Grande parte dos órgãos de comunicação social nacionais encontram-se neste momento dominados pelo poder vigente.
É um facto indesmentível com a posse destes por parte de grandes grupos económicos com interesses na continuidade da atual situação do país - nunca, em qualquer outra altura, o país teve tantos pobre e ao mesmo tempo, as fortunas pessoais cresceram tanto.
A entrevista de ontem de António Costa foi perfeitamente esclarecedora e excecional. Demonstra um político sério, ponderado e com noção da atual situação catastrófica do país. Pretende melhorar o país com responsabilidade.
Apresentou uma série de medidas para o país e anunciou as diferentes etapas onde irá apresentar o seu plano de governo, prometendo não cair no erro do atual governo e das suas promessas vãs.
Pasme-se, ou talvez não, relativamente às dividas de Passos Coelho à Segurança Social, António Costa disse "estar tudo esclarecido, porque quanto mais o PM esclarece, mais dúvidas temos - a isso os Portugueses irão responder nas eleições". Isto foi transformado pela comunicação social nacional num título "Costa considera estar “tudo esclarecido” sobre contribuições de Passos". Redutor e muito parcial.
Mais. O Observador - versão Povo Livre 2.0, refere que "Maria de Belém admite candidatura presidencial", quando se pode ler na entrevista o seguinte: "a deputada ex-presidente do PS (durante o mandato de Seguro), considera
que António Guterres “tem um perfil ajustadíssimo ao desempenho de
funções presidenciais”
Estamos esclarecidos sobre a forma como a Comunicação Social poderá tratar a informação até às legislativas.
Valha-nos um artigo do DN - "Caso das dívidas de Passos está "entregue nas mãos dos portugueses"