O downgrade político dos “do costume”



Desde sempre a Juventude Socialista de Lousada pautou a sua ação por uma intervenção política positiva, em linha com os problemas dos jovens Lousadenses e os seus anseios. Há largos anos que nos temos debatido pela elevação política quer em termos de ação prática ou de discurso político e julgamos que uma juventude partidária não existe para servir de caixa-de-ressonância dos líderes partidários, para lhes fazer fretes políticos ou ainda para discutir política na lama.

É por esse motivo que estranhamos o comunicado da JSD Lousada da semana passada, que nos parece não terem aprendido nada com os resultados da sua constante ação depreciativa dos últimos anos que culminou com o fracasso eleitoral por demais conhecido em 2013.

Voltando a JSD às velhas práticas e insinuações do passado, iremos dar o desconto recorrente que nos têm merecido, mas não querendo deixar de relembrar e esclarecer algumas situações.


1. É mentira que a oferta de pulseiras para o Festival da Juventude de Lousada foi exclusiva de autarcas do PS. Aliás, não entendemos sequer como a JSD pode afirmar tal coisa quando é ridiculamente fácil comprovar que estão a mentir. Sim, a mentir (mais uma vez)! 
Basta consultarmos a página de Facebook do Festival da Juventude e constatarmos quais as Juntas que apoiaram/ofereceram pulseiras (que obviamente eram pagas à organização) e facilmente qualquer pessoa comprova que Juntas de Freguesia com executivos da Coligação Lousada Viva (PSD/CDS) também as ofereceram aos seus jovens. 
Por este motivo, começa a ser lamentável o incessante recurso à mentira, resultando posteriormente em necessários desmentidos públicos que envergonham os seus responsáveis.


2. A JSD diz que pretende que o Festival “dê espaço às associações, músicos, escolas de dança, comércio e restauração locais e ofereça um cartaz diversificado” mas o que é lamentável é que, se estiveram lá, só estiveram para exercer a ação do costume – a crítica cega. 
Porventura não sabe a JSD que este Festival englobou associações locais, empresários, comércio, bares, grupos de dança locais e um cartaz muito bom e diversificado – elogiado por diversos jovens na imprensa local. 


3. A JSD chega a criticar partidariamente um Festival que até levou ao palco, e muito bem, uma dirigente da sua própria estrutura (?!?!). Ou seja, dirigem também uma crítica às qualidades dos seus próprios apoiantes (?), dizendo até que este não foi “um festival digno da juventude”.


4. Aos dirigentes do PS e da JS nunca interessou a militância desenfreada, até porque não precisam de provar nada a ninguém, muito menos às estruturas centrais do Partido. É mais do que sabido que não temos ninguém em Lisboa a exercer cargos que dependam em grande parte da dimensão da estrutura política local.
Podemos até afirmar, que os ditos Presidentes de Junta que a JSD acusa de incitarem à militância, na sua esmagadora maioria nem sequer são militantes e portanto não faz qualquer sentido as acusações torpes e insanas que lhes dirigem.


5. Por fim, como estamos mais preocupados em elevar o debate político, deixamos que a JSD possa fazer uma introspeção sobre a sua conduta ao longo dos anos, nomeadamente quando se referem à angariação de militantes (são histórias com amplo conhecimento público e com provas claras…).


6. Assunto encerrado.



Secretariado da JS Lousada

26-09-2016

Um Portugal desigual

Enquanto Portugal se entretinha com as palavras de Mariana Mortágua sobre o significado de “acumular” dinheiro, era apresentado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) um “estudo relativo à evolução das desigualdades e da pobreza no período da crise”.

Sei bem que este é um tema chato e nada convidativo para a normalíssima guerrilha política que se instala diariamente nas televisões e nas redes sociais, em que de um lado parecem estar os bons e do outro os maus, mas este estudo, que pouca gente quis ler e que pouca comunicação social quis noticiar, destrói alguns argumentos que no passado eram verdades inquestionáveis.

Segundo o Expresso, no passado dizia-se que os pobres foram os menos afetados pela crise uma vez que os cortes os tinham protegido. Nada mais falso. Aliás, segundo a FFMS “se em 2010 havia 400 mil beneficiários do rendimento social de inserção, em 2014 eram metade” – em plena crise. 

Perante isto, o que fazem os partidos? Envolvem-se em trocas de argumentos acerca da culpabilidade desta situação e nada se resolve. A conclusão é óbvia – a culpa é de todos.

