Procuram-se: Escritores de serviço entre 2005/2011 contra os "socialistas"


Pedro Passos Coelho está metido numa embrulhada tremenda que só envolve a sua pessoa e a sua credibilidade numa fase em que tanto exigiu aos Portugueses.

Como é fácil de vislumbrar, o atual Primeiro Ministro está numa situação sem fuga possível. A estratégia foi a "fuga para a frente" e passar a palavra à PGR que, sabendo Passos Coelho nunca poder intervir num caso alegadamente prescrito, iria dar a resposta óbvia - arquive-se o processo.

Neste sentido, o Primeiro Ministro julgou que os Portugueses iriam ficar satisfeitos com a resposta. Não, não ficaram. Sabem perfeitamente o que se passou.

E não. A questão das Despesas de Representação são uma perfeita treta.

Mas o cerne da questão já não é legal. É moral, político.

É que os Portugueses estiveram habituados nos últimos anos, a uma elevadíssima projeção crítica e moral dos elementos do PSD que cedo esqueceram o BPN e controlavam a seu bel prazer os jornais, para fazerem um ataque sem precedentes a um nome - José Sócrates, e às trapalhadas que o queriam envolver, nem que fosse por intermédio do primo, da mãe ou da tia.

Paulo Rangel, em campanha desesperada, chegou até a falar no "vírus socialista", expressão lamentável vinda de quem não tem qualquer tipo de moral ou ética para o fazer. Eram os "socialistas" para aqui, eram os "socialistas" para ali. Os culpados de tudo. Os "sociais democratas" eram os tipos sérios. Pelo menos eles acreditavam que o povo engolia isso.

Agora passamos a outra fase. Queremos ver-vos.
O vosso querido Primeiro Ministro numa trapalhada tremenda. Recebeu salários astronómicos de uma empresa criada para ser um sorvedouro do Estado - diz-se 5 mil euros por mês.
E o tal "social democrata impoluto" nem se lembra de ter recebido isso durante 3 anos. 

Em exclusividade como deputado? Sim ou não. Se sim, cometeu um crime porque não podia ter recebido da Tecnoforma.
Se não estava em exclusividade e recebeu "justamente" o ordenado da Tecnoforma, com que lata o Sr. Pedro Passos Coelho preencheu com a sua mão, com a sua assinatura, um pedido de subsídio que só era dado a deputados em exclusividade? 60 mil euros retirados ao Estado. Ponto final. Facto.

Será o primeiro Primeiro Ministro a ser acusado de evasão fiscal.

Escritores e opinion makers de serviço entre 2005-2011, sejam coerentes. Avancem, mostrem-se e enxovalhem o vosso Primeiro. Estamos aqui sentadinhos à espera dos vossos textos, irados, contra o social democrata e a social democracia do PSD.

in: realpolitik.net