(Des)igualdade na Secretaria de Estado?


Há coisas que me deixam bastante curioso e, de certa forma, confuso neste novo governo. Uma delas é a nova Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Dra. Teresa Morais, que, ironicamente, assumiu em diversos momentos da política portuguesa, posições pouco promotoras e defensoras da verdadeira IGUALDADE entre todos os cidadãos, como a igualdade de género, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, entre muitas outras lutas pelas quais os partidos mais à esquerda sempre se bateram.

De facto, a Igualdade de Oportunidades e Direitos que o actual governo defende, deixou (e ainda deixa) muito a desejar… Basta voltarmos atrás no tempo, à altura em que se debateu a Igualdade de Género, em que o PSD, e em especial a Dra. Teresa Morais, foi completamente contra esta lei que permitiu homens e mulheres terem direitos absolutamente iguais entre eles, sem discriminações, sem desigualdades e humilhações. 

Este tipo de leis, assentes na igualdade foram conquistas históricas ao longo dos anos, desde o direito das mulheres ao voto, à existência de legislação para mulheres e homens ganharem o mesmo salário no mesmo trabalho, até à igualdade de oportunidades perante a mesma oferta de emprego ou ensino superior.

Nesse sentido, o PS sempre defendeu a igualdade no casamento, promotora do respeito entre a totalidade dos cidadãos Portugueses, tentando desta forma acabar com o preconceito actual em relação aos casais homossexuais. E esta foi uma Lei que permitiu homens e mulheres poderem constituir família sem serem olhados de lado. 

Mas é esta a (des)igualdade que nos querem propor nos dias de hoje? A existência de uma Secretária de Estado da Igualdade que é contra um dos princípios basais da sua pasta? Uma pessoa que refere acerca da lei aprovada na anterior legislatura – ““É uma lei com a qual não nos identificamos, que não desejámos”. 

Um posicionamento destes é grave demais. Será que, seguindo esta ordem de ideias, era aceitável termos um Secretário de Estado da Educação contra o Ensino? Obviamente que não!

in: TVS
por: Gerson Moura

Arrendamento Jovem: Porta 65 com menos apoios


Como é do conhecimento público não só Portugal mas também todos os países desenvolvidos enfrentam problemas relacionados com a independência dos jovens. Estes cada vez mais, dão prioridade à sua formação profissional deixando de parte a questão da constituição de família.

Esta forma de pensar tem as suas vantagens mas causa um problema, os jovens estudam até mais tarde, depois aguardam por encontrar um trabalho estável e ainda condições financeiras para conseguir viver por conta própria, assumindo assim tardiamente a sua independência e outros projectos familiares.

Na tentativa de diminuir este problema, a JS (Juventude Socialista) em 2006 sugeriu e apoiou a criação de um programa de arrendamento jovem em substituição do IAJ, surgindo assim o Porta 65 Jovem que se veio a tornar real com José Sócrates no ano seguinte através do DL 308/2007. O denominado Programa “Porta 65” disponibiliza “incentivos aos jovens arrendatários por um período máximo de três anos, através de um apoio no acesso à habitação, promovendo a dinamização do mercado de arrendamento” (in: portaldahabitação.pt).

Este foi um projecto que desde logo começou a dar resultados onde a meio do ano de 2008 já eram cerca de 4156 as candidaturas aprovadas, em que as zonas do grande Porto e grande Lisboa lideraram no número de candidaturas aprovadas. Em 2010 este programa sofre uma alteração, deixa de ter os trinta anos como idade limite e passa para os trinta e três e neste mesmo ano em Setembro, o número de candidaturas aprovadas foi de 8100 candidaturas.

Em 2011 com a tomada de posse do actual governo e com 10 mil candidaturas submetidas, o Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, que tem a tutela deste programa, revelou ao jornal Sol que “as restrições orçamentais impõem que se seja muito exigente no que respeita à definição das propriedades na afectação dos recursos disponíveis” adiantando também que a dotação financeira para o ano de 2011 é de 20 milhões de euros, o que permite facilmente concluir que este programa irá sofrer cortes, o que em tempo de crise como a que atravessamos, irá fazer com que o problema não só não seja solucionado, mas também irá fazer com que se agrave.

