Paul Krugman, prémio Nobel da Economia em 2008, considerou hoje que as políticas de alívio da austeridade lhe parecem as mais adequadas: “Acho que é o mais correcto a fazer. Mas não há muita margem de manobra para fazê-lo por estarem no euro”.
Na base da opinião de Krugman estão os efeitos políticos e sociais causados pela política seguida nos anos mais recentes: “Não existe grande margem de manobra para estímulos, mas creio que está provado que a austeridade imposta ao país foi maior do que a que era necessária.”
O famoso economista foi ainda mais longe na crítica à austeridade: “A austeridade esmagou o crescimento económico. As provas são hoje claras. A austeridade foi como se estivessem a bater com o martelo na cabeça da pessoa. E se ainda não foram ao médico tentar reverter os efeitos do martelo, pelo menos deixaram de bater e criaram espaço para o crescimento”.
Krugman, falando no encerramento do 8º Congresso da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, fez ainda a defesa do aumento do salário mínimo aprovado pela maioria de esquerda: “se analisarmos as contas, podemos concluir que o salário mínimo em Portugal está um pouco acima do que deveria. Mas não é uma catástrofe. Parece-me razoável subi-lo”
in: geringonça