Nelson Oliveira |
Esta
nova descida é perfeitamente coerente com o programa eleitoral proposto
e sufragado pela maioria dos Lousadenses, que tem como objetivo reduzir
para o mínimo possível – taxa de 0,3%.
Também
o IRS manter-se-á num dos níveis mais baixos aplicados pelos municípios
da região, prescindindo a Câmara Municipal de Lousada de uma parte da
receita de IRS que tem direito, em favor dos Lousadenses.
Numa
altura em que o povo Lousadense é fustigado com uma enorme carga fiscal
imposta pelo Governo da Coligação PSD/CDS, a CM Lousada faz o que está
ao seu alcance no sentido de encontrar uma simetria perfeita entre as
necessidades de financiamento de uma autarquia que constantemente é
chamada a substituir o Estado nas suas exclusivas funções (nomeadamente
no que se refere ao apoio social), contrapondo com o auxílio que esta
poderá exercer junto da nossa população, contribuindo com uma diminuição
da carga fiscal que lhe é devida.
É
fácil entender que só assim é possível ter uma gestão financeira
cuidadosa e anualmente referenciada por entidades independentes como um
exemplo de gestão autárquica. Para isso, tem que existir
responsabilidade financeira e política de quem gere a “Res Pública” para
conseguir atingir um ponto equilíbrio entre a despesa e receita.
Pena
é que a oposição Lousadense tenha votado contra uma diminuição de
impostos municipais. Não se abstiveram. Votaram contra. Referem que a
taxa deveria cifrar-se no mínimo.
Neste
ponto, todos concordamos que seria positivo a CM Lousada atingir já
essa taxa, mas aqui é que surge uma atitude responsável na gestão
autárquica de um executivo que não alinha em populismo e consegue
vislumbrar mais além. Ou seja, a CM Lousada faz o esforço necessário.
Avalia até onde pode ir ano após ano, e até onde é sustentável
prosseguir com o esforço de baixar os impostos.
Por
outro lado, todos concordamos que sem o financiamento arrecadado, seria
de todo impossível auxiliar os mais desfavorecidos e continuar a
desenvolver um concelho próspero e sustentável como tem sido Lousada. Só
quem tem o pensamento toldado pela simples demagogia política e no
“bota abaixo”, sintoma de décadas de oposição, é que é incapaz de
entender a necessidade imperiosa de uma gestão criteriosa, justa e
credível.
No
entanto, não deixa de ser estranho que os mesmos que defendem a
diminuição abrupta de impostos em Lousada, são os mesmos que defendem e
votam favoravelmente, através de representantes partidários e concelhios
na Assembleia da República, o aumento incessante de impostos em
Portugal.
Isto sim, não é coerente.
Tomara
que as opiniões emanadas em Lousada por parte da Coligação PSD/CDS,
relativamente aos impostos municipais, fosse a mesma junto dos seus
deputados na AR quando aprovam cortes nas transferências para as
autarquias locais, cortes de ordenados e pensões, aumentos de impostos e
taxas dos serviços públicos, etc.
in: Verdadeiro Olhar