Perante tudo isto, pode-se dizer que em tempo de contenção orçamental, tanto o PS como a JS tem que se mostrar compreensivos com os cortes necessários, não adoptando uma atitude sectária como muitos partidos já tomaram anteriormente, mas mais do que isso é necessário sensibilidade para não acabar com politicas de promoção da emancipação jovem como é o caso deste programa.

É importante que certas vitórias alcançadas pelos jovens do nosso país, não sejam lapidadas sem hesitação.
 
in: TVS
por: Daniel Soares

Participação Política

Entende-se, hoje, por participação política, a actividade ou o acto de intervir na vida colectiva, e sentir-se pessoalmente responsável por aquilo que acontece, representando dessa forma um estádio superior de consciência cívica. O exercício de participação política marca a diferença entre um cidadão influente, de um súbdito participante; entre uma democracia, de um regime autoritário.

No que concerne aos jovens, vemos muitos deles actualmente, consumidores de decisões, ou seja, acatam passivamente o que foi deliberado por outros, ao invés de serem, eles mesmos, produtores.

Marginalizam-se da tomada de resoluções e deixam-se aprisionar pela comodidade fácil de atitudes de passividade e de laxismo. Os jovens devem sentir-se, hoje, chamados a participar activamente, na vida política, como votantes e/ou militantes, sendo parte responsável nas alterações que desejam ver introduzidas na sociedade civil.

As causas que levam a uma lacuna interventiva da camada mais jovem são a não integração em associações juvenis, que desde logo incutem responsabilidade cívica ao jovem, e a falta de informação e o desinteresse pela política, devido sobretudo à ausência de modelos políticos que incentivem, através da sua própria conduta.

É importante compreendermos que o que hoje é decidido, com o nosso contributo ou não, vai influenciar o futuro.

É, assim, fundamental, que os jovens entendam que a sua opinião é importante na construção de um futuro e na prossecução de um país ajustado às necessidades de cada um. 

in: TVS
por: Eduarda Ferreira

Próxima paragem: Ensino Superior


Chegou o momento das saídas e entradas nas Universidades, uns procuram o sucesso, depois de anos de empenho, outros estão de partida para uma nova etapa. Em altura de candidaturas ao Ensino Superior, são muitos os jovens, a quem cresce o "bichinho" de ser aluno universitário. Uma nova fase começou e ao fim de tantos anos de estudo, eis que chegou o dia das decisões e a resposta à pergunta “O que é que queres ser quando fores grande?”, torna-se inevitável, num universo de cursos e formações, são muitos os que de imediato sabem a resposta e outros que andam às “aranhas” para tomarem uma decisão.

Num cenário de crise estima-se que sejam cada vez mais os alunos do ensino superior a aderir a créditos de garantia mútua para financiar estudos, além dos problemas a nível financeiro, surgem outros obstáculos, como a colocação do estudante numa universidade longe da sua residência familiar, apelando assim aos valores de autonomia e responsabilidade dos jovens que caminham em direcção a esta nova paragem. Independência e responsabilização são factores necessários!

A vila de Lousada, assume um papel preponderante, oferecendo excelentes bases de ensino prévio, abrindo as portas para o sucesso de muitos alunos que enaltecem o nome da nossa terra, sendo já uma grande estação de embarque, onde todos os anos de novos jovens se preparam para esta nova viagem.

