Uma maioria, um governo, um Presidente. A direita que assuma as suas responsabilidades.

Uma maioria, um governo, um Presidente. A direita que assuma as suas responsabilidades. 
 
O presidente acha que o governo acabou, que não presta nem na versão recauchutada? Pois que encomende outro ao PSD e ao CDS. 
Não querem? Então submeta uma proposta ao atual Parlamento, com apoio maioritário. 
Não há maiorias? Eleições. 
 
Mas Cavaco tem outras preocupações: quer fingir que o desastroso governo de direita não foi patrocinado por ele, desde o dia do chumbo do famoso PEC 4. E gostava de partilhar com o PS a responsabilidade pelo desastre de ajustamento obrado por ele, Passos, Gaspar e Portas. 
Cavaco quer fugir para cima e para longe dos partidos. Não pode. É o Presidente da direita, é o chefe da governação, e nunca desejou ser outra coisa. É preciso lançar o odioso para os partidos, ao estilo neo-camponês de JGF? Seja. 
 
Cavaco não é um político, é um patriota de boa vontade, impotente perante a irresponsabilidade alheia.
 
Sérgio Sousa Pinto (deputado)