanhamento altamente especializado e qualificado".

Já em dezembro a distrital do PS/Porto havia alertado para a requalificação de 121 técnicos especializados da Segurança Social no distrito que iria retirar o apoio a mais de 500 crianças com necessidades educativas especiais.

"Estamos a falar da carreira de docentes, educadores de infância, terapeutas da fala que tinham especiais responsabilidades em equipas de intervenção local e que desenvolviam atividade de apoio a crianças com necessidades educativas especiais", explicou o socialista.

O Instituto de Segurança Social (ISS), que conta atualmente com 8.442 postos de trabalho, tem em curso um processo para a colocação de 697 funcionários, considerados excedentes, em inatividade, ao abrigo do regime de requalificação (ex-mobilidade especial).

Neste regime, os trabalhadores em causa passam a receber 60% do salário no primeiro ano e 40% nos restantes anos.

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