O ensino superior é uma simples decisão e escolha, que nos fomenta uma multiplicidade de valores, que nos dão a perspectiva de quem seremos no futuro, mas uma coisa devermos ter em atenção, principalmente nesta fase. Os cursos que queremos têm saídas profissionais? Isso é um dos factores a ter em conta que se impõe!


in: TVS
por: Pedro Pinto

O Desv(ar)io Colossal da Madeira

 
1 - O FMI está para Portugal como Portugal (continental) está para a Madeira, mas sem medidas de austeridade. Esta é a conclusão que chegamos depois de ouvirmos o Min. das Finanças referir que o tão afamado “desvio colossal” afinal, deve-se à capitalização do BPN e à gestão de A. João Jardim na Madeira.
Há poucas semanas, Jardim exigiu um acordo com o actual Governo para fazer face à falta de liquidez na região da Madeira e culpa o anterior governo pelo descalabro das suas contas.
Enquanto as verbas transferidas para as autarquias são cada vez mais reduzidas, é curioso que a Madeira, sendo das regiões mais ricas da Europa muito à custa dos “parolos do cont’nente” (palavras de Jardim), aumentou 100% a sua dívida entre 2005 e 2010 para um número bombástico de 963,3 Milhões €, possuindo 28 direcções regionais, 5 institutos e 33 empresas públicas.

2 - Numa coisa concordo com Jardim, mas sob pontos de vista diferentes. Efectivamente Sócrates foi um dos responsáveis pelo descontrolo das contas da Madeira, porque tanto ele como outros governantes da república Portuguesa nunca tiveram coragem para colocar aquele senhor na ordem.
Se por um lado se sabe, que os governos do PSD sempre tiveram uma histórica e crónica cautela em fazer frente a Jardim, face aos muitos votos e deputados que garante ao partido, já o anterior governo teve um erro gigantesco nesta matéria porque poderia colocar ordem na Madeira. Sócrates não ganhava nem perdia nada de substancial naquele arquipélago e de certeza obteria o apoio da restante população Portuguesa.

3 - No meio disto tudo surge Passos Coelho. Ou cede às pretensões de Jardim em plena campanha eleitoral para as regionais e continua a dar péssimos exemplos de que afinal não são todos a pagar a crise, ou por outro lado, põe fim a isto.
Que não se esqueça que Jardim tem dado mostras uma personalidade dissociativa. Quem não se lembra das lágrimas derramadas e promessas de amizade a José Sócrates? E da troca de cadeiras no Congresso do PSD, quando se mudou para o lado de Rangel?

4 - Sei que é impossível, mas a Madeira precisava de uma “missão internacional da Troika”. É verdade que os sucessivos governantes não são um exemplo na gestão monetária do país, mas também demonstraram não terem coragem para intervir a sério naquela região e infelizmente mais um sinal disso mesmo foi dado com o recente chumbo por parte dos deputados do PSD/CDS, à audição parlamentar requerida pelo BE a 7 jornalistas madeirenses que alegadamente sofrem condicionalismos no exercício da sua profissão por parte do Governo Regional.
Onde está agora a Asfixia Democrática?
As contas tem que ser controladas, as ameaças à liberdade de expressão têm que acabar, o respeito por todos os Portugueses tem que existir. Estamos fartos da atitude ditatorial, de sermos apelidados de “parolos, comunistas e cubanos”, de ouvirmos Jardim referir-se ao actual Presidente da República como “Senhor Silva”, etc.

5 - O grosso dos nossos governantes sempre olhou para Jardim com a mesma complacência e de sorriso na cara com que muitos pais olham para um filho rude e mal-educado, tendo ainda o descaramento de o desculpar de todas as asneiras.
Para terminar, sabemos bem que caso Jardim vença novamente as eleições e o Governo não tome uma posição de força, mais vale ficarem já com o resto do subsídio de Natal… bem vão precisar.
 
in: TVS
por: Nelson Oliveira

Lousada, os Censos e o nosso país.


Em Portugal, não nos encontramos perante uma crise passageira, uma mera interrupção do crescimento que, cedo ou tarde, acabará por retomar, sem mudanças de maior. 

A "coisa" parece mais séria: trata-se de uma verdadeira crise estrutural, de que não sairemos sem mudanças profundas. Pelo menos, assim nos habituamos a considerar, parecendo crescente o consenso em torno desta convicção.