Tal como Sérgio Figueiredo (DN) afirma sobre as desigualdades sociais e passo a citar: “Pior nos últimos anos. Consequência de todos os outros. Gerações de políticos, governos após governos, vacas gordas, vacas magras, os partidos sempre os mesmos, ninguém explicou o que era a responsabilidade financeira. Será arrogante pensar que ninguém percebeu? Direita, esquerda. Não há volver, porque foi sempre em frente: qual ideologia, qual carapuça! Gastou-se o que não havia, os impostos até ao limite, foram há muito para além dele, e que raio de país este!”.

E num tempo em que se mantém discussões ridículas como aqueles que querem fazer crer que ter 500 mil euros de património é facilmente possível a qualquer pessoa da classe média (salvo raras exceções derivadas de heranças ou outras), também não é menos verdade que este país tem que estabilizar de uma vez por todas a carga fiscal aplicada aos cidadãos para que se gere confiança nas instituições e no país.

Numa altura em que nos altos responsáveis partidários deixou praticamente de existir quem seja ponderado ideologicamente, vemos um PSD encostado à extrema-direita e um PS muitas vezes a reboque da extrema-esquerda.

É que quanto à ideologia, continuarei sempre a pugnar por uma social-democracia de centro esquerda. Um socialismo democrático que protege os mais pobres mas não hostiliza os mais ricos e promove o crescimento da classe média, tentando atingir um equilíbrio.


Nos dias de hoje, faz falta a muita gente, ler um bocadinho Willy Brandt, Olof Palme, Churchill e até Soares e Sá Carneiro. É que pelo menos não sou contra os ricos nem quero acabar com os ricos. Quero que existam muitos, com mais sucesso empresarial, que empreguem muita gente e paguem salários cada vez melhores, para que a sociedade evolua e para que a riqueza possa ser distribuída. Pode ser um mero lirismo. Pode ser algo inatingível, mas é isso que se pretende num ponto de equilíbrio ótimo. O ideal é acabar com a pobreza e diminuir drasticamente o número de pobres, ajudando-os a saírem dessa situação, num sistema equitativo e com iguais oportunidades, mas que premeie o mérito, a iniciativa e não castigue sempre os mesmos. Será assim tão difícil?

Nelson Oliveira
in: TVS

Quem resgata Passos Coelho?

Vergonha alheia é o sentimento que se apodera da minha pessoa de cada vez que vejo Pedro Passos Coelho profetizar uma nova desgraça. É muito triste, para mim que acredito na nobreza da social-democracia, ver um partido com a dimensão histórica do PSD entregue a este vazio de ideias comandado pelo histerismo, que aposta todas as fichas em sucessivas catástrofes que tão rápido se anunciam como se transformam em motivo de chacota para um partido que merecia mais.
Nas jornadas parlamentares do seu partido, Passos Coelho voltou a acenar com o fantasma do resgate, num discurso carregado de catástrofes anunciadas onde só faltou mesmo a palavra resgate. No mesmo dia, a agência de notação financeira Moody’s, essa pedra basilar da extrema-esquerda, fez saber que o risco de novo resgate em Portugal é baixo e que “A posição de financiamento de Portugal é confortável. Já nem os sabujos neoliberais poupam o anedótico deputado do PSD. Aliás, acrescenta a Moody’s que “é cada vez mais claro que as reformas estruturais implementadas durante os três anos de programa de ajustamento não levaram a uma melhoria do potencial de crescimento do país“. Portanto nem as profecias parecem em condições de se realizar, nem o que a tropa passista andou a fazer no governo valeu um tostão furado. Fica no ar a sensação de que o único a precisar de ser resgatado é Pedro Passos Coelho. Dele próprio, claro.
ppc

in: Aventar

JS Lousada promoveu campanha de recolha de roupa para carenciados


A Juventude Socialista de Lousada promoveu, nos últimos dois meses, uma campanha de recolha de roupa para distribuir junto dos mais carenciados. A Associação Aparecer será a primeira instituição a receber roupa angariada para distribuir junto de quem mais necessita.
Com a ajuda de jovens militantes, a JS Lousada levou a cabo uma campanha de angariação, tendo recebido, segundo o Secretariado da JS, apoios e doações de roupa. Os bens serão agora distribuídos por algumas instituições locais de âmbito social, ficando estas responsáveis por fazer chegar todo o material junto dos cidadãos mais carenciados.

in: Verdadeiro Olhar