Pode parecer algo sectário, exagerado ou uma impertinente forma de descrever o que os Portugueses possam sentir, mas Cavaco Silva corre a passos largos para receber o título de pior Presidente da República Portuguesa, deste a implantação da I República.
No passado dia 5 de Outubro, António Costa lá teve que obrigar o Sr. Presidente da República a sair do Palácio de Belém, para dirigir umas palavras ao povo Português nas comemorações da Implantação da República – feriado atualmente inexistente.
Quando se esperava que Cavaco Silva, como Presidente da República Portuguesa e com obrigações de Estadista, pudesse fazer um diagnóstico da atual situação governativa do nosso país com particular destaque para a profunda confusão que paira na Educação – em que um Ministro diz no Parlamento uma coisa e na realidade acontece outra; ou ainda, o nosso sistema de Justiça cuja trapalhada com o Citius assume proporções inqualificáveis para um país Europeu, o Sr. Presidente da República resolve criticar os partidos, nomeadamente os do arco da governação com especial destaque para o inevitável Partido Socialista.
Cavaco Silva, desde que tomou posse, nunca conseguiu deixar de ser o eterno líder do PSD. Partidarizou constantemente a Presidência da República.
Lembremo-nos da forma pouco ética como tratou o Governo anterior, inventando até o caso das escutas a Belém – algo que ainda hoje não percebemos como tal episódio não foi explorado até às últimas consequências.
A dualidade de tratamento entre este e o anterior Governo são absolutamente intratáveis. Os reparos, as constantes intervenções e ações, os ditos avisos e críticas funestas ao Governo de José Sócrates poderiam ter sido merecidas ou não, consoante a opinião de cada um. No entanto, perante casos da mesma gravidade durante a vigência do Governo de Passos Coelho, Cavaco Silva nada diz. Remete-se ao silêncio. Achincalha os jornalistas que ousam retirar de si uma palavra. Refere que está completamente esclarecido face ao caso Tecnoforma. Protege-se nos muros de Belém, recusando a falar no caso BES, tal como recusou falar no seu tão próximo e pessoal caso BPN/SLN. Não dirige uma palavra sobre a situação do país e, quando o faz, perante a circunstância dos eventos oficiais, reitera as suas críticas à classe política.
Este último ponto é fundamental. Cavaco Silva, o Português que passou mais tempo esteve em cargos políticos de alta representatividade, resolve imiscuir-se repetidamente da Política. Para ele, tudo é mau, todos são culpados – e diz isto como se fosse uma pessoa que não representa a política.
No discurso do passado 5 de outubro, Cavaco Silva repetiu o erro. Criticou os políticos da República. Criticou o sistema que ele tão bem conhece e usou ao longo das décadas que foi Ministro, Primeiro Ministro e atualmente Presidente da República.
Pode ser que um dia, o Sr. Presidente da República Portuguesa, consiga, também ele, fazer um mea culpa da situação limite que vivemos e que muito contribuiu.
A nossa salvação é que ele “nunca se engana e raramente tem dúvidas”.
No passado dia 5 de Outubro, António Costa lá teve que obrigar o Sr. Presidente da República a sair do Palácio de Belém, para dirigir umas palavras ao povo Português nas comemorações da Implantação da República – feriado atualmente inexistente.
Quando se esperava que Cavaco Silva, como Presidente da República Portuguesa e com obrigações de Estadista, pudesse fazer um diagnóstico da atual situação governativa do nosso país com particular destaque para a profunda confusão que paira na Educação – em que um Ministro diz no Parlamento uma coisa e na realidade acontece outra; ou ainda, o nosso sistema de Justiça cuja trapalhada com o Citius assume proporções inqualificáveis para um país Europeu, o Sr. Presidente da República resolve criticar os partidos, nomeadamente os do arco da governação com especial destaque para o inevitável Partido Socialista.
Cavaco Silva, desde que tomou posse, nunca conseguiu deixar de ser o eterno líder do PSD. Partidarizou constantemente a Presidência da República.
Lembremo-nos da forma pouco ética como tratou o Governo anterior, inventando até o caso das escutas a Belém – algo que ainda hoje não percebemos como tal episódio não foi explorado até às últimas consequências.
A dualidade de tratamento entre este e o anterior Governo são absolutamente intratáveis. Os reparos, as constantes intervenções e ações, os ditos avisos e críticas funestas ao Governo de José Sócrates poderiam ter sido merecidas ou não, consoante a opinião de cada um. No entanto, perante casos da mesma gravidade durante a vigência do Governo de Passos Coelho, Cavaco Silva nada diz. Remete-se ao silêncio. Achincalha os jornalistas que ousam retirar de si uma palavra. Refere que está completamente esclarecido face ao caso Tecnoforma. Protege-se nos muros de Belém, recusando a falar no caso BES, tal como recusou falar no seu tão próximo e pessoal caso BPN/SLN. Não dirige uma palavra sobre a situação do país e, quando o faz, perante a circunstância dos eventos oficiais, reitera as suas críticas à classe política.
Este último ponto é fundamental. Cavaco Silva, o Português que passou mais tempo esteve em cargos políticos de alta representatividade, resolve imiscuir-se repetidamente da Política. Para ele, tudo é mau, todos são culpados – e diz isto como se fosse uma pessoa que não representa a política.
No discurso do passado 5 de outubro, Cavaco Silva repetiu o erro. Criticou os políticos da República. Criticou o sistema que ele tão bem conhece e usou ao longo das décadas que foi Ministro, Primeiro Ministro e atualmente Presidente da República.
Pode ser que um dia, o Sr. Presidente da República Portuguesa, consiga, também ele, fazer um mea culpa da situação limite que vivemos e que muito contribuiu.
A nossa salvação é que ele “nunca se engana e raramente tem dúvidas”.
in: Verdadeiro Olhar