Não é fácil caracterizar a situação de Portugal. Os modelos e os quadros mentais de que nos socorremos parecem demasiado abstractos, de aplicabilidade problemática perante o concreto da situação. É provavelmente sempre assim, e se a questão se nos põe de forma mais premente a propósito de Portugal é talvez tão só porque se trata do nosso país, daquele que conhecemos melhor, e que, portanto, nos confronta com a generalidade e o carácter abstracto dos modelos utilizáveis. 

No meio de tudo isto, os que antes culpavam um homem e o seu Governo pela responsabilidade do actual estado do país, são os primeiros a voltarem atrás naquilo que diziam. Parece que no “pós-5 de Junho” passou a haver uma União Europeia desalinhada que não consegue dar respostas sustentadas aos países mais periféricos, ao contrário do que era referido pelos que agora estão no poder legislativo.

Não obstante isto, e em relação ao nosso país, os recentes resultados dos Censos 2011 demonstram que somente um terço dos concelhos portugueses conseguiram aumentar a população na última década, e em todas as regiões aparecem quebras do número de habitantes, dos quais se destaca positivamente o concelho de Lousada, reflexo do bom trabalho que tem sido desenvolvido pelo executivo socialista e que levará o concelho a bom porto. Com a sua população a crescer, atraindo novas famílias, fruto do investimento que a autarquia tem vindo a fazer em diversas áreas para melhorar qualidade de vida da comunidade Lousadense este resultado é sintomático. Educação, Acção Social, Urbanismo são temas fundamentais.

Assim, lanço o desafio à comunidade Lousadense à leitura dos dados já publicados, procurando comparar Lousada com os restantes concelhos. Através disto observamos mais uma vez que aquilo que alguns diziam acerca do abandono de população do nosso concelho, não passa novamente de mais uma mentira.

in: TVS
por: Diana Regadas

Empreendedorismo


"Mas afinal o que é que esse palavrão significa?"

Esta é a pergunta, que até há pouco tempo me faziam vezes sem conta, sempre se falava em empreendedorismo. Para além de inicialmente muitos de nós se "engasgar" a pronunciar o mesmo. Os anos foram passando e nos dias de hoje é uma palavra completamente vulgar e felizmente já muitos são os que percebem o seu real significado.

De facto o empreendedorismo e os seus perpetradores sempre existiram e existiram para gáudio da nossa sociedade. Nos últimos anos, e de forma a combater a crise mundial generalizada, muitas têm sido as correntes que tentam auxiliar a impulsionar a economia e a revitalizar sistemas financeiros debilitados. Neste sentido, quer a uma escala micro, quer a uma escala macro económica, todo empreendedor e todo o individuo que crie valor é uma peça fundamental neste processo

São cada vez mais os movimentos que promovem o empreendedorismo e incentivam os jovens a ser empreendedores. Movimentos como por exemplo o Massivemove, ou o So Pitch são exemplo disso mesmo. Estamos perante uma nova geração de empreendedores, sem desprezo pelas anteriores, mas penso que com a evolução galopante estão melhor preparados para as novos desafios de uma sociedade em constante mutação

O Facebook é hoje muito mais do que uma rede social, para qualquer pessoa que pretenda difundir algo é uma ferramenta de trabalho, habilmente utilizada por muitos dos novos empreendedores. Em Lousada, pela primeira vez até à data o CLDS Lousada + - Contrato Local de Desenvolvimento Social, em parceria com o Município de Lousada, Escola Secundária de Lousada, Junior Achievement Portugal e a Associação Empresarial de Paços de Ferreira levaram a cabo uma parceria que visou implementar um Programa de estímulo ao empreendedorismo denominado “A EMPRESA”. Durante um ano lectivo, 278 alunos do Município de Lousada, tiveram a oportunidade de constituir a sua própria empresa. Apesar de ser o primeiro ano em que alunos de Lousada participaram neste programa conquistaram a participação na Feira Ilimitada no Norte Shopping, onde para além disso uma das mini empresas conquistou o prémio de melhor Produto. 

Neste sentido apraz dizer que ainda é possível, temos jovens capazes e com muito potencial.

in: TVS
por: Tiago Romão Cunha
Bem vindo ao Blogue do PS e da JS Lousada.

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