O Governo mais pequeno da Humanidade

No governo mais pequeno da história da Humanidade, no meio de tantas remodelações, demissões e desistências, restam meia dúzia de militantes do PSD/CDS que nunca foram Secretários de Estado.


3 novos secretários de Estado tomam hoje posse às 15.00



José Maria Teixeira Leite Martins, João Almeida e António Manuel Costa Moura são os novos secretários de Estado da Administração Pública, da Administração Interna e da Justiça, respectivamente, de acordo com uma nota da Presidência da República.

Falar verdade, Sr. Primeiro Ministro ?!

Passos Coelho na mensagem de Natal, referiu entre outras coisas que Portugal tinha criado 120 mil novos empregos.

Como o i explica na edição de hoje, a verdade é que Passos Coelho enganou-se em cerca de 100 mil postos de trabalho (coisa pouca!), uma vez que "O ano de 2013 registou a criação de 21,8 mil empregos líquidos entre Janeiro e Setembro, segundo os dados disponíveis mais recentes"

Passos ou transmite ignorância, ou esperteza de quem quer ludibriar as pessoas. Está mais do que visto que se baseou nos números do desemprego para fazer estes cálculos e não nos números do emprego.

Os ditos "120 mil" foram obtidos com a diminuição do desemprego, pelas razões mais do que conhecidas e, como que por magia, o nosso Primeiro Ministro começou a campanha eleitoral de 2015.

Passos Coelho deveria assumir que 100 mil destes "novos empregos" foram criados sim, mas em França, Suiça, Inglaterra, Estados Unidos, etc, através da emigração em massa (120 mil emigrantes portugueses este ano).

Falar verdade! Onde é que já ouvimos isto?

Entrevista do Presidente da CM Lousada - Dr. Pedro Machado, ao jornal TVS.

"Temos como objetivo primordial ajudar a população mais necessitada"

"Há uma aposta óbvia no investimento municipal, tentando que este funcione como um mecanismo contraciclico dada a atual situação da economia. Um claro exemplo disso é a construção dos 7 Centros Escolares"
"Os presidentes de Junta, sempre que necessitam, têm a oportunidade de falar comigo para analisarmos as suas dificuldades"

"Lanço o repto ao PSD/CDS Lousada, para que junto dos dois deputados Lousadenses afetos ao seu partido, pressionem o seu Governo, exigindo a diminuição dos impostos"

"Se alguém tentou partidarizar os Conselhos Gerais das Escolas, não foi certamente o PS. É altura de perceberem que a campanha eleitoral terminou em Setembro"


Quer Público ou Privado? Que educação será esta?

David Cunha
A notícia não é nova, mas para não variar muito, face aquilo que estamos habituados a ver, o nosso governo decidiu avançar com uma ajuda substancial às escolas privadas, introduzindo o conceito de “cheque-ensino”, num país onde o serviço público perde verbas a cada dia que passa.

A verdade é que este “cheque-ensino” é uma forma silenciosa de acabar com o ensino público no nosso país.
Vejamos a recente reação do Primeiro-ministro Sueco quando assumiu o erro de ter dado tanto relevo ao ensino privado e querer agora nacionalizar as escolas suecas, de forma a recuperar a qualidade do ensino, refletida negativamente no recente relatório PISA?

A Suécia, tem sido um país onde a nossa opinião pública se remete para identificar tudo o que é bom, mesmo sem qualquer conhecimento profundo ou verificabilidade. Basta dizermos que algo foi adotado num país nórdico para toda a gente se render sem sequer questionar a veracidade dos factos.

Ainda assim, neste “país exemplar”, com a privatização sucessiva do Ensino começou a existir uma maior seleção dos melhores alunos por parte das escolas privadas rejeitando aqueles que supostamente não eram tão competentes, acabando logo com a idealização de igualdade e promoção da qualidade na totalidade dos estabelecimentos de ensino. Os resultados negativos, não se fizeram esperar.

Sabemos que isto também vai acontecer no nosso país. Sabemos também que este sistema nunca irá cobrir todo o território nacional devido à difícil situação económica que passamos e continuaremos a passar, logo nem todas as famílias terão a oportunidade da livre escolha. Sabemos que há um sentimento de repulsa por parte do Governo a tudo o que é serviço público e sabemos que aquilo que está em causa é a defesa ideológica de uma ideia pré concebida para defender as escolas privadas e desmantelar o ensino público.
É lamentável que aqueles que dizem não precisarem do Estado para nada, sejam os primeiros a quererem fazer depender a prosperidade dos seus negócios desse mesmo Estado. Mas que ideologia é esta?

