O Partido Social Democrata tem uma certa tendência natural para servir-se de algumas "personagens" no sentido de lançarem a primeira pedra em situações que, ou não sou cómodas para o topo da hierarquia e visam apenas tentar criar barulho e arrastar para a lama alguém menos atento a este tipo de jogada, ou por outro lado, lançar ideias a mando dos chefes da localidade, da região ou do âmbito nacional, que requerem veracidade e viabilidade, não sendo passíveis de serem expressas por quem tenha o mínimo de dignidade.
Uma tática por demais esgotada e, para quem assiste do outro lado, revela o quão limitadas são algumas pessoas e estratégias peregrinas.
Ei-los há, quais servos, que se prestam a este papel sistematicamente, sem nunca pensarem o quão ridicularizados são pela opinião pública, tal é a sua cegueira politíco-partidária. Além do mais, esta falta de visão, senso próprio e percepção da realidade, é completamente tapada por uma satisfação intrínseca, quais "palmadinhas nas costas" por parte de quem não quer ter o ónus da monstruosidade de ideias, pensamentos radicais e sem qualquer sentido, que leva a que sejam gozados constantemente pelo todo da comunidade!
"Então, gostou do que eu disse?"
"Isso, isso. Gostei", dizem os manda-chuva.
Quando viram costas, comentam com os parceiros - "Porra lá para o tipo, só nos lixa, ninguém o leva a sério mas nem se pode dizer nada porque ele pensa que está a fazer uma grande coisa".
A nível nacional, este papel tem sido representado na perfeição pelo PSD Madeira. Não há um único cidadão que leve a sério uma única ideia surgida dali.
Talvez por não serem levados a sério, surgem como "carne para canhão" no sentido de lançarem o "barro à parede" - convenhamos que não será nada difícil Pedro Passos Coelho ou a direção do PSD, libertar-se da responsabilidade das declarações de qualquer membro do PSD Madeira, tal é a completa ausência de credibilidade que tem demonstrado nas últimas décadas - "Deixai-os, eles não sabem o que dizem".
É por isso que ontem surgiu mais uma destas ideias peregrinas - Acabar com o Tribunal Constitucional.
Se fosse Passos Coelho a dizê-lo, o povo insurgia-se e exigia a sua demissão. Como é o PSD Madeira, as pessoas riem-se, não levam a sério e a vida continua.
Tem sido este o dia a dia de algumas personagens políticas, quer locais, regionais ou nacionais. Aproveitadas ao máximo para se prestarem a este papel e sem terem noção dos constantes "tiros nos pés".
Se levássemos a sério a putativa exigência da extinção do Tribunal Constitucional (vindo de onde vem), o país estaria em pânico. Como ninguém leva a sério, life goes on.