CM Lousada desce consecutivamente Impostos Municipais

Nelson Oliveira
Na última reunião de Câmara, o executivo socialista liderado por Pedro Machado aprovou uma nova descida da taxa do IMI, desta vez reduzindo para 0,35%.
 
Esta nova descida é perfeitamente coerente com o programa eleitoral proposto e sufragado pela maioria dos Lousadenses, que tem como objetivo reduzir para o mínimo possível – taxa de 0,3%.
Também o IRS manter-se-á num dos níveis mais baixos aplicados pelos municípios da região, prescindindo a Câmara Municipal de Lousada de uma parte da receita de IRS que tem direito, em favor dos Lousadenses.

Numa altura em que o povo Lousadense é fustigado com uma enorme carga fiscal imposta pelo Governo da Coligação PSD/CDS, a CM Lousada faz o que está ao seu alcance no sentido de encontrar uma simetria perfeita entre as necessidades de financiamento de uma autarquia que constantemente é chamada a substituir o Estado nas suas exclusivas funções (nomeadamente no que se refere ao apoio social), contrapondo com o auxílio que esta poderá exercer junto da nossa população, contribuindo com uma diminuição da carga fiscal que lhe é devida.

É fácil entender que só assim é possível ter uma gestão financeira cuidadosa e anualmente referenciada por entidades independentes como um exemplo de gestão autárquica. Para isso, tem que existir responsabilidade financeira e política de quem gere a “Res Pública” para conseguir atingir um ponto equilíbrio entre a despesa e receita.

Pena é que a oposição Lousadense tenha votado contra uma diminuição de impostos municipais. Não se abstiveram. Votaram contra. Referem que a taxa deveria cifrar-se no mínimo. 

Neste ponto, todos concordamos que seria positivo a CM Lousada atingir já essa taxa, mas aqui é que surge uma atitude responsável na gestão autárquica de um executivo que não alinha em populismo e consegue vislumbrar mais além. Ou seja, a CM Lousada faz o esforço necessário. Avalia até onde pode ir ano após ano, e até onde é sustentável prosseguir com o esforço de baixar os impostos. 

Por outro lado, todos concordamos que sem o financiamento arrecadado, seria de todo impossível auxiliar os mais desfavorecidos e continuar a desenvolver um concelho próspero e sustentável como tem sido Lousada. Só quem tem o pensamento toldado pela simples demagogia política e no “bota abaixo”, sintoma de décadas de oposição, é que é incapaz de entender a necessidade imperiosa de uma gestão criteriosa, justa e credível.

No entanto, não deixa de ser estranho que os mesmos que defendem a diminuição abrupta de impostos em Lousada, são os mesmos que defendem e votam favoravelmente, através de representantes partidários e concelhios na Assembleia da República, o aumento incessante de impostos em Portugal. 

Isto sim, não é coerente.

Tomara que as opiniões emanadas em Lousada por parte da Coligação PSD/CDS, relativamente aos impostos municipais, fosse a mesma junto dos seus deputados na AR quando aprovam cortes nas transferências para as autarquias locais, cortes de ordenados e pensões, aumentos de impostos e taxas dos serviços públicos, etc.

in: Verdadeiro Olhar