No passado dia 19 de novembro, a concelhia do PS Lousada promoveu um debate sobre o Orçamento de Estado para 2025 que contou com a presença da Deputada e Ex-Ministra da Habitação, Marina Gonçalves e o Presidente da Federação Distrital do PS Porto, Nuno Araújo.
Num debate que contou com a presença de militantes e simpatizantes do PS, Marina Gonçalves alegou que cabe aos dirigentes do PS fazerem sessões de esclarecimento sobre as posições tomadas na Assembleia da República não só quando o PS está no poder mas também na oposição, afirmando que “apesar do PS ter optado pela abstenção, o OE é muito mau”, justificando que o país e os Portugueses não entenderiam um chumbo do Orçamento de Estado e ida para novas eleições ao fim de tão pouco tempo, “revelando que “o PS sentido de responsabilidade para com o país”.
“Morreram 12 pessoas por falta de auxílio do INEM e não há uma consequência a tirar?” - Marina Gonçalves
Marina Gonçalves criticou a gestão caótica do SNS nomeadamente a irresponsabilidade na gestão da crise no INEM e a notória falta de preparação das Ministras da Saúde e da Administração Interna. Para a ex-governante, “os problemas do SNS são difíceis e não se resolvem de um dia para o outro, mas foi este governo e este primeiro-ministro que disse aos eleitores que bastavam 60 dias para resolver os problemas do SNS”, criticando a inação do Governo ao não antever que o aviso de greve do INEM iria trazer consequências irreversíveis, tendo resultado em 12 mortes por falta de adequado auxílio. Marina Gonçalves comparou este episódio com o motivo que levou à demissão de Marta Temido - a morte de uma grávida que foi transferida por falta de vagas na neonatologia do Hospital de Santa Maria, em que o PSD e Luis Montenegro exigiram logo a sua demissão.
“Aguardamos uma resposta urgente do Governo sobre a construção do Centro de Formação Profissional do IEFP em Caíde de Rei” - Pedro Machado
Para Pedro Machado, existem um conjunto de projetos fundamentais para Lousada, que já haviam sido garantidos com o anterior governo e que urgem em ser resolvidos, “é absolutamente essencial que o Centro de Formação Profissional do IEFP avance o quanto antes e para isso já reunimos com o Sr. Secretário de Estado do Trabalho. É urgente colocarmos em marcha estes projetos de modo a cumprirmos os prazos do PRR”, imprimindo uma notória relevância à nova Zona Industrial de Caíde de Rei, à captação de empresas de valor acrescentado e este Centro de Formação é uma peça chave para o desenvolvimento empresarial, ainda para mais porque foi uma localização consensualizada entre todos os Municípios do Tâmega e Sousa.
“Espero sinceramente que o empreendimento habitacional Hans Isler em Lousada não seja boicotado e guardado numa gaveta pelo Governo” - Nelson Oliveira
Na intervenção do Presidente do PS Lousada, Nelson Oliveira centrou o seu comentário com particular destaque para as verbas inscritas no apoio à juventude e habitação. Aproveitando o facto de estar presente a ex-Ministra da Habitação, agradeceu todo o seu empenho e atenção para com Lousada e tudo aquilo que foi sendo feito nos últimos anos, em particular as obras integrais no Bairro Dr. Abílio Moreira e os projetos aprovados para habitação acessível em Lousada que, os que dependem do Município já estão em construção.
Nelson Oliveira alertou ainda para a falta de notícias sobre a empreitada de execução do edifício Hans Isler, um projeto já aprovado e apresentado pelo IHRU e Ministério da Habitação em Lousada, a ser construído no terreno municipal em frente à GNR e que será uma mais-valia para os casais jovens de Lousada.
Para o líder do PS Lousada, o IHRU tem de dar respostas concretas aos munícipes de Lousada, particularmente aos jovens e avançar com o concurso para a construção do empreendimento numa área tão prioritária para os jovens como é a habitação acessível.
Nelson Oliveira lembrou ainda que existe outro protocolo já firmado e assinado com o IHRU, para a construção de apartamentos em regime de habitação acessível na freguesia do Torno, num terreno cedido pela Junta de Freguesia e que também aguarda a autorização do IHRU para avançar.
A sessão de debate prosseguiu com um conjunto de intervenções dos membros presentes na plateia, sobre temas que visavam a área fiscal, pensões, apoio à juventude, financiamento à ciência.