Com isto tudo pergunto-me até quando o nosso ensino público durará e no que se irá tornar esta governação descabida e sem nexo dos senhores governantes que tentam neste momento implementar medidas educativas nórdicas que comprovadamente não resultaram.

É inacreditável como estamos sempre à procura do insucesso.

in: TVS

Será que algum cidadão fica sossegado com a atuação deste Governo?






Mais um episódio recorrente deste governo ao colocar classes umas contra as outras e passar incólume no meio da responsabilidade - (pobres contra ricos, trabalhadores públicos contra privados, jovens contra idosos, etc).




Dividir para reinar. A estratégia mais antiga da sociedade.

Educação: 'Nenhum pai fica sossegado com as cenas a que assistimos'





O bom e o mau socialista

O bom socialista é aquele que em diferentes circunstâncias diz as coisas sensatas que a direita gosta de ouvir: que é preciso rever a Constituição, fazer um pacto de regime, negociar um consenso com o Governo sobre as medidas de austeridade.

O bom socialista defende que “ o arco da governabilidade” se restringe à direita e ao PS.

O bom socialista revela abertura para um eventual governo de coligação com os partidos da direita, ou só com o CDS, ou uma reedição do “bloco central”.

O bom socialista é sensível, atento e moderno quanto à necessidade de imprescindíveis cortes e mudanças na Saúde, na Educação e na Segurança Social, tendo em vista diminuir o peso do Estado e dar lugar aos privados com apoio público.

O bom socialista aceita as “reformas” que tendem a transformar em assistencialismo a garantia de direitos sociais pelo Estado.

O bom socialista colabora em medidas que desvalorizam o trabalho em nome de um pretenso aumento da competitividade.

O bom socialista dá prioridade à estabilidade financeira em prejuízo do desenvolvimento económico e da coesão social.

O bom socialista aceita o aumento das desigualdades como consequência inevitável da globalização e considera que não há alternativa.

O bom socialista pensa que a divisão entre esquerda e direita não passa de um arcaísmo.

O bom socialista tem um vocabulário cuidado e evita palavras inconvenientes, não diz roubo, diz cortes, não diz desemprego, diz requalificação, não diz empobrecimento, diz ajustamento. E também não lhe ocorre falar em esquerda ou em socialismo, para além de se coibir, por uma questão de educação, de usar a palavra direita.

O bom socialista respeita a duração dos mandatos, haja o que houver, pois acha que a estabilidade política é um fim em si mesmo, ainda que à custa de instabilidade e crise em todos os sectores.

Obviamente o bom socialista não critica o senhor Presidente da República, nem a troika, nem os mercados, nem as instituições europeias, nem a bondade das políticas da senhora Merkel, mesmo que elas levem o país à ruina.

O bom socialista procura dizer frases que o ponham com setas para cima nos jornais ditos de referência. E acredita que o estatuto de bom político só lhe pode ser conferido pela direita.

O bom socialista não pode sequer ouvir falar de convergência com os partidos à esquerda do PS.

O bom socialista acha que o dr. Mário Soares é o maior político português, mas não devia ir para a Aula Magna promover iniciativas tendentes à convergência e mobilização dos descontentes com a política do governo.

O mau socialista teima em defender a Constituição, o Tribunal Constitucional e coisas tão arcaicas com o Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública, a Segurança Social, os direitos laborais, o direito à cultura, a igualdade de oportunidades.

O mau socialista persiste em dizer a palavra socialismo, repete constantemente a palavra esquerda, opõe-se a governo de coligação dentro do “arco da governabilidade” e recusa-se a fazer do PS o terceiro partido da direita.

O mau socialista acha que os direitos sociais são inseparáveis dos direitos políticos e que não há estabilidade política sem estabilidade e coesão social.

O mau socialista entende que nenhum órgão de soberania deve andar com outro ao colo e que o papel essencial do Presidente da República é ser o garante do regular funcionamento das instituições e o Presidente de todos os portugueses.

O mau socialista defende que a confiança dos eleitores é mais importante que a confiança dos mercados e que estes não podem sobrepor-se nem à democracia nem ao Estado.

O mau socialista vê a Europa como um projecto de paz e de prosperidade entre Estados soberanos e iguais e não como uma submissão dos mais frágeis ao mais forte.

O mau socialista tem a indiscrição de querer saber perante quem é que atroika responde e quem avalia as suas políticas. E pensa que neste momento o processo democrático e institucional da construção europeia está interrompido.

O mau socialista acredita que ser europeu não é dissolver a Pátria.

O mau socialista continua a considerar que a razão histórica de ser do socialismo é a emancipação politica, social, económica e cultural dos trabalhadores e de todos os desfavorecidos e oprimidos.

O mau socialista dá razão ao Papa Francisco quando este denuncia que o actual poder económico está a transformar-se numa nova tirania.

O mau socialista é politicamente incorrecto e sustenta que há sempre alternativas.

Eu, pecador, me confesso: sou um mau socialista.

Manuel Alegre
Fundador do PS
in: Público

Convocatória - Assembleia Concelhia da JS Lousada


Este país não é para jovens?

O título deste artigo de opinião é colocado propositadamente sobre forma de interrogação numa frase diversas vezes usada para descrever o Portugal de hoje. Uma ligação assimétrica com o cenário Hollywoodesco do filme vencedor de um Óscar - “No Country for Old Man”, onde um velho Xerife de uma pacata e deserta cidade no Texas tenta compreender uma série de assassinatos levados a cabo por um mercenário que procura dinheiro roubado.

Na realidade, os Portugueses, cansados e exasperados com tanta austeridade e sacrifícios, tentam compreender e agir face à debandada de milhares e milhares de pessoas, nomeadamente jovens que todos os meses abandonam o nosso país, também eles cansados de lutar por uma vida condigna na sua terra natal. Jovens que se esforçam, estudam e que acrescentam valor a Portugal, mas que são apanhados numa onda gigantesca de pura obsessão ideológica e financeira, que brevemente nos irá explodir nas mãos.

O bom aluno da Troika, será um brevemente um velho e teimoso aluno, já repetente e no qual ninguém deposita confiança ou esperança. Portugal, ao ver sair os jovens e pior que tudo, ao aceitar de ânimo leve essa saída, cava cada vez mais fundo a sua própria sepultura.

Não há planos ou soluções mágicas, mas é preciso uma reação concertada. É necessário batalhar junto dos organismos internacionais e em conjunto com países que perfilham as mesmas necessidades por uma solução óbvia e credível, impondo uma visão comum.

A postura mais do que repetida da alternância de opiniões dado o posicionamento governativo dos maiores partidos (PS e PSD) não transmite credibilidade junto de um povo ávido por soluções e descrente na política. Se observarmos a atitude dos elementos do PSD/CDS enquanto oposição, esta é completamente antagónica com a postura adotada hoje em dia enquanto Governo, e o mesmo reporta-se ao PS.

Causa-me uma certa perplexidade quando vemos nos dias de hoje, uma direita, nomeadamente nos municípios onde não é poder, defender recorrentemente uma redução absoluta de tudo o que é imposto, utilizando bonitos e vazios chavões sobre políticas de juventude ou emprego, mas em contrapartida grita contra os demagogos e inconscientes que pedem ao Governo a redução do IVA ou IRS, o aumento dos benefícios fiscais às famílias ou o apoio escolar nomeadamente no Ensino Superior, ou ainda que reagem contra a precariedade laboral, a redução direitos parentais ou a explosiva emigração jovem.

As recentes declarações vangloriosas acerca da descida consecutiva da taxa de desemprego, abate-se numa realidade onde saem de Portugal cerca de 10.000 pessoas por mês.

Enquanto todos os “xerifes” deste nosso Portugal não pensarem mais à frente, com rasgo, vigor e projeção futura, este pobre jardim plantado à beira mar tenderá a ficar deserto. A razão? Dinheiro…

A verdade é que… “a miséria não acaba porque dá lucro”.

in: Verdadeiro Olhar

Vida de Sarjeta

Enquanto continuarmos a competir economicamente com um país onde não existe qualquer tipo de direitos/dignidade social, o nosso futuro enquanto Europa próspera, está colocado em causa.
Na globalização da nova era, não pode valer tudo para chegar ao lucro.





As autoridades de Pequim, na China, descobriram que um homem passou cerca de duas décadas a viver debaixo da terra, com uma tampa de esgoto como única porta, com o objectivo de economizar dinheiro e pagar os estudos dos seus filhos, informou este domingo a rede de televisão estatal CFTV.

Até Sempre, Mandela


- «Lutei contra o domínio branco e contra o domínio negro. Persegui o ideal de uma sociedade livre e democrática onde todas as pessoas vivem juntas, em harmonia e com igualdade de oportunidades. É um ideal pelo qual espero viver e atingir. Mas, se for necessário, estou disposto e morrer por ele».

- «Da experiência de um anormal desastre humano que durou demasiado tempo tem de nascer uma sociedade da qual toda a humanidade se orgulhe».

- «Ninguém nasce a odiar o outro pela cor da pele, pela origem ou pela religião. As pessoas aprendem a odiar e, se podem aprender a odiar, também podem aprender a amar».

- «Nunca, nunca, nunca mais deverá esta terra fantástica voltar a sofrer a opressão de um homem sobre outro».

- «Tanto quanto brancos mataram negros, negros mataram brancos».

- «A supremacia branca implica a inferioridade negra».

- «No meu país, primeiro vai-se para a prisão, mas depois passa-se a Presidente».

- «Nunca considerei nenhum homem superior a mim, dentro ou fora da prisão».

- «Aprendi que o valor não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. Um homem valente não é aquele que não sente medo, mas o que se sobrepõe a ele».

- «A grandeza da vida não consiste em não cair nunca, mas em levantarmo-nos de cada vez que caímos».

- «Parece sempre impossível até que ser feito».

- «Depois de subirmos uma grande montanha, descobrimos que há muito mais montanhas para escalar».

- «Sempre soube que um dia voltaria a sentir a relva debaixo dos meus pés e que caminharia ao sol, livre».

- «A imprensa é um dos pilares da democracia».

- «Lutar contra a pobreza não é um assunto de caridade, mas de justiça».

- «A morte é algo inevitável. Quando um homem fez o que acreditava necessário pelo seu povo e pelo seu país, pode descansar em paz. Creio ter cumprido esse dever e, por isso, descansarei para a eternidade».

- «Haverá vida depois de Mandela».

À espera...

Por diversas vezes a política Portuguesa é criticada por apenas ser objeto de discussão os pontos negativos do nosso país.

Dados os excelentes resultados da Educação (face às políticas adotadas entre 2008/2009 e 2011), revelados esta semana pelo Relatório PISA, esperamos ("sentados") pela reação a estas boas notícias, por parte do Ministro Nuno Crato

Senhor Ministro eu fico com os estaleiros!

Exmo. Sr. Ministro da Defesa, Digníssimo Sr. Dr. Aguiar Branco,

Se V. Exa Sr. Ministro não se importar eu fico com os Estaleiro Navais de Viana do Castelo. Bem sei que já estou a chegar um pouco atrasado em relação ao suposto concurso mas não sabia que o negócio era para ser feito dessa forma. Sendo assim, também quero!

Eu já tinha ouvido comentar de outros negócios que o seu governo tem promovido de igual forma muito interessantes. Muito interessantes para quem fica com as coisas, entenda-se, não para Portugal e para os Portugueses. Ora como eu também sou portador do mesmo espírito de sacrifício que esses beneméritos que têm feito o favor de ficar com o património dos Portugueses desta vez dou eu o passo em frente e repito, se Vexa não levar a mal, eu fico com os estaleiros.

Pode perguntar o Sr. Ministro o que é que eu entendo de construção naval. Repondo com todo o gosto, até lhe agradeço a pergunta. Sei tanto quanto a Martifer, andámos a estudar o tema no mesmo sítio. Onde? Em lado nenhum Sr. Ministro, não entendemos mesmo nada de construção naval mas isso certamente não será impeditivo para que eu fique com os estaleiros, se para eles não é, mutatis muntandis, para mim também não pode ser.

Vamos então aos números Sr. Ministro, vamos ver como estão as contas dos candidatos. A Martifer tem um passivo que ultrapassa os 378 milhões de Euro, o meu é francamente inferior. A não ser que o seu critério seja eleger o maior devedor aqui ganho eu, devo muito menos.

O Sr. Ministro quer que quem fique com os estaleiros lhe pague 7 milhões até 2031, qualquer coisa como 415 mil Euro por ano ou, para ser picuinhas, uma renda mensal de 32.000 Euro. Está certo, aceito estes valores e até lhe faço um agrado que mais adiante explicarei.

O Sr. Ministro fica com os ossos do estaleiro ou seja paga do seu bolso, salvo seja, paga do bolso dos otários dos Portugueses os 450 milhões de euros que os estaleiros têm de passivo, resolve aquele questão chata do navio Atlântida e da divida que todos os dias aumenta por estar a ocupar uma doca no alfeite. É simpático da sua parte resolver estes problemas. Pessoalmente fico muito agradecido por me livrar dessas dores de cabeça que só me iam incomodar e preocupar.

Os trabalhadores que actualmente estão ao serviço dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo fará o Sr. Ministro o favor de os despedir e pagar o que houver a pagar, não é verdade? Parece que Vexa está a contar estoirar mais uns 30 milhões nisso. Uma vez mais muito lhe agradeço a gentileza e retribuo de imediato.

Diz a Martifer que depois do Sr. Ministro despedir 600 trabalhadores eles contratam 400. Pois olhe Sr. Ministro, eu sempre achei que não vale a pena ser mesquinho e que a sua gentileza deve ser compensada. Assim sendo digo-lhe já que pode chamar a comunicação social e informar que eu contrato 450 trabalhadores, pode dizer que a sua intervenção permitiu um acréscimo de 50 postos de trabalho em relação aos 400 prometidos pela Martifer. Portanto um total de 450 postos de trabalho novos, nas suas palavras.

O Sr. Ministro deve ter-se rido à brava com essa piada não foi? Então o Sr. atira para o desemprego 600 pessoas e depois vem dizer que o seu negócio gerou postos de trabalho? Ehehehe essa foi de mestre!

Mas Sr. Ministro, em relação aos postos de trabalhos que vou criar, vou pagar a todos o salário mínimo nacional, independentemente do nível profissional ou salarial que tinham anteriormente, levam com o mínimo e já vão com sorte. Aliás se o Sr. e os seus colegas do governo fizerem o favor de baixar esse valor, como andam com vontade de fazer, fico, uma vez mais, agradecido.

Quase a terminar quero agradecer o facto de o Sr. Ministro deixar o vencedor desta espécie de concurso ficar com as encomendas já realizadas e, para não ir mais longe aquela da Venezuela no valor de 128 milhões. Calculando assim por alto uma margem de 20%… Já sei o Sr. Ministro quer ser mais modesto e falar de 10%. Olhe partimos ao meio, pode ser? Falemos de 15%. A encomenda da Venezuela vai deixar um lucro estimado de 20 milhões.

Lembra-se de eu ter mencionado que mais adiante voltava a falar dos 7 milhões de renda que o Sr. Ministro quer que sejam pagos em 18 anos?Pois bem, fique a saber que eu gosto de ser simpático e proponho pagar esses 7 milhões na totalidade assim que receber o dinheiro dos Venezuelanos. Parece-lhe bem? Assim evitamos andar com pagamentos todos os meses e o Sr. fica logo com o dinheiro, pode-lhe dar jeito para contratar para si, ou para algum dos seus colegas, mais uns assessores.

Não posso deixar de reconhecer como ficaria satisfeito com o facto de ganhar este concurso. Já reparou que assim de repente já tenho um lucro de 13 milhões? Bem melhor que jogar no euromilhões, não gasto os 2 euro, e ainda recebo mais, é que se no jogo me saírem os 15 milhões a Lady Swap palma-me logo 3, fico só com 12… Prefiro mesmo apostar em ficar com os estaleiros.

Recapitulemos as razões que me deixam em vantagem em relação à Martifer:
  1. Eu não entendo nada de construção naval. Eles também não;
  2. Eles têm um passivo brutal. O meu é bem mais modesto;
  3. Eles aceitam que o Estado fique com os ossos todos. Também não me oponho;
  4. Estamos todos de acordo que o Estado é que vai tratar de despedir os trabalhadores;
  5. A Martifer diz que vai criar 400 postos de trabalho. Eu garanto 450;
  6. A Martifer paga a renda em 18 anos. Eu pago a totalidade assim que receber o pagamento da encomenda em carteira

Parece-me Sr. Ministro que a minha candidatura é bem mais séria e forte que a da Martifer. Seguramente Vexa não vai ter nenhuma dúvida na escolha.

Diga lá, se faz favor, quando é que posso tomar posse dos estaleiros?


Jacinto